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Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin PROJETO DE ESTRADAS AULA 04 – 13/09/2017 Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Tópicos Básicos da Disciplina • Revisão Bibliográfica • Sistemas de Transporte • Histórico das Rodovias • Organização do Setor Rodoviário • Normalização • Classificação das Rodovias • Projetos de Engenharia Rodoviária • Introdução ao Projeto Geométrico. Elementos Geométricos • Características Técnicas para o Projeto • Elementos Planimétricos, Curvas Horizontais • Superelevação e Superlargura • Elementos Altimétricos, Curvas Verticais • Seções Transversais • Terraplenagem • Estudos Geotécnicos do subleito e Jazidas • Cargas no pavimento e materiais para pavimentação Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Revisão da aula anterior • Curva Circular Simples � PI : Ponto de Interseção � PC : Ponto de curva � PT : Ponto de tangente � I : Ângulo de deflexão � AC : Ângulo central � T : Tangente externa � D : Desenvolvimento da curva circular � R : Raio da curva circular � O : Centro da curva circular � E: distância entre o PI e o ponto médio da curva - Definido pelo traçado - Estipulado - Calculado E � � � ∙ 1 ��� 2 � 1 Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin • Curva Circular Simples � Ângulo Central da Curva � Comprimento da tangente externa da curva � Comprimento do trecho em curva � Comprimento da corda � � � � ∙ tan 2 � � ∙ � � 2 ∙ � ∙ sen 2 � � ∙ � ∙ �180° � Afastamento E � � � ∙ ��� 4 Revisão da aula anterior � Gc – Grau da curva circular para uma corda c � dc – deflexão da corda � dm – deflexão por metro �� � 2 ∙ � �sen �2 ∙ � !� � ��2 !" � !�� � � 1.145,92�'( Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Revisão da aula anterior • Roteiro de Cálculo da Curva Circular Simples 1. Definir o Ângulo central em função dos dados da poligonal (AC = I). 2. Estipular o raio da curva circular levando em consideração os raios mínimos definidos em norma. 3. Com o valor do raio e do ângulo central, calcular a tangente externa e o desenvolvimento da curva circular. 4. Abatendo-se o valor da tangente externa do comprimento do alinhamento reto, em estaca, determina-se o valor de PC. 5. O valor de PC, em estacas, somado ao desenvolvimento da curva circular, resulta no valor de PT. Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Elementos Planimétricos – Concordância Horizontal � Fa – Força de Atrito � Fc – Força Centrífuga � P – Força Peso ) � tan* e – superelevação (m/m) V – velocidade (km/h) R – Raio da curva circular (m) f – coeficiente de atrito transversal, entre o pneu e pavimento ) � + ' 127 ∙ � � - ./ � 0 ∙ + ' � 1 � 0 ∙ 2 .3 � 1 ∙ cos* ∙ - Equilíbrio em x: ./ ∙ cos * � 1 ∙ sen * 6 .3 1 ∙ +' 2 ∙ � ∙ cos* � 1 ∙ sen * 6 1 ∙ cos * ∙ - 7 1 ∙ cos* + 3,6 ' 9,8 ∙ � � - 6 tan* ∴ Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Elementos Planimétricos – Concordância Horizontal Raio mínimo� �"í< ) � + ' 127 ∙ � � - ∴ � � +' 127 ∙ ) 6 - ∴ �"í< � +' 127 ∙ )"á> 6 -"á> -"á> � 0,19 � +1600 )? � )"á> ∙ 2 ∙ �"í<� � �"í<' �' Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Elementos Planimétricos – Concordância Horizontal Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Elementos Planimétricos – Concordância Horizontal • Curva circular com transição � Para evitar o choque dinâmico propiciado pela passagem instantânea do traçado em tangente para traçado em curva circular, são introduzidas curvas especiais denominadas de transição, permitindo a passagem suave entre os trechos. Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Elementos Planimétricos – Concordância Horizontal • Curva circular com transição � TS : Tangent to Spiral � SC : Spiral to Curve � CS : Curve to Spiral � ST : Spiral to tangent � PI : Ponto de interseção � I : Ângulo de deflexão � O : Centro da curva circular � R : Raio da curva circular � Ts : Tangente externa � Lc : Comprimento da espiral � Dc : Desenvolvimento da curva circular � Sc : Ângulo central correspondente a um ângulo da espiral � θ : Ângulo central correspondente à curva circular Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Concordância Horizontal – Curva circular com transição 1. Espiral de Transição 2. Tipos de Transição 3. Comprimento de Transição 4. Cálculo da Transição com Espiral Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Concordância Horizontal – Curva circular com transição 1. Espiral de Transição 2. Tipos de Transição 3. Comprimento de Transição 4. Cálculo da Transição com Espiral Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Espiral de transição • Curvas que podem ser utilizadas como transição: � Clotoide; Espiral de Cornu ou Espiral de Euler � Lemniscata de Bernouille � Parábola cúbica � Curva elástica Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Espiral de transição • Formulação intuitiva de uma curva apropriada: � O : Origem � C : Extremidade � Lc : Comprimento total entre a tangente E a curva circular � A : Raio variável de A( � ∞ para A�� � • Aceleração centrípeta no ponto M: �C � + ' A � Ponto M qualquer da curva � Raio da curvatura A � Comprimento L até o ponto M � Velocidade tangencial V Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Espiral de transição • Admitindo-se a variação linear da aceleração ao longo da curva de transição: • Substituindo as acelerações centrípetas pelas suas expressões: �C �/ � DC D/ +' A +' � � DD/ • Então: A ∙ D � � ∙ D/ Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Espiral de transição • Ângulo central da espiral: !D � A ∙ !E → !E � !DA → !E � D ∙ !D � ∙ D/ A ∙ D � � ∙ D/ G !E H ( � 1� ∙ D/ ∙ G D I ( ∙ !D → E � D ' 2 ∙ � ∙ D/ E � D ' 2 ∙ � ∙ D/ ∴ E/ � D/ 2 ∙ � Obs: para LC e R em metros, Sc em radianos Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Espiral de transição • Coordenadas cartesianas: X �)� E � !J!D → !J � �)� E ∙ !D !J � �)� E ∙ !D → J � G �)� D ' 2 ∙ � ∙ D/ I ( ∙ !D Obs: para LC em metros e Sc em radianos, xc em metros E � D ' 2 ∙ � ∙ D/ J � D K 6 ∙ � ∙ D/ � DL 336 ∙ �K ∙ D�K 6 DMM 42240 ∙ �N ∙ D�N � DMN 9676800 ∙ �L ∙ D�L 6⋯ J � D ∙ E3 ∙ 1 � E' 14 6 EP 440 � EQ 25200 6 ⋯ J/ � D/ ∙ E/3 ∙ 1 � E�' 14 6 E�P 440 Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Espiral de transição • Coordenadas cartesianas: Y ��� E � !R!D → !R � ��� E ∙ !D !R � ��� E ∙ !D → R � G ��� D ' 2 ∙ � ∙ D/ I ( ∙ !D Obs: para LC em metros e Sc em radianos, xc em metros E � D ' 2 ∙ � ∙ D/ R � D � D N 40 ∙ �' ∙ D�' 6 DS 3456 ∙ �P ∙ D�P � DMK 559040 ∙ �Q ∙ D�Q 6⋯ J � D ∙ 1 � E ' 10 6 EP 216 � EQ 9360 6 ⋯ R/ � D/ ∙ 1 � E� ' 10 6 E�P 216 Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Concordância Horizontal – Curva circular com transição 1. Espiral de Transição 2. Tipos de Transição 3. Comprimento de Transição 4. Cálculo da Transição com Espiral Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Tipos de transição • Transição a raio e centro conservados � Ao inserir a espiral não há modificação do raio da curva nem da sua posição; � Há diminuição do trecho em curva e afastamento das tangentes; � A utilização deste tipo de concordância só se justifica quando não se pode evitar um ponto obrigado situado sobre a curva circular original. Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Tipos de transição • Transição a centro conservado � Redução do raio da curva circular em valor igual ao do afastamento necessário à acomodação dos ramos de espiral, mantando-se inalterada a posição do centro da curva circular original; � A necessidade de redução do raio da curva circular é a principal desvantagem dessetipo de transição. Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Tipos de transição • Transição a raio conservado � Ao inserir a espiral não há modificação do raio da curva nem na posição das tangentes; � Há o deslocamento da curva para o lado de dentro da concordância; � Há redução da extensão do trecho em curva circular; � Este tipo de transição é o preferido para uso normal nos projetos das concordâncias. Os outros tipos têm utilização esporádica, em casos especiais. Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Concordância Horizontal – Curva circular de transição 1. Espiral de Transição 2. Tipos de Transição 3. Comprimento de Transição 4. Cálculo da Transição com Espiral Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Comprimento de Transição • Distância ao longo da qual se procede à distribuição da superelevação e superlargura, passando-a da condição de tangente, onde tem valor nulo, à condição de curva circular, onde assume o valor definido para o raio da curva. • DNIT – critérios para fixar limites mínimos e máximos. � Critério do comprimento mínimo absoluto � Critério da fluência ótica � Critério do conforto � Critério da máxima rampa de superelevação � Comprimento mínimo de transição � Critério do máximo ângulo central da clotoide � Critério do tempo de percurso � Comprimento máximo de transição Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Comprimento de Transição – Mínimo • Critério do comprimento mínimo absoluto (critério do tempo): comprimento mínimo de 30m ou equivalente à distância percorrida no tempo t = 2 s, prevalecendo o maior. D"í< � 2 ∙ +3,6 D"í< � 0,56 ∙ +∴ V � km/h Lmín� m • Critério da fluência ótica: para curvas com R > 800 metros D"í< � 19 ∙ � Lmín� m D"í< T 300e Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Comprimento de Transição – Mínimo • Critério do conforto: também conhecido como critério da taxa máxima de variação da aceleração centrífuga. D"í< � + K 46,656 ∙ ∙ � � )? ∙ + 0,367 ∙ Lmín : comprimento mínimo de transição (m) V : velocidade diretriz (km/h) R : raio da curva circular (m) eR : superelevação da curva circular (m/m) C (J) : taxa (máxima admissível) de variação da aceleração transversal (m/s²/s) � 1,5 � 0,009 ∙ +e • Algumas literaturas trazem a seguinte fórmua, fundamentado em experiências do Engº Joseph Barnett, da “Public Road Administration/USA”, chamada de fórmula de Barnett. D"í< � 0,036 ∙ + K � U � +K � ∙ D/ Entre 0,3 e 0,8m/s³ Recomendado Jmáx 0,6m/s³ Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Comprimento de Transição – Mínimo • Critério da máxima rampa de superelevação: estabelece valores máximos admissíveis para as rampas de superelevação, considerando pista simples, com duas faixas de trânsito e desenvolvimento da superelevação efetuado mediante o giro da seção transversal em torno do eixo. Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Comprimento de Transição – Mínimo • Critério da máxima rampa de superelevação D"í< � ." ∙ DV ∙ )? "á> Lmín : comprimento mínimo de transição (m) Fm : fator multiplicador em função da largura de rotação da pista (tabelado) LF : largura da faixa de trânsito (m) eR : superelevação da curva circular (m/m) rmáx : rampa de superelevação máxima admissível (tabelado) ∆X � DYáZ ∙ "á> � DV ∙ )? ∴ Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Comprimento de Transição – Máximo • Critério do máximo ângulo central da clotoide: limita o comprimento da clotoide ao valor do raio da curva circular. • Critério do tempo de percurso: comprimento equivalente à distância percorrida por um veículo na velocidade diretriz num tempo de 8 segundos. D"á> � � D"á> � 8 ∙ +3,6 D"á> � 2,2 ∙ +∴ V � km/h Lmáx� m Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Comprimento de Transição – Complementares • Critério de arredondamento: limites calculados deverão ser preferencialmente arredondados para múltiplos de 10. • Critério da extensão mínima com superelevação total: o DNIT recomenda que as concordâncias horizontais com curvas de transição sejam projetadas de forma que os comprimentos das curvas circulares resultem iguais ou superiores à distância percorrida no tempo de dois segundos, na velocidade diretriz. • Critério da aparência geral (curvas sucessivas) �/"í< � 2 ∙ +3,6 �/"í< � 0,56 ∙ +∴ V � km/h DCmín� m �M ∙ DM �' ∙ D' [ 2,5 para �M ∙ DM T �' ∙ D' Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Concordância Horizontal – Curva circular com transição 1. Espiral de Transição 2. Tipos de Transição 3. Comprimento de Transição 4. Cálculo da Transição com Espiral Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Cálculo da Transição com Espiral R� Raio da curva circular – estipulado LC� Comprimento de transição – obtido mínimo e máximo � Ângulo Central da Espiral � Ângulo Central da curva circular � Desenvolvimento em curva circular E/ � D/2 ∙ � Sc : ângulo central da espiral (rad) Lc : comprimento da espiral (m) R : raio da curva circular (m) �/ � \ ∙ � Dc : desenvolvimento da curva circular (m) \ : ângulo central da curva circular (rad) R : raio da curva circular (m) \ � � 2 ∙ E/ \ : ângulo central da curva circular I : ângulo de deflexão Sc : ângulo central da espiral Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Cálculo da Transição com Espiral � Coordenadas cartesianas da espiral Sc : ângulo central da espiral (rad) Lc : comprimento da espiral (m) xc : abscissa da extremidade da espiral (m) yc : ordenada da extremidade da espiral (m) J/ � D/ ∙ E/3 ∙ 1 � E�' 14 6 E�P 440 R/ � D/ ∙ 1 � E� ' 10 6 E�P 216 Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Cálculo da Transição com Espiral p : afastamento da curva circular ou abscissa do PC’ ou do PT’ (m) q : ordenada do PC’ ou do PT’ (m) t : recuo da curva circular (m) Sc : ângulo central da espiral (graus) xc : abscissa da extremidade da espiral (m) yc : ordenada da extremidade da espiral (m) R : raio da curva circular (m) I : deflexão no PI ] � J/ � � ∙ 1 � cos ^ E/_ � Parâmetros do recuo da curva circular ` � R/ � � ∙ �)� ^ E/_ � � ] ��� 2 Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Cálculo da Transição com Espiral p : afastamento da curva circular ou abscissa do PC’ ou do PT’ (m) q : ordenada do PC’ ou do PT’ (m) E : distância do PI a curva circular (m) R : raio da curva circular (m) I : deflexão no PI TS : tangente exterior (m) TS : Tangente para espiral SC : Espiral para circular CS : Circular para espiral ST : Espiral para tangente �H � ` 6 ] 6 � ∙ tan 2 � Tangente exterior �E � 11 � 1 � �H E � �H 6 D/ E � E 6 � E� � E 6 D � Afastamento E � � � 6 ] cos 2 � � Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Cálculo da Transição com Espiral 1. Definição do raio da curva circular (R); 2. Com o valor de R, determina-se o comprimento da curva de transição mais adequado; 3. Com os valores de “LC” e “R”, calcula-se o ângulo central de transição, assim como as coordenadas (abscissa e ordenada) da extremidade da transição; 4. Cálculo do ângulo central da curva circular (θ) e o desenvolvimento da curva circular (DC); 5. Cálculo de p e q; 6. Cálculo da tangente exterior TS; 7. Abatendo-se o valor de TS, em estacas, do comprimento do alinhamento, determina-se a estaca do TS; 8. Partindo-se da estaca do TS e somando-se o valor de LC, em estacas, tem-se a estaca do SC; 9. Partindo-se do valor da estaca do ponto correspondente ao SC e somando-se ao mesmo o valor de DC, em estacas, tem-se a estaca do CS; 10.Partindo-se da estaca do ponto CS, mais o valor de LC, em estacas, tem-se a estaca do ponto correspondente ao ST. �"í< [ � [ 5.0000 Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Concordância Horizontal – Curva circular com transição � Supondo que você foi designado para desenvolverum projeto de um alinhamento horizontal de uma rodovia Classe IA, região com declividade média do terreno de 15% e sabendo que a deflexão é 20° e o raio a ser utilizado é 600m, calcule os dados da curva. Prof. Manuela Mateus De Bona Cargnin Concordância Horizontal – Curva circular com transição � Dado o alinhamento da figura, sendo o raio da curva 1 igual a 500 m e fixada a velocidade de projeto V=72 km/h, calcular as estacas dos pontos TS1, SC1, CS1, ST1, PC2, PT2 e estaca final do trecho, respeitando as seguintes condições: a) a curva 1 terá transições simétricas de comprimento Ls, calculado para uma variação de aceleração centrífuga por unidade de tempo J=0,2 m/s3; b) a curva 2 será uma curva circular sem transições; c) entre o ST1 e o PC2 existe um trecho em tangente de comprimento 200 m; d) a curva 2 terá o maior raio possível, respeitadas as condições a, b e c.
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