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Vias Medulares - ascendentes (aferentes)

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Livro base: Neuroanatomia Funcional – Machado. Cap: 11,15,29
Vias Medulares
Isabella Rayane
GT 2 – Ics – 2ºp
Introdução
A função dos nervos é conduzir, através de suas fibras, impulsos nervosos do sistema nervoso central para a periferia (impulsos eferentes) e da periferia para o sistema nervoso central (impulsos aferentes
Os nervos espinhais originam-se na medula e os cranianos no encéfalo.
Nos nervos a condução dos impulsos nervoso sensitivos (ou aferentes) se faz através dos prolongamentos periféricos dos neurônios sensitivo.
Convém recordar que estes neurônios têm seu corpo localizado nos gânglios das raízes dorsais dos nervos espinhais e nos gânglios de alguns nervos cranianos.
Um nervo isolado que, então, funciona como um fio elétrico nos dois sentidos, dependendo apenas da extremidade estimulada.
	Fibras
	Características
	A
	Fibras ricamente mielinizadas dos nervos mistos e podem ainda ser divididas, quanto à velocidade de condução, em alfa, beta e gama.
	B
	Estão as fibras pré-ganglionares que serão vistas a propósito do sistema nervoso autônomo
	C
	Fibras pós-ganglionares do sistema autônomo e possivelmente algumas fibras responsáveis por impulsos dolorosos
As terminações sensitivas, quando estimuladas por uma forma adequada de energia (calor, luz etc), dão origem a um impulso nervoso que segue pela fibra em cuja extremidade elas estão localizadas. Este impulso é levado ao sistema nervoso central e, depois de um trajeto ora mais, ora menos complicado, atinge áreas específicas do cérebro, onde é 'interpretado', resultando diferentes formas de sensibilidade.
Classificação morfológica dos receptores
· Receptores especiais: são mais complexos, relacionando-se com um neuroepitélio (retina, órgão de Corti, etc) e fazem parte dos órgãos especiais do sentido: visão, audição, equilíbrio, gustação e olfação, todos localizados na cabeça.
· Receptores gerais: ocorrem em todo o corpo, fazem parte do sistema sensorial somático, que responde a diferentes estímulos como tato, temperatura, dor e postural corporal ou propriocepção.
Receptores Livres:
· Mais frequentes.
· Ocorrem em toda a pele, emergindo de redes nervosas subepiteliais e ramificando-se entre as células da epiderme.
· São as terminações das fibras nervosas sensoriais que perdem a bainha de mielina, preservando o envoltório de células de Schwann até as proximidades da ponta de cada fibra.
· Discos de Merkel: são pequenas arborizações das extremidades das fibras mielínicas que terminam em contato com células epiteliais especiais. Estão envolvidas em tato e pressão contínuos.
Receptores Encapsulados
· São mais complexos.
· Há intensa ramificação da extremidade do axônio no interior de uma cápsula conjuntiva.
· Estão compreendidos os corpúsculos sensitivos da pele, além de fusos neuromusculares e neurotendinosos.
A - Corpúsculos de Meissner: ocorrem nas papilas dérmicas, principalmente nas da pele espessa das mãos e dos pés. São receptores de tato e pressão.
B - Corpúsculos de Ruffini: ocorrem nas papilas dérmicas tanto da pele espessa das mãos e dos pés como na pele pilosa do restante do corpo. Durante muito tempo acreditou-se que seriam sensíveis ao calor. Sabe-se hoje que são receptores de tato e pressão.
C - Fusos Neuromusculares: são pequenas estruturas em forma de fuso situadas nos ventres dos músculos estriados esqueléticos. Cada fuso é consumido de uma cápsula conjuntiva que envolve de duas a dez pequenas fibras estriadas denominadas fibras intrafusais. O estiramento e alongamento das fibras intrafusais causam deformações mecânicas das terminações anuloespirais que são ativada.
D- Corpúsculo de Vater-Paccini: são os maiores receptores, tem distribuição muito ampla, ocorrendo sobretudo no tecido conjuntivo subcutâneo das mãos e dos pés ou mesmo em territórios mais profundos, como nos septos intermusculares e no periósteo. São responsáveis pela sensibilidade vibratória (capacidade de perceber estímulos mecânicos rápidos e repetitivos); são mais sensíveis a vibrações em torno de 200Hz ou 300Hz.
E- Órgãos neurotendinosos – são receptores encontrados na junção dos músculos estriados com seu tendão. Consistem de fascículos tendinosos em torno dos quais se enrolam as fibras nervosas aferentes, sendo o conjunto envolvido por uma cápsula conjuntiva.
Classificação fisiológica dos receptores
A - Quimiorreceptores: são receptores sensíveis a estímulos químicos, como os da olfação e gustação; os receptores do corpo carotídco são capazes de detectar variações no teor do oxigênio circulante.
B - Osmorreceptores: capazes de detectar variações de pressão osmótica.
C – Fotorreceptores: sensíveis à luz, como os cones e bastonetes da retina.
D- Termorreceptores: capazes de detectar frio e calor. São terminações nervosas livres.
E- Nociceptores (latim=prejudicar): são receptores ativados em situações em que há lesões de tecido, causando dor. São terminações nervosas livres.
F- Mecanorreceptores: são receptores ativados por diversos estímulos mecânicos, térmicos ou químicos, mas em intensidade suficiente para causar lesões de tecidos e dor. São terminações nervosas livres.
· Receptores de audição e de equilíbrio do ouvido interno.
· Receptores do seio carotídeo, sensíveis a mudanças da pressão arterial (barorreceptores).
· Fusos neuromusculares e órgãos neurotendinosos, sensíveis ao estiramento de músculos e tendões.
· Receptores das vísceras.
· Receptores cutâneos. Responsáveis pela sensibilidade de tato, pressão e vibração.
Classificação dos receptores pela localização.
Exteroceptores: Sensibilidade superficial. Localizam-se na superfície externa do corpo, onde são ativados por agentes esternos como calor, frio, tato, pressão, luz e som. 
Propioceptores: Sensibilidade profunda. Localizam-se mais profundamente, situando-se nos músculos, tendões, ligamentos e cápsulas articulares. Os impulsos nervosos proprioceptivos podem ser: conscientes ou. 
· Inconscientes: não despertam sensação sendo uteis ao SNC para regular a atividade muscular por meio do reflexo miotático ou dos vários centros envolvidos na atividade motora. 
· Conscientes: atingem o córtex cerebral e são responsáveis pelo sentido de posição e movimento. Ex: permitem a um indivíduo, mesmo de olhos fechados, ter percepção de seu corpo e de suas partes, bem como da atividade muscular e do movimento das articulações.
A propriocepção consciente, depende basicamente das informações trazidas ao sistema nervoso central pelos fusos neuromusculares e órgãos neurotendinosos.
Interoceptores (visceroceptores): Sensibilidade profunda. Localizam-se nas vísceras e nos vasos dando origem às sensações: fome, sede, prazer sexual ou a dor visceral. 
NERVOS ESPINHAIS
· São aqueles que fazem conexão com a medula espinhal e são responsáveis pela inervação do tronco, dos membros e partes da cabeça.
· 31 pares:
· 8 cervicais
· 12 torácicos
· 5 lombares
· 5 sacrais 
· 1 coccígeo
· Cada nervo é formado pela união das raízes dorsal e ventral. 
· Dorsal – sulco lateral porterior.
· Ventral – sulco lateral anterior.
· Se ligam através de filamentos radiculares. 
· Na raiz dorsal localiza-se o gânglio espinhal, onde encontramos os corpos dos neurônios sensitivos pseudo- unipolares. 
· A raiz ventral é formada por axônios que se originam em neurônios situados nas colunas anterior e lateral da medula. 
· Da união da raiz dorsal (sensitiva) com a ventral (motora) forma-se o tronco do nervo espinhal que é misto. 
Trajeto dos Nervos Espinhais
O tronco do nervo espinhal sai do canal vertebral pelo forame intervertebral e logo se divide em um ramo dorsal e um ventral
Os nervos originados dos plexos são plurissegmentares, ou seja, contêm fibras originadas em mais de um segmento medular. Já os nervos intercostais são unissegmentares, isto é, suas fibras se originam de um só segmento medular.
De um modo geral, os nervos alcançam o seu destino pelo caminho mais curto.
O trajeto de um nervo pode ser superficial ou profundo. Superficial = sensitivos. Profundos = motores.
DermátomosÉ o território cutâneo inervado por fibras de uma única raiz dorsal. 
O dermátomo recebe o nome da raiz que o inerva.
É importante estudar a topografia dos dermátomos para identificar lesões radiculares ou medulares. 
Importante: Mesmo na secção de uma raiz dorsal seu dermátomo não perde sua sensibilidade toda devido a raízes dorsais adjacentes que inervarem áreas sobrepostas.
MEDULA ESPINHAL
1 Substância cinzenta: tecido nervoso constituído de neuroglia, corpos de neurônios e fibras (em geral amielínicas).
2 Substância branca: tecido nervoso formado de neuroglia e fibras (em geral mielínicas).
3 Núcleo: massa de substância cinzenta dentro da substância branca (formando H).
4 Córtex: Substância cinzenta que se dispõe em uma fina camada na superfície do cérebro e cerebelo. 
5 Tracto: feixe de fibras nervosas com mesma origem, função e destino. Podem ser mielínicas ou amielínicas. Na denominação de cada tracto usam-se dos nomes: o primeiro define a origem e o segundo a terminação das fibras. Ex: tracto córtico-espinhal. 
6 Fascículo: seria como um “tracto mais compacto”. 
7 Lemnisco: “fita”. Feixes de fibras sensitivas que levam impulsos nervosos ao tálamo. 
8 Funículo: “cordão”. Usado para a substância branca da medula. Um funículo contém vários tractos ou fascículos. 
Vias Ascendentes
As fibras que formam as vias ascendentes da medula relacionam-se direta ou indiretamente com as fibras que penetram pela raiz dorsal, trazendo impulsos aferentes de várias partes do corpo.
Cada filamento radicular da raiz dorsal, ao entrar no sulco lateral posterior dividi-se em:
Grupo de fibras lateral: São mais finas, dirigem-se ao ápice da coluna posterior. 
Grupo de fibras medial: dirigem-se à face medial da coluna posterior. 
Fascículo Grácil e Cuneiforme
No funículo posterior existem dois fascículos, grácil, situado medialmente, e cuneiforme, situado lateralmente, separados pelo septo intermédio posterior. 
Estes fascículos são formados pelos ramos ascendentes longos das fibras do grupo medial da raiz dorsal, que sobem no funículo para terminar no bulbo. Na realidade, estas fibras nada mais são que os prolongamentos centrais dos neurônios sensitivos situados nos gânglios espinhais.
Fascículo grácil: 
· Inicia-se no limite caudal da medula.
· É formado por fibras que penetram na medula pelas raízes coecígea, sacrais, lombares e torácicas baixas, terminando no núcleo grácil, situado no tubérculo do núcleo grácil do bulbo .
· Conduz impulsos provenientes dos membros inferiores e da metade inferior do tronco e pode ser identificado em toda a extensão da medula.
Fascículo Cuneiforme:
· É evidente apenas a partir da medula torácica alta, 
· É formado por fibras que penetram pelas raízes cervicais e torácicas superiores, terminando no núcleo cuneiforme - situado no tubérculo do núcleo cuneiforme do bulbo
· Conduz impulsos originados nos membros superiores e na metade superior do tronco.
Vias Ascendentes do Funículo Posterior
O funículo posterior da medula é funcionalmente homogêneo, conduzindo impulsos nervosos relacionados com:
A- Propriocepção consciente: permite – sem o auxílio da visão – situar uma parte do corpo ou perceber seu movimento. 
B- Tato epicrítico (discriminativo): permite localizar e descrever as características táteis de um objeto. 
C- Sensibilidade vibratória: percepção de vibrações. Diapasão. A perda da sensibilidade vibratória é um dos sinais precoces da lesão do funículo posterior.
D- Estereognosia: capacidade de perceber com as mãos a forma e o tamanho de um objeto.
 
Vias Ascendentes do Funículo Anterior
No funículo anterior localiza-se o trato espino-talâmico anterior, formado por axônios de neurônios cordonais de projeção situados na coluna posterior.
Trato espino-talâmico: Terminam no tálamo e levam impulsos de pressão e de tato protopático. 
A sensibilidade tátil tem duas vias na medula: uma direta (funículo posterior) e outra cruzada (funículo anterior)
Vias Ascendentes do Funículo Lateral
Tracto espino-talâmico lateral: neurônios cordonais de projeção situados na coluna posterior emitem axônios que cruzam o plano mediano da comissura branca e atingem o funículo lateral. Conduz impulsos de temperatura e dor.
Fibras espino-reticulares: conduzem também impulsos dolorosos. Fazem sinapse na formação reticular do tronco encefálico, onde originam-se as fibras retículo-talâmicas: via espino-retículo-talâmica. 
Vias ascendentes para o cerebelo
Tracto espino-cerebelar posterior: neurônios cordonais de projeção situados no núcleo torácico da coluna posterior emitem axônios que adentram o funículo lateral do mesmo lado. As fibras penetram no cerebelo pelo pedúnculo cerebelar inferior levando impulsos de propriocepção inconsciente de fusos neuromusculares e órgãos neurotendinosos. 
Tracto espino-cerebelar anterior: neurônios cordonais de projeção situados na coluna posterior e na substância cinzenta. Emitem axônios que adentram o funículo lateral de mesmo lado ou lado oposto. Penetram o cerebelo pelo pedúnculo cerebelar posterior. Através do tracto espino-cerebelar anterior, o cerebelo é informado de quando os impulsos motores chegam à medula e qual sua intensidade. Essa informação é usada pelo cerebelo para controle da motricidade somática.
	Principais Alterações Da Sensibilidade
	Anestesia
	Desaparecimento total de uma ou mais midalidades da sensibilidade após estimulação adequada- sensibilidade tátil
	Hipoestesia
	Diminuição da sensibilidade
	Hiperestesia
	Aumento da sensibilidade
	Parestesia
	Aparecimento –sem estimulação- de sensações espontâneas e mal definidas - formigamento
	Algias
	Dores
GRANDES VIAS AFERENTES
Elementos das vias:
A- Receptor: terminação nervosa sensível ao estímulo que caracteriza a via.
B- Trajeto periférico: compreende um nervo espinhal ou craniano e um gânglio anexo a ele. Nos nervos termos fibras com funções diferentes que se misturam. 
C- Trajeto central: trajeto pelo SNC. As fibras se agrupam em feixes : tractos, fascículos ou lemniscos) de acordo com sua função. Compreende ainda núcleos relês, onde se localizam os neurônios dc associação (II, III ou IV) da via considerada.
D- Área de projeção cortical: está no córtex cerebral ou cerebelar. Cerebral: permite distinguir diversos tipos de sensibilidade (consciente). Cerebelar: Não determina manifestação sensorial. Usada para integração motora – é inconsciente
As grandes vias aferentes podem ser consideradas como cadeias neuronais. Nas vias conscientes temos os seguintes neurônios:
· Neurônio I: localiza-se fora do SNC em um gânglio sensitivo (ou na retina e mucosa olfatória, no caso das vias óptica e olfatória). É um neurônio sensitivo, em geral pseudo-unipolar.
· Neurônio II: localiza-se na coluna posterior da medula ou em núcleos de nervos cranianos do tronco encefálico (fazem exceção as vias óptica e olfatória). Origina axônios que geralmente cruzam o plano mediano logo após sua origem e entram na formação de um tracto ou lemnisco.
· Neurônio III: localiza-se no tálamo e origina um axônio que chega ao córtex por uma radiação talâmica (faz exceção a via olfatória).
Vias aferentes que penetram no SNC por nervos espinhais
1- Vias de dor e temperatura. 
A: Via neoespino-talâmica:
· Via clássica. 
· Neurônio I: localizam-se nos gânglios espinhais situados as raízes dorsais. O prolongamento periférico de cada um destes neurônios liga-se aos receptores através dos nervos espinhais. O prolongamento central penetra n a medula pela divisão lateral da raiz dorsal, bifurca-se em um ramo descendente curto e um ramo ascendente longo, terminando ambos na coluna posterior onde fazem sinapse com os neurônios II. Há evidência de que o neurotransmissor liberado nesta sinapse é um neuropeptídio, a substância P.
· Neurônio II – estão localizados na coluna posterior. Seus axônios cruzam o plano mediano, pela comissura branca, ganham o funículo lateral do lado oposto, inflectem-se cranialmente para constituir o lemnisco espinhal, que termina no tálamo fazendo sinapse com os neurônios III. 
· Neurônio III– localizam-se no tálamo, principalmente no núcleo ventral póstero-lateral. Seus axônios formam radiações talâmicas que, pela cápsula interna e coroa radiada, chegam a área somestésica do córtex cerebral.
· Através dessa via chegam ao córtex cerebral impulsos originados em receptores térmicos e dolorosos situados no tronco e nos membros do lado oposto.
B: Via paleoespino-talâmica
· Cadeia de neurônios maior. 
· Neurônios I – localizam-se nos gânglios espinhais, penetram na medula do mesmo modo que os da via estudada anteriormente.
· Neurônios II – situam-se na coluna posterior. Seus axônios dirigem-se ao funículo lateral do mesmo lado e do lado oposto, inflectem-se cranialmente para constituir o trato espino-reticular. Este sobe na medula junto ao trato espino-talâmico lateral e termina fazendo sinapse com os neurônios III em vários níveis da formação reticular.
· Neurônios III – localizam-se na formação reticular e darão origem às fibras reticulo-talâmicas que terminam nos núcleos intralaminares do tálamo (neurônios IV).
	Neoespino-talâmicas
	Paleoespino-talâmicas
	Fibras cruzadas
	Fibras cruzadas e não cruzadas
	Tracto na medula: espino-talâmico lateral
	Tracto na medula: espino reticular
	Trajeto direto: espino talâmico
	Trajeto interrompido: espino-retículo-talâmico
	3 neurônios: I,II e III
	No mínimo 4 neurônios
	Função: dor aguda e bem localizada
	Função: dor crônica e difusa- queimação.
2- Vias de pressão e trato protopático. 
Os receptores de pressão e tato são tanto os corpúsculos de Meissner e de Ruffini. São receptores táteis as ramificações dos axônios em torno dos folículos pilosos.
A- Neurônios I - localização: gânglios espinhais situados nas raízes dorsais. O prolongamento periférico destes neurônios liga-se ao receptor, enquanto o central penetra na medula pela divisão mediai da raiz dorsal c divide-se em um ramo ascendente muito longo e um ramo descendente curto, terminando ambos na coluna posterior em sinapse com os neurônios II.
B- Neurônios II - localização: coluna posterior da medula. Seus axônios cruzam o plano mediano na comissura branca, atingem o funículo anterior do lado oposto onde se inflectem cranialmente para constituir o tracto espinotalâmico anterior. Ao nível da ponte, une-se ao espino-talâmico lateral para formar o lemnisco espinhal, cujas fibras terminam no tálamo fazendo sinapse com os neurônios III.
C- Neurônios III—localizam-se no núcleo ventral póstero-lateral do tálamo. Originam axônios que formam radiações talâmicas que, passando pela cápsula interna e coroa radiada, atingem a área somestésica do córtex cerebral.
3 - Via de propriocepção consciente, tato epicrítico e sensibilidade vibratória
A - Tato: corpúsculos de Ruffini e de Meissner e as ramificações dos axônios em torno dos folículos pilosos.
B - Propriocepção consciente: fusos neuromusculares e órgãos neurotendinosos.
C - Sensibilidade vibratória: são os corpúsculos de Vater Paccini. 
Neurônios I – localização: gânglios espinhais. O prolongamento periférico destes neurônios liga-se ao receptor, o prolongamento central penetra na medula pela divisão mediai da raiz posterior e divide-se em um ramo descendente curto e um ramo ascendente longo, ambos situados nos fascículos grácil e cuneiforme. Os ramos ascendentes terminam no bulbo fazendo sinapse com os neurônios II.
Neurônios II- localização: núcleos grácil e cuneiforme do bulbo. Os axônios destes neurônios mergulham ventralmente, constituindo as fibras arqueadas internas, cruzam o plano mediano e a seguir, cranialmente formal o lemnisco medial. Termina no tálamo fazendo sinapse com os neurônios III.
Neurônios III – localização: núcleo ventral póstero-lateral do tálamo. Originam axônios que constituem radiações talâmicas que chegam à área somestésica passando pela cápsula interna e coroa radiada.
4- Via de propriocepção inconsciente
Receptores: fusos neuromusculares e órgãos neurotendinosos situados nos músculos e tendões.
Neurônios I – localização: gânglios espinhais situados nas raízes dorsais. O prolongamento periférico destes neurônios liga-se aos receptores. O prolongamento central penetra na medula pela divisão medial da raiz posterior, divide-se em um ramo ascendente longo e um ramo descendente curto, que terminam fazendo sinapse com os neurônios II da coluna posterior ou no núcleo cuneiforme acessório do bulbo.
Neurônio II - podem estar em três posições originando três vias diferentes até o cerebelo:
A- Neurônios II situados no núcleo torácico (ou dorsal) – originam axônios que se dirigem para o funículo lateral do mesmo lado, inflectem cranialmente para formar o trato espino-cerebelar posterior e termina no cerebelo, onde penetra pelo pedúnculo cerebelar inferior.
B- Neurônios II situados na base da coluna posterior e substância cinzenta intermedia. As fibras que se cruzam na medula cruzam novamente antes de penetrar no cerebelo.
C- Neurônio II situados no núcleo cuneiforme acessório do bulbo: chegam os impulsos proprioceptivos do pescoço e membros superiores. Os axônios destes neurônios constituem o trato cuneo-cerebelar, que entra no cerebelo pelo pedúnculo cerebelar inferior.
5- Via da sensibilidade visceral
· O receptor visceral geralmente é uma terminação nervosa livre. 
· 
· Os impulsos nervosos originados nas vísceras em sua maioria são inconscientes, relacionando-se com a regulação reflexa da atividade visceral.
· Importante: dor visceral.
Trajeto periférico: se faz geralmente através de fibras viscerais aferentes que percorrem nervos simpáticos ou parassimpáticos. 
· Dor visceral: geralmente seguem por nervos simpáticos. Exceção: pelve. 
· Impulsos que seguem por nervos simpáticos: nervos esplâncnicos. Trajeto: passam pelo tronco simpático, ganham os nervos espinhais pelo ramo comunicante branco, passam pelo gânglio espinhal, onde estão os neurônios I, e penetram na medula pelo prolongamento central destes neurônios.
· Impulsos relacionados com a dor visceral: seguem pelos tractos espino-talâmicos laterais situados do mesmo lado e do lado oposto. Devido a isto, para o tratamento cirúrgico tia dor visceral feito através das cordotomias, é necessário seccionar os dois tractos espino-talâmicos.

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