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1 Avaliação Morfofuncional Unidade 01 – Aula 02 Introdução à Avaliação Morfofuncional Prof. Ms. Dante Wanderley Lima Avaliação Morfológica � Diz respeito aos aspectos anatômicos, ou seja, às dimensões corporais e à quantificação dos diferentes componentes corporais, tanto na forma absoluta (kg) quanto na forma relativa (%). Avaliação Funcional � Diz respeito a mensuração sistematizada dos níveis de funcionamento de uma pessoa numa variedade de áreas tais quais integridade física, qualidade da auto-manutenção, qualidade no desempenho dos papéis, estado intelectual, atividades sociais, atitude em relação a si mesmo, e o estado emocional (Lawton, 1971). 2 A Psicometria • É a especialização acadêmica em testes e avaliações (TRITSCHLER, 2003). • São qualidades importantes a serem consideradas no processo de seleção de um instrumento de avaliação. CRITÉRIOS UTILIZADOS DURANTE A PARA SELEÇÃO DE TESTES � Para escolher um bom teste, ou bateria de testes, é importante os seguintes aspectos: 1. A Exequibilidade Administrativa 2. As Qualidades Psicométricas 1.1. População da avaliação (especificidade) 1.2. Normas 1.3. Protocolos 1.4. Objetivo da avaliação 1.5. Tamanho do grupo de administração 1. EXEQUIBILIDADE ADMINISTRATIVA 3 1.6. Treinamento do administrador 1.7. Tempo de administração 1.8. Ambiente de administração 1.9. Custos de administração 1. EXEQUIBILIDADE ADMINISTRATIVA 2.1. VALIDADE 2.2. CONFIANÇA 2.3. OBJETIVIDADE 2.4. IMPARCIALIDADE (Liberdade de tendências) 2. QUALIDADES PSICOMÉTRICAS VERACIDADE INTEGRIDADE HONESTIDADE CONSISTÊNCIA DA MEDIDA REPETIBILIDADE INTRA-AVALIADOR ACURÁCIA DA MEDIDA REPETIBILIDADE INTER-AVALIADORES VALIDADE CONFIABILIDADE OBJETIVIDADE DEFINIÇÕES DAS QUALIDADES PSICOMÉTRICAS 4 2.1. VALIDADE � É o mais importante dos critérios e assume papel central na seleção e construção dos testes; � Refere-se a veracidade de um instrumento de avaliação; � Um teste deve aferir exatamente o que é desejado; � A validade pode variar de acordo com os objetivos do professor Classificação da Validade � Validade Lógica � Validade por Conteúdo � Validade por Critério � Validade por Construção Validade Por predição Validade concomitante � Deduzida em bases lógicas, senso comum e julgamento do avaliador � Validação por definição ou suposição; � É subjetiva e não é expressa em valores numéricos; � É o tipo de validade mais fraca � Também conhecida como “Face Validity” 1.1. Validade Lógica (Por Aparência) 5 1.2. Validade por Conteúdo � Preocupa-se em argüir se há racionalidade para cada item, baseado no que o instrumento é designado a medir. � Grau com que a amostra de itens, tarefas ou questões de um teste é representativa de algum universo ou domínio de conteúdo definido. � “Muito utilizada no âmbito educacional. 1.3. Validade por Construção � É o grau no qual o teste mede uma característica, ou item, ou o constructo que não pode ser diretamente medido. � Um teste tem uma boa validade por construção quando avalia grupos diferentes e consegue perceber estas diferenças nas variáveis testadas. 1.4. Validade por Critério (Concorrente) � Caracterizada pelo uso de um critério ou teste padrão conhecido que já possua uma autenticidade cientifica comprovada; � É comparar os resultados de um teste proposto com outro teste que seja validado (critério). � É expressa matematicamente através de um coeficiente de correlação; � É classificada em validade concomitante e validade por predição. 6 1.4.1. Validade Concomitante � É a relação dos escores de um teste proposto com um outro teste, chamado padrão. � É muito utilizada quando se quer substituir um teste longo e complexo por um curto e de fácil aplicação (ex:espirometria direta e VO2 máx.) 1.4.2. Validade por Predição � É bastante utilizada quando se quer determinar o sucesso futuro de uma pessoa em uma característica ou habilidade específica. � É estatisticamente comprovada através de um coeficiente de correlação que irá estabelecer a relação entre o teste preditor e o teste padrão. 2. Confiabilidade � Refere-se à segurança, consistência ou repetibilidade de uma medida. � Avalia o mesmo atributo de forma fidedigna em momentos diferentes pelo mesmo avaliador. � Para uma boa confiabilidade é necessário padronizar para reduzir os erros na medida. 7 3. OBJETIVIDADE � Refere-se à exatidão do sistema de obtenção de resultados de um instrumento de avaliação. � Grau de uniformidade com o qual várias pessoas marcam os mesmos escores no teste; � Ausência da influência pessoal do avaliador no resultado do teste. � “O mesmo teste pode ser administrado por vários avaliadores, ao mesmo grupo, mantendo-se a segurança e consistência das medidas” (Rabelo,1999) 4. Imparcialidade (Liberdade de Tendências) � Refere-se a imparcialidade do instrumento de avaliação, em não ser tendencioso. � Os bons instrumentos de avaliação refletem com exatidão as diferenças reais entre grupos diferentes, mas não discriminam de forma desleal ou artificial. Qualidades Psicométricas QUALIDADES PSICOMÉTRICAS (PSICOMETRIA) Validade Veracidade,integridade e segurança Fidedignidade Dependência e consistência Objetividade Exatidão dos resultados, consistência na obtenção dos resultados Liberdade de tendência Imparcialidade, justiça e igualdade 8 O QUE É ESTATÍSTICA? Usa-se por vezes a Estatística como um bêbado usa um poste de luz: Mais para suporte do que para iluminação... ESTATÍSTICA é conjunto de técnicas que permite, de forma sistemática, coletar, organizar, descrever, analisar e interpretar dados oriundos de estudos ou experimentos, realizados em qualquer área do conhecimento. Por que usar Estatística? Educação Física Tomada de decisões Comparação de resultados Entender os efeitos de um programa de AF Comparar diferentes grupos Estatística Descritiva x Indutiva • Estatística descritiva: - métodos que buscam somente descrever e analisar certo grupo de dados, independentemente de serem extraídos de uma amostra ou de toda a população • Estatística indutiva ou inferencial: - parte da estatística que tira conclusões sobre a população partindo do conhecimento da amostra. 9 Média Aritmética � É a soma de todos os valores observados da variável, dividida pelo número total de observações. � A média aritmética é a medida de tendência central mais utilizada para representar a massa de dados. Medidas de Dispersão � Amplitude Total (AT): – diferença entre o maior e o menor valor coletado – AT = xmax − xmin Medidas de Dispersão • Desvio Padrão – Raiz quadrada da variância – Ele mostra o quanto de variação ou "dispersão" existe em relação à média (ou valor esperado). – Um baixo desvio padrão indica que os dados tendem a estar próximos da média; – Um desvio padrão alto indica que os dados estão espalhados por uma gama de valores. 10 Desvio Padrão Distribuição Normal � Graficamente, a distribuição tem a forma de um sino, simétrico em torno da média. A curva recebe o nome de Curva de Gauss o Curva Normal � A área total sob a curva tem valor 1 e é a probabilidade da variável X assumir qualquer valor real. Dada a simetria da curva, a probabilidade vale 0,5 para cada lado da média Correlação � Mede a força, ou grau de relacionamento entre duas variáveis. � Quanto maior a correlação, maior a intensidade de relacionamento 11 Correlação � Exemplo: Aluno Nota em Matemática Nota em Estatística 1 5 6 4 7.5 8 7 6.5 6 13 8 9 15 9.5 10 22 3 4 26 5.5 5 31 9 10 33 7 7.5 40 2 2.5 0 24 6 8 10 12 0 2 4 6 8 10 0 2 4 6 8 10 12 1 4 7 13 15 22 26 31 33 40 Nota em Matemática Nota em Estatística Coeficiente de Correlação � O valor de r varia de –1,00 a +1,00; � Um relacionamento positivo (r é +) indica uma correlação positiva entre duas variáveis. Os valores altos (baixos) de uma das variáveis, correspondem valores altos (baixos) da outra; � Um relacionamento negativo (r é -) indica uma correlação negativa entre duas variáveis. Os valores altos (baixos) de uma das variáveis, correspondem valores baixos (altos) da outra. População X Amostra � População: - conjunto de elementos com pelo menos uma característica comum. Ex: Pais de filhos únicos, moradores de um mesmo prédio, estudantes secundaristas. � Amostra: - subconjunto finito de uma população - Ex: 10% dos estudantes de uma turma, 20% dos moradores de um prédio. 12 População Amostra População X Amostra Amostragem Probabilística Não Probabilística - Inacessibilidade de toda a população - Amostragem a esmo - Amostragem intencional - Amostragem por voluntários É uma técnica que permite a seleção da amostra. - Aleatória simples - Sistemática - Estratificada Seleção Probabilística e Não-Probabilística • A amostragem será probabilística se todos os elementos da população tiverem probabilidade conhecida, e diferente de zero, de pertencer à amostra. Caso contrário, a amostragem será não- probabilística. • Segundo essa definição, a amostragem probabilística implica um sorteio com regras bem determinadas, cuja realização só será possível se a população for finita e totalmente acessível. 13 Seleção Probabilística - Aleatória simples: Uma amostra escolhida de tal forma que cada item ou pessoa na população tem a mesma probabilidade de ser incluída. - Sistemática: Os itens ou indivíduos da população são ordenados de alguma forma – alfabeticamente ou através de algum outro método. Um ponto de partida aleatório é sorteado, e então cada k-ésimo membro da população é selecionado para a amostra. - Estratificada: A população é inicialmente dividida em subgrupos (estratos) e uma subamostra é selecionada a partir de cada estrato da população. Seleção Não-Probabilística • Inacessibilidade de toda a população: - Somos então forçados a coletar a amostra na parte da população que nos é acessível. • Amostragem a esmo: - O pesquisador, para simplificar o processo procura ser aleatório sem, no entanto, realizar propriamente o sorteio usando algum dispositivo aleatório confiável. Ex.: Caixa com 10.000 parafusos. Seleção Não-Probabilística • Amostragem intencional: - Enquadram-se aqui os diversos casos em que o amostrador deliberadamente escolhe certos elementos para pertencer à amostra, por julgar tais elementos bem representativos da população. • Amostragem por voluntários: - Ocorre, por exemplo, no caso da aplicação experimental de uma nova droga em pacientes, quando a ética obriga que haja concordância dos escolhidos. 14 OBRIGADO!!!
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