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CASOS 1 AO 14 PRAT. IV AV2 OK (1)

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PRATICA SIMULADA IV
CASO 2
Antônia Moreira Soares, portuguesa, médica, é casada há 30 anos com Pedro Soares, 
brasileiro, dentista. Na constância do matrimônio tiveram dois filhos, Joaquim e Maria 
das Dores, ambos maiores e capazes, também constituíram um vasto patrimônio, fruto do 
esforço comum do casal.
Ocorre que Antônia descobriu que Pedro está com um relacionamento extraconjugal, 
razão pela qual resolveu se divorciar. Pedro, após saber da vontade da mulher em não 
manter o casamento deseja doar seus dois automóveis, marca Toyota, modelos SW4 e 
Corolla, para sua irmã, Isabel Soares, assim como passou a proferir sucessivos saques em 
uma das contas conjuntas do casal.
Antônia, após ouvir a conversa de Pedro com Isabel, comprova junto ao banco ao qual 
possuem conta os saques de Pedro. Diante da hipótese, como advogado de Antônia, 
elabore a peça processual cabível a defesa dos seus interesses, ciente que esta desconhece 
todos os bens a que tem direito.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DE DIREITO DA ... VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE ...
                        ANTONIA MOREIRA SOARES, portuguesa, casada, médica, identidade, inscrita no CPF sob o nº ..., residente em (endereço completo), por seu advogado que a esta subscreve, escrito na OAB sob o nº ..., com escritório profissional localizado no endereço (endereço completo), para fins do art. 106, I do NCPC, vem perante Vossa Excelência propor
AÇÃO DE DIVÓRCIO com pedido de tutela cautelar
pelo procedimento comum, em face de PEDRO SOARES, brasileiro, casado, dentista, identidade, inscrito no CPF sob o nº ..., residente em (endereço completo), pelos fatos e fundamentos a seguir:
DA TUTELA CAUTELAR
A tutela cautelar merece ser acolhida, uma vez que o réu está dilapidando o patrimônio do casal injustificadamente. Tal fato iniciou-se no momento em que o demandado tomou conhecimento de que a autora desejava ingressar com a ação de divórcio, haja vista que ela descobriu o caso extraconjugal do marido, ficando assim evidenciado o fumus bonni iuris.
O réu deseja também doar seus dois automóveis para sua irmã, da marca Toyota, modelos SW4 e Corolla e também passou a proferir sucessivos saques bancários em uma das contas conjuntas do casal, evidenciando o periculum in mora.
Cumpre ressaltar que a autora não tem conhecimento de todos os bens pertencentes ao casal, razão pela qual, por força do art. 301 do NCPC, pede-se o arrolamento de todo o patrimônio.
Desta forma, deve prosperar a medida de tutela cautelar, pois conforme art. 300 do NCPC, estão presentes todos os fundamentos que evidenciam o direito, assim como o risco de um resultado inútil do processo, caso o réu consiga se desfazer de todo o patrimônio do casal.
DA LIDE
A autora, casada há 30 anos com o réu, na constância do matrimônio teve dois filhos, Joaquim e Maria das Dores, ambos maiores e capazes e construíram um vasto patrimônio, fruto do esforço conjunto do casal. 
Ocorre que a autora descobriu que o réu está com relacionamento amoroso extraconjugal, motivo pelo qual resolveu se divorciar. Após saber da vontade da esposa de se divorciar, o réu deseja doar dois automóveis da marca Toyota, modelos SW4 E Corolla, para sua irmã, Isabel Soares como passou também a proferir sucessivos saques de uma das contas conjuntas do casal.
Ressalta-se que a autora pode comprovar junto ao banco no qual o casal mantém a conta conjunta os sucessivos saques do réu, após ouvir uma conversa entre os irmãos e também que ela não tem conhecimento de todos os bens aos quais tem direito pois desconhece o valor total do patrimônio pertencentes ao casal.
DOS FUNDAMENTOS
	Diante do ocorrido a Autora quer que haja a dissolução da sociedade conjugal conforme dispõe a lei nº 6.515/77 em seu artigo 2º, IV e Parágrafo único, in verbis:
							
						“-Art 2º - A Sociedade Conjugal termina:
 							
IV - pelo divórcio.
							
Parágrafo único - O casamento válido somente se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio.”
	Fica claro que pelo fato do Réu esta se desfazendo do patrimônio que também cabe a Autora, pois a mesma é meeira do Réu, onde o requisito do fumus boni iures está presente e, há o periculum in mora , por ter o risco de ao final da dissolução da relação entre os dois de que não haja mais nenhum bem a ser dividido, pois o Réu tem a intenção de dilapidar o patrimônio. Devendo assim, ser concedido o arresto dos bens, como forma de coibir tal atitude adotada pelo Réu e, pela razão da Autora não ter ideia de todos os bens existentes, em tutela de urgência de natureza cautela, com prazo para contestação de 5 dias, conforme preconizado nos artigos 301 e 306 ambos do Novo Código de Processo Civil, in verbis: 
						“Art. 301 – A tutela de urgência de natureza cautelar 							pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, 								arrolamento de bens, registro de protesto contra 								alienação de bem e qualquer outra medida idônea para 							asseguração do direito.
 						
Art.306 – O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco) 		dias, contestar o pedido e indicar as provas que 			pretende produzir.”
	Corrobora com este entendimento a decisão do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, senão vejamos: 
 						MEDIDA CAUTELAR DE SEQUESTRO. PERDA 							DE OBJETO INEXISTENTE. RISCO DE 									DILAPIDAÇÃO DO PATRIMÔNIO. 									PROCEDÊNCIA. - O julgamento da ação de divórcio 							c/c partilha de bens não implica a perda do objeto da 							medida cautelar de seqüestro de bens, que visa a 								resguardar os direitos da parte e o cumprimento da 							sentença proferida na ação principal. - Demonstrado o 							perigo de dilapidação do patrimônio do casal, deve ser 							mantido o seqüestro dos bens até que se efetive o 								registro da partilha procedida nos autos da ação 								divórcio.
 						(TJ-MG - AC: 10024097300271001 MG , Relator: 							Alyrio Ramos, Data de Julgamento: 22/05/2014, 								Câmaras Cíveis / 8ª CÂMARA CÍVEL, Data de 								Publicação: 02/06/2014)
	A Autora quer que seja efetivado o arresto para que ao final da lide tenha garantido seu direito. Para o ilustre doutrinador GRECO FILHO, Vicente o arresto “ é a apreensão cautelar de bens com finalidade de garantir uma futura execução por quantia certa”.
	Diante de tais fatos, não restou a Autora para ter seus direitos garantidos, senão se socorrer do poder judiciário.
DOS PEDIDOS
	Pelo exposto requer:
1- Que seja concedida liminar inaudita altera parte para arrolar os bens do casal;
2- Intimação do Réu para ciência da decisão;
3- Que o Réu seja citado para contestar a demanda, sob pena de revelia;
4- Que seja chamado o Ministério Público ao processo;
5- Julgar procedente o pedido para decretar o divórcio das partes com a consequente partilha dos bens;
6- Condenação do Réu ao pagamento das custas judiciais e honorários de advogado, em 20% sob o valor da condenação.
DAS PROVAS
	Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, conforme disposto no artigo 369 do NCPC , em especial a documental.
DO VALOR DA CAUSA
	Dá-se à causa o valor de R$...
Nestes termos,
Pede-se deferimento.
Local, Data.
Advogado...
OAB/UF nº...
PRATICA SIMULADA IV
CASO 3
Carlos, Gustavo e Pedro, residentes na cidade de Fortaleza, Estado do Ceará, decidiram constituir a companhia XYZ Viagens S.A., de capital fechado, com sede naquela cidade. No estatuto social, foi estipulado que o capital social de R$ 900.000,00 (novecentos mil reais) seria dividido em 900 (novecentas) ações, sendo 300 (trezentas) preferenciais sem direito de voto e 600 (seiscentas) ordinárias, todas a serem subscritas em dinheiro pelo preço de emissão de R$ 1.000,00 (mil reais) cada. A Administração da companhia incumbirá os acionistas Carlos e Gustavo, podendo cada um representá-la alternativamente. 
Cada um dos três acionistas subscreveu a quantidade total de 300 (trezentas) ações (200 ordinárias e 100 preferenciais), tendo havido a realização,como entrada, de 10% (dez por cento) do preço de emissão. Em relação ao restante, os acionistas comprometeram-se a integralizá-lo até o dia 23.07.2015, de acordo com os respectivos boletins de subscrição devidamente assinados. No entanto, Pedro não integralizou o preço de emissão de suas ações. 
Carlos e Gustavo optaram por exigir a prestação de Pedro, pois não desejavam promover a redução do capital social da companhia, nem excluir Pedro para admitir novo sócio. A sociedade não publicou aviso de chamada aos subscritores por ser desnecessário. Carlos e Gustavo, munidos dos respectivos boletins de subscrição, o procuraram para demandar em Juízo contra Pedro.
Elabore a peça processual adequada na defesa dos direitos da companhia para receber as importâncias devidas por Pedro.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA .... VARA CÍVEL DA COMARCA DE FORTALEZA –CE.
XYZ VIAGENS S/A, inscrita no CNPJ n °..., com sede (endereço completo), Fortaleza-CE, vem por seu advogado, com endereço profissional na..., bairro..., cidade..., Estado..., que indica para os fins do artigo 106, inciso I do CPC, com fundamento no artigo 305 e seguintes do CPC, propor: 
AÇÃO DE EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA COM BASE EM TÍTULO EXTRAJUDICIAL
pelo rito especial , em face de PEDRO, nacionalidade, estado civil, empresário, portador da carteira de identidade n°..., inscrito no CPF n °..., domiciliado ..., residente (endereço completo), pela lide e fundamentos a seguir: 
I – DOS FATOS
A empresa Exeqüente foi constituída como Sociedade Anônima pelos sócios Sr. Carlos, Sr. Gustavo e o Executado, sendo que a administração da companhia ficou incumbida aos acionistas Sr. Carlos e Sr. Gustavo, estes podendo representá-la alternativamente. No estatuto social, foi estipulado que o capital social de R$ 900.000,00 (novecentos mil reais) seria dividido em 900 (novecentas) ações, sendo 300 (trezentas) preferenciais sem direito de voto e 600 (seiscentas) ordinárias, todas a serem subscritas em dinheiro pelo preço de emissão de R$ 1.000,00 (mil reais) cada. Cada um dos três acionistas subscreveu a quantidade total de 300 (trezentas) ações (200 ordinárias e 100 preferenciais), sendo pago como entrada, o valor de 10% (dez por cento) do preço de emissão, que correspondeu a R$30.000,00 (trinta mil reais) cada acionista.
 Em relação ao restante, os acionistas comprometeram-se a integralizá-lo até o dia 23.07.2015, nesta data, os acionistas administradores Sr. Gustavo e Carlos integralizaram as suas partes devidas, de acordo com os respectivos boletins de subscrição devidamente assinados. 
No entanto, o Executado não integralizou o preço de emissão de suas ações, no valor de R$270.000,00 (duzentos e setenta mil reais), sendo assim o capital social ficou integralizado somente com R$630.000,00 (seiscentos e trinta mil reais), faltando a parte do Executado para completar o capital de R$900.000,00. 
II – FUNDAMENTOS
No caso presente, ficou caracterizado que o Executado está na situação de sócio remisso, conforme o art. 106, §2 da lei das sociedades anônimas, L. 6404/76. Tendo em vista que está em mora na obrigação de integralizar o capital, nas condições previstas no estatuto empresa Exequente, devendo se sujeitar ao pagamento dos juros, correção monetária e da multa prevista no estatuto.
Conforme o artigo 107, I, L. 6404/76, é facultado aos acionistas promover a ação de execução contra o sócio remisso, já que não existe a intenção de excluir o Executado da sociedade e nem tampouco diminuir o capital social da empresa Exequente.
III- DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer:
1- A citação do Executado para pagar o valor de R$270.000,00 (atualizados) em 3 dias, sob pena de penhora. 
2 - A condenação do Executado aos ônus da sucumbência. 
IV- DAS PROVAS 
O Exequente demonstra os fatos alegados através de prova documental.
V- DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$270.000,00 ( atualizados)
Nestes Termos,
Pede deferimento.
Fortaleza – CE, data.
Advogado
OAB/UF n.º...
PRATICA SIMULADA IV
CASO 4
	Pedro de Castro, residente em Florianópolis, Santa Catarina, o procura em seu escritório, narrando os seguintes fatos: Em agosto de 2014, assinou nota promissória assumindo o encargo de avalista do empréstimo de mútuo financeiro contraído por Laura junto ao Banco Quero Seu Dinheiro S.A., com sede no Rio de Janeiro, RJ, no valor de R$300.000,00 (trezentos mil reais) a serem pagos em 30 parcelas mensais e sucessivas.
	Em março de 2015, foi informado pelo Banco que Laura havia deixado de cumprir sua obrigação, a partir da quarta parcela, vencida em dezembro de 2014. Preocupado e objetivando evitar maiores transtornos, Pedro quitou a dívida em 03/04/2015 sem, contudo, ter solicitado que lhe fosse entregue a nota promissória que havia assinado.
	Para seu espanto, em 10 de agosto do corrente ano, foi informado pelo porteiro do edifício no qual tem seu consultório que havia sido procurado por um oficial de Justiça. Ao diligenciar para inteirar-se dos acontecimentos, Pedro descobriu que o Banco Quero Seu Dinheiro havia ajuizado Ação de Execução fundada em título executivo extrajudicial em face dele e de Laura, que tramita perante o MM. Juízo da 02ª Vara Cível da Comarca de Florianópolis.
	Acreditando tratar-se de um equívoco, Pedro compareceu no dia seguinte ao Cartório da 02ª Vara Cível para consultar os autos do processo, tendo verificado o seguinte: a) O Banco estava executando outro empréstimo contraído por Laura, no valor de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais), sendo que o mesmo não possuí qualquer garantia. b) Apesar da nota promissória assinada por Pedro estar vinculada ao contrato quitado em abril/2015, o Banco a utilizou para embasar a Execução, tendo, ainda o incluído no pólo passivo. c) O Banco requereu a penhora do consultório de Pedro, situado na rua Nóbrega n. 36, sala 801, Centro, Florianópolis, o que foi deferido pelo juiz.
	Aproveitando a ida de Pedro ao cartório, o Oficial de Justiça o intimou da penhora que incide sobre seu imóvel. Diante dos fatos narrados, promova a peça processual cabível à defesa dos interesses de Pedro, esclarecendo que ele apresentou toda a documentação comprobatória de suas alegações.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2° VARA CÍVEL DA COMARCA DE FLORIANOPOLIS/SC (art.319 I NCPC)
Distribuição por dependência aos autos da execução nº ___ - 
10 linhas
	Pedro de Castro , portador da Cédula de Identidade/RG nº .... e do CPF/MF nº ...., residente e domiciliado na Rua .... nº ...., Bairro........, portador da Cédula de Identidade/RG nº .. vem através de seu procurador - com instrumento de mandato incluso, onde é qualificado, vêm, com fundamento no artigo 914 e 920 , Novo Código de Processo Civil e demais dispositivos aplicáveis a espécie, apresentar os presentes 
EMBARGOS À EXECUÇÃO
	em face do Banco Quero Seu Dinheiro S.A., sociedade empresária, inscrita sob o CNPJ/MF nº __, com sede no Rio de Janeiro, RJ, pelas razões fáticas e jurídicas a seguir expostas.
DOS FATOS (art.319 III NCPC)
	O autor em agosto de 2014, assinou nota promissória assumindo o encargo de avalista do empréstimo de mútuo financeiro contraído por Laura junto ao Banco Quero Seu Dinheiro S.A., com sede no Rio de Janeiro, RJ, no valor de R$300.000,00 (trezentos mil reais) a serem pagos em 30 parcelas mensais e sucessivas.
 
 	Em março de 2015, foi informado pelo Banco que Laura havia deixado de cumprir sua obrigação, a partir da quarta parcela, vencida em dezembro de 2014. Preocupado e objetivando evitar maiores transtornos, Pedro quitou a dívida em 03/04/2015 sem, contudo, ter solicitado que lhe fosse entregue a nota promissória que havia assinado.
 
 Para seu espanto, em 10 de agosto do corrente ano, foi informado pelo porteiro do edifício no qual tem seu consultório que havia sido procurado por um oficial de Justiça. Ao diligenciar para inteirar-se dos acontecimentos, Pedro descobriu que o Banco Quero SeuDinheiro, havia ajuizado Ação de Execução fundada em título executivo extrajudicial em face dele e de Laura, que tramita perante o MM. Juízo da 02ª Vara Cível da Comarca de Florinópolis.
 
 Acreditando tratar-se de um equívoco, Pedro compareceu no dia seguinte ao Cartório da 02ª Vara Cível para consultar os autos do processo, tendo verificado o seguinte: 
a) O Banco estava executando outro empréstimo contraído por Laura, no valor de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais), sendo que o mesmo não possuí qualquer garantia.
 b) Apesar da nota promissória assinada por Pedro estar vinculada ao contrato quitado em abril/2015, o Banco a utilizou para embasar a Execução, tendo, ainda o incluído no pólo passivo.
 c) O Banco requereu a penhora do consultório de Pedro, situado na rua Nóbrega n. 36, sala 801, Centro, Florianópolis, o que foi deferido pelo juiz.
 
 	Aproveitando a ida de Pedro ao cartório, o Oficial de Justiça o intimou da penhora que incide sobre seu imóvel. Diante dos fatos narrados, promova a peça processual cabível à defesa dos interesses de Pedro, esclarecendo que ele apresentou toda a documentação comprobatória de suas alegações. Em sequência, a ora embargante, promoveu a recusa do aceite embasada no artigo 15, inciso II, alínea “c” da Lei 5.474/68 – Lei das duplicatas e artigo 8º do mesmo dispositivo legal.
DOS DIREITOS (art.319 III NCPC)
O titulo obrigacional no qual Pedro se compromete como fiador foi somente o primeiro no qual ja foi devidamente quitado, a pesar de não ter recolhido a promissória que assinou. o mesmo não assumiu vinculo com o segundo emprestimo por livre e espontanea vontade.
O Banco se aproveitou do documeto que tenha em posse para vincular o autor sem seu consentimento sendo assim o titulo executado é inexequivel e inixigivel como trata o seguintes dispositivo legal.
NCPC Art. 917. Nos embargos à execução, o executado poderá alegar:
I - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação;
Uma vez que a avaliação ocorreu sem o consentimeto do autor esta pode ser considerada de má-fé e indevida. Pois para que uma pessoa se comprometa para ser avaliador esta tem que esta cinte do ato praticado. E no caso não foi o que aconteceu. O autor não autorizou a ultilização do documento para celebrar novo negocio sendo assim não pode ter penhorado seus bens, pois não se comprometeu a assegra a garantia do segundo negocio celebrado. Este que seu direito assugurado no dispositivo abaixo citado.
NCPC Art. 917 II - penhora incorreta ou avaliação errônea;
 
 			O titulo a cima é cobrado indevidamente pois foi feito sem consentimento e sendo assim não pode uma pessoa ser cobrada sem ter contraido divida. como dispois o artigo abaixo:
NCPC Art. 917 III - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções;
 			Portanto como facilmente se constata, não vinculo obrigatório , o que torna o título eneficaz para a presente execução.
DOS PEDIDOS (art. 322 NCPC) (art.319 IV NCPC)
Diante do exposto, requer:
a) A citação do réu, para, querendo oferecer a impugnação. NCPC art 919 §1°
b) Seja a execução julgada improcedente, desconstituindo assim o título executivo.
de acordo com o art.918 II NCPC
c) Consequente a condenação da empresa embargada, seja a mesma condenada ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios conforme artigo 84 NCPC
d) Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em Direito admitidas. art.319IV
Dá-se o valor da causa de R$ ______ (________ reais). (art.319 V NCPC)
Termos em que,
pede e aguarda deferimento.
(local), (data)
(Nome completo do Advogado)
OAB n°: ____
CASO 5
Deustêmio, de posse de uma sentença estrangeira condenatória contra Zílio, devidamente homologada perante o Superior Tribunal de Justiça, propõe a competente execução perante uma das Varas Cíveis da Comarca de São Paulo, local onde reside o devedor, tendo sido distribuída para a 30ª. Vara Cível. Ocorre que o bem penhorado não é da propriedade de Zílio, pois trata-se de veículo de propriedade da empresa em que ele trabalha, estando na sua posse para exercício da profissão. Além do mais, os cálculos elaborados pelo credor estão em desconformidade com o disposto na sentença. Como advogado de Zílio, elabore a defesa cabível.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 30ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO PAULO-SP.
Distribuição por dependência ao processo Nº...
	ZÍLIO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da identidade n°..., inscrito no CPF n °..., domiciliado ..., residente (endereço completo),São Paulo -SP , vem por seu advogado, com endereço profissional na..., bairro..., cidade..., Estado..., que indica para os fins do artigo 106, inciso I do CPC, com fundamento no artigo 305 e seguintes do CPC, propor: 
IMPUGNAÇÃO À EXECUÇÃO
pelo rito especial, em face de DEUSTÊMIO, já qualificado nos autos, pelos fatos e fundamentos a seguir: 
I - DA PRELIMINAR DA INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DE JUÍZO
	Conforme o Art.301, ICPC e o art.113, §2º, CPC, a Justiça Estadual é absolutamente incompetente para a execução fundada em sentença estrangeira homologada pelo STJ, sendo a Justiça Federal o juízo competente para julgar a Ação de Execução baseada e título judicial de sentença estrangeira, devendo ser remetido os autos ao juízo correto, determinado pelo art.109, X, CRFB/88. 
II – DOS FATOS
	O Impugnante possui relação jurídica de credor/devedor com o Impugnado, o que foi determinado por sentença estrangeira, devidamente homologada perante o Superior Tribunal de Justiça. Onde o Impugnante é condenado a pagar valor em dinheiro determinado na sentença, porém houve a impossibilidade, devido a circunstâncias de escassez financeira, de quitar seus débitos perante o Impugnado. 
	O Impugnado de forma equivocada ajuizou a Ação de Execução na Justiça Estadual, além de penhorar bem de terceiro, tendo em vista que o automóvel objeto da penhora é de propriedade da empresa em que o Impugnante trabalha, estando na sua posse para exercício da profissão, conforme documentação anexa aos autos. Além do mais, os cálculos elaborados pelo credor estão em desconformidade com o disposto na sentença. 
III – DOS FUNDAMENTOS 
DA PENHORA INCORRETA
	No caso presente, tendo em vista o Art. 475, L, III do CPC, de forma equivocada, sem os devidos cuidados próprios das medidas judiciais, a penhora foi realizada sobre bem de pessoa diversa da relação jurídica presente, o bem de terceiro, estava em posse do Impugnante, devido a uma relação de emprego entre o Impugnante e o terceiro prejudicado. Fato ocorrido pela ingerência do Impugnado em verificar, pelos registros competentes, a propriedade do bem indicado à penhora. 
DO EXCESSO DE EXECUÇÃO
	O valor indicado a planilha de cálculos apresentada na Ação de Execução, diverge para maior, o valor constante na sentença estrangeira homologada. Desta forma, de acordo com o art.475, L, V do CPC a penhora encontra-se indevida de acordo com valor. A planilha atualizada e de acordo com o valor em que o Impugnante foi condenado está anexada aos autos. 
DA ATRIBUIÇÃO DO EFEITO SUSPENSIVO
	Tendo em vista a relevância dos fundamentos, na Ação de Execução conforme o Art.475,M do CPC, deverá ser atribuído efeito suspensivo da execução do automóvel acima citado. Pois o prosseguimento da Execução poderá causar ao Impugnante e ao terceiro envolvido equivocadamente grave dano de difícil ou incerta reparação, visto que o bem objeto da Execução, se trata de automóvel para fins da atividade profissional do Impugnante e o seu meio de aferir renda.
DA GARANTIA DO JUÍZO
	Sendo a garantia do juízo um dos requisitos para a admissibilidade da presente Impugnação, embora a penhora seja incorreta, está de acordo o requisito da garantia do juízo, conforme o art. 475, J,§1º do CPC. 
IV- DOS PEDIDOS
	Diante do exposto, o Impugnante requer:
1 – Que a impugnação seja recebida no efeito suspensivo.
2 – A intimação do Impugnado. 
3- O acolhimento da incompetênciaabsoluta de juízo, remetendo-se os autos à Justiça Federal.
4- No mérito, o reconhecimento da penhora incorreta e do excesso de execução, com a consequente desconstituição da penhora e modificação do valor da causa.
5-   A condenação do Impugnado ao ônus da sucumbência. 
V- DAS PROVAS 
	O Impugnante demostra os fatos alegados através de prova documental anexa.
Nestes Termos,
Pede deferimento.
São Paulo, data.
Advogado
OAB/UF n.º...
CASO 6
17º Exame de Ordem - 2ª fase -2001 – Direito Civil Adaptado
Oséas, como locatário de veículo por contrato firmado com a locadora Carro e Automóveis Ltda., por prazo de doze meses iniciado no mês passado, recebe, logo no terceiro mês de vigência do contrato, notificação judicial da pessoa física Leontino Silveira, o qual, dizendo-se adquirente do veículo locado e exibindo contrato de compra e venda firmado com a locadora originária, notifica o locatário para, doravante, pagar a ele adquirente os alugueres mensais. Tendo Oséas buscado esclarecimento junto à locadora originária, disse ela desconhecer o contrato. Você, diante da dúvida de Oséas a quem pagar o aluguel que se vencerá dentro de quatro dias e os futuros até findo o contrato, é por ele procurado para adotar as providências cabíveis. Redija a peça processual cabível. Advogado: SÉRGIO ROSE OAB/RJ nº1000
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA .... VARA CÍVEL DA COMARCA DE...
 	OSÉAS, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da identidade n°..., inscrito no CPF n °..., domiciliado..., residente (endereço completo), vem por seu advogado, com endereço profissional na...,bairro..., cidade..., Estado..., que indica para os fins do artigo 106, inciso I do CPC, com fundamento no artigo 305 e seguintes do CPC, propor:
AÇÃO DE CONSIGNAÇÂO EM PAGAMENTO
pelo rito especial , em face de LEONTINO SILVEIRA (1◦ Réu), nacionalidade, estado civil, empresário, portador da carteira de identidade n°..., inscrito no CPF n °..., domiciliado ..., residente (endereço completo) e LOCADORA DE CARROS E AUTOMÓVEIS LTDA (2º Réu), inscrita no CNPJ n °..., com sede (endereço completo), pelos fatos e fundamentos a seguir: 
I – DOS FATOS
O Autor firmou contrato de locação de um automóvel com o 2º Réu, pelo prazo de 12 meses. Ocorre que quando completou o terceiro mês de vigência do contrato, o 1◦ Réu entrou em contato com o Autor, através de notificação judicial, alegando que comprou do 2º Réu, o veículo objeto do contrato de locação, e por consequência pleiteia o recebimento dos referidos aluguéis mensais.
O Autor buscou esclarecimentos com o 2º Réu, aquele com quem efetivamente firmou o contrato, e o mesmo informou desconhecer sobre o Contrato de Compra e Venda firmado com o 1◦ Réu. Desta forma, diante da dúvida do Autor, sobre a quem pagar o aluguel, que vencerá dentro de quatro dias e os futuros até findo o contrato, não restou outra alternativa se não procurar as medidas judiciais cabíveis.
II – FUNDAMENTOS
No caso presente, ficou caracterizada a dúvida sobre o legítimo credor dos aluguéis referentes à locação do veículo objeto do contrato, conforme prevê o art. 335, IV do CC. 
Desta forma, para que não incorra em mora e outros ônus, em razão da inadimplência, ou o pagamento equivocado à terceiros ao contrato, o Autor de forma prudente preferiu ajuizar a presente, para depositar os valores devidos, se desincumbindo de qualquer responsabilidade e obrigação, de acordo com o art.334 do CC, até que a questão judicial entre os Réus seja sanada, como consta no art. 345 do CC. 
III- DOS PEDIDOS
Diante do exposto, o Autor requer:
1-    A expedição de guia para depósito no valor de R$... 
2-    A citação dos Réus
3-    A procedência do pedido com a extinção do débito.
4-    A condenação ao ônus da sucumbência. 
IV- DAS PROVAS 
O Autor demonstra os fatos alegados através de prova documental anexa.
V- DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$...
Nestes Termos,
Pede deferimento.
Local e data.
Sergio Rose
OAB/RJ n.º1.000
PRATICA SIMULADA IV
CASO 7
Patrícia Vieira de Carvalho, professora universitária, doutoranda em biologia, recebeu uma bolsa de estudo para finalizar a sua tese na Alemanha, pelo prazo de um ano. Para que seu carro, marca Ford, modelo Fiesta, ano 2015, avaliado atualmente em R$ 42.000,00, não ficasse parado na garagem de sua casa, em Salvador, Bahia, pois sabia que a falta de uso poderia danificá-lo, Patrícia pediu para José Afonso da Silva, seu amigo, que guardasse o automóvel na garagem da casa dele, situada também em Salvador, Bahia, até a sua volta, o que foi prontamente aceito. Antes de entregar o veículo a José, Patrícia fez com que assinassem um termo de vistoria, autorizando, expressamente, o uso do automóvel somente para fins de conservação, adiantando ao amigo o valor de R$2.000,00 (dois mil reais) para as eventuais despesas. Ao retornar de sua viagem, Patrícia foi reaver o bem. Entretanto, José se recusou a restituir o automóvel, alegando que ela lhe devia R$10.950,00 (dez mil e novecentos e cinquenta reais) gastos com gasolina, lavagem, óleo, oficina, estacionamento e etc... , durante o ano em que ficou utilizando o carro. Apresente a peça processual mais adequada e célere à defesa dos interesses de Patrícia, na qualidade de advogado (a) da mesma.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA... VARA CIVEL DA COMARCA DE SALVADOR – BAHIA
Processo: xxxxxxxxxxx
        PATRICIA VIEIRA CARVALHO, brasileira, estado civil xxx, professora universitária, inscrita no cadastro de pessoa física sob o número xxxxx, residente e domiciliada na rua xxxxxxxx, bairro xxxxx Salvador Bahia, vem por seu advogado com endereço profissional na rua xxxxxx, bairro xxxxxxxx, cidade xxxxxx, Salvador Bahia endereço eletrônico xxxxxx, vem com fulcro no artigo 700, II do Código de Processo Civil propor
AÇÃO MONITÓRIA
           Pelo rito especial, em face de JOSE AFONSO DA SILVA, brasileiro , estado civil xxxxxxx, profissão xxxxxx, inscrito no cadastro de pessoa física sob o número xxxxxxx, residente e domiciliado na rua xxxxx, bairro xxxxxxxx, Salvador, Bahia, endereço eletrônico xxxxxxxx, pelos fatos e fundamentos a seguir:
FATOS
        A autora possui veículo (Ford Fiesta, ano 2015) avaliado em R$ 42.000,00 (quarenta e dois mil reais), celebrou um contrato particular com seu amigo à época, JOSE AFONSO DA SILVA, para que o mesmo guarnecesse o automóvel em seu imóvel até que a mesma voltasse da viagem que fez para finalizar sua tese de doutorado.
        O termo de vistoria, uso do automóvel somente para fins de conservação, foi assinado pelo réu antes da autora viajar, somente sendo entregue o veículo após a assinatura. A autora ainda adiantou um valor de R$ 2000,00 (dois mil reais) para fins de conservação e manutenção do veículo e demais despesas.
        Ao retornar de sua viagem a autora tentou reaver seu veículo, porém o réu se negou a realizar a devolução alegando que a autora lhe devia uma quantia de R$ 10.950,00 (dez mil novecentos e cinquenta reais) gastos  com gasolina, lavagem, óleo, oficina estacionamento e etc, durante o ano que ficou utilizando o veículo.
FUNDAMENTOS
        Diante do exposto nos fatos verifica-se cabível a presente ação. Considerando o artigo 700 caput do Código de Processo Civil, tendo como prova o termo de autorização de uso para conservação do veículo assinado pelo réu, tratando-se o documento escrito de documento particular assinado pelas partes sem eficácia de titulo executivo.
        O artigo 700, II do Código de Processo Civil ainda traz sobre a entrega do bem móvel, o veículo Ford Fiesta, ano 2015, de propriedade da autora, que foi deixado em depósito com o réu.
PRATICA SIMULADA IV
CASO 8
Exame de Ordem Unificado — Adaptado
	José Afonso, engenheiro, solteiro, adquiriu de Lúcia Maria, enfermeira, solteira, residente à Avenida dos Bandeirantes, 555, São Paulo/SP, pelo valor de R$300.000,00 (trezentos mil reais), uma casa para sua moradia, situadana cidade de Mucurici/ES, Rua Central, nº 123, bairro Funcionários. O instrumento particular de compromisso de compra e venda, sem cláusula de arrependimento, foi assinado pelas partes em 10/01/2015. O valor ajustado foi quitado por meio de depósito bancário em uma única parcela. 
	Sete meses após a aquisição do imóvel onde passou a residir, ao fazer o levantamento de certidões necessárias à lavratura de escritura pública de compra e venda e respectivo registro, José Afonso toma ciência da existência de penhora sobre o imóvel, determinada pelo Juízo da 4 ª Vara Cível de Itaperuna/RJ, nos autos da execução de título extrajudicial nº 6002/2015, ajuizada por Carlos Batista, contador, solteiro, residente à Rua Rio Branco, 600, Itaperuna/RJ, em face de Lúcia Maria, visando receber valor representado por cheque emitido e vencido três meses após a venda do imóvel. A determinação de penhora do imóvel ocorreu em razão de expresso requerimento formulado, na inicial da execução, por Carlos Batista, tendo o credor desprezado a existência de outros imóveis livres e desimpedidos de titularidade de Lúcia Maria, cidadã de posses na cidade onde reside. Elabore a peça processual prevista pela legislação processual, apta a afastar a constrição judicial invasiva sobre o imóvel adquirido por José Afonso.
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ (A) DE DIREITO DA 4ª VARA CIVEL DA COMARCA DE ITAPERUNA – RJ
Distribuição por dependência ao processo nº 6002/2015
		JOSE ALFREDO, solteiro, engenheiro civil, portador do RG......, e inscrito no CPF sob o nº ......, endereço eletrônico, residente e domiciliado na Rua Central nº 123, no bairro Funcionários, Cep ..., Mucurici-ES, vem , por meio de seu advogado (documento 1) que a esta subscreve, com base no artigo 106, inciso I do CPC/2015, com endereço profissional na Rua ......., onde recebe intimações, vem mui respeitosamente perante Vossa Excelência, com base no artigo 528 c/c com os artigos 674 e seguintes do CPC/2015, propor os presentes:
EMBARGOS DE TERCEIROS C/C TUTELA DE URGÊNCIA
I – DOS FATOS
	O Embargante, de boa-fé, empregando as economias de uma vida de trabalho honesto, através de Instrumento Particular de Compromisso de Compra e Venda, sem clausula de arrependimento, assinado pelas partes no dia 10 de janeiro de 2015, adquiriu de Maria Lúcia, para sua residência, o imóvel localizado na Rua Central, nº 123, no bairro Funcionários, Mucurici/ES (documento 2) , tomando todas as cautelas.
	Ao extrair todas as certidões para efetuar o registro do imóvel, para lavrar a escritura junto ao cartório oficial de Registro de Imóveis de Mucurici, tomou conhecimento de que o imóvel fora penhorado (documento 3) nos autos da ação de execução por quantia certa, Processo nº 6002/2015, aforada no dia ... pelo Banco ... em face de Maria Lucia, que se processa perante esse MM. Juízo e Cartório de Protesto de Títulos.
	Entretanto o Embargante é legitimo possuidor do imóvel adquirido em 10 de janeiro de 2015 por Instrumento Particular de Compromisso de Compra e Venda por meio de deposito bancário em uma única parcela no valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) (documento 4).
	Cumpre esclarecer a Vossa Excelência, que a penhora do foi deferida por esse MM. Juízo em face das informações prestadas pelo Exequente que, através de petição inicial, mencionou o imóvel objeto dos presentes embargos em nome da executada, Maria Lucia, acorde com o auto de penhora (fls... da execução).
		Em suma:
a) Maria Lucia prometeu vender o imóvel a Jose Afonso em 10 de janeiro de 2015;
b) O debito da Executada de cheque emitido e vencido encontra sua origem em .... de .... de ....., tendo sido aforada a execução apenas em .... de abril de 2015 e registrada a penhora em 29 de abril de 2016.
	Consequentemente , seja sob ótica da data da execução, seja sob a ótica da data do Instrumento Particular, é possível verificar que o credito objeto da execução, já não pertencia mais a executada 3 (três) meses antes da execução. Portanto o imóvel penhorado não mais pertencia a Executada, logrando, ainda, localizar outros imóveis em nome da Executada para a substituição da penhora. Esses imóveis encontram-se livres e desimpedidos.
	A violência sofrida pelo Embargante é evidente, razão por que não participa, em hipóteses alguma, da ação de execução do Embargado, sendo cabível, portanto, os presentes embargos para excluir o bem da penhora.
II – DO DIREITO
		Por força de escritura publica de divorcio, titulo executivo extrajudicial, nos termos do artigo 784, II do CPC/2015:
				Art 784, II do CPC/2015. São títulos executivos extrajudiciais:
				(...)
				II – a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;
		
		É principio geral de direito, que a penhora deva recair tão somente em bens Executado, ou seja, daquele contra quem a sentença ou obrigação é exequível, devendo ser respeitado, portanto, o direito de propriedade ou posse de outrem.
		Em consonância com o acatado, o art 674 e seguintes do CPC/2015, defere tutela através dos embargos de Terceiros àquele que, não sendo parte no processo, sofre turbação ou esbulho na posse de seus bens por ato de apreensão judicial.
		No caso em tela, a aquisição, bem anterior à execução o imóvel localizado na rua central nº 123, no bairro Funcionários, Mucurici/ES, se deu por compromisso de compra e venda.
		Neste de sentido, poder-se-ia redarguir que o compromisso de compra e venda sem registro não da base aos embargos de terceiros. Não é assim. A teor do que dispõe a Sumula 84 do STJ, o direito pessoal, representado pela promessa de compra e venda sem registro, pode ser contraposto, com sucesso, a outro direito pessoal que lhe seja posterior, como é o caso do credito do embargado
					“Sumula 84/STJ. È admissível a oposição de embargos de terceiros fundados em alegação de posse advinda do compromisso de compra e venda de imóvel, ainda que desprovido do registro.”
III – DOS PEDIDOS
		Provados de forma incontestável os fatos alegados, especialmente a qualidade de terceiro, a propriedade, a posse indireta e o ilegal ato de apreensão judicial, requer a Vossa Excelência:
A citação do réu, nos termos dos artigos 246, II CPC/2015, diante da urgência do pedido, por intermédio do Sr. Oficial de Justiça para, querendo responder no prazo de 15 dias, com base no art. 335 CPC/2015, sob pena de serem tidos por verdadeiros todos os fatos aqui narrados, conforme o art. 344 CPC/2015, devendo o respectivo mandado conter as finalidades da citação, as respectivas determinações e cominações , bem como a copia do despacho do (a) MM. Juiz (a), comunicando, ainda, o prazo para resposta, o juízo e o cartório, com o respectivo endereço, facultando-se ao Sr. Oficial de Justiça encarregado da diligencia proceder nos dias e horários de execução nos termos do art. 212 § 2º CPC/2015;
Sejam julgados procedentes os presentes Embargos, declarando-se insubsistente a penhora e a ineficiência da transmissão que recaem sobre o imóvel objeto da matricula nº ... junto ao (...) oficial de registro de imóveis da (...), com o seu respectivo levantamento e cancelamento de eventual hasta publica;
A condenação do Embargado ao pagamento dos honorários advocatícios nos termos do art. 133 da CRFB/88, e do art. 85 §2º do CPC/2015 e do art. 22 da Lei nº 8.906/94.
V – DA AUDIENCIA DE CONCILIAÇÃO
		Tendo em vista a natureza do direito e demonstrando espirito conciliador, a par das inúmeras tentativas de resolver amigavelmente a questão, o autor desde já, nos termos do art 334 CPC/2015, manifesta interesse em auto composição, aguardando a designação de audiência de conciliação.
VI – DAS PROVAS
		Requer-se provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, incluindo pericia, produção de prova documental, testemunhal, inspeção judicial, depoimento pessoal sob pena de confissão caso o reu (ou seu representante) não compareça, ou, comparecendo, se negue a depor nos termos do art. 385 § 1º CPC/2015.
VII– DO VALOR DA CAUSA
		Atribui-se à presente causa o valor de R$ 300.00,00 (trezentos mil reais)
		Termos em que cumpridas as necessárias formalidades legais, deve a presente ser recebida, conhecida, processada e acolhida, como medida de inteira Justiça.
Nestes termos
Pede deferimento
Local, data
OAB/UF, Advogado
CASO 9 
As sociedades Porto Franco Reflorestamento Ltda., Fortuna Livraria e ditora
Ltda. e Cia. Cedral de Papel e CelulosE
 
CASO 11
A Lei nº 1234, do Município X, vedava a ampliação da área construída nos apartamentos do tipo cobertura, localizados na orlada cidade...
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA X 
Fulano de tal, nacionalidade, estado civil, profissão, RG nº..., CPF nº..., residente e domiciliado na rua..., nos autos do processo nº..., em que litiga com o Município X, já qualificado nos autos, vem, por seu advogado, infra-assinado, com procuração anexa e endereço profissional na rua..., onde serão encaminhadas as intimações do feito, apresentar RECURSO DE APELAÇÃO em face da sentença proferida nos autos, pelos fatos e fundamentos a seguir.
Requer o seu recebimento e remeça ao tribunal competente, notificando o recorrido para apresentar contrarrazões, nos termos dos artigos 531 e 542 do CPC, e a juntada do recibo do preparo.
Nestes termos, pede deferimento.
Local, data
               Advogado
               OAB/...
(Quebra de página)
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO X
Recorrente: Fulano de Tal
Recorrido: Município X
Processo nº...
DAS RAZÕES DO RECURSO
A Lei nº 1.234, do Município Recorrido, veda a ampliação da área construída dos apartamentos do tipo cobertura, localizados na orla da cidade. Com a revogação da referida lei, diversos moradores formularam pleitos, perante a Secretaria Municipal de Urbanismo, e obtiveram autorização para aumentar a área construída de suas coberturas. Diversos outros moradores sequer formularam qualquer espécie de pleito e, mesmo assim, ampliaram seus apartamentos, dando, após, ciência à Secretaria, que não adotou contra os moradores qualquer medida punitiva.
O Recorrente, antes de adquirir uma cobertura nessa situação, ou seja, sem autorização da Secretaria Municipal de Urbanismo para aumento da área construída, formulou consulta à Administração Municipal sobre a possibilidade de ampliação da área construída, e recebeu, como resposta, a informação de que, na ausência de lei, o Município não poderia se opor à ampliação da área. Em razão disso, o Recorrente comprou uma cobertura, na orla, e iniciou as obras de ampliação no seu apartamento.
Três meses depois o Recorrente foi surpreendido com uma notificação para desfazer toda a área acrescida, sob pena de multa, em razão de novo entendimento manifestado pela área técnica da Administração Municipal, a ser aplicado apenas aos que adquiriram unidades residenciais naquele ano e acolhido em decisão administrativa do Secretário Municipal de Urbanismo no processo de consulta aberto meses antes.
Mesmo tomando ciência de que outros proprietários não receberam a notificação, o Recorrente iniciou a demolição da área construída, mas, antes de concluir a demolição, foi orientado por um amigo a ingressar com demanda judicial com pedido liminar para afastar a incidência da multa e suspender o ato administrativo que determinou a demolição até a decisão final do processo e pedido de indenização por perdas e danos.
O Recorrente assim o fez, atendeu ao conselho do amigo e obteve decisão antecipatória da tutela com a determinação de afastamento da incidência da multa e a suspensão do ato que determinou a demolição da área acrescida, até a decisão final.
Ocorre que ao final do processo o Juízo da 1ª Vara de Fazenda Pública da Comarca X revogou a liminar anteriormente concedida e julgou improcedente o pedido de anulação do ato administrativo, acolhendo argumento contido na contestação, de que o autor não esgotara as instâncias administrativas antes de socorrer-se do Poder Judiciário.
DO CABIMENTO
É cabível o presente recurso de apelação com fulcro no Art. 513 do Código de Processo Civil, por se tratar de impugnação de sentença.
DO MÉRITO
Inicialmente, o Art. 5º, inciso XXXV da Constituição Federal consagra o princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional dos atos administrativos. Vejamos:
A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário, lesão ou ameaça a direito.
Na situação apresentada o juízo a quo julgou improcedente o pedido do Recorrente, acolhendo argumento contido na contestação do Recorrido, sob o fundamento de que o autor não esgotara as instâncias administrativas antes de recorrer ao Poder Judiciário, violando o princípio da inafastabilidade da jurisdição, acima mencionado.
Além do mais, nem a lei e nem a Constituição Federal exigem o esgotamento da via administrativa como condição de acesso à justiça. Ao contrário, a Constituição consagra, no artigo 5º, XXXV, a inafastabilidade do controle jurisdicional do Estado.
Ademais, o ato administrativo viola ao principio do devido processo legal, estampado no Art. 5º, inciso LIV da CRFB, que deve nortear a conduta da Administração Pública, uma vez que Esta não pode, com novo entendimento (mesmo que seja amparado por lei), empreender redução no patrimônio do particular sem a observância do devido processo legal em que lhe assegure o direito ao contraditório e a ampla defesa, nos moldes do Art. 5º, inciso LV da Carta Magna.
E, por via de consequência, o ato administrativo viola ao princípio da legalidade estampado no Art. 37 da CRFB/88, tanto pela ausência de norma que imponha ao particular restrição à sua propriedade quanto pela ausência de norma que autorize o Poder Público Municipal a recusar a reforma procedida por ele em sua propriedade.
Outrossim, houve violação aos princípios da isonomia e da impessoalidade, estampados no Art. 5º, inciso II e Art. 37, ambos da Constituição Federal, tendo em vista que os outros proprietários, na mesma situação do Recorrente, não foram alvo de notificação por parte da Administração Pública, o que revela tratamento desigual entre os particulares, sem critério legítimo de diferenciação.
E não só isso, mas o novo entendimento desfavorável da Administração só foi aplicado aos proprietários que adquiriram a propriedade naquele ano, não abrangendo aos demais, em completa violação aos princípios acima mencionados.
Além disso, não foi observado o princípio da segurança jurídica ou proteção à confiança, estampados no Art. 1º e 5º, inciso XXXVI da CRFB, que tem como objetivo assegurar às pessoas a tranquilidade necessária para conduzir a vida sem surpresas. Tais princípios determinam ao Poder público o dever de agir com certa previsibilidade, respeitando às situações constituídas pelas normas por ele editadas e reconhecidas, de modo a trazer estabilidade e coerência em seu comportamento.
Desse modo, a resposta da Administração Pública à consulta do Recorrente gerou nele a legítima confiança, pelo que cingido de boa-fé adquiriu de forma legítima as coberturas e iniciou as obras de ampliação, visto que não houve manifestação contrária do Poder Público.
Assim, fica claro que a sua confiança foi violada pela súbita alteração no entendimento da administração e prática de atos incompatíveis com a conduta anterior, situação esta que lhe causou prejuízos, em virtude da aquisição, ampliação e posteriormente a demolição do imóvel, danos estes que devem ser reparados pelo Poder Público, nos termos do Art. 37, § 6º da CRFB/88, c/c Art. 43 do CC.
DOS PEDIDOS
Pelo exposto, requer:
1. seja o presente recurso conhecido e provido, determinando a reforma da decisão para que seja proferida uma nova decisão com a anulação do ato administrativo que determinou a incidência da multa e a demolição da área acrescida pelo Recorrente;
2. a condenação do Recorrido ao pagamento de danos morais e materiais, em virtudedas obras de demolição empreendidas no imóvel;
3 seja atribuído efeito suspensivo ao presente recurso, nos termos do Art. 527, inciso III do Código de Processo Civil;
4. a condenação do Recorrido ao pagamento das custas processuais e honorários advocatício;
5. a juntada do recibo do preparo.
Nesses termos, pede deferimento.
Estado X, 7 de outubro de 2014.
               Advogado
                OAB/...
CASO 12
A pessoa jurídica A, fabricante de refrigerantes, recolheu em montante superior ao devido o Imposto sobre Produtos Industrializados 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 4ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO X
Proc nº ...
        PESSOA JURÍDICA A, pessoa jurídica já qualificada nos autos do processo em epígrafe, referente a Ação ... que move em face da UNIÃO FEDERAL, por não se conformar com a sentença proferida que indeferiu a petição inicial, vem dela apelar pelas razões anexas. Por seu advogado regularmente constituído, requer digne-se Vossa Excelência a receber este RECURSO, remetendo os autos à 2ª instância, com fulcro no art. 1009 do CPC, vindo a  interpor:  
RECURSO DE APELAÇÃO
        Assim sendo, juntando o comprovante de preparo (art. 1007 do CPC) e requerendo para tanto que o recurso seja recebido no efeito devolutivo (art. 1013 do CPC), para que dele conheça e aplique nova decisão.
Espera deferimento.
Local e data
Assinatura do advogado
OAB/UF nº ... 
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO ...
Apelante: Pessoa jurídica A
Apelado: União Federal
Proc. nº ...
Razões de Apelação
Colenda Câmara
Notáveis julgadores,
Exposição do fato e do direito (art.1010, II do CPC)
I - Preliminarmente 
        A apelante, fabricante de refrigerantes, recolheu em montante superior ao devido o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente nas operações de venda à pessoa jurídica B, distribuidora de bebidas, nos anos de 2013 e 2014.
        Ao verificar o equívoco, a apelante ajuizou ação, em dezembro de 2014, visando à compensação do indébito do IPI correspondente ao valor pago em excesso, com débitos do mesmo tributo, anexando, para tanto, autorização expressa da pessoa jurídica B para que a apelante pleiteasse a repetição.
        Ao proferir a sentença, o juiz julgou improcedente o pedido, condenando a autora nos ônus de sucumbência, por entender que o pedido de compensação deveria ter sido realizado inicialmente por meio de via administrativa; que apenas a pessoa jurídica B, contribuinte de fato do imposto, possui legitimidade para pleitear a repetição de indébito do IPI, uma vez que apenas ela suportou o encargo financeiro do tributo; e que somente é possível a repetição do indébito, sendo incabível o pedido de compensação.
II - Do mérito
        No caso em tela, há uma visível afronta ao art. 5º, XXXV da CRFB, que dispõe sobre o Princípio da Inafastabilidade do Controle Jurisdicional. Quando o juízo “a quo” julga improcedente o pedido do apelante, sob o argumento de que o pedido de compensação deveria ter sido realizado inicialmente por meio de via administrativa, não leva em consideração que o Estado está obrigado à prestação jurisdicional sempre que haja uma lesão ou ameaça a direito.
        Apesar de haver a premissa de que todo direito corresponde a uma ação que o assegura, por outro lado, a ação, hoje, demanda uma configuração que não se restringe aos fatores técnicos tradicionais, mas aos meios colocados à disposição do cidadão para o acesso a uma ordem jurídica justa.
CASO 13
Pedro, brasileiro, solteiro, jogador de futebol profissional, residente no Rio de Janeiro/RJ, legítimo proprietário de um imóvel situado em Juiz de Fora/MG, celebrou...
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS
DISTRIBUIÇÃO POR URGÊNCIA
João, qualificação completa, por seu advogado que esta subscreve nos autos da ação de despejo em trâmite na 2ª Vara Cível da Comarca de Juiz de Fora, processo... Que lhe move Pedro, qualificação completa, vem respeitosamente á presença de Vossa Excelência, não se conformando com a respeitável decisão de folhas... E com fundamento nos artigos 522 e seguintes do Código de Processo Civil interpor AGRAVO DE INSTRUMENTO C/C PEDIDO LIMINAR, pelas razões anexas;
Requer seja recebido o presente recurso no seu regular efeito devolutivo com a concessão do efeito suspensivo conforme art. 558 CPC.
- SUSPENSIVO: por se tratar de dano de difícil reparação (artigo 558, CPC)
- ATIVO: para o fim de antecipar os efeitos da tutela recursal (artigo 527, III, CPC)
( Se a decisão do juiz for positiva, pedir efeito suspensivo, se for negativa pedir efeito ativo )
Informa nessa oportunidade nome e endereço dos advogados (artigo 524, III, CPC)
Advogado do Agravante (Endereço Completo )
Advogado do Agravado (Endereço Completo)
Requer a juntada da inclusa guia de preparo devidamente recolhida.
Termos em que, pede deferimento
Local, data e ano
ADVOGADO...
OAB...
PEÇA DE RAZÕES:
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS
RAZÕES DE AGRAVO DE INSTRUMENTO
Agravante (João)
Agravado (Pedro)
I - DA TEMPESTIVIDADE E DO CABIMENTO
Consoante se depreende dos autos, o recorrente foi intimado da decisão em... E protocolizou o presente recurso aos..., portanto, dentro do prazo de 10 dias previsto em lei.
Trata-se de decisão interlocutória que reveste-se de urgência. Isso porque a questão sobre despejo Pode causar dano de difícil reparação, portanto cabível, no caso, agravo de instrumento conforme artigo 522, Código de Processo Civil.
II - DAS RAZÕES RECURSAIS
Trata-se de de ação movida por Pedro na qual por pedido de tutela antecipada requereu o despejo de João pelo atraso no pagamento das parcelas não pagas do aluguel por ele alugado, a ação de despejo foi desproporcional tendo em vista o Art. 461, §§ 4º e 5º, do CPC, tendo em vista que o credor tem o prazo de 15 dias para purgar a mora.
A respeitável decisão de folhas... (resumo da decisão)
Merece reforma (pedido)
III - DO EFEITO SUSPENSIVO/ATIVO
Tendo em vista o indeferimento deste recurso o agravado não terá aonde morar, tendo em vista o seu direito de purgar a mora no prazo de 15 dias.
Portanto, tendo em vista o receio de dano de difícil ou incerta reparação, requer seja concedido o efeito ativo para o caso concreto (558, CPC).
IV - DO PEDIDO
Isso posto requer:
A) tendo em vista o preenchimento dos requisitos de admissibilidade, seja conhecido o recurso;
B) seja recebido o presente agravo no seu regular efeito devolutivo com a concessão do efeito suspensivo;
C) o CONHECIMENTO e DEFERIMENTO, da TUTELA ANTECIPADA RECUSAL (art. 527, III do CPC), para autorizar a suspensão da decisão e no final reformada decisão do juízo a quo. 
D) a intimação do agravado para, em querendo, apresentar contrarrazões no prazo de 10 dias;
E) informa que no prazo de três dias comunicará ao juiz da causa acerca da interposição do recurso conforme artigo 526 do Código de Processo Civil;
F) a juntada das peças que instruem o agravo (artigo 525, CPC). Informa que as peças são declaradas autênticas pelo advogado sob sua responsabilidade pessoal
i) decisão agravada
ii) certidão de intimação
iii) petição inicial
Termos em que, pede deferimento
Local e data
ADVOGADO
OAB
CASO 14
Felipe das Neves, 20 anos,portador de grave deficiência mental, vem procurá-Lo, juntamente com seu pai e responsável, eis que pretendeu 
Exmo. Sr. Desembargador Presidente do Tribunal de Justiça do Estado_
Processo de origem nº:_
Agravante: Felipe das Neves
Agravado: Estado_
Felipe das Neves, pessoa física absolutamente incapaz, nos termos do art. 8º do CPC representado por seu pai, Sr._, nacionalidade_, estado civil_, profissão_, Carteira de Identidade nº_, inscrito no CPF nº_, residente e domiciliado no endereço_, vem, juntamente com seu procurado infra-assinado, com endereço para receber intimações_, interpor o presente Agravo de Instrumento com Pedido de Antecipação de Tutela em face do Estado_, pessoa jurídicade direito público, e sua respectiva Fazenda Pública, nas pessoas de seus representantes legais, com endereço_ e do Delegado da Delegacia Regional Tributária, autoridade coatora pertencente o Estado_, nas pessoas de réus representantes legais, com endereço_.
Com fundamento nas razões anexas, contra decisão interlocutória de rejeição do pedido liminar em sede de mandado de segurança pelo d. Juiz da _ Vara da Comarca_ do Estado_, requerendo, desde já, seja o presente agravo recebido e processado, e seus pedidos providos.
Informa que os documentos necessários para o instrumento foram autenticados na forma do art. 525 do CPC.
Termos em que, pede e espera deferimento.
Local_, data_.
Advogado_ OAB nº_.
(próxima página)
MINUTA DE AGRAVO – Colenda Câmara, Ínclitos Desembargadores.
Processo de origem nº:_
Agravante: Felipe das Neves
Agravado: Estado_
I - DOS FATOS E DA DECISÃO AGRAVADA
O autor da demanda, portador de deficiência mental grave, pretendendo se valer do benefício previsto na Lei WWW/00 para adquirir carro isentando-se do pagamento de IPVA e ICMS, impetrou mandado de segurança com pedido liminar requisitando o benefício. A redação da lei é a seguinte: “os portadores de deficiência poderão adquirir veículo automotivo com isenção integral de ICMS e IPVA, sendo os carros de produção nacional, com adaptação e características especiais indispensáveis ao uso exclusivo do adquirente portador de paraplegia, impossibilitado de usar os modelos comuns”.
Haja vista a natureza de sua deficiência, o carro a ser adquirido seria dirigido por terceiro, a fim de facilitar sua locomoção, inclusive para locais de tratamentos a que se submete semanalmente. O Juízo, entretanto, negou a liminar, fundamentando que a norma se aplica apenas aos portadores de deficiência física, tratando-se de opção legislativa e que não cabia ao intérprete superá-la. Afirmou, ainda, que a norma pressupõe a capacidade do deficiente para dirigir, à medida que a isenção é concedida para contrabalancear as despesas na adaptação de carro e, por isso, não se vislumbrava a fumaça do bom direito, bem como o perigo na demora da solução do caso.
II - DAS RAZÕES DO AGRAVO
De início ressalta-se o cabimento de agravo de instrumento, uma vez que a decisão a ser combatida tem natureza interlocutória. Não há falar, nesse caso, em princípio da fungibilidade, haja vista que sequer é cabível a interposição de apelação. Desta feita, conforme disciplina o art. 522 do CPC, é cabível o agravo na modalidade de interposição por instrumento.
Pelos fatos expostos, percebe-se que a rejeição liminar do mandado de segurança, precipuamente fundado no art. 111, II, do CTN, entende a obrigatoriedade de interpretação literal de legislação tributária em casos de outorga de isenção. Contudo, não se pode negar a existência de preceito fundamental que determina o tratamento igualitário entre contribuintes com situações equivalentes (art. 150, II, da CRFB/88).
O deficiente mental apresenta deficiência incapacitante análoga à deficiência física e, atribuir tratamento desigual entre eles afrontaria o princípio da isonomia. Igualmente, o tratamento diferenciado de deficientes visa a integração social do mesmo na sociedade, eliminando todas as formas de discriminação, de acordo com o art. 227, §1º, II, da CRFB/88. Desta forma, percebe-se que, contrariamente ao fundamentado na decisão agravada, existe a fumaça do bom direito (fumus boni iures).
III – DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA
Conforme previsto no art. 527, III, do CPC, é possível o deferimento, em sede de antecipação de tutela, da pretensão recursal. O que se pleiteia aqui é o deferimento da liminar pleiteada em sede de mandado de segurança, qual seja a obtenção do benefício de isenção de ICMS e IPVA na aquisição de veículo para o ora agravante. Salienta-se que o fumus boni iures já foi apresentado no item anterior. O periculum in mora, por sua vez, se vislumbra na necessidade de locomoção do autor para a realização de tratamentos que se tornará mais fácil com a aquisição do automóvel.
IV – DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS
Diante do exposto, pugna-se:
a) Acolhimento da tutela antecipada, conforme art. 527, III, do CPC;
b) Seja julgado procedente o pedido de provimento do presente recurso para reforma da decisão combatida.
c) Intimação do Ministério Público, pela obrigatoriedade prevista nos arts. 82, I e 84 do CPC, sob pena de nulidade do processo.
Termos em que, pede e espera deferimento.
Local_, data_
Advogado_ OAB nº_ 
CASO 15

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