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Resumo Adm de novos negocios

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Adm de novos negocios
Aula 1: Globalização e mudanças
O padrão de vida e qualidade de vida dependem dos esforços conjuntos das empresas, do governo e das organizações sem fins lucrativos. Essas organizações devem sua existência a espíritos empreendedores, que pensaram no bem-estar da comunidade.
Empresa sempré uma organização
Uma organização nem sempre é uma empresa
Uma empresa é uma iniciativa que tem o objetivo de fornecer produtos e serviços para atender as necessidades de pessoas e obter o lucro. Para tal o empreendedor precisa adquirir recursos, estruturar um sistema de operações e assumir um compromisso com a satisfação do cliente.
Organizações 
Formalmente constituída , possui normas e regulamentos, hierarquia, cultura organizacional, recursos, pessoas ocupando cargos e etc.
As organizações não possuem, necessariamente, objetivo de lucro. No entanto, necessitam obter receita para fazer o pagamento das suas despesas, assim como qualquer organização.
Empresas 
As empresas têm todas as características de quaisquer organizações, mas com um grande detalhe: seu objetivo é o lucro.
Toda organização precisa de dinheiro para fazer o pagamento de suas despesas. Da receita são descontadas as despesas como aluguel, tributos, água, luz, pessoal, etc. Quando o resultado é positivo, nas empresas é chamado de lucro, que será distribuído aos sócios.”
“Já nas organizações não empresariais, o superávit deve ser revertido na própria organização (Art.12, § 3º da Lei nº 9.532/97).
 
Tanto em uma como na outra, a qualidade da administração será um fator determinante para o sucesso.”
As ONGs, organizações sem fins lucrativos (conhecidas como organizações do Terceiro Setor) trabalham junto com as empresas privadas e o governo para tornar a sociedade mais orientada para as necessidades das pessoas. Portanto, elas não são excludentes; é frequente e desejável que as pessoas tenham atividades nas diferentes organizações.
AMBIENTES DAS ORGANIZAÇÕES
Ambiente é o universo que envolve a organização;
Por não estarem isoladas e não serem autossuficientes, elas precisam trocar com os elementos do ambiente em que estão inseridas (sistemas abertos);
Como as organizações não podem compreender, tampouco dominar todos os elementos dos ambientes, elas selecionam os ambientes em que desejam operar;
Esse reducionismo permite compreender uma amostra do ambiente, capaz de ser interpretada pela organização;
As organizações delimitam o seu nicho de atuação.
AMBIENTE EXTERNO DAS ORGANIZAÇÕES
Uma empresa é um sistema aberto, isto é, recebe influências do ambiente ao mesmo tempo em que o influencia. Desta forma, para que a empresa possa sobreviver e se desenvolver, ela precisa monitorar o ambiente constantemente e se antecipar aos acontecimentos, utilizando um processo de previsão do futuro.
Os resultados de uma organização destinam-se não apenas ao consumidor, mas a muitas partes interessadas, chamadas de stakeholders. Ou seja, todas as pessoas ou entidades que, de alguma forma, têm interesse ou são afetadas pela ação e desempenho da empresa. Do lado de dentro da empresa, os principais interessados são os colaboradores, administradores e acionistas. Do lado de fora há os consumidores, fornecedores, investidores, governo, concorrentes, comunidade etc.
Ambiente Direto / Específico / Imediato ou de Tarefa: 
O mais próximo no qual a organização realiza suas operações diárias. Diz respeito às organizações que concorrem no mesmo setor de atividade. É composto por forças próximas à empresa que afetam sua habilidade de servir os clientes, seus canais de marketing e todos os públicos relacionados a ela. Sua análise é sempre feita considerando-se a empresa como centro e o que os diversos públicos esperam dela. De acordo com o público considerado, as expectativas são divididas em externas e internas
Exemplos:
- CLIENTES: volúveis, esporádicos, fiéis, sazonais;
- CONCORRENTES: diretos, alternativos ou substitutos;
- FORNECEDORES: exclusivos, diversificados, de serviços, etc.
- Stakeholders (Grupos interessados da organização) - internos e externos;
- Grupos regulamentadores: sindicatos, conselhos profissionais, associações profissionais ou patronais, etc.
Ambiente Geral ou Indireto ou Maior ou Macro-ambiente: 
É o ambiente mais distante. Exerce influência sobre as organizações, mas é pouco influenciado por elas. Afeta todas as organizações, independente do setor de atuação. É composto de forças que a empresa não pode controlar diretamente, como as variáveis econômicas, sociais, sindicais, demográficas, políticas, tecnológicas, legais, ecológicas, culturais e mercadológicas. Estas variáveis atuam de uma maneira integrada, sendo que a variação de uma delas pode influenciar bastante ou quase nada as outras. Por exemplo: a estabilidade econômica, uma variável política, pode reduzir a inflação, aumentando o poder aquisitivo da população. Esta, por sua vez, é uma variável econômica, que influencia a demanda de mercado.
Exemplos:
- Econômico – PIB, Despesas públicas, Juros, Balança Comercial.
- Social – Distribuição de renda, Redução da jornada de trabalho e Lideranças sociais.
- Sindical – Dispensa de trabalhadores, Liberdade dos sindicatos e Comissões de fábricas.
- Demográfico – aumento do número de idosos, maior urbanização e Crescimento das favelas.
- Político – Coligações partidárias, Descentralização do poder e Entidades representativas.
- Tecnológico – Estímulo a P&D e Dependência do Brasil de tecnologias avançadas.
- Legal – Reformulação da CLT, Leis de segurança e Medicina do trabalho.
- Cultural – Novas casas de espetáculos, Salas de cinema e Produção do cinema nacional.
- Ecológico – Reciclar, Grupos ambientais e Pressão da sociedade.
- Mercadológico – Menor vida média dos produtos, Internet e Aumento da exigência de qualidade.
Fatores provocadores ou facilitadores das mudanças
Economia, legislações, inovações, tecnologia e comportamento dos usuarios
Exemplos de mudanças:
1- Mudanças no papel dos chefes;
2- Competitividade – eficiência x competitividade;
3- Interdependência – a economia globalizada;
4- Administração informatizada – a Tecnologia da Informação;
5- Administração empreendedora – fora e dentro das empresas;
6- Foco no cliente – ponto principal da empresa;
7- Preocupação com o meio ambiente;
8- Qualidade de vida – administração de recursos humanos;
9- Terceiro Setor – a sociedade organiza-se para cuidar de si própria. Consolidam-se as ONGs.
Globalização
- Rompimento das barreiras entre países;
- Permite e facilita o tráfego de mercadorias, serviços, tecnologias e cultura entre os países;
- Mercados mais exigentes;
- Maior diversidade de produtos e serviços;
- Margens de lucros mais apertadas;
- Menor espaço para erros;
- Busca de diferencial competitivo;
- Competição cada vez mais acirrada;
- A Globalização aumenta a competição entre as organizações e surgem oportunidades e ameaças.
Conforme FOINA, Paulo Rogério (2006), TI é o “conjunto de hardware, software e recursos humanos habilitados, que viabilizem o funcionamento correto dos sistemas de informação, cujo papel significativo não se limita ao simples gerenciamento de uma organização, mas também como uma importante ferramenta de apoio à decisão, funcionando como uma plataforma estratégica”.
- A tecnologia é uma importante variável para a gestão empresarial.
- Dentre as frases citadas por Bill Gates, destaco esta: "A primeira regra de qualquer tecnologia  utilizada nos negócios é que a automação aplicada a uma operação eficiente  aumentará a eficiência”. A segunda é que “a automação aplicada a uma operação  ineficiente aumentará a ineficiência”.
- Em uma sociedade cada vez mais informatizada e automatizada, qual é o papel da Tecnologia de Informação no processo de tomada de decisão?
- Tecnologia são MEIOS? Em essência, tecnologias de apoio à decisão são meios de receber e processar informação. Tecnologia não são FINS! Não funcionam por si só: dependem da informação que recebem, da infraestrutura,do meio ambiente onde estão instaladas e da utilidade da informação que processam.
Aula 2: Escolha do Negócio
Desenvolvimento de um novo negócio
Muitas pessoas, ao andar pelas ruas, podem apenas ver multidões, enquanto um empreendedor percebe muito mais do que isso. Ele pode ver como um fluxo de pessoas com inúmeras motivações, compras, vendas, movimentação de bens, faixas etárias e tipos de negócios. O empreendedor enxerga oportunidades associadas à criação de valor para as pessoas, e não necessariamente com preços baixos, destacando que preço e valor são diferentes. 
Negócios são iniciados quando empreendedores desenvolvem ideias para novos produtos ou serviços. Não são apenas os produtos de alto conteúdo tecnológico que têm potencial para o sucesso. Na verdade, com frequência chegam ao mercado produtos e serviços sem nenhuma sofisticação tecnológica. As ideias de novos negócios nascem de muitas formas. Um empreendedor é capaz de transformar ideias em oportunidades de negócios.
Fontes de ideias e oportunidades
Todas as fontes de ideias e oportunidades estão condicionadas pelas competências do empreendedor (conhecimentos, habilidade e limitações) e pelas possibilidades do mercado (necessidade, desejos e interesses dos consumidores). Baseado nisto são identificadas as seguintes fontes de ideias e oportunidades de negócios:
Novo negócio com base em novo negócio 
Esta linha baseia-se em competência técnica e grande criatividade do empreendedor, bem como habilidade para prever padrões e tendências. O conceito do negócio é tão novo e revolucionário que cria um novo mercado, como a lâmpada de Thomas Edison, o Modelo T de Henry Ford, o telefone de Graham Bell, o software de Bill Gates e muitos outros.
Novo negócio com base em conceito existente 
Há também pessoas que iniciam um empreendimento com base em velhos conceitos. A ideia não é nova e o empreendedor não criou algo inovador, mas desenvolveu um negócio onde nada existia. Portanto, também é considerado um empreendedor. 
Um exemplo conhecido é o da Gol Linhas Aéreas, que atua em um ramo de alta tecnologia e altos investimentos, com base em uma estratégia de baixo custo e baixo preço, conseguindo criar uma empresa de grande sucesso. No entanto, a ideia não era nova quando a Gol foi fundada em 2001, pois a Southwest Airlines em 1971 e a Ryanair em 1985 já operavam com esta estratégia.
Necessidade dos consumidores 
O empreendedor potencial pode identificar carências e interesses das pessoas simplesmente prestando atenção em suas reclamações, hábitos e traços culturais, e em seguida interpretar esses comportamentos para desenvolver produtos ou serviços que atendam essas necessidades. 
Muitos produtos importantes foram desenvolvidos com a ajuda do consumidor, como aconteceu com os serviços de entrega que exploram as deficiências e limitações dos serviços oficiais dos Correios.
Aperfeiçoamento do negócio 
Essa prática também pode originar-se da observação das necessidades e insatisfações dos consumidores, bem como da avaliação contínua do negócio atual. Pessoas observadoras e curiosas criam o hábito de buscar informações sobre como funciona cada setor, identificando os pontos onde há possibilidade de realizar melhorias. A identificação de oportunidades de aperfeiçoamento possibilita ao empreendedor adequar seus produtos e serviços a novos formatos e padrões de qualidade, preço, distribuição etc. 
Um exemplo é o do autoatendimento das farmácias, que copiaram o modelo dos supermercados.
Exploração de hobbies  
Um hobby do empreendedor pode transformar-se em oportunidade de negócio, a partir do momento em que identificar suas possibilidades comerciais em algum segmento da sociedade. 
Um exemplo foi a invenção do walkman, criado por Aiko Morita, que jogava golfe e queria ouvir música ao mesmo tempo.
Observação de tendências  
Os mercados e consumidores estão em constante mudança, e a observação da realidade permite a descoberta de novos mercados. O empreendedor precisa desenvolver o hábito de observar a realidade, com o objetivo de compreender seus mecanismos de funcionamento e tendências.
Um exemplo é o aumento da criminalidade em algumas regiões do Brasil, criando oportunidades para empresas de serviços de seguros, vigilância e localização de carros roubados.
Derivação de ocupação 
Alguns empreendedores iniciam negócios com base em sua atividade. Analisando sua ocupação, e seu grau de sucesso ou insucesso, o empreendedor poderá desenvolver produtos e serviços nos quais suas experiências e seus conhecimentos são aproveitados. 
Por exemplo: os professores que criam escolas.
Licenças
Se um empreendedor desenvolve um novo produto ou serviço, mas não tem os recursos financeiros para produzi-lo e distribuí-lo, ou não tem interesse em criar ou aumentar uma empresa, mas deseja explorar a ideia, uma boa saída são as licenças. O empreendedor pode dar a licença a outras empresas para produzir e vender o novo produto em troca de uma comissão sobre as vendas ou de um pagamento predefinido.
 
Para garantir a propriedade do novo produto ou serviço e impedir que outros o pirateiem, o empreendedor deverá patenteá-lo ou registrá-lo.
Fatores criticos para sucesso em novos produtos
O desenvolvimento de novos produtos sempre embute um alto nível de risco. Os riscos têm motivado estudos para identificar os fatores que fazem de um produto ou serviço um sucesso ou fracasso. Um estudo de novos produtos, realizado pelo Hewlett-Packard Medical Products Group, identificou alguns desses fatores. Os autores desse estudo afirmam que se apenas um fator não estiver adequado, o produto ou serviço poderá ter como resultado o fracasso.
 
- Pesquisa adequada de marketing – é crucial para evitar que o produto fracasse. Sua desvantagem é o custo alto.
 
- Atendimento de uma necessidade – requisito essencial do novo produto ou serviço é ser realmente necessário para os consumidores.
 
- Grande vantagem do produto – o produto deve ser superior aos concorrentes em atributos como qualidade, aparência, tecnologia e praticidade.
 
- Qualidade e preço adequado no lançamento – se o produto tiver pouca qualidade ou preço elevado demais quando lançado, dificilmente o consumidor irá procurá-lo novamente.
 
- Escolha dos canais corretos de distribuição – a definição dos locais de venda e da forma de fazer o produto chegar aos clientes é determinante ao sucesso.
Avaliação de ideias de produtos:
Ter uma ideia ou descobrir uma oportunidade não é garantia de sucesso. O fator determinante do sucesso é a estratégia, e não apenas a criatividade ou a inovação. Há muitos aspectos a serem considerados e planejados entre o surgimento de uma ideia e a criação de um negócio. No entanto, de maneira geral, uma avaliação da viabilidade e dos riscos do empreendimento é essencial. Baseado nisto, serão citados os critérios para avaliar produtos e negócios:
Criterios para avaliar produtos e negocios:
Viabilidade de mercado – o mercado é o principal fator que o empreendedor deverá levar em consideração antes de montar um negócio. A viabilidade de uma ideia é determinada em primeiro lugar pela existência de pessoas com poder aquisitivo e vontade de comprar. 
 
Para que o sucesso de um negócio seja alcançado, algumas perguntas importantes deverão ser feitas:
• Há um mercado real ou potencial para a ideia?
• Quem compraria o produto ou serviço (o próprio consumidor, família, pais etc.)?
• Qual a frequência de compra do produto (diário, mensal, anual ou ocasiões especiais)?
• Qual o tamanho do mercado? Quantidade de clientes pessoa física ou jurídica.
• Como se distribuem geograficamente os clientes? Onde estão os compradores?
• Qual o preço aceito pelos clientes?
• Como ajustar o negócio ao risco da sazonalidade como moda, alimentos e brinquedos?”
O que diferencia empresas de outras organizaçoes:
Concorrência – o empreendedor deverá buscar informações como o número de competidores, o alcance dos canais de distribuição, suas políticasde preços e suas vantagens competitivas.
As vantagens competitivas são atributos do produto ou serviço, ou das empresas que os fornecem, que motivam a preferência do mercado ou do cliente, criando diferenciais que proporcionam ganho físico ou psicológico para o consumidor, permitindo à empresa superar os competidores, estabelecer sua marca e fortalecer sua identidade.
As barreiras para a entrada de competidores, como as taxas sobre produtos importados ou os subsídios para os produtos locais, constituem também uma vantagem competitiva. É importante para o empreendedor conhecer os fornecedores dos concorrentes, o que pode ajudar o empreendedor a identificar novas oportunidades e manter-se informado sobre as tendências do mercado.
O empreendedor também deverá entender se o segmento ou ramo de atividades que escolheu é controlado por organizações dominadoras e que têm capacidade de definir as regras do mercado através de monopólios e cartéis.
Viabilidade de produção 
refere-se à capacidade efetiva de fornecer o produto ou serviço hoje e amanhã. O empreendedor precisa verificar se é possível fabricar o produto ou prestar o serviço e o que é necessário para fornecer o produto/ serviço. Outras perguntas também são importantes:
• Existem os componentes e matérias-primas necessários para o produto/ serviço?
• Existem máquinas, instalações ou equipamentos com esta capacidade?
• Existe mão de obra suficiente e preparada? Qual a necessidade de treinamentos?
• Qual a necessidade de desenvolvimento e experimentação do produto?
• Quanto vai custar montar a infraestrutura para fornecer o produto ou serviço?
Controle governamental 
A intensidade do controle governamental na qual o empreendedor vai estar sujeito deve ser levada em consideração, pois nesta situação as mudanças nas regras são constantes, gerando uma inconstância no mercado. Um exemplo são as empresas importadoras e exportadoras, que têm suas ações baseadas nas ações dos governos.
Investimento inicial e retorno
O capital é o ponto crucial de qualquer empreendimento. O empreendedor deverá calcular o montante necessário para dar início ao negócio, conhecido como “investimento inicial”. O valor pode determinar se o empreendedor tem condições de começar o negócio ou não. E tão importante quanto é o cálculo do retorno do investimento. A análise do mercado deve revelar qual o potencial de receitas e o tempo necessário para a recuperação do investimento.
Aquisição de um negócio existente
Quando se considera a possibilidade de adquirir um negócio já existente, deve-se dar atenção a três aspectos essenciais: histórico da empresa e perspectivas; patrimônio e operações em andamento e preço da compra.
Menos inovador, mas não menos empreendedor, é aquele que compra um negócio existente sem plano de mudar as operações correntes. Para tomar a decisão mais acertada, o empreendedor deve analisar as vantagens e desvantagens desse tipo de operação.
PONTOS A CONSIDERAR NA COMPRA DE UM NEGÓCIO EXISTENTE 
Pontos a favor e vantagens
• Produto, serviço e mercado definidos
• Empresa em funcionamento
• Equipamentos disponíveis
• Clientela formada
• Fornecedores operando
• Experiência do proprietário anterior
• Conhecimento dos empregados
Pontos contra e risco
• Herança de problemas trabalhistas ou fiscais
• Problemas futuros ocultos
• Mão de obra desqualificada
• Imagem comprometida
• Modernização necessária dispendiosa
• Localização desvantajosa
• Preço alto, gerando ônus sobre o lucro
Tipos de empresa:
Empresa tradicional : É uma entidade econômico-administrativa que tem finalidade econômica, ou seja, tem o lucro como objetivo, por meio de atividades de transformação e fornecimento de bens e serviços.
Empresa familiar: É uma iniciativa que tem o objetivo de melhorar a condição socioeconômica de uma família, dividindo entre os seus componentes as tarefas e os benefícios, e gerando com o passar do tempo uma série de questões mais complexas do que a simples administração de uma atividade comercial ou industrial, como a transição da gestão para os descendentes.
Franquia ou franchising: O franqueador é o detentor da marca e do método de trabalho licenciado de terceiros. É o agente que idealiza e formata a franquia do negócio ao franqueado. E o franqueado é a pessoa jurídica ou física que adquire o direito de uso da marca e/ou método de trabalho, por meio de um pagamento inicial ou mensal. Ao aderir à rede de franquias, o franqueado passa a operar com a marca do franqueador, seguindo todos os padrões estabelecidos e supervisionados por este. O franchising oferece algumas vantagens e desvantagens, como mostra o quadro:
VANTAGENS E DESVANTAGENS DO FRANCHISING
Vantagens:
O empreendedor compra uma empresa pronta, sem necessidade de inventar produto, nome, embalagens etc.
A operação da empresa, o treinamento dos funcionários, os uniformes e materiais são padronizados pelo franqueador – não há necessidade de criar.
O sistema de suprimentos de matérias–primas já está montado pelo franqueador.
A marca é conhecida e o empreendedor não precisa investir na construção da imagem.
O empreendedor pode trocar experiências com outros franqueados da mesma empresa.
O valor do investimento para iniciar e manter as operações é fácil de determinar, o que torna determinístico o planejamento financeiro.
O franqueado recebe orientação do franqueador, que está interessado em seu sucesso.
O franqueado pode ter mais de uma loja da mesma franqueadora.
Desvantagens:
O investimento inicial pode ser alto, dependendo do valor da marca franqueadora.
O franqueado obriga-se a um pagamento mensal ao franqueador; em geral, uma taxa sobre as receitas, o que faz o papel de um imposto a mais.
O franqueado tem que seguir todas as exigências do franqueador, até mesmo de renovação de toda a loja, independentemente do tempo de franquia.
O franqueador pode conceder várias franquias numa mesma região, ganhando no conjunto, mas prejudicando os franqueados individualmente.
O franqueado não tem liberdade para introduzir inovações nos produtos, nas instalações ou em qualquer aspecto de franquia que impacte a identidade do franqueador.
Os preços são tabelados, impedindo alterações para favorecer a competitividade.
Assim como acontece em qualquer outra modalidade de empreendedorismo, não há nenhuma garantia de sucesso.
Home office: É o trabalho profissional realizado em casa. É uma opção atrativa para o início de micro e pequenas empresas, já que representa considerável economia de custos em relação a outras possibilidades. Essa modalidade de negócio nasceu com terceirização dos serviços e com a ajuda dos avanços da tecnologia da informação e da globalização, e vem mudando o contexto empresarial e o perfil do emprego.
Cooperativa: É a sociedade de pessoas com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeita a falência e constituída para prestar serviços às pessoas que se associam a ela, precisando ter um número mínimo de 20 pessoas. É uma empresa com dupla natureza, que privilegia o lado econômico e social de quem se associa. O associado ou cooperado é ao mesmo tempo dono (administra a empresa) e usuário (utiliza dos serviços) da cooperativa. A cooperativa pode atuar em qualquer gênero de serviço, operação ou atividade. Ela tem o perfil de acordo com os seus associados, que se reúnem em torno de um ou mais objetivos específicos, como por exemplo agropecuária, habitacional, de crédito, educacional, saúde etc.
FORMALIZAÇÃO DE UM NOVO NEGÓCIO
Compreende todos os procedimentos burocráticos necessários para formalizar um empreendimento. O registro de uma empresa varia de acordo com a região onde ela se encontra e depende do tipo de sociedade que será constituída. Atualmente no nosso país é algo extremamente demorado, pois a lista de exigências é muito grande.
NOME EMPRESARIAL (FIRMA OU DENOMINAÇÃO)
A firma é o nome utilizado pelo empresário, pelas sociedades em nome coletivo, de capital e indústria. A firmasó pode ter como base nomes civis dos sócios ou de apenas um sócio acrescido do termo “e Cia.”, sendo permitido, no final, a utilização de uma expressão que identifique o objeto da empresa, como por exemplo, “Andrade & Xavier Componentes Eletrônicos Ltda.
A denominação é o nome utilizado pelas sociedades anônimas e cooperativas e, em caráter opcional, pelas sociedades limitadas e em comandita por ações. A denominação pode ser composta por um nome civil, sem fazer menção ao nome de algum dos sócios ou a qualquer nome civil, como por exemplo, “Tecelagem Ômega Ltda.”
Natureza juridica
Artesão – entende-se que o artesão não é propriamente um empresário, mas sim um trabalhador autônomo. De acordo com o art. 7, do Regulamento do Imposto de Produtos Industrializados, produto de artesanato é aquele proveniente de trabalho manual realizado por pessoa natural nas seguintes condições: o trabalho não conta com auxílio ou participação de terceiros assalariados e o produto é vendido ao consumidor diretamente.
Produtor rural – é a pessoa física, natural, que explora a terra visando à produção vegetal e/ou animal e também à industrialização artesanal desses produtos primários – produção agroindustrial.
Sociedade simples – formada por pessoas que exercem profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística. É considerada pessoa jurídica. Um exemplo é quando dois médicos se unem e constituem um consultório médico.
Sociedade empresária - é aquela que exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens de serviços, constituindo elemento da empresa. É considerada pessoa jurídica e tem registro na Junta Comercial de seu respectivo Estado.
Sociedade limitada – o capital social está dividido em cotas e a responsabilidade dos sócios é restrita ao valor de suas cotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social.
Sociedade por ações – o capital social é dividido em ações. Cada sócio responde somente pelo preço de emissão das ações que adquiriu. O conceito de “sociedades por ações” engloba tanto sociedades anônimas como as comanditas por ações.
Sociedade estrangeira - empresa constituída e organizada em conformidade com a legislação de seu país de origem, onde também mantém sua sede administrativa. No entanto, necessita de autorização do Poder Executivo.
Aula 3: Conjuntura Econômica
Ambiente economico saudavel
O fator risco deve fazer parte da vida dos empreendedores, e pode ser avaliado e muitas vezes ser reduzido, contornado ou eliminado. Quando o risco se mostra muito grande e não há como atuar sobre ele, é possível que o empreendedor desista de realizar o empreendimento ou mude completamente o modo pelo qual vai viabilizá-lo, para evitar correr um risco considerado excessivo.
 
Um ambiente econômico saudável é condição básica para estimular investimentos na criação de empresas. O ambiente econômico é saudável quando há incentivo para a iniciativa privada e os empreendedores potenciais percebem que vale a pena correr riscos, pois há uma chance razoável de recuperar seu investimento com lucro.
Contribuições do governo para o empreendedorismo
 
Uma parte importante para a criação de um ambiente econômico saudável para os empreendedores são as condições criadas pelo governo. Este tem o papel de capitalizar ações que favoreçam a criação de novos empreendimentos e a percepção pelo empreendedor que possui o apoio para o sucesso de seus negócios. Vejamos algumas ações importantes:
Carga tributária justa
O governo pode diminuir os riscos dos novos negócios por meio da redução da carga tributária, gerando impostos mais compatíveis com o mercado. O excesso de tributos estrangula e afugenta os empreendedores, que procuram as condições mais favoráveis para o retorno do investimento. A carga tributária muito elevada deixa pouca margem para o reinvestimento das empresas, que passam a crescer em ritmo lento e ainda deixa um retorno para os investidores que não é compatível, a exemplo de outros países. 
 
No caso do Brasil, essa carga tributária está muito alta, em torno de 40% do seu faturamento. Um exemplo são as locadoras de automóveis, que preferem estabelecer-se no Paraná pelo fato de o valor do IPVA ser menor em relação a outros estados.
Combate à corrupção
Uma das contribuições mais importantes que o governo pode oferecer à sociedade é combater a corrupção no mundo dos negócios e entre os funcionários públicos, impedindo que alguém receba dinheiro para promover a ilegalidade, gerando uma concorrência desleal entre as empresas.
Estabilidade legal
As constantes mudanças na legislação e o funcionamento da Justiça tornam o ambiente ameaçador para o empreendedorismo. Uma legislação clara, estável e que contemple os empreendimentos nascentes é componente essencial de um ambiente econômico favorável aos investimentos nos negócios. Em todos os países que reconhecem o empreendedorismo como gerador de empregos e de inovação, há uma proteção para as empresas nascentes, com o objetivo de dar-lhes espaço para sobreviver e depois crescer. Isso não ocorre ainda no Brasil, mas já demos um passo importante com a nova legislação para as pequenas empresas.
Atitude positiva em relação ao empreendedorismo
Encarar os empreendedores de forma positiva, como promotores do desenvolvimento, é essencial para estimular novos negócios e o crescimento econômico.  Assim, a cada dia, o Empreendedorismo torna-se uma ferramenta mais eficaz para a promoção do crescimento econômico, aumentando o número de empresas e empregos criados.
Facilidade de obtenção de crédito e juros baixos
Não só é necessário que haja linhas de crédito para novos empreendimentos com juros mais baixos, como a burocracia não pode causar impedimentos na sua obtenção.
Burocracia inteligente
A burocracia é necessária para registrar os fatos comerciais e sistematizar diversos serviços. Entretanto, ela precisa ser suficientemente inteligente para não se tornar um custo adicional da empresa ou mais uma demora em chegar ao mercado e entregar seus produtos e serviços.
Conceitos básicos de economia
O ambiente econômico compreende basicamente três condições: conjuntura econômica, conjuntura do mercado e global. No entanto, antes de avaliar estas condições do ambiente econômico, é importante conhecer alguns conceitos da economia como mercado, concorrência, demanda e oferta.
Mercado: É o mecanismo de troca entre compradores e vendedores de bens e serviços. A demanda é determinada pelos compradores e a oferta, pelos vendedores. A maioria dos mercados é competitiva, com muitos compradores e vendedores.
Concorrencia: Para a teoria econômica, há quatro níveis de concorrências:
- Concorrência perfeita: Ocorre quando os bens oferecidos são iguais e os compradores e vendedores são numerosos a ponto de não influenciarem os preços individualmente, como os produtos agrícolas.
- Concorrência monopolística: Ocorre no mercado em que existem muitos consumidores e um número reduzido de produtores ou vendedores, que oferecem produtos semelhantes. Por causa disso, os produtores ou vendedores podem determinar os preços de seus produtos, como indústrias automobilísticas.
- Oligopólio: Ocorre quando há poucos vendedores que não têm intenção de concorrer entre si, como a indústria de cigarros.
- Monopólio: Ocorre quando apenas um produtor ou prestador de serviços controla os preços, como as companhias de energia elétrica.
Demanda: A demanda caracteriza o comportamento dos compradores. A quantidade demandada de um bem ou serviço é a quantidade que os compradores desejam e podem comprar. Os principais fatores que influenciam a demanda são: preço, renda, gosto e preço de bens relacionados.
 
- Preço: É a variável que mais influencia a demanda, compondo o que os economistas chamam de “Lei da demanda”, que tem o princípio de que os consumidores comprarão mais se o preço diminuir e menos se o preço aumentar.
 
- Renda: Se a renda do consumidor diminuir, a demanda pela maioria dos bens,principalmente os supérfluos, tende a diminuir também.
 
- Gosto: É o aspecto mais importante para compor a demanda. O produto precisa agradar ao comprador potencial, senão, mesmo com um preço baixo, a demanda não aumenta.
 
- Preço de bens relacionados: Produtos com características semelhantes que atendem ao mesmo tipo de consumidor precisam ser acompanhados, pois influenciarão na demanda.
Oferta: É a quantidade que os vendedores estão dispostos e podem vender. Representa o somatório das quantidades individuais oferecidas pelos fornecedores de determinados produtos ou serviços. Os principais fatores que influenciam a oferta são: preço de venda, preço dos insumos e tecnologia.
- Preço de venda: É um dos fatores determinantes da quantidade oferecida. Há formas de apurar até que ponto a fabricação é vantajosa e quando ela deixa de ser viável, sendo a melhor opção interrompê-la. A variável do preço compõe a chamada “Lei da oferta”, segundo a qual a quantidade de um bem ou serviço aumenta quando seu preço aumenta.
- Preço dos insumos: Insumo representa tudo que será utilizado para a fabricação de um produto. Portanto, quando o preço de algum insumo aumenta, a oferta do produto diminui, porque a produção se torna menos lucrativa.
- Tecnologia: O uso da tecnologia poderá diminuir o desperdício ou aumentar a produção, gerando uma redução de custo e aumentando a quantidade ofertada, pois o processo se torna mais lucrativo.
Condições do ambiente econômico
O ambiente econômico compreende basicamente três condições: conjuntura econômica, conjuntura do mercado e conjuntura global.
Há três fatores macroeconômicos que afetam o desempenho de qualquer negócio: crescimento econômico, inflação ou deflação e taxa de juros.
Crescimento economico: Um dos principais fatores econômicos que influenciam o desempenho das empresas é o crescimento econômico ou a mudança no nível geral da atividade econômica. A forma mais comum de medir o crescimento da economia é o PIB, que é o valor de mercado de todos os bens e serviços finais produzidos em um país em um dado período de tempo. Uma medida alternativa que indica o crescimento econômico é a queda no nível de desemprego no país. Quando o crescimento econômico é negativo por dois trimestres consecutivos, o período é chamado de recessão.
Inflação ou deflação: A inflação representa um aumento geral do nível de preços de produtos e serviços em certo período de tempo, diminuindo o poder aquisitivo dos compradores. A deflação, por outro lado, é um declínio substancial no nível geral dos preços de bens e serviços, significando que o poder aquisitivo da moeda aumentou. O empreendedor precisa estar atento a esses indicadores, pois afetarão a atividade operacional do empreendimento, os custos dos produtos, e consequentemente, aumentando os preços finais dos produtos.
Taxa de juros: Os empreendedores devem estar sempre atentos às taxas de juros, pois elas determinarão o quanto se pagará por um empréstimo e os rendimentos do empreendimento, sendo um fator determinante na viabilização dos negócios. No Brasil, a taxa básica de juros é a Selic, determinada pelo Banco Central brasileiro.
, conjuntura do mercado:
A Conjuntura de Mercado compõe-se de quatro fatores: demanda de produtos e serviços, competição no mercado, mercado de trabalho e regulamentação governamental.
demanda de produtos :Tem influência significativa no desempenho do empreendimento.
A demanda é afetada pelo ambiente macroeconômico, pela renda dos clientes e pelas preferências dos consumidores
mercado de trabalho:Algumas empresas têm características especiais em seus colaboradores. 
Os custos de mão de obra são maiores em setores específicos, pois requerem especialistas.
A existência de sindicatos aumenta os custos da mão de obra e pode possibilitar greves.
, competição no mercado : Cada empresa atua em determinado segmento ou nicho de mercado, que irá definir o seu modelo de negócio, seus padrões de qualidade e seus competidores. O nível de competitividade varia de acordo com a quantidade de empresas e suas vantagens competitivas. Quando o empreendimento enfrenta poucos concorrentes, a lucratividade tende a ser maior. O empreendedor deve conhecer os seus concorrentes para verificar suas chances reais de obter sucesso.
regulamentação governamental: Todas as atividades estão sujeitas a algum tipo de regulamentação. 
Um empreendedor deve examinar todas as regulamentações e possíveis mudanças nas normas da atividade escolhida.
Conjuntura global - globalização e concorrência
Globalização significa aumento da competição internacional e do livre comércio entre os países, gerando uma busca das empresas pelas vantagens competitivas de alta qualidade e preço baixo. A concorrência global devastou empresas em todo o mundo, mas também trouxe grandes benefícios para quem não ficou parado. Os padrões de qualidade e eficiência tornaram-se universais, trazendo uma preocupação com a qualificação da mão de obra, melhor aproveitamento dos recursos, aprimoramento contínuo e uma busca sem fim pelo encantamento e fidelização do cliente.
Uma empresa não pode ficar à margem do processo de globalização, pois com a liberação do comércio, vem a liberdade dos consumidores com acesso a bens e serviços variados, podendo escolher onde irão comprar seus produtos ou serviços. Com liberdade de escolha, o consumidor fica mais exigente, buscando o melhor no mercado, aumentando assim a concorrência das empresas por um cliente. Além disso, para uma empresa ter sucesso localmente, precisa ter atributos que a tornem competitiva em qualquer lugar do mundo.
Participar do mercado internacional é uma perspectiva concreta para muitos empreendedores, mas o cenário fica ainda mais complexo. O empreendedor pode participar do mercado internacional através da importação  e da exportação. Outras modalidades também podem ser consideradas, como parcerias com empresas estrangeiras ou compras de empresas no exterior.
Para que um empreendedor entre no mercado internacional com sucesso, deverá levar em consideração as características do país como cultura, condições econômicas, taxa de câmbio, legislação e política.
Cultura: O empreendedor deve aprender a cultura do país no qual pretende fazer negócios, oferecendo produtos e serviços adequados ao consumidor. Uma decisão que não considere fatores culturais pode ser determinante para o fracasso do negócio. A manifestação mais visível da cultura é a língua, gerando ajustes nas embalagens e contratação de pessoas nativas para desempenhar negociações de sucesso. Outras diferenças culturais são determinadas por hábitos, crenças e atitudes em relação aos produtos, como o Mc Donald’s, que vende hambúrguer vegetal na Índia.
Condições econômicas: O empreendedor deverá estar atento às condições econômicas do país em que quer negociar, para prever a demanda por seus produtos. Os principais fatores a serem avaliados são o crescimento econômico e a inflação.
Taxa cambial: Cada país tem a sua moeda, mas a moeda comercial no mundo é o dólar norte-americano. Portanto, toda moeda tem sua cotação em relação ao dólar. 
O empreendedor precisa fazer um acompanhamento constante, pois a variação da moeda é frequente, afetando os custos de fabricação, preço de venda e negociações.
Legislação e política: Os governos podem interferir nos negócios internacionais de várias maneiras. Algumas formas legais e políticas dos governos sobre os negócios internacionais são as seguintes:
 - Cota - Imposição que restringe o número de produtos de certos tipos que podem ser importados para o país. É uma forma de proteger os produtos domésticos.
 - Embargo – Ordem de proibir a exportação ou importação de determinado(s) produto(s) de certo país, defendendo-se contra bactérias, doenças etc.
 - Tarifa – É a taxa de importação de produtos, aumentando diretamente os preços dos produtos importados.
 - Subsídio – Colaboração financeira dos governos para ajudar os empreendedores nacionais a competir com empresas estrangeiras,diminuindo os preços dos produtos nacionais em relação aos produtos similares importados.
Risco Político: Representa o risco de que a situação política de um país afete os negócios do empreendedor de forma adversa. O empreendedor precisa entender como as características do governo do país em que está negociando podem afetar seus negócios. 
Crises políticas têm ocorrido em muitos países e governos podem impor inesperadamente taxas ou, em casos extremos, confiscar as propriedades locais de companhias estrangeiras.
Aula 4: Planejamento e estratégia
Planejamento
De acordo com Peter Drucker, a finalidade do processo de planejamento é enfrentar a incerteza do futuro. Desta forma, o processo de planejamento é uma cadeia de objetivos e meios, que interfere na realidade para atingir uma realidade desejada, dentro de um intervalo de tempo. Planejar consiste em tomar três tipos de decisões:
• Definir objetivos ou resultados – qual situação deverá ser alcançada;
• Definir um ou mais cursos de ação – caminhos para atingir o objetivo;
• Definir meios de execução – previsão dos recursos necessários para realizar o objetivo.
Estratégia e planejamento estratégico
Estratégico significa tudo o que é importante para a realização dos objetivos de mais alto nível da empresa. Todas as empresas (pequenos negócios informais ou grandes corporações) têm estratégia e planejamento estratégico, de forma explícita ou implícita. À medida que a empresa cresce, as práticas de planejamento estratégico evoluem, para sustentar seu desenvolvimento.
Planejamento estrategico: Processo contínuo de determinação da missão e objetivos da empresa no contexto de seu ambiente externo e de seus pontos fortes e fracos internos, formulação das estratégias apropriadas, implementação dessas estratégias e execução do controle para assegurar que as estratégias organizacionais sejam bem-sucedidas quanto ao alcance dos objetivos.
Estrategia: Do grego stratègós, que significa “arte do general”. Define o campo de atuação, o que a organização é e pretende em um meio maior.
 
“Estratégia significa fazer escolhas claras sobre como competir. Não se pode ser tudo para todos, não importa o tamanho do negócio ou a profundidade do seu bolso” (Jack Welch).
 
A estratégia refere-se aos planos da alta administração para alcançar resultados consistentes com a missão e os objetivos gerais da organização. Pode-se encarar estratégia de três pontos de vantagem:
 
- Formulação (desenvolvimento) da estratégia;
- Implementação da estratégia (colocá-la em ação);
- Controle da estratégia (modificar a estratégia ou sua implementação).
Etapas do planejamento estratégico
Planejamento estratégico é o processo de definir a estratégia da empresa, englobando as seguintes etapas:
Definição do negócio e missão; Análise SWOT; Definição de objetivos estratégicos e visão; Vantagens competitivas;I mplementação da estratégia; Acompanhamento e controle da estratégia; Reinício do ciclo.
Definição do negócio e missão
O negócio e missão é o coração da empresa e do plano estratégico. Sua definição é a base de todo o planejamento estratégico. Vamos entender as diferenças entre negócio e missão:
Negocio: É o que sua empresa oferece em troca do dinheiro dos consumidores.
Missao: Resumindo, a missão é a razão de ser da organização, identifica o motivo pelo qual ela existe, define a sua vocação, orienta todas as atividades da organização, traz os objetivos do negócio, a forma de atingi-los e os principais valores da empresa.
A nálise SWOT ou FOFA (FORÇAS, OPORTUNIDADES, FRAQUEZAS e AMEAÇAS)
Uma organização é um sistema aberto, isto é, recebe influências do ambiente ao mesmo tempo em que o influencia. Desta forma, para que a empresa possa sobreviver e se desenvolver, é preciso que monitore o ambiente constantemente e se antecipe aos acontecimentos. Os especialistas em estratégia recomendam que os empreendedores, para escolher um negócio, precisam entender o que têm de enfrentar, e ao mesmo tempo, avaliar os recursos com os quais podem contar, ou seja, precisam aplicar a análise SWOT ou FOFA .
Definição de objetivos estratégicos e visão
Visao: o que será e como estará a empresa no futuro, orientando seus colaboradores na tomada de decisão.
objetivos estratégicos: Os objetivos são resultados desejados ou estados futuros que a empresa pretende alcançar por meio da aplicação de esforços e recursos. Os objetivos estratégicos detalham as estratégias, definindo os resultados mais importantes desejados pelo empreendedor, e fornecem o roteiro para as pessoas agirem. As estratégias sempre estão associadas a objetivos estratégicos.
 
Os objetivos estratégicos podem ser qualitativos (por ex.: investir em uma nova unidade produtiva) ou quantitativos (porcentual de retorno sobre o investimento). Nas duas formas, os objetivos transformam-se em indicadores críticos de desempenho (key performance indicators)
Vantagens competitivas:
São atributos que fazem um produto, serviço ou empresa ter a preferência dos clientes e superioridade sobre os concorrentes. A vantagem competitiva sustentada refere-se a estratégias valiosas que não podem ser plenamente copiadas pelos concorrentes. O objetivo é aproveitar-se das forças, maximizando-as, e minimizar ou eliminar as fraquezas. As principais vantagens competitivas que uma empresa pode desenvolver são: Qualidade de produto e ausência de deficiências; eficiência e baixo custo das operações e dos recursos; liderança na inovação; disponibilidade e desempenho da assistência técnica ou dos serviços pós venda etc.
Implementação da estratégia:
Estrutura organizacional: Deve ser adaptada ao tipo de operação e aos objetivos da empresa. A organização das pessoas e dos recursos é o principal instrumento para a realização da estratégia. A estrutura desenhada no organograma, com suas unidades de negócios e áreas funcionais, é o retrato da estratégia explícita ou implícita. O organograma mostra as áreas em que a empresa está atuando e as formas de lidar com os mercados e clientes. As descrições de cargos refletem as atividades que as pessoas devem executar, orientadas pelas políticas e planos operacionais.
Planejamento nas áreas funcionais: Os planos de ação que colocam em prática a estratégia corporativa são desenhados e executados pelas áreas funcionais da organização: produção ou operações, finanças, administração, recursos humanos, marketing e vendas. Dentro dessas áreas funcionais, as pessoas, com suas responsabilidades definidas pelas decisões sobre a estrutura organizacional, definem ações específicas e as realizam por meio da utilização dos recursos.
Políticas: São decisões programadas que orientam outras decisões no dia a dia da administração. As políticas orientam pessoas, atividades e decisões dentro da organização, para que as estratégias possam ser realizadas. De forma geral, as políticas focalizam o comportamento das áreas funcionais e as relações da organização com seus funcionários, clientes, competidores, fornecedores etc.
Planos operacionais: São instrumentos para a implementação da estratégia, utilizados para a tomada de decisões no futuro, como cronogramas, decisões, orçamentos, normas e procedimentos. Exemplo: Manuais de procedimentos.
Projetos: São atividades temporárias que têm como objetivo fornecer um produto físico (nova fábrica), um conceito (novo sistema de informação), um evento (festa de lançamento de um produto) ou uma combinação destes.
Acompanhamento e controle da estratégia
Depois de implementar e executar as estratégias, o empreendedor deverá monitorar e controlar se tudo funcionou conforme o planejado. Monitorar consiste em acompanhar a execução da estratégia, por meio do levantamento de dados, e controlar consiste em comparar os dados com os objetivos, para verificar se há conformidade.
 
O monitoramento e o controle devem ser feitos com base nos indicadores de desempenho usados para definir os objetivos estratégicos da empresa (KPIs, ou seja, key performance indicators). Além disso, também épreciso fazer um acompanhamento constante das ameaças e oportunidades do ambiente interno e externo, pois as empresas estão em um ambiente de constantes mudanças.
Reinício do ciclo
A administração estratégica é um processo contínuo, pois a qualquer momento um fato novo pode comprometer a realização dos objetivos e provocar sua redefinição. Os sistemas internos, assim como o ambiente externo, são dinâmicos e propõem desafios constantemente. A cada momento, o ciclo de planejamento pode ser reiniciado, com bases nas informações de controle. As informações recebidas na função controle serão os recursos para o início de um novo planejamento, gerando um ciclo.
Benefícios do planejamento estratégico
• Indica os problemas que podem surgir antes que ocorram;
• Ajuda os administradores a serem genuinamente mais interessados na organização;
• Alerta a organização para as mudanças e permite ações de pronta-resposta;
• Identifica qualquer necessidade e redefinição na natureza do negócio;
• Permite que os administradores tenham uma clara visão do negócio;
• Facilita a identificação e exploração de futuras oportunidades de mercado;
• Oferece uma visão objetiva dos problemas de administração;
• Torna mais efetiva a alocação de tempo e recursos para a identificação de oportunidades;
• Permite a integração de todas as funções de marketing em um esforço combinado;
• Minimiza os recursos e o tempo necessários para a tomada de decisões;
• Cria uma estrutura de comunicação interna;
• Permite ordenar as prioridades dentro do cronograma do plano;
• Ajuda a ordenar as ações individuais, dirigindo-as para o esforço global;
• Serve de base para o esclarecimento de responsabilidades individuais e contribui para a motivação;
• Estimula cooperação, integração e entusiasmo para enfrentar desafios e oportunidades.
Aula 5: Organização da Empresa
Processo de Organização
Organizar é definir as responsabilidades de todos que trabalham na organização, evitando omissões, trabalho redobrado e confusões. Para organizar a empresa, comece pelo plano estratégico, pois a estrutura segue a estratégia. Portanto, o empreendedor, começando pelos objetivos ou missão da empresa, deverá identificar as funções da empresa, transformar as funções em departamentos, definir as responsabilidades das pessoas e desenhar a estrutura organizacional.
Funções da empresa
São as tarefas principais necessárias para realizar os objetivos da empresa, divididas em Suprimentos, Operações, Marketing e Vendas, Finanças e Recursos Humanos. A coordenação dessas funções especializadas é o papel do administrador ou gestor geral.
Operações (Produção)
O objetivo desta função é fornecer o produto ou serviço da empresa, através da transformação de matérias-primas, componentes, mão de obra e outros recursos em bens e serviços vendidos aos clientes. Cada tipo de empresa tem um sistema próprio de Operações.
Todas as atividades necessárias para fazer esta transformação estão incluídas na função Operações, como identificação e contratação de fornecedores, compras, transporte de suprimentos, distribuição de produtos acabados etc. Todas estas atividades dispõem-se em uma Cadeia de Suprimentos, que vai desde as fontes de matérias-primas até o consumidor final.
Marketing e Vendas
O objetivo desta função é estabelecer e manter a ligação da empresa com seus clientes e abrange atividades como:
Pesquisa – identificação dos interesses, necessidades e tendências de mercado;
Desenvolvimento de produtos – criação de produtos e serviços (nomes, marcas, preços, informações) de acordo com as necessidades dos clientes;
Vendas – oferecimento de produtos para aquisição pelos clientes;
Distribuição – desenvolvimento de canais de distribuição e gestão dos pontos de venda;
Promoção – comunicação com o público-alvo, por meio de atividades como propaganda, publicidade e promoções nos pontos de venda.
Finanças
O objetivo desta função é cuidar do dinheiro da empresa, para protegê-lo e promover sua utilização eficaz. Isto inclui a maximização do retorno dos investimentos e a manutenção de certo grau de liquidez, para o cumprimento das obrigações. Esta função abrange as decisões de:
Investimento – Avaliação e escolha de alternativas de aplicação de recursos;
Financiamento – Identificação e escolha de alternativas de fontes de recursos;
Controle – Acompanhamento e avaliação dos resultados financeiros das operações;
Destinação dos resultados – Seleção de alternativas para utilização dos resultados financeiros da empresa.
Recursos Humanos (ou Gestão de Pessoas)
O objetivo desta função é encontrar, atrair e reter as pessoas de que a empresa precisa. Seus componentes são os seguintes:
Planejamento de mão de obra: Definição da quantidade de pessoas necessárias para a empresa e das competências que elas devem ter;
Recrutamento e Seleção: Localização, busca e obtenção de pessoas com as competências apropriadas para a empresa;
Capacitação: Aprimoramento do potencial e das competências das pessoas;
Administração ou Avaliação do Desempenho: Acompanhamento e avaliação do desempenho e manutenção de ações que promovam a motivação e o aprimoramento do desempenho das pessoas;
Administração de Pessoal: Registro de pessoal, manutenção de arquivos e prontuários, contagem de tempo de serviço, folhas de pagamento e administração de carreiras.
Estrutura organizacional – organograma
Conjunto de unidades interligadas através de relações funcionais e hierárquicas, integrando os recursos para alcançar os objetivos.
• Retrata a configuração dos órgãos da organização, sua interdependência e funcionamento;
 
• É a atividade organizadora dos recursos da organização e suas interações;
 
• Gráfico que mostra as relações funcionais, os fluxos de autoridade e responsabilidade, e as funções organizacionais da empresa;
 
• Emprega todos os recursos disponíveis a fim de alcançar os objetivos determinados.
Objetivos do organograma
• Dividir o trabalho de forma eficiente;
• Determinar os tipos de relações de autoridade;
• Criar relações de comando;
• Alinhar os níveis hierárquicos;
• Coordenar o processo de tomada de decisão;
• Identificar as relações funcionais.
Vantagens do organograma
Facilitar a identificação de:
• Funções importantes que estão sendo negligenciadas;
• Funções secundárias com muita importância;
• Duplicação de funções;
• Funções mal distribuídas.
Departamentalização - criação de departamentos
Definidos os objetivos, e identificadas as funções, o trabalho a ser realizado é dividido em departamentos. Departamento designa uma área, setor ou divisão que concentra atividades e recursos para o desempenho de tarefas, cuja autoridade está delimitada aos seus domínios. É uma forma de agrupar as atividades em áreas delimitadas com atributos, recursos, responsabilidades e objetivos específicos.
Objetivos da Departamentalização:
Diferenciar e especializar as áreas;
Surge pela necessidade de organização;
À medida que a organização cresce e fica mais complexa, necessita mais organização;
A especialização de atividades e a divisão do trabalho tornam-se essenciais para a organização.
Tipos de departamentalização
Mesmo que as funções das empresas sejam parecidas, a forma de dividir o trabalho varia de uma para outra. Cada departamento pode ficar responsável por toda uma função, um grupo de tarefas, um tipo de cliente, um produto ou uma área geográfica.
Departamentalização por Pessoas:
A forma mais simples de montar uma estrutura organizacional é designar responsabilidades para as pessoas, de acordo com suas competências. A estrutura organizacional muda de acordo com o deslocamento das pessoas para a execução de tarefas. Este critério de organização é muito comum em pequenas empresas, também conhecido como humanograma, gerando uma estrutura eficaz, com uma comunicação direta. No entanto, com o crescimento, essas vantagens tornam-se desvantagens.
Departamentalização por Funções (ou Funcional):
Consiste em atribuir a cadadepartamento a responsabilidade por uma função da empresa. É apropriado tanto para empresas de pequeno porte quanto para grandes corporações, quando as operações são simples (poucos produtos ou serviços). Organizada com base nas funções exercidas, formada pelo somatório de atividades e tarefas que apresentem similaridade entre si, agrupando os especialistas sob uma única chefia e propiciando máxima utilização dos recursos e das habilidades das pessoas.
Departamentalização por Produtos ou Serviços:
Adequada quando a empresa produz mais de um produto ou serviço, com diferenças significativas entre eles. As lojas dos supermercados são organizadas desta forma, com departamentos de alimentos, produtos de limpeza, padaria e açougue. As responsabilidades pelas tarefas são claras, e as necessidades de planejamento, fornecimento e distribuição de cada produto ou serviço são tratadas de forma altamente especializada. No entanto, como nessa estrutura as decisões são descentralizadas, há um risco de duplicação de esforços e perda de eficiência.
Departamentalização por Clientes ou Clientela:
Agrupamento de acordo com o tipo de cliente para quem o trabalho se destina, levando em consideração as necessidades e características de cada grupo de clientes. É uma forma segura de especializar, personalizar o atendimento e garantir a satisfação dos clientes. Os hospitais organizam seus serviços em função de casos infantis, adultos, emergência etc.
Departamentalização Territorial, Regional ou Geográfica:
Agrupamento de acordo com o local onde será executado. Deverão ser agrupadas no melhor interesse da região de atuação. A atuação do departamento é local e, de modo geral, opera como se fosse uma empresa independente, adaptando-se ao ambiente ao qual está inserido.
Departamentalização por Tempo:
Parcelamento das operações em componentes de tempo, proporcionando os meios para orientar as atividades numa perspectiva temporal.
Unidades de negócios
Uma unidade de negócio é um departamento responsável por uma área geográfica, mercado ou produto. Possui total autonomia sobre o negócio e compreende todas as funções da empresa com autonomia para cuidar do mercado no qual atua. Oferece a grande vantagem de concentrar recursos especializados para possibilitar o aproveitamento de muitas oportunidades diferentes.
Centralização
Concentração das decisões no topo da organização (nível institucional), com pouca ou nenhuma delegação para o nível intermediário. 
As ordens são emanadas de um só lugar ou de uma só pessoa, e as decisões são do tipo top down. 
Os níveis intermediários e operacionais são meros repetidores de ordens, não possuindo autonomia para decisões, tampouco inovação.
Descentralização
O processo decisório é delegado aos níveis intermediário e operacional, dentro de suas áreas de atuação. Significa que a maioria das decisões relativas ao trabalho que está sendo executado é tomada pelos que o executam, ou com sua participação.
O empowerment é um exemplo de descentralização e significa o fortalecimento das equipes no sentido de dotá-las de liberdade de atuação, participação nas decisões, plena autonomia no desempenho das tarefas, responsabilidade pela tarefa total e pelos resultados. Este tipo de gestão estimula a iniciativa dos participantes nos níveis inferiores, e é um meio de treinar e avaliar gestores por dar-lhes espaço para atuar e decidir.
Estruturas complexas
Além das atividades contínuas, as empresas também realizam projetos, ou seja, atividades temporárias por encomenda, que envolvem diferentes departamentos permanentes em um esforço coordenado. Para lidar com projeto, tanto internos como externos, é apropriado usar alguma forma de estrutura orientada para projetos.
 
Por outro lado, as atividades contínuas, interligadas com alto grau de coordenação entre os departamentos, exigem uma sequência de atividades interdependentes cruzando a organização permanentemente, devendo utilizar o critério da organização por processos.
Organização por Projetos
 
Projetos são atividades temporárias que têm o objetivo de entregar um produto ou serviço singular. A Organização por Projetos consiste em dividir a empresa em estruturas temporárias, cada uma delas responsável por um projeto. Esse tipo de estrutura é recomendado quando o produto ou serviço exige atendimento personalizado; envolve volume expressivo de recursos; exigem investimento no desenvolvimento da solução; tem de ser entregue dentro de restrições de tempo e custo; e precisa de recursos humanos multidisciplinares.
Organização por Processos
 
Consiste em administrar as estruturas permanentes como processos interligados, e não como conjuntos de departamentos independentes, gerando mais eficiência na realização de atividades. Um processo é um conjunto ou sequência de atividades interligadas, com começo, meio e fim. Os processos fornecem a dinâmica das organizações, mobilizando as áreas funcionais para fornecer resultados. Por meio dos processos, a organização recebe recursos do ambiente externo e os transformam em produtos, informações e serviços que serão devolvidos para o ambiente.
Administração de Processos
A Administração de Processos consiste em administrar as funções permanentes com elos de uma corrente e não como departamentos isolados uns dos outros, gerando uma cadeia horizontal de processos.
A principal finalidade da administração por processos é a orientação para a eficiência e a eficácia dos processos principais, com objetivos específicos de desempenho. As funções envolvidas em um processo são administradas em seu conjunto, por meio de uma equipe. A adoção da administração por processos também é chamada horizontalização da empresa.
No modelo de administração de processos, as equipes trabalham com um propósito claro e senso de responsabilidade em relação aos objetivos mensuráveis de desempenho, sendo donos de um processo. 
Neste modelo o principal indicador de desempenho é a satisfação do cliente, e seus colaboradores devem ser recompensados pelas suas contribuições para o alcance dos resultados da empresa.
Todas as organizações podem ser desmembradasem processos que atravesamas fronteiras das areas funcionais, sendo 2 tipos:
Processos principais: Estão relacionados com a transformação de insumos em produtos destinados a clientes internos ou externos. Os processos centrais são diferentes de acordo com o ramo de negócios, mas sempre orientados para os clientes. 
Exemplos: Desenvolvimento de produtos ou serviços e atendimento aos clientes.“
Processos de apoio: Sustentam os processos primários ou medem o seu desempenho.
Exemplos: Administração financeira, Contabilidade e Recursos humanos.
Administração de Processos
Definição de responsabilidades
 
Responsabilidades são obrigações ou deveres das pessoas pela realização de tarefas ou atividades.
Cargo é conjunto de tarefas que uma pessoa deve desempenhar, sendo responsável pelos resultados.
Um departamento é um agregado de cargos.
A relação das responsabilidades de um cargo chama-se Descrição de cargo.
Autoridade
Autoridade formal é o direito legal que os chefes ou gerentes têm de dirigir ou comandar o comportamento dos integrantes de sua equipe, chamados subordinados, colaboradores ou funcionários.
 
Autoridade também significa o poder de utilizar ou comprometer os recursos organizacionais. A autoridade é a contrapartida da responsabilidade, pois como os gerentes têm responsabilidade pelo desempenho de outras pessoas, as organizações lhes dão autoridade sobre essas mesmas pessoas. Clique nos boxes abaixo.
Autoridade de Linha ou Linear
Desce diretamente de cada chefe para os integrantes de sua equipe, desde o executivo principal até o nível do funcionário operacional.
Autoridade de Assessoria ou LINHA-STAFF
São órgãos que ficam ao lado da linha, para auxiliar os gerentes de todos os níveis na análise de problemas e tomada de decisões. É o modelo mais utilizado. O staff exerce autoridade de idéias.
Autoridade Funcional
É exercidapelos departamentos de apoio sobre os demais departamentos da estrutura funcional, por meio de respostas a consultas ou da formulação e aplicação de políticas e procedimentos. Comunicação entre os níveis e cargos se dá pela especialização de tarefas. Os supervisores são especialistas.
Hierarquia:
A autoridade divide-se verticalmente em níveis, onde as pessoas que estão em um determinado nível têm autoridade sobre as que estão no nível inferior. Inversamente, em qualquer nível, as pessoas têm responsabilidades e prestam contas para as que estão acima. Essa disposição da autoridade em níveis chama-se hierarquia ou cadeia de comando. 
A quantidade de níveis chama-se número de escalões hierárquicos.
Amplitude de controle ou comando:
Define o número de subordinados que cada gestor poderá supervisionar. Esse número depende de diversos fatores como tecnologia, qualificação do trabalhador, tipo de trabalho, etc. A amplitude de controle depende do número de níveis hierárquicos. Muitos níveis hierárquicos significam grande quantidade de chefes e uma pequena amplitude de controle.  As pequenas amplitudes de controle se caracterizam pela rigidez de comando, enquanto nas grandes há maior delegação de poder aos subordinados.
Revisao 1 a 5

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