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Faixa de Gaza

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CONFLITOS NA FAIXA DE GAZA (http://noticias.terra.com.br/mundo/faixa-de-gaza/ dia 29/08/2014)
Faixa de Gaza: entenda o conflito: conhecida por estar em constante guerra, a Faixa de Gaza é um território historicamente disputado entre israelenses e palestinos. Conheça um pouco mais sobre essa região, que tem um quarto do tamanho do município de São Paulo, mas uma enorme importância para a história do Oriente Médio.
Território e população: Localizada na Palestina, entre Israel e o Egito, a Faixa de Gaza fica na beira do Mar Mediterrâneo. O território se estende em torno da cidade de Gaza e abrange uma área de 365 quilômetros quadrados (41 quilômetros de comprimento e apenas de 6 a 12 quilômetros de largura). Nele, se concentra uma população de cerca de 1,7 milhão de pessoas.
Cercada por um muro, a região possui o espaço aéreo e o acesso marítimo controlados e bloqueados. Há quem diga que o território se assemelha a um campo de concentração, devido às cercas e a dificuldade de acesso. 
Uma das passagens – Erez (Beit Hanoun) – é aberta somente durante o dia, seis dias por semana, para a circulação de trabalhadores internacionais e um número limitado de palestinos autorizados, incluindo casos de ajuda médica e humanitária.
De qualquer forma, ainda é um dos territórios mais densamente povoados do planeta.
História: Habitada há mais de três mil anos, a Faixa de Gaza era ponto de passagem para antigas civilizações e um entreposto estratégico no Mediterrâneo. Foi dominada pelo Império Otomano até a Primeira Guerra Mundial. 
Apesar de grande parte da população ter nascido por lá, muitos se identificam como refugiados palestinos. A primeira leva desses refugiados chegou ao local em 1948, quando a ONU declarou o estado de Israel.
Em 1950, a região passou a ser controlada pelo Egito, que representava os interesses palestinos. Em 1956, Israel tomou a Faixa de Gaza, mas recuou no ano seguinte, devido a pressões internacionais. 
Em 1967, na Guerra dos Seis Dias, Israel invadiu Jerusalém Oriental, Cisjordânia e a Faixa de Gaza, assumindo o controle militar dessas regiões. Mesmo com apelos da ONU, o país recusou-se a devolver o território aos palestinos. 
Israel x Palestina
Habitada há mais de três mil anos, a Faixa de Gaza era ponto de passagem para antigas civilizações e um entreposto estratégico no Mediterrâneo. Foi dominada pelo Império Otomano até a Primeira Guerra Mundial. 
Tanto os israelenses quanto os palestinos acreditam que Gaza pertence a eles, por isso os conflitos são históricos e nunca cessam. Principalmente pela questão geográfica, os israelenses acreditam que a Faixa de Gaza é dominada por invasores que fugiram de outras terras e lá se acomodaram. Logo, Israel quer "tomar de volta o que um dia foi seu por direito".
Do outro lado, os palestinos nunca tiveram, de fato, um território. Por se concentrarem na Faixa de Gaza, na época em que eram refugiados de outras terras, eles acreditam que a região é sua, por direito. Além disso, quando o território israelense foi determinado pela ONU, a Faixa de Gaza ficou de fora. Logo, palestinos querem "ter o direito de ficarem onde sempre se concentraram" e ainda contam com o apoio de outros países.
Há, ainda, a questão religiosa. A Faixa de Gaza faz parte do território conhecido como Terra Prometida. Ambos os povos acreditam que a região é sagrada e não deve ser povoada por povos que não possuem a mesma crença que eles. 
Grupos envolvidos
Fatah:
O nome se utiliza das iniciais da expressão árabe "Harakat al-Tahrir al-Filistiniya", que significa "conquista". Criado em 1950 por Yasser Arafat, tem o propósito expresso de recuperar a totalidade das terras palestinas dos israelenses. É considerado o mais diplomático dos grupos. Predominantemente muçulmano e sunita, tem sua base da Cisjordânia.
Hamas:
Se origina da frase árabe “Harakat al-Muqawama al-Islamiya”, que significa "Movimento de Resistência Islâmica". Criado em 1987, é contrário à existência de Israel e busca sua destruição. É reconhecido pelo Ocidente como um grupo terrorista, mas administra escolas e hospitais, tendo também um papel político. Predominantemente muçulmano e sunita, tem sua base em Gaza.
Hezbollah:
Significa “Partido de Deus”. Criado em 1980, no Líbano, buscava resistir à ocupação israelense no sul do país. Depois de alcançar esse objetivo, busca a criação de um Estado islâmico xiita. É reconhecido pelo Ocidente como um grupo terrorista. Sua base continua no Líbano.
Jihad Islâmica da Palestina:
Jihad significa "esforço". Criado na década de 1970, é o braço armado do Hezbollah e prega, além da constituição de um Estado islâmico na Palestina, a destruição de Israel. É reconhecido pelo Ocidente como um grupo terrorista. Sua base fica na Síria.
Primeira Intifada
No mesmo ano em que foi criado o Hamas (1987), ocorreu a Primeira Intifada (termo árabe que pode ser traduzido como “revolta”), uma rebelião palestina contra Israel, também conhecida por Guerra das Pedras – principal armamento usado na região. 
Em 1994, Israel retirou suas tropas do local. No mesmo ano, o líder Yasser Arafat criou a Autoridade Nacional Palestina, que assumiu o controle administrativo da Faixa de Gaza. Em seguida, ataques terroristas contra judeus aconteceram, a mando do Hamas e da Jihad Islâmica Palestina. Como retaliação, Israel restringiu a saída de palestinos que trabalhavam no país vizinho.
Segunda Intifada
Em setembro de 2000, tem início a Segunda Intifada. Uma nova revolta civil de palestinos contra a política administrativa e a ocupação israelense na região da Palestina. 
O Hamas ataca novamente Israel, que, mais uma vez, retalia com bombardeios.
A violência se estendeu até 2006 e deixou quase 5 mil mortos, sendo 3.858 palestinos e 1.022 israelenses. Além disso, de 2000 a 2004, 3.700 casas palestinas foram demolidas pelo exército israelense.
Esse episódio culminou com a morte do líder do Hamas na época, o sheik Ahmed Yassin, em 2004.
Trégua de seis meses e constantes ataques
Em junho de 2008, representantes do Hamas e do governo israelense chegaram a um acordo de cessar-fogo na região, mediado pelo Egito. O acordo durou apenas seis meses. Confirmando que Israel não fez sua parte do acordo, não cumprindo o compromisso de suspender o bloqueio imposto à Faixa de Gaza, os palestinos não renovaram a trégua. 
Desde então, novos ataques têm acontecido na região, dando sinais de que uma nova Intifada pode ocorrer em breve.
2014: nova ofensiva
Em junho de 2014, uma nova escalada de violência teve início na região, com o sequestro e assassinato de três jovens judeus na Cisjordânia. O ataque foi atribuído ao Hamas, mas o grupo não assumiu a autoria da ação. Dias depois, um jovem palestino foi morto em Jerusalém, por extremistas judeus. 
A partir desses episódios, em 8 de julho, as forças israelenses e o Hamas passaram a se atacar incessantemente, por meio de foguetes e bombardeios. No dia 17 de julho, Israel deu início a uma operação terrestre que multiplicou o número de mortos. O Hamas prometeu vingança e os ataques de ambos os lados se seguiram.
Em 17 de agosto, após mais de um mês de confrontos, as autoridades médicas de Gaza anunciaram que mais de 2.000 palestinos haviam morrido. No total, 2.083 pessoas morreram.
Do lado palestino, foram 2.016 mortes, incluindo pelo menos 541 crianças, 250 mulheres e 95 idosos. Do lado israelense, 67 pessoas morreram, sendo 64 soldados e 3 civis.
É o número de morte de militares mais alto desde a guerra contra o Líbano, em 2006.

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