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DIREITO DAS OBRIGAÇÕES

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DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
- Obrigação conceitua-se como o vínculo entre dois sujeitos de direito juridicamente qualificado (relação jurídica de ordem patrimonial) no sentido de um deles (o sujeito ativo ou credor) titularizar o direito de receber do outro (sujeito passivo ou devedor) uma prestação. São direitos relativos, pois dirigem-se a pessoas determinadas (não erga omnes), pois a prestação só pode ser dirigida ao devedor. Ela confere direito a uma prestação positiva ou negativa: exigem certo comportamento do devedor (prestação – cumprimento com estimação econômica).
- O Direito das Obrigações se diferencia do Direito das Coisas, pois o primeiro é dinâmico (relacionado à circulação da riqueza) ao passo que o segundo é estático (conservação do patrimônio).
Características da Relação Obrigacional
- Determinalidade dos sujeitos: o credor e o devedor são identificados desde o início da relação .
- Caráter patrimonial da prestação: a prestação do devedor em favor do credor tem caráter patrimonial, isto é, mitigável economicamente.
- Não exclusividade de fins ou interesses econômicos: na relação obrigacional há nexo entre patrimônios, porém os interesses não são necessariamente patrimoniais (ex: médico que se obrigue a realizar uma cirurgia em troca de honorários; nesse caso, o paciente tem o interesse extrapatrimonial de recuperar a sua saúde).
- Transitoriedade do vínculo jurídico entre as partes: uma vez que a prestação é realizada, a obrigação é extinta.
- Os direitos patrimoniais consistem no conjunto de bens, direitos e obrigações de uma pessoa natural ou jurídica, sendo suscetíveis de estimação pecuniária, dividindo-se em pessoais e reais.
- Direito Pessoal: estabelecido entre duas ou mais pessoas (sujeitos bem determinados, identificados). Surge do acordo de vantagens e gera obrigações.
- Direito Real: é oponível contra toda a sociedade (erga omnes). O sujeito ativo está bem identificado, mas o passivo não (ex: o direito de propriedade deve ser respeitado por todos). O direito real não surge no acordo de vontades, mas com a tradição (efetiva entrega do bem).
Elementos Constitutivos da Obrigação
- Sujeitos: os sujeitos são o credor e o devedor (os efeitos se produzem, em regra, só entre eles). É possível que ambas as pessoas sejam credoras e devedoras ao mesmo tempo (ex: compra e venda). O sujeito ativo é o credor (pode ser único ou coletivo) e o passivo o devedor (também pode ser único ou coletivo).
- Objeto: o objeto é a prestação, compreendida como a conduta ou o bem a ser realizado ou entregue com distintos efeitos do devedor ao credor. O objeto pode ser imediato/direto (ação ou omissão do devedor) ou mediato/indireto (é o que caracteriza o objeto, é o bem da vida). Na relação obrigacional, o credor só possui direito à prestação, não sobre o bem da vida.
- O objeto obrigacional possui 4 requisitos: lícito, possível, determinado ou determinável e economicamente mensurável.
- Vínculo: é o que sujeito o devedor à realização de ato positivo ou negativo no interesse do credor. Possui caráter jurídico, acompanhado de sanção em caso de descumprimento. Há três teorias que explicam o vínculo:
	- Teoria Monista: há uma só relação jurídica que vincula o credor e o devedor, cujo objeto é a prestação. 
	- Teoria Dualista: há dois vínculos, ou seja um crédito e um débito. Um vínculo do dever do passivo de satisfazer a prestação em benefício do credor (débitum) e outro vínculo por parte do credor (obligatio - crédito).
	- Teoria Eclética: o debitum e o obligatio são um único vínculo – as duas teorias se complementam.
Fontes do Direito das Obrigações
- Primária ou Imediata: normas jurídicas
- Secundárias: fatos jurídicos (fato jurídico strictu sensu, atos-fatos, atos jurídicos)
- Comuns: negócios jurídicos, responsabilidade civil (uma das partes se beneficia) e enriquecimento sem causa (enriquecer as custas de outrem).
Princípios Obrigacionais
- Confiança: estabelece a necessidade de satisfação das expectativas legítimas criadas para com os outros. Da confiança, nascem a lealdade e a boa-fé.
- Boa-fé Objetiva: a boa-fé subjetiva analisa a intenção do sujeito (interna). A boa-fé objetiva analisa a conduta do sujeito (externa). Art. 113, CC: os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração.
- Desdobramentos da boa-fé objetiva: 
	- Venire contra Factum Proprium: agente muda o comportamento depois de um tempo, quebrando a confiança (proibição de comportamento contraditório);
	- Supressio: um direito não é exercido durante um tempo não poderá mais sê-lo, por contrariar a boa-fé;
	- Surrectio: contrario ao supressio. O direito nasce com a prática reiterado do ato;
	- Tu quoque: quem descumpriu uma norma legal/contratual não pode exigir que outro cumpra.
- Separação dos Planos: o plano obrigacional é separado do plano real. As obrigações nascem do negócio jurídico, ao passo que o direito real nasce da tradição. No Brasil, a separação dos planos é relativa, vez que o negócio jurídico é a causa, que, com o adimplemento, gera o direito real.
- Equilíbrio Contratual: o equilíbrio pode ser relativo ao objeto da obrigação. 
	- Sinalagma genético: representa o equilíbrio que devem guardar as prestações por ocasião da celebração do negócio jurídico. No caso de desequilíbrio manifesto entre as prestações, aponta a legislação uma solução que ataca a própria validade do negócio jurídico (lesão, estado de perigo, cláusulas abusivas...). Equilíbrio na formação do contrato.[1: Sinalagma: dever mútuo, reciprocidade.]
	- Sinalagma funcional: onerosidade excessiva. Equilíbrio na execução do contrato.
- Função Social: satisfação dos créditos, garantia dos bens existenciais à vida, garantia da dignidade da pessoa....
- Solidariedade: Esse princípio é a manifestação da solidariedade social, definida como um dos fundamentos da República (CF, art. 1º, IV). Pressupõe a ideia de interdependência social e existência de deveres recíprocos entre todos indivíduos de uma comunidade.
- Autonomia da Vontade: o caráter relativo da obrigação apresenta-se no tocante à extensão de seus efeitos apenas em relação àqueles que são partes de dada relação obrigacional. Nas situações nas quais se defina garantia de terceiro sobre a adimplência da obrigação assumida pelo devedor, obrigatoriamente terá o garantidor de manifestar vontade, vinculando-se à relação jurídica já constituída ou por constituir, passando a integrá-la.
Classificação das Obrigações
- Obrigação Civil e Empresarial: na primeira, há um vínculo jurídico que sujeita o devedor à realização de uma prestação positiva ou negativa no interesse do credor. Já a segunda, diz respeito à atividade do empresário abrangendo não só atos de comércio, mas também as atividades industriais e de crédito.
- Obrigações Imperfeitas: aqui o sujeito ativo não tem ação judicial contra o passivo para obter a execução.
	- Obrigação Natural: tem-se o vínculo, mas não a pretensão, não há como compelir o devedor ao pagamento da prestação (há vínculo jurídico sem pretensão). Na prescrição se perde a pretensão, mas o vínculo (crédito) continua. A obrigação natural é mensurável em dinheiro, em que não há ação contra o devedor. Ex: dívida de jogo de aposta, pagamento de juros de dívida prescrita.
	- Obrigação Moral: nasce da consciência do devedor, é mera liberalidade. Ex: auxílio mensal a instituição de caridade (há expectativa de receber, mas não ação em caso de suspensão), cavalheirismo, honra...
- Quanto à prestação:
	-Positiva: de dar coisa certa (específica – quadro de determinado pintor) ou incerta (genérica – sacas de arroz), de fazer;
	- Negativa: de não fazer.
- A obrigação de fazer está vinculada a entregar algo, a dar coisa certa específica.
	- Obrigações Fungíveis: bens fungíveis são aqueles que podem ser trocado por outros de mesmo gênero e espécie sem acarretar em prejuízo. Obrigação fungível é aquela que pode ser realizada por terceiro que não o devedor (ex: pintor de parede).
	- Obrigações Infungíveis:realizado por quem tem habilidade especial. Só o devedor pode cumprir (ex: pintor de quadro). Quando houver dúvida, se considera infungível.
- Obrigação de Não Fazer: é uma omissão (abstenção) por parte do devedor da prática de determinado ato (ex: cláusula de no compete no direito empresarial). Uma obrigação passiva universal não é considerada de não fazer (ex: se há obrigação de não fazer na lei, não é o caso aqui estudado – não cometer homicídio não é obrigação de não fazer). No descumprimento do não fazer, o credor pode exigir que o ato seja desfeito e receber perdas e danos.
- Quanto à divisibilidade do objeto: há três critérios para a divisão do objeto, quais sejam a razão da natureza da obrigação, em razão da convenção das partes, e para efeito do pagamento. A doutrina francesa classifica indivisível a obrigação que não pode ser parcelada.
	- Obrigações Indivisíveis: o que determina a sua indivisibilidade é a possibilidade de execução parcelada. Art. 258 CC: A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa ou um fato não suscetíveis de divisão, por sua natureza, por motivo de ordem econômica, ou dada a razão determinante do negócio jurídico. Há indivisibilidade tanto quando o objeto da prestação não for suscetível de parcelamento, quando se fisicamente divisível, sua prestação em parcelas depreciá-lo em termos de valor, ou do atendimento do interesse útil do credor. Nesse sentido, a indivisibilidade pode ser material ou jurídica.
		- Indivisibilidade Material: quando o parcelamento da prestação deprecie seu valor, ou faça com que perca qualidades essenciais. 
- Indivisibilidade Jurídica: impossibilidade de divisão da prestação em razão de limites impostos pelo próprio direito (seja por força de lei ou por vontade das partes).
	- Obrigações Divisíveis: são obrigações que a prestação que constitui seu objeto pode ser realizada em parcelas, sem prejuízo do interesse útil das partes. O critério para definição de uma obrigação como divisível é jurídico, uma vez que será determinado pela lei ou por convenção das partes. Art. 257, CC: Havendo mais de um devedor ou mais de um credor em obrigação divisível, esta presume-se dividida em tantas obrigações, iguais e distintas, quantos os credores ou devedores.
		- Objetiva: quando se admite a execução da prestação em partes para um mesmo credor.
		- Subjetiva: quando haja divisão da prestação entre múltiplos credores e devedores.
- A importância da distinção entre obrigações divisíveis e obrigações indivisíveis se dá nos casos de pluralidade de credores ou de devedores. Havendo pluralidade de devedores de uma mesma obrigação, e a prestação for indivisível, cada um será obrigado por toda a dívida, sub-rogando-se aquele que pagar, no direito de credor em relação aos demais devedores coobrigados. Sendo a prestação indivisível e havendo mais de um devedor, este não poderá se exonerar cumprindo apenas parte da prestação - deverá fazer por inteiro, podendo exigir depois o pagamento as respectivas partes devidas pelos outros devedores. Não havendo regra definida sobre as quotas correspondentes a cada um dos devedores, presume-se que sejam iguais.
- A insolvência de um dos devedores também não prejudica o credor, que poderá exigir a prestação inteira de qualquer um ou de todos os demais devedores. Quem pagar, da mesma forma sub-roga-se perante os demais devedores, pela respectiva quota. A interrupção da prescrição que se opere e relação a um dos devedores, tratando-se de prestação indivisível, atingirá os demais. Tratando-se de prestação indivisível em obrigação que tenha pluralidade de credores, poderá cada um deles exigir a dívida inteira.
- Art. 259. Se, havendo dois ou mais devedores, a prestação não for divisível, cada um será obrigado pela dívida toda. Parágrafo único. O devedor, que paga a dívida, sub-roga-se no direito do credor em relação aos outros coobrigados.
- Quanto aos elementos subjetivos:
	- Fracionários: há pluralidade de devedores ou credores, cabendo a cada um parte proporcional. Em princípio, uma obrigação pecuniária (de dar dinheiro) é fracionária. Sucessões.
	- Cumulativas/Conjuntas: obrigações unitárias (em mão comum). Há pluralidade de devedores ou credores, impondo-se a todos o pagamento conjunto da dívida, não se autorizando a um dos credores exigi-la individualmente. É o que ocorre quando alguém se obriga a entregar uma casa e certa quantia em dinheiro.
	- Alternativas/Disjuntivas: os devedores se obrigam alternativamente ao pagamento da dívida. Desde que um dos devedores seja escolhido para cumprir a obrigação, os outros estão exonerados (credor escolhe o demandado). Ex: um artista bate no seu carro e se compromete a fazer um show na sua casa ou a pagar o conserto (nasce com objeto composto, ou seja, duas ou mais possibilidades de prestação). 
a) nasce com objeto composto, ou seja, duas ou mais possibilidades de prestação;
b) o adimplemento de qualquer das prestações resulta no cumprimento da obrigação, o que aumenta a chance de satisfação do credor, sem ter que se partir para as perdas e danos, caso qualquer das prestações venha a perecer. Como o credor aceitou mais de uma prestação como pagamento, qualquer delas vai satisfazer o credor (253 e 256); a exoneração do devedor se dá mediante a realização de uma única prestação.
c) o devedor pode optar por qualquer das prestações, cabendo o direito de escolha, de regra, ao próprio devedor (252); mas o contrato pode prever que a escolha será feita pelo credor, por um terceiro, ou por sorteio (817); essa escolha chama-se de concentração, semelhante a da obrigação de dar coisa incerta; ressalto todavia que não se confunde a obrigação alternativa com a de dar coisa incerta; nesta o objeto é único, embora indeterminado até a concentração; já na obrigação alternativa há pelo menos dois objetos;
d) se o devedor, ignorando que a obrigação era alternativa, fizer o pagamento, pode repeti-lo para exercer a opção. É um caso raro de retratação da concentração, e cabe ao devedor a prova de que não sabia da possibilidade de escolha (877). 
e) nas obrigações periódicas admite-se o jus variandi, ou seja, pode-se mudar a opção a cada período (§ 2o do art. 252). A doutrina critica essa mudança de prestação porque gera instabilidade para o credor.
- Impossibilidade Total (todas as prestações alternativas): sem culpa do devedor, extingue-se a obrigação. Com culpa do devedor, se a escolha cabe ao próprio devedor: deverá pagar o valor da prestação que se impossibilitou por último, mais as perdas e danos. Se a culpa do devedor – se a escolha cabe ao credor: poderá exigir o valor de qualquer das prestações, mais perdas e danos.
- Impossibilidade Parcial: sem culpa do devedor, concentração do débito na prestação subsistente. Com culpa do devedor, se a escolha cabe ao próprio devedor: concentração do débito na prestação subsistente. Com culpa do devedor, se a escolha cabe ao próprio credor: poderá exigir a prestação remanescente ou valor da que se impossibilitou, mais as perdas e danos. 
	- Facultativa: a obrigação é considerada facultativa quando, tendo um único objeto, o devedor tem a faculdade de substituir a prestação devida por outra de natureza diversa, prevista subsidiariamente.
- É parecida, é uma prima pobre, mas não se confunde com a obrigação alternativa. É também muito rara, tanto que nosso Código não reservou para ela um capítulo próprio. Sua fonte está mais na lei do que no contrato, conforme exemplos que veremos abaixo. Ou seja, há casos específicos na lei que contemplam obrigações facultativas, porque as partes dificilmente contratam prevendo uma obrigação facultativa.
- Conceito: é aquela cujo objeto da prestação é único, mas confere ao devedor o direito excepcional de substitui-lo por outro.
- Exemplo: art. 1234, assunto de Civil 4, então quem encontra coisa perdida deve restitui-la ao dono, e o dono fica obrigado a recompensar quem encontrou; mas o dono pode, ao invés de pagar a recompensa, abandonar a coisa, e aí quemencontrou poderá ficar com ela; pagar a recompensa é a prestação principal do devedor, já abandonar a coisa é prestação acessória do seu dono. O abandono da coisa não é obrigação, mas faculdade do seu dono. Ao invés de pagar a recompensa, tem o devedor a faculdade de dar a coisa ao credor.
- Na obrigação facultativa, ao contrário da alternativa, o credor nunca tem a opção e só pode exigir a prestação principal, pois a prestação devida é única e só o devedor pode optar pela prestação facultativa.
- Ressalto que a impossibilidade de cumprimento da prestação principal extingue a obrigação, resolvendo-se em perdas e danos, não se aplicando o art. 253, pois, como já dito, a prestação acessória não é obrigação, mas faculdade do devedor. Então quem encontrar coisa perdida e não receber a recompensa, não poderá exigir o abandono da coisa, mas sim deverá processar o devedor pelo valor da recompensa. 
- Já nas obrigações facultativas há um único objeto, e o devedor tem a faculdade de substituir a prestação devida por outra de natureza diversa, prevista subsidiariamente.
	- Solidária: quando, na mesma obrigação, concorre uma pluralidade de credores, cada um com direito à dívida toda (solidariedade ativa), ou pluralidade de devedores (cada um obrigado à dívida por inteiro – solidariedade passiva).
- A solidariedade não se presume nunca, decorre da lei (art. 264-285 CC). Solidariedade passiva: acidente com terceiro ao volante gera solidariedade passiva para o dono do automóvel.
- Obrigações Líquidas e Ilíquidas:
- Líquida: líquida é a obrigação certa e determinada, ou seja, certa quanto à sua existência e determinada quanto à sua qualidade, quantidade, natureza e objeto. Em outras palavras, obrigação líquida é aquele cuja existência é certa e cujo valor é conhecido.
- Ilíquida: a obrigação ilíquida, por sua vez, carece de especificação do seu quantum, para que possa ser cumprida.
Classificação Quanto ao Elemento Acidental
- Obrigação Pura: é a obrigação simples, ou seja, é toda aquela cuja eficácia não está subordinada a qualquer das três modalidades dos negócios jurídicos: a condição, o termo (ou prazo) e o encargo (ou modo, ou ônus). Estas modalidades vocês conhecem de Civil 1, vamos exemplificar:
- Obrigações Condicionais: Trata-se de obrigações condicionadas a evento futuro e incerto, como ocorre quando alguém se obriga a dar a outrem um carro, quando este se casar.
-Obrigações a Termo: subordina a obrigação a evento futuro e certo (ex: pagarei o tecido em trinta dias; trinta dias são o prazo e o prazo é um evento certo, só depende do inexorável passar do tempo, 132)
- Obrigações Modais: modo (ou encargo, ou ônus) é imposto ao beneficiário de uma liberalidade como uma doação ou herança. Então pode-se doar uma fazenda com o ônus de construir uma escola para as crianças carentes da região (553, 136)
- Então obrigação simples é aquela que não for condicional, a termo ou modal.
Classificação Quanto ao Conteúdo
- Obrigações de Meio: diz-se que a obrigação é de meio quando o devedor promete empregar seus conhecimentos, meios técnicos para a obtenção de determinado resultado, sem, no entanto responsabilizar-se por ele. É o caso, por exemplo, dos advogados.
- Obrigação de Resultado:  na obrigação de resultado, em que o objetivo final é da essência do ajuste, somente mediante prova de algum fato inevitável capaz de romper o nexo de causalidade, equiparado à força maior, ou de culpa exclusiva da vítima, pode o devedor exonerar-se caso não tenha atingido o fim a que se propôs. Ex: transporte de carga, cirurgião plástico.
- Obrigações de Garantia: visam eliminar riscos que pesam sobre o credor, como é o caso dos contratos de seguro (mesmo que o bem pereça por ação de terceiro, incêndio provocado, a seguradora deve responder.
Obrigação Propter Rem
- A obrigação propter rem é transmitida juntamente com a propriedade, e o seu cumprimento é da responsabilidade do titular, independente de ter origem anterior à transmissão do domínio (a obrigação vem com a coisa).

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