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Kaique Antônio Moreno Leão de Azevedo – Medicina 3º Período ROTEIRO NEUROANATOMIA P2 NERVOS EM GERAL - Nervos: Feixes de fibras nervosas que unem o SNC aos órgãos periféricos. - Suas fibras são mielínicas com neurilema; exceto: a) Nervo óptico: mielínica sem neurilema b) Nervo olfatório: amielínica com neurilema - Podem ser do tipo: 1. Nervos Cranianos 2. Nervos Espinhais - São muito vascularizados, são quase totalmente desprovidos de sensibilidade, podem ser bifurcar ou anastomosar (próximo as terminações ramificam-se muito). - Dor fantasma: indivíduo sente dor em um membro que não existe (a sensação dolorosa é sentida não no ponto estimulado, mas no território sensitivo que ele inerva). - Maior calibre do nervo = maior velocidade. - Origem Real: Local onde estão localizados os corpos dos neurônios. - Origem Aparente: Ponto de emergência ou entrada do nervo na superfície do SNC. a) Origem aparente dos nervos espinhais: sulco lateral anterior e lateral posterior da medula. b) Origem aparente dos nervos cranianos: vários orifícios na base do crânio. - Impulsos nervosos sensitivos: conduzidos do prolongamento periférico para o central e admite-se que não passam pelo corpo celular (neurônios pseudo-unipolares com seus corpos celulares localizados nos gânglios das raízes dorsais dos nervos espinhais e gânglios de alguns nervos cranianos). - Impulsos nervosos motores: conduzidos do corpo celular para o efetuador. - Secção ou esmagamento de um nervo periférico: ocorre degeneração da parte distal do axônio e sua bainha de mielina, estendendo-se em direção proximal até estrangulamento dos nódulos de Ranvier. • Mais próximo da lesão ocorre Cromatólise (o corpo celular sofre tumefação, com o desaparecimento dos corpúsculos de Nissl) • Maior a distância da lesão = menor o grau de cromatólise - As fibras nervosas do SNP: se regeneram quando lesadas. - As fibras nervosas do SNC: não regeneram quando lesadas. - Capacidade de regeneração: presença de lâmina basal e laminina (não há no SNC). - Inibição de regeneração no SNC: a) Cicatriz astrocitária (barreira mecânica e química) b) Inibidores associados à bainha de mielina - Nem todo impulso aferente é sensitivo: • Todos os impulsos nervosos que penetram no SNC são aferentes. • Aqueles que despertam alguma forma de sensação, são sensitivos. - Receptores livres: • São os mais frequentes e localizam-se em toda a pele. • Além do tato são responsáveis pela sensibilidade térmica e dolorosa (um determinado receptor livre é responsável apenas por uma dessas de sensibilidade). - Receptores encapsulados: • Mais complexos que os livres (intensa ramificação da extremidade do axônio no interior de uma capsula conjuntiva). • Fazem parte: os corpúsculos sensitivos da pele, fusos neuromusculares e neurotendíneos. Kaique Antônio Moreno Leão de Azevedo – Medicina 3º Período - Exteroceptores: localizam-se na superfície externa do corpo (calor, frio, tato, pressão, luz e som). - Proprioceptores: localizam-se mais profundamente, situando-se nos músculos, tendões, ligamentos e cápsulas articulares. • Consciente: Responsáveis pelo sentido de posição e de movimento mesmo de olhos fechados. • Inconsciente: Não despertam nenhuma sensação (regulam a atividade muscular). - Interoceptores: localizam-se nas vísceras e nos vasos (origem a sensações viscerais). - Nervos espinhais: nervos que fazem conexão com a medula espinhal. • Inerva: tronco, membros e partes da cabeça. • 31 pares (31 segmentos medulares). • Formação: raiz dorsal + raiz ventral. Kaique Antônio Moreno Leão de Azevedo – Medicina 3º Período Válido somente para Nervos Espinhais - Trajeto dos Nervos Espinhais: a) Trajeto Superficial = Sensitivo b) Trajeto Profundo = Motor - OBS: Os nervos alcançam seu destino final pelo seu caminho mais curto. - Nervos Plurissegmentais: fibras de diferentes segmentos medulares (ex: nervos dos plexos). - Nervos Unissegmentares: fibras de um único segmento medular (ex: nervos intercostais). - Dermátomo: Corresponde o território cutâneo inervado por fibras de uma única raiz dorsal. • Para a perda completa da sensibilidade em todos um dermátomo é necessário a secção de três raízes. - Unidade Motora: São os neurônios motores somáticos (inervação dos músculos estriados esqueléticos). - Unidade Sensitiva: Conjunto constituído por um neurônio sensitivo com todas as suas ramificações e seus receptores. Eletromiografia: - Estudo da atividade elétrica dos músculos estriados esqueléticos durante a contração muscular. - Permite avaliar o número de unidades motoras sob controle voluntário existentes nos músculos, assim como o tamanho dessas unidades. - Permite distinguir aquelas que afetam o músculo (miopatias), daquelas que afetam o neurônio (neuropatias). Kaique Antônio Moreno Leão de Azevedo – Medicina 3º Período NERVOS CRANIANOS - Fazem conexão com o encéfalo. - A maioria liga-se ao tronco encefálico. Exceto: • Nervo olfatório: se liga ao telencéfalo • Nervo óptico: se liga ao diencéfalo - Componentes funcionais dos nervos cranianos: Kaique Antônio Moreno Leão de Azevedo – Medicina 3º Período Kaique Antônio Moreno Leão de Azevedo – Medicina 3º Período INERVAÇÃO DA LÍNGUA - Inervada por 4 nervos: Nervo Trigêmeo (V): sensibilidade geral (temperatura, dor, pressão e tato) nos 2/3 anteriores. Nervo Facial (VII): sensibilidade gustativa nos 2/3 anteriores. Nervo Glossofaríngeo (IX): sensibilidade geral e gustativa no 1/3 posterior. Nervo Hipoglosso (XII): motricidade. Kaique Antônio Moreno Leão de Azevedo – Medicina 3º Período NÚCLEOS DOS NERVOS CRANIANOS - Dispõem-se no tronco encefálico em colunas longitudinais. - A coluna aferente somática (coluna do trigêmeo) continua com a substância gelatinosa da medula). - A coluna eferente visceral geral (do SNParassimpático) corresponde, na medula, à coluna lateral). - As fibras aferentes viscerais gerais e aferentes viscerais especiais vão para a mesma coluna, com isso: 7 componentes funcionais = 6 colunas É a única coluna que se estende ao longo de todo o tronco encefálico, continuando com a substância gelatinosa da medula. Kaique Antônio Moreno Leão de Azevedo – Medicina 3º Período - Importância clínica dos relfexos: Pupilares: Avaliação do estado funcional das vias aferentes e eferentes que o medeiam. Ausência do reflexo fotomotor em um paciente insconsciente indica dano no mesencéfalo. Kaique Antônio Moreno Leão de Azevedo – Medicina 3º Período SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO - Sistema Nervoso Visceral Aferente: Impulsos nervosos originados nas vísceras. As fibras aferentes (dor visceral) acompanham as fibras do Sistema Nervoso Simpático. Os impulsos nervosos aferentes viscerais, antes de penetrar no SNC, passam por gânglios sensitivos. Grande parte das fibras viscerais conduz impulsos que não se tornam conscientes. Impulsos aferentes inconscientes: importantes para a realização de vários reflexos viscerais A sensibilidade visceral difere da somática, principalmente, por ser mais difusa não permitindo localização precisa. - Diferença entre o Sistema Nervoso Somático Eferente e o Visceral Eferente (Autônomo): No caso do Sistema Nervoso Somático Eferente, os impulsos nervosos seguem e terminam em músculos estriado esquelético, além do sistema ser voluntário. No caso do Sistema Nervoso Visceral Eferente (Autônomo), os impulsos seguem e terminam em músculo estriado cardíaco, liso ou glândula, além do sistema ser involuntário. - Organização geral do Sistema Nervoso Autônomo: Corpos dos neurônios pré-ganglionares: na medula (T1 a L2) e no tronco encefálico (no tronco se agrupam formando os núcleos). T1 a L2 = Coluna Lateral. Corpos dos neurônios pós-ganglionares: nos gânglios do SNA (envolvidos por anfícitos). OBS: A fibra pós-ganglionar se diferencia histologicamente da pré-ganglionar por ser amielínica com neurilema. Kaique Antônio Moreno Leão de Azevedo – Medicina 3º Período - Diferenças entre o SNS e o SNP 1. Fibras Nervosas Colinérgicas (fibras pré-ganglionares simpáticas e parassimpáticas): liberam acetilcolina 2. Fibras Nervosas Adrenérgicas (fibras pós-ganglionares do SNS) : liberam noradrenalina - O SNS tem ação antagônica à do parassimpático em um determinado órgão. • Essa afirmação não é válida em todos os casos. - Na maioria dos órgãos a inervação autônoma é mista, simpática e parassimpática. Kaique Antônio Moreno Leão de Azevedo – Medicina 3º Período SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO: ANATOMIA DO SIMPÁTICO, PARASSIMPÁTICO E DOS PLEXOS VISCERAIS - Tronco Simpático: • Principal formação anatômica do sistema simpático. • Formação: cadeia de gânglios unidos através de ramos interganglionares. • Cada tronco simpático: estende-se de cada lado da base do crânio até o cóccix, onde termina unindo-se com o lado oposto. • Gânglios Paravertebrais: gânglios do tronco simpático que se dispõem de cada lado da coluna lateral em toda sua extensão. • Porção Cervical do Tronco Simpático: Gânglio cervical superior, médio (não é observado no homem) e inferior. • Gânglio estrelado (cérvico-torácico): união do gânglio cervical inferior com o primeiro torácico. • O número de gânglios da porção torácica do tronco simpático é usualmente menor que o dos nervos espinhais torácicos: há fusão de gânglios vizinhos. • Gânglio ímpar: gânglio coccígeo para qual convergem os dois troncos simpáticos de cada lado. - Nervos Esplâncnicos: originam-se da porção torácica do tronco simpático a partir de T5, com trajeto descendente e terminam nos gânglios pré-vertebrais. - Filetes vasculares: filetes nervosos que se acoplam à adventícia das artérias e seguem com elas até as vísceras. - Síndrome de Horner: quando as fibras simpáticas para a pupila são lesadas por processos compressivos. • Miose; Queda da pálpebra (ptose palpebral) e Vasodilatação cutânea. Kaique Antônio Moreno Leão de Azevedo – Medicina 3º Período ESTRUTURA DA MEDULA ESPINHAL - Substância Cinzenta: Neuróglia, corpos de neurônios e fibras predominantemente amielínicas. - Substância Branca: Neuróglia e fibras predominantemente mielínicas. - Núcleo: Grupo delimitados de neurônios com mesma estrutura e a mesma função (organizados em cortes, mas na verdade formam colunas longitudinais). - Córtex: Substância cinzenta que se dispõe em uma camada fina na superfície do cérebro e do cerebelo. - Tracto: Feixe de fibras com aproximadamente a mesma origem, mesma função e mesmo destino. - Formação reticular: fibras sem organização definida. - Fascículo: É um trato mais compacto. - Lemnisco: Alguns feixes de fibras sensitivas que levam impulsos nervosos ao tálamo. - Funículo: Substância branca da medula (contém vários tractos ou fascículos). - Decussação: Fibras nervosas que cruzam obliquamente o plano mediano e que tem a mesma direção. - Comissura: Fibras nervosas que cruzam perpendicularmente o plano mediano e que tem direções opostas. - Fibras de projeção: Fibras que saem fora dos limites desta área ou órgão. - Fibras de associação: Fibras que associam pontos distantes desta área ou deste órgão sem abandoná-lo. Kaique Antônio Moreno Leão de Azevedo – Medicina 3º Período VIAS ASCENDENTES: - OBS: O Tracto Córtico-Espinhal Anterior cruza o plano mediano, pouco antes de terminar, e terminam em neurônios motores situados do lado oposto a aquele no qual entraram na medula. • Tracto Córtico-Espinhal Lateral: localiza-se no funículo lateral. • Tracto Córtico-Espinhal Anterior: localiza-se no funículo anterior. VIAS DESCENDENTES: - Sensibilidade Tátil (tem duas vias na medula): 1. Direta: funículo posterior 2. Cruzada: funículo anterior Kaique Antônio Moreno Leão de Azevedo – Medicina 3º Período MESENCÉFALO Kaique Antônio Moreno Leão de Azevedo – Medicina 3º Período PONTE
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