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CAPITULO 4 FUNDAMENTOS PSICOLOGICOS DA EDUCAÇÃO

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CAPITULO 4 – FUNDAMENTOS PSICOLOGICOS DA EDUCAÇÃO 
A DIMENSÃO CONSTRUTIVISTA EM JEAN PIAGET: 
O DESENVOLVIEMNTO DO CONHECIMENTO DOS SERES HUMANOS 
ALEX CESÁRIO DE OLIVEIRA – RU:1672861 
PAP CONGONHAS – MINAS GERAIS 
LICENCIATURA EM MATEMÁTICA 
Síntese: 
4.1 – Jean Piaget: um garoto prodígio 
1) Nasceu em 9 de agosto de 1896, em Neuchâtel, na Suíça. 
2) Filho de um professor de história medieval e de uma devota religiosa. 
3) 1915 aos 19 anos licenciou-se em Ciências Naturais, e em seguida também em filosofia, além de 
ter muito interesse por religião, sociologia e psicologia. 
4) Estudou no laboratório de G.E.Lippse na clínica psiquiátrica de Bleuer momentos em que adquiriu 
a convicção de que a psicologia experimental poderia contribuir para a investigação 
epistemológica. 
5) 1918, com 22 anos finalizou sua tese de doutorado na área de biologia, ocasião em que entrou 
em contato as discussões da teoria da evolução de Charles Darwin. 
4.2 – A epistemologia genética de Piaget 
1) Concebeu que a criança possui uma lógica de funcionamento mental que difere 
qualitativamente da lógica do funcionamento menta do adulto. 
2) Propôs-se a investigar COMO, ATRAVES DE QUAIS MECANISMOS, a lógica infantil se 
transforma em logica adulta. 
Esquema: 
Autores sugerem que imaginemos um arquivo de dados na nossa cabeça. Os esquemas são análogos 
às fichas deste arquivo, ou seja, são as estruturas mentais ou cognitivas pelas quais os indivíduos 
intelectualmente organizam o meio. 
São estruturas que se modificam com o desenvolvimento mental e que tornam-se cada vez mais 
refinadas à medida em que a criança torna-se mais apta a generalizar os estímulos. 
Por este motivo, os esquemas cognitivos do adulto são derivados dos esquemas sensório-motores da 
criança e, os processos responsáveis por esses mudanças nas estruturas cognitivas são assimilação e 
acomodação. 
 
Assimilação: 
É o processo cognitivo de colocar (classificar) novos eventos em esquemas existentes. É a 
incorporação de elementos do meio externo (objeto, acontecimento, ...) a um esquema ou estrutura do 
sujeito. 
Em outras palavras, é o processo pelo qual o indivíduo cognitivamente capta o ambiente e o organiza 
possibilitando, assim, a ampliação de seus esquemas. 
Na assimilação o indivíduo usa as estruturas que já possui. 
 
Acomodação: 
É a modificação de um esquema ou de uma estrutura em função das particularidades do objeto a ser 
assimilado. 
A acomodação pode ser de duas formas, visto que se pode ter duas alternativas: 
 
 Criar um novo esquema no qual se possa encaixar o novo estímulo, ou 
 Modificar um já existente de modo que o estímulo possa ser incluído nele. 
Após ter havido a acomodação, a criança tenta novamente encaixar o estímulo no esquema e aí ocorre 
a assimilação. 
Por isso, a acomodação não é determinada pelo objeto e sim pela atividade do sujeito sobre este, para 
tentar assimilá-lo. 
O balanço entre assimilação e acomodação é chamado de adaptação. 
 
Equilibração: 
É o processo da passagem de uma situação de menor equilíbrio para uma de maior equilíbrio. Uma 
fonte de desequilíbrio ocorre quando se espera que uma situação ocorra de determinada maneira, e 
esta não acontece. 
 
4.3 – O desenvolvimento da inteligência: da infância à vida adulta 
1) Para Piaget o desenvolvimento cognitivo é um processo de equilibrações sucessivas, 
estruturadas em etapas ou fases, cada etapa define um momento de desenvolvimento do qual a 
criança constrói certas estruturas cognitivas. Piaget dá a essas etapas, fases ou períodos do 
desenvolvimento da inteligência infantil as seguintes dominações: sensório-motor, pré-operatório, 
operacional concreto e operacional formal. 
Estágios: 
Estágio sensório-
motor (do 
nascimento até 
aprox. 2 anos) 
Está dividido em três subestágios, sendo marcado, inicialmente por 
coordenações sensoriais e motoras do fundo hereditário (reflexos, 
necessidades nutricionais). Posteriormente ocorre organização das 
percepções e hábitos. Por último, é caracterizado pela inteligência prática, que 
se refere a utilização, de percepções e de movimentos organizados em 
“esquemas de ação”, que gradativamente vão se tornando intencionais, 
dirigidos a um resultado. A criança começa a perceber que os objetos a sua 
volta continuam a existir, mesmo que não estejam sob seu campo de visão. 
Estágio pré-
operatório (entre 2 e 
os 6/7 anos) 
Surgimento da função simbólica, aparecimento da linguagem oral. 
Característica egocêntrica de pensamento (centralizados nos próprios pontos 
de vista), linguagem e modos de interação. A lógica do pensamento depende 
da percepção imediata e as operações mentais reversíveis não são possíveis. 
Estágio operatório 
concreto (entre os 
6/7 e os 11/12 anos) 
Pensamento mais compatível com a lógica da realidade, embora ainda precise 
da realidade concreta. Reversibilidade de pensamentos. Uma operação 
matemática, por exemplo pode ser reversível. Compreende gradativamente 
noções lógico-matemáticas de conservação da massa, volume, de 
classificação etc. O egocentrismo diminui, surgindo um moral de cooperação e 
respeito mútuo (moral de obediência) 
Estagio operatório 
formal (por volta dos 
11/12 anos em 
diante) 
Pensamento hipotético-dedutivo. Capacidade de abstração. O egocentrismo 
tende a desaparecer. Construção da autonomia, com avanços significativos 
nos processos de socialização. 
 
4.4 – A concepção construtivista de Piaget e seus reflexos no processo de ensino-
aprendizagem 
1) Aprendizagem inspirada nos estudos de Piaget e amplamente difundida nas instituições 
escolares: 
 Posto que oferece importância aos processos de compreensão, é uma aprendizagem 
cognitiva, não mecanicista; 
 Revela-se estrutural e não meramente associativa; 
 Define-se como interacionista, salientando a importância das relações reversíveis entre o 
sujeito e o meio ambiente. É construtivista, e não inatista ou empirista; 
 Desenvolve-se centrada no conceito de competência, de capacidade de fornecimento de 
resposta, tendo como condições os estágios de desenvolvimentos percorridos pela 
criança. 
 Concede relevo aos processos de equilibração (condição que possibilita a estabilidade das 
aquisições do sujeito em seus processos de desenvolvimento e de aprendizagem).

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