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Unidade II Arte Mesopotâmica – Egípcia – Grega e Roma Arte Mesopotâmica Entendemos por povos mesopotâmicos, as civilizações que se desenvolveram na área das terras férteis localizadas entre os rios Tigre e Eufrates, denominada comumente “Mesopotâmia”. Entre eles estão os sumérios, os assírios e os babilônicos. As principais manifestações da arquitetura mesopotâmica eram os palácios, em geral muito grandiosos; como havia pouca pedra, as paredes tinham que ser grossas, pois eram feitas de tijolos. Os templos possuíam instalações completas, com aposentos para os sacerdotes e outros compartimentos. Um traço característico dessa arquitetura era o “Zigurate”, torre de vários andares, em geral sete, sobre a qual havia uma capela, usada para observar o céu. Os escultores representavam o corpo humano de forma rígida, sem expressão de movimento e sem detalhes anatômicos. Pés, mãos e braços ficavam colados ao corpo, coberto com longos mantos; os olhos eram completados com esmalte brilhante. As estátuas conservavam sempre uma postura estática ante a grandiosidade dos deuses. As figuras esculpidas em baixo-relevo se caracterizavam por um grande realismo. Na pintura, os artistas se utilizavam de cores claras e reproduziam caçadas, batalhas e cenas da vida dos reis e dos deuses. A produção de objetos de cerâmica alcançou notável desenvolvimento entre os persas, que utilizavam também tijolos esmaltados. Ishtar e a Epopéia de Gilgamesh, grandes expoentes da religiosidade e da literatura dos mesopotâmicos. “No campo da religiosidade, a Mesopotâmia poder ser vista como um “grande caldeirão” de crenças e divindades. Muitos desses deuses possuíam forma humana (masculina ou feminina) e geralmente tinham suas características vinculadas a elementos da natureza ou corpos celestes. Em diversas culturas poderíamos encontrar a presença de divindades comumente adoradas como Shamash (deus do Sol e da justiça), Anu (senhor dos céus), Sin (deusa da Lua) e Ishtar (deusa da guerra e do amor). O pensamento religioso dos povos mesopotâmicos tinha traço dualista, admitindo a existência de deuses inclinados para o bem e para o mal. Dessa maneira, a magia, a adivinhação e a astrologia eram utilizadas como meios de interação e conhecimento dos desígnios desse complexo conjunto de divindades. A prática religiosa era estabelecida nos ambientes públicos e privados, sendo os zigurates os principais centros de adoração da população. Diversas culturas mesopotâmicas acreditavam na vida após a morte e, por isso, desenvolviam uma série de rituais funerários. Geralmente os mortos eram enterrados com alguns de seus objetos pessoais e a tumba que abrigava o corpo poderia indicar a condição financeira do falecido. De acordo com algumas narrativas míticas, os mortos passavam o além-vida em um mundo subterrâneo onde se alimentavam de pó para o resto de seus dias. Influenciada pelos seus valores religiosos, a literatura mesopotâmica era repleta de mitos que explicavam a origem dos deuses e do mundo. A obra “O mito da criação” relata a origem do mundo graças aos feitos de Marduk, uma das principais divindades dos babilônios. Na “Epopéia de Gilgamesh” temos as desventuras do gigante que, em tempos remotos, teria controlado a cidade de Uruk. Segundo alguns estudiosos, algumas lendas contidas nesse livro são próximas às narrativas do Antigo Testamento.” Fonte: Rainer Sousa -Equipe Brasil Escola Imagens de Zigurates Observação: Os Zigurates O nome sumério para a estrutura era Etemenanki, palavra que significa "A Fundação do Céu e da Terra." Provavelmente construído sob as ordens de Hamurabi .As fachadas com colunas tinham decoração de lápis-lazúli, conchas e madrepérola. Um zigurate é uma forma de templo, comum aos sumérios, babilônios e assírios, pertinente à época do antigo vale da Mesopotâmia e construído na forma de pirâmides. O formato era o de vários andares construídos um sobre o outro, com o diferencial de cada andar possuir área menor que a plataforma inferior sobre a qual foi construído — as plataformas poderiam ser retangulares, ovais ou quadradas, construído normalmente em sete níveis, ou camadas, o zigurate representaria os sete céus, ou planos de existência, os sete planetas e os sete metais a eles associados e suas cores correspondentes. O centro do zigurate era feito de tijolos cozidos ao sol, enquanto o exterior da construção mostrava adornos de tijolos queimados. Torre de babel Em Nipur, construíram uma grande torre ao seu deus principal El-lil, cuja memória supõe-se tenha sido preservada na lenda da Torre de Babel ou Marduk, a torre era composta de sete camadas multicoloridas, em cujo topo achava-se um templo de proporções singulares acredita-se dela ter sido pintada e preservado em cor anil em cima das camadas. Haviam três escadarias que levavam ao templo, e diz-se que duas delas ascendiam apenas até a metade da altura do zigurate. O centro do zigurate de Marduk continha restos de outros zigurates e estruturas mais antigas. O estágio final consistia em um encaixamento de 15 metros de tijolos reforçados construído pelo monarca Nabucodonossor. Escultura de Origem Mesopotâmica Arte Egípcia Uma das principais civilizações da Antigüidade foi a que se desenvolveu no Egito. Era uma civilização já bastante complexa em sua organização social e riquíssima em suas realizações culturais. A religião invadiu toda a vida egípcia, interpretando o universo, justificando sua organização social e política, determinando o papel de cada classe social e, conseqüentemente, orientando toda a produção artística desse povo. Além de crer em deuses que poderiam interferir na história humana, os egípcios acreditavam também numa vida após a morte e achavam que essa vida era mais importante do que a que viviam no presente. O fundamento ideológico da arte egípcia é a glorificação dos deuses e do rei defunto divinizado, para o qual se erguiam templos funerários e túmulos grandiosos. ARQUITETURA As pirâmides do deserto de Gizé são as obras arquitetônicas mais famosas e, foram construídas por importantes reis do Antigo Império: Quéops, Quéfren e Miquerinos. Junto a essas três pirâmides está a esfinge mais conhecida do Egito, que representa o faraó Quéfren, mas a ação erosiva do vento e das areias do deserto deram-lhe, ao longo dos séculos, um aspecto enigmático e misterioso. As características gerais da arquitetura egípcia são: * solidez e durabilidade; * sentimento de eternidade; e * aspecto misterioso e impenetrável. As pirâmides tinham base quandrangular eram feitas com pedras que pesavam cerca de vinte toneladas e mediam dez metros de largura, além de serem admiravelmente lapidadas. A porta da frente da pirâmide voltava-se para a estrela polar, a fim de que seu influxo se concentrasse sobre a múmia. O interior era um verdadeiro labirinto que ia dar na câmara funerária, local onde estava a múmia do faraó e seus pertences. Os templos mais significativos são: Carnac e Luxor, ambos dedicados ao deus Amon. Os monumentos mais expressivos da arte egípcia são os túmulos e os templos. Divididos em três categorias: Pirâmide - túmulo real, destinado ao faraó; Mastaba - túmulo para a nobreza; e Hipogeu - túmulo destinado à gente do povo. Os tipos de colunas dos templos egípcios são divididas conforme seu capitel: Palmiforme - flores de palmeira; Papiriforme - flores de papiro; e Lotiforme - flor de lótus. Para seu conhecimento Esfinge: representa corpo de leão (força) e cabeça humana (sabedoria). Eram colocadas na alamedade entrada do templo para afastar os maus espíritos. Obelisco: eram colocados à frente dos templos para materializar a luz solar. ESCULTURA Os escultores egípcios representavam os faraós e os deuses em posição serena, quase sempre de frente, sem demonstrar nenhuma emoção. Pretendiam com isso traduzir, na pedra, uma ilusão de imortalidade. Com esse objetivo ainda, exageravam freqüentemente as proporções do corpo humano, dando às figuras representadas uma impressão de força e de majestade. Os Usciabtis eram figuras funerárias em miniatura, geralmente esmaltadas de azul e verde, destinadas a substituir o faraó morto nos trabalhos mais ingratos no além, muitas vezes coberto de inscrições. Os baixos-relevos egípcios, que eram quase sempre pintados, foram também expressão da qualidade superior atingida pelos artistas em seu trabalho. Recobriam colunas e paredes, dando um encanto todo especial às construções. Os próprios hieróglifos eram transcritos, muitas vezes, em baixo- relevo. PINTURA A decoração colorida era um poderoso elemento de complementação das atitudes religiosas. Suas características gerais são: ● ausência de três dimensões; ● ignorância da profundidade; ●colorido a tinta lisa, sem claro-escuro e sem indicação do relevo; e ●Lei da Frontalidade que determinava que o tronco da pessoa fosse representado sempre de frente, enquanto sua cabeça, suas pernas e seus pés eram vistos de perfil. Quanto a hierarquia na pintura: eram representadas maiores as pessoas com maior importância no reino, ou seja, nesta ordem de grandeza: o rei, a mulher do rei, o sacerdote, os soldados e o povo. As figuras femininas eram pintadas em ocre, enquanto que as masculinas pintadas de vermelho. Os egípcios escreviam usando desenhos, não utilizavam letras como nós. Desenvolveram três formas de escrita: Hieróglifos - considerados a escrita sagrada; Hierática - uma escrita mais simples, utilizada pela nobreza e pelos sacerdotes; e Demótica - a escrita popular. Livro dos Mortos, ou seja, um rolo de papiro com rituais funerários que era posto no sarcófago do faraó morto era ilustrado com cenas muito vivas, que acompanham o texto com singular eficácia. Formado de tramas de fibras do tronco de papiro, as quais eram batidas e prensadas transformando-se em folhas. Para seu conhecimento Hieróglifos: foi decifrada por Champolion, que descobriu o seu significado em 1822, ela se deu na Pedra de Rosetta que foi encontrada na cidade do mesmo nome no Delta do Nilo. Mumificação: a) eram retirados o cérebro, os intestinos e outros órgãos vitais, e colocados num vaso de pedra chamado Canopo. b) nas cavidades do corpo eram colocadas resinas aromáticas e perfumes. c) as incisões eram costuradas e o corpo mergulhado num tanque com Nitrato de Potássio. d) Após 70 dias o corpo era lavado e enrolado numa bandagem de algodão, embebida em betume, que servia como impermeabilização. Quando a Grande Barragem de Assuã foi concluída, em 1970, dezenas de construções antigas do sul do país foram, literalmente, por água abaixo, engolidas pelo Lago Nasser. Entre as raras exceções desse drama do deserto, estão os templos erguidos pelo faraó Ramsés II, em Abu Simbel. Em 1964, uma faraônica operação coordenada pela Unesco com recursos de vários países - um total de 40 milhões de dólares - removeu pedra por pedra e transferiu templos e estátuas para um local 61 metros acima da posição original, longe da margem do lago. O maior deles é o Grande Templo de Ramsés II, encravado na montanha de pedra com suas estátuas do faraó de 20 metros de altura. Além de salvar este valioso patrimônio, a obra prestou uma homenagem ao mais famoso e empreendedor de todos os faraós. Queóps é a maior das três pirâmides, tinha originalmente 146 metros de altura, um prédio de 48 andares. Nove metros já se foram, graças principalmente à ação corrosiva da poluição vinda do Cairo. Para erguê-la, foram precisos cerca de 2 milhões de blocos de pedras e o trabalho de cem mil homens, durante vinte anos. Imagens da Arte no Egito Sarcófago (em grego, σαρκοφαγος - sarx = carne, phagos = comer) significa literalmente "comedor de carne". É um tipo de túmulo de pedra onde se deposita um cadáver, geralmente mumificado, para sepultamento. Usado no Antigo Egito. O morto necessitava do seu corpo conservado para que seu ka (espírito) pudesse regressar e juntar-se a ele novamente, quando fosse retornar a vida. Sendo que o ka exigia um suporte físico para continuar existindo, o sarcófago tinha a função de ajudar a preservar, proteger e fazer com que o corpo a permaneça em um estado de “vida”, e mesmo que o corpo se deteriorasse, o sarcófago teria de substituí-lo. De aspecto sumo importante sobre o sarcófago seriam seus desenhos, que em diferentes ocasiões representavam deuses que ajudariam o morto em sua viagem ao outro mundo, alem de expor a classe social da família do falecido. Detalhe do sarcófago de Tutancâmon Pirâmides As maiores pirâmides egípcias são as dos faraós Quéops, Quéfren e Miquerinos em Gizé As Pirâmides são estruturas construídas em pedra que têm uma base retangular e quatro faces triangulares.Acredita-se que as pirâmides do Egito Antigo eram edifícios funerários, embora alguns especialistas acreditem que além de servirem de mausoléus eram também templos religiosos. As principais são a de Quéops, a de Quéfren e a de Miquerinos que ficam localizadas em Gizé. mastaba de Sakara Cubículo secreto para a estátua do defunto Esfinge no planalto de Gizé Akhenaton em cerimônia de colheita a Rá. Grécia Antiga Arte Grega A arte grega volta-se para o gozo da vida presente. Contemplando a natureza, o artista se empolga pela vida e tenta, através da arte, exprimir suas manifestações. Na sua constante busca da perfeição, o artista grego cria uma arte de elaboração intelectual em que predominam o ritmo, o equilíbrio, a harmonia ideal. Eles têm como características: o racionalismo, amor pela beleza, interesse pelo homem (essa pequena criatura que é “a medida de todas as coisas”) e a democracia. Exemplos: Zeus (senhor dos céus), Atenéia (deusa da guerra), Afrodite (deusa do amor), Apolo (deus das artes e da beleza), Posseidon (deus das águas), entre outros. Pártenon As Olimpíadas eram realizadas em Olímpia, a cada 4 anos, em honra a Zeus. Os primeiros jogos começaram em 776 antes de Cristo. As festas olímpicas serviam de base para marcar o tempo. Detalhe de um Vaso Grego Filósofos gregos através da obra “A Escola de Atenas” O salão chamado “Stanza della Segnatura”, no Vaticano, era usado pelo Papa Júlio II (1443-1513) como biblioteca e escritório onde ele assinava os decretos da corte eclesiástica. Cada uma das paredes deste local representa: a Teologia, a Poesia, o Direito e a Filosofia. Escola de Atenas – por Raphael Sanzio A Escola de Atenas, pintada em técnica de afresco por Raphael Sanzio (entre 1508 a 1511, em 1520?), ilustra a Filosofia e está repleto dos maiores expoentes desta disciplina. Quem olha para o afresco logo imagina sobre o que os personagens estão conversando. Os temas são variados. Nessa obra, Raphael (aparece em auto-retrato) presta homenagem a Leonardo da Vinci, descrevendo-o de Platão, também a Michelângelo, descrevendo-o de Heráclitos. As esculturas são de: Sócrates, Platão e Aristóteles respectivamente. Os principais monumentos da arquitetura grega: Templos, dos quais o mais importante é o Partenon (na imagem no começo da Arte Grega) de Atenas. Na Acrópole, também, se encontramas Cariátides homenageavam as mulheres de Cária. Teatros, que eram construídos em lugares abertos (encosta) e que compunham de três partes: a skene ou cena, para os atores; a konistra ou orquestra, para o coro; o koilon ou arquibancada, para os espectadores. Um exemplo típico é o Teatro de Epidauro, construído no século IV antes de Cristo, ao ar livre, composto por 55 degraus divididos em duas ordens e calculados de acordo com uma inclinação perfeita. Chegava a acomodar cerca de 14.000 espectadores e tornou-se famoso por sua acústica perfeita. Ginásios, edifícios destinados à cultura física. Praça – Ágora, onde os gregos se reuniam para discutir os mais variados assuntos, entre eles a Filosofia. Estilos da Arquitetura Grega Templo dórico Templo jônico Templo coríntio ESQUEMA DO TEATRO GREGO Pintura grega A pintura grega encontra-se na arte cerâmica. Os vasos gregos são também conhecidos não só pelo equilíbrio de sua forma, mas também pela harmonia entre o desenho, as cores e o espaço utilizado para a ornamentação. Além de servir para rituais religiosos, esses vasos eram usados para armazenar, entre outras coisas, água, vinho, azeite e mantimentos. Por isso, a sua forma correspondia à função para que eram destinados. Ânfora – vasilha em forma de coração, com o gargalo largo ornado com duas asas; Hidra – (derivado de ydor, água) tinha três asas, uma vertical para segurar enquanto corria a água e duas para levantar; Cratera – tinha a boca muito larga, com o corpo em forma de um sino invertido, servia para misturar água com o vinho (os gregos nunca bebiam vinho puro) etc. As pinturas dos vasos representavam pessoas em suas atividades diárias e cenas da mitologia grega. O maior pintor de figuras negras foi Exéquias. A pintura grega se divide em três grupos: Figuras negras sobre o fundo vermelho, Figuras vermelhas sobre o fundo negro e Figuras vermelhas sobre o fundo branco Escultura grega A estatuária grega representa os mais altos padrões já atingidos pelo homem. Na escultura, o antropomorfismo – esculturas de formas humanas – foi insuperável. As estátuas adquiriram, além do equilíbrio e perfeição das formas, o movimento. No Período Arcaico os gregos começaram a esculpir, em mármores, grandes figuras de homens. Primeiramente aparecem esculturas simétricas, em rigorosa posição frontal, com o peso do corpo igualmente distribuído sobre as duas pernas. Esse tipo de estátua é chamado Kouros (palavra grega: homem jovem). No Período Clássico passou-se a procurar movimento nas estátuas, para isto, se começou a usar o bronze que era mais resistente do que o mármore, podendo fixar o movimento sem se quebrar. Surge o nu feminino, pois no período arcaico, as figuras de mulher eram esculpidas sempre vestidas. Período Helenístico podemos observar o crescente naturalismo: os seres humanos não eram representados apenas de acordo com a idade e a personalidade, mas também segundo as emoções e o estado de espírito de um momento. O grande desafio e a grande conquista da escultura desse período foi a representação não de uma figura apenas, mas de grupos de figuras que mantivessem a sugestão de mobilidade e fossem bonitos de todos os ângulos que pudessem ser observados. Exemplo: Vênus de Milo, Museu do Louvre. Vênus de Milo. Os principais mestres da escultura clássica grega são: Praxíteles, celebrado pela graça das suas esculturas, pela lânguida pose em “S” (Hermes com Dionísio menino), foi o primeiro artista que esculpiu o nu feminino. Policleto, autor de Doríforo – condutor da lança, criou padrões de beleza e equilíbrio através do tamanho das estátuas que deveriam ter sete vezes e meia o tamanho da cabeça. Fídias, talvez o mais famoso de todos, autor de Zeus Olímpico, sua obra- prima, e Atenéia. Realizou toda a decoração em baixos-relevos do templo Partenon: as esculturas dos frontões, métopas e frisos. Lisipo, representava os homens “tal como se veem” e “não como são” (verdadeiros retratos). Foi Lisipo quem introduziu a proporção ideal do corpo humano com a medida de oito vezes a cabeças. Miron, autor do Discóbolo – a estátua do homem arremessando um disco. Afrodite de Cnido Atenas de Fídias Autor: Praxíteles Data: Século IV a.C. Literatura Grega Atores caracterizados, com máscaras. Cena de vaso. Fonte: Daremberg & Saglio, p. 1124. Epopéia ou poesia épica Epopéia ou poesia épica é o gênero literário dos poemas homéricos, a Ilíada e a Odisséia, as duas mais antigas obras da literatura grega que chegaram integralmente até nós. Como a literatura grega é a mais antiga da Europa, elas também são, consequentemente, as mais antigas da literatura Ocidental. Sua origem remonta, talvez, a antiquíssimos cantos e declamações em festivais religiosos e em outras festas populares; pela alta qualidade literária, são a culminância de uma longa tradição de composições poéticas orais. Embora retratem em grande parte a sociedade micênica foram, provavelmente, compostos durante o século -VIII, no fim da Idade das Trevas. Para os gregos e também para nós, os dois mais importantes autores de epopéias (poemas em versos épicos) foram Homero (c. -750) e Hesíodo (c. - 700). A maioria de suas obras chegaram completas aos nossos dias e, além disso, tanto os comentadores da Antiguidade como os de hoje apontam sua superioridade sobre os demais. Muitas obras de autoria desconhecida, como por exemplo os hinos homéricos e a Batracomiomaquia, foram atribuídas na Antiguidade a Homero, dado o seu prestígio. O mesmo se deu com Hesíodo, a quem foi atribuído o Catálogo das Mulheres. Algumas dessas obras chegaram até nós, na íntegra ou em fragmentos. Dispomos também de trechos e resumos de outros poemas épicos, datados dos primeiros séculos do Período Arcaico, de autores mais ou menos conhecidos: Cantos Cípricos, Saque de Ílion, Titanomaquia e outros. Poesia lírica A poesia lírica foi a expressão literária mais marcante do Período Arcaico, ligada diretamente ao desenvolvimento social da pólis e ao florescimento cultural que acompanhou o processo de migração grega para a Ásia Ocidental e para as ilhas do Egeu. A qualificação "lírica", usada até hoje, foi criada durante o Período Helenístico; na época clássica era correntemente usada a palavra "mélica" (gr. μελικ�), que vem de µ�λος, "canto acompanhado de música", de onde se formou a palavra portuguesa melodia. Recorria-se também com frequência à palavra "ode" (gr. �ιδ�), que significa canto. Havia dois tipos principais: a lírica monódica, declamada em geral pelo próprio poeta acompanhado pela música de um só instrumento (a lira, por exemplo); e a lírica coral, apresentada por um coro, com ou sem acompanhamento musical. Regra geral e à parte numerosas lendas, sabemos muito pouco dos poetas líricos: local de nascimento, época aproximada em que viveram, e quando muito algum pequeno detalhe de suas atividades. Os mais importantes viveram entre a primeira metade do século -VII e a primeira metade do século -V, nas primeiras décadas do Período Clássico. Segundo os eruditos alexandrinos, havia um cânone de nove poetas líricos, cujos nomes foram conservados pela Antologia Palatina (AP 9.571): Álcman, Alceu, Safo, Estesícoro, Íbico, Anacreonte, Simônides, Baquílides e Píndaro. Muitos outros poetas importantes têm sido estudados e divulgados nos últimos anos, graças a descobertas papirológicas. Com exceção das odes triunfais de Píndaro e de Baquílides, no entanto, somente uns poucos poemas completos e outros tantos fragmentos chegaram até nós. Tragédia GregaA tragédia, a mais antiga obra literária representada por atores em espaço especializado, o teatro, é um dos mais importantes gêneros literários legados pela Grécia Antiga. As condições religiosas, sociais e políticas que permitiram a emergência do gênero trágico podem ser situadas na segunda metade do século -VI: a tragédia parece ter se desenvolvido a partir dos cantos corais apresentados nas festas religiosas em honra de Dioniso e atingiu o apogeu em Atenas entre -480 e -400, mais ou menos. Do século -IV em diante, a tragédia entrou em franco declínio e só iria recuperar parte de seu antigo esplendor dois milênios depois — mas as obras de Shakespeare (1564/1616), de Racine (1639/1699) e de outros autores são, na realidade, formas evoluídas da tragédia. O gênero trágico, em sua forma mais pura, só subsiste na obra dos três grandes poetas atenienses, Ésquilo (- 525/-456), Sófocles (-496/-405) e Eurípides (-485/-406). Da maioria dos outros poetas trágicos, sabemos pouco mais do que o nome, o título e/ou o enredo de algumas tragédias. O drama satírico, a despeito do nome, está mais ligado à tragédia do que à comédia. Bem mais "leve" que a tragédia, o desfecho era geralmente alegre e os principais personagens eram Sileno e os sátiros, todos membros do cortejo de Dioniso. Até o século -IV, os dramas satíricos eram representados logo depois das tragédias. Das oitenta tragédias compostas por Ésquilo restam-nos, desgraçadamente, apenas sete; das cento e vinte de Sófocles, temos igualmente apenas sete; dentre as oitenta obras dramáticas de Eurípides, somente dezessete tragédias e um drama satírico sobreviveram. Comédia Grega Aristóteles, ao afirmar que a imitação é parte da natureza humana (Arist. Po. 1448a-b), pontuou que, enquanto a tragédia mostrava os homens melhores do que eram, a comédia imitava mostrando os homens piores do que são... Não se sabe ainda qual a origem exata desse gênero cômico, mas foi sem dúvida em Atenas que as condições políticas, econômicas e sociais favoreceram seu pleno desenvolvimento. As representações cômicas em Atenas começaram oficialmente nas Dionísias Urbanas[1] de -486, porém cenas pintadas em vasos mostram que elas já existiam bem antes disso. O mais antigo formato cômico de que temos notícia segura é o da "Comédia Antiga" e a mais antiga comédia que chegou até nós, da autoria de Aristófanes, data de -425. Conhecemos a Comédia Antiga, desse modo, somente através de seus momentos finais, o período que corresponde aproximadamente à Guerra do Peloponeso (-431/-404). A Comédia Antiga se caracterizou pela sátira direta aos políticos do momento, aos cidadãos proeminentes e às insituições da cidade. Eram notáveis, ainda, os temas fantásticos e a caracterização extravagante do coro. Havia também uma parte característica da representação, a parábase, situada mais ou menos no meio da peça, quando o coro suspendia parcialmente a ilusão dramática e se dirigia diretamente ao público. Para nós, mais de 2.400 anos depois, a Comédia Antiga é sinônimo de Aristófanes, o único poeta de quem temos comédias completas. Suas duas últimas comédias, representadas entre -400 e -388, mostram já o esgotamento do gênero: o coro desapareceu e há apenas vestígios da parábase. Essa fase, conhecida entre os eruditos por "Comédia Intermediária", prenuncia o novo estilo cômico da "Comédia Nova" helenística. Oratória grega Mesmo nos primórdios da cultura grega, falar adequadamente em público (Il. 9.443) e realizar grandes proezas era igualmente importante. Uma das mais antigas imagens da sociedade grega mostra Telêmaco, filho de Odisseu, discursando na Assembléia de Ítaca a fim de se livrar dos pretendentes da mãe, Penélope, e obter uma embarcação para procurar o pai desaparecido (Od. 2.1-145). Até o século -VI, mais ou menos, a arte de falar em público era vista como dom natural e privilégio de poucas pessoas, em geral pertencentes à aristocracia. Com o fim das tiranias e a instituição das assembléias e conselhos populares nas póleis, porém, o cidadão comum passou a reconhecer a importância de dominar bem a oratória. Pouco mais tarde, na metade do século -V, a eloquência era já considerada uma capacidade que podia ser adquirida e desenvolvida através de estudo e treinamento. O primeiro manual sobre a Retórica (a "arte de discursar") de que temos notícia surgiu em Siracusa, na Sicília, em -465; os autores chamavam-se Córax e Tísias. Outros surgiriam nos anos seguintes, mas o mais renomado é ainda a Arte Retórica de Aristóteles (-384/-322). Com o advento dos sofistas[1], a oratória recebeu um grande impulso e, poucos anos depois, chegou ao apogeu em Atenas, lugar especialmente propício aos discursos políticos e judiciários, graças à efervescência cultural posterior às guerras médicas. O período que vai de -415 a -323 assinala a época áurea da oratória ática; distingue-se uma primeira fase, que vai até mais ou menos -360, época dos primeiros sucessos militares e diplomáticos de Felipe II da Macedônia, e uma segunda, que vai de -360 a -323. Os eruditos alexandrinos estabeleceram, durante o Período Helenístico, um cânone de dez oradores áticos, cuja obra em grande parte chegou até nós: Antífon (-480/-411), Lísias (-459/-380), Andócides (-440/-390), Isócrates (-436/- 338), Iseu (-420/-350), Ésquines (-398/-322), Hipérides (-390/-322), Licurgo (- 390/-324), Demóstenes (-384/-322) e Dinarco (-360/-290). Segundo Aristóteles, os discursos dos oradores áticos seguem três modelos básicos: o deliberativo, que consiste em levantar questões de interesse político; o epidítico ou "demonstrativo", pronunciado em cerimônias públicas (fúnebres, comemorativas, etc.), e o judiciário, próprio para acusação ou defesa nos tribunais, em questões de direito privado ou de direito público. A estrutura dos discursos também é mais ou menos constante, e tem um proêmio ou introdução (gr. προοίμιον), uma narrativa ou descrição dos fatos (gr. διήγησις), a apresentação das provas (gr. πίστεις), com discussão das evidências e eventual refutação dos argumentos e testemunhos apresentados pelo adversário, e a conclusão (gr. �πίλογος) ou peroração. Roma Arte Romana A arte romana desenvolve-se durante os quase seis séculos que vão da terceira Guerra Púnica (146 A.C.) ao séc. IV D.C., quando perde a originalidade e se dissolve na cristã-primitiva, e na bizantina. Para sua formação contribuíram elementos gregos e etruscos – principalmente gregos, o que se explica pela conquista de toda a Itália, então sede de inúmeras colônias gregas, pelas legiões romanas (séc. III A.C.). Os romanos, contudo, souberam adaptar tais elementos a seu gosto nacional, e forjaram um estilo que, muito embora derivado, não deixa de ser inconfundivelmente romano. É que subsistiram, em Roma, duas artes, uma de cunho oficial e nitidamente grega, outra de natureza popular, bárbara. A vitalidade dessa arte bárbara, em que predominam elementos etruscos, aproxima-a de certas manifestações artísticas modernas, de que são como que prenúncio. Herdeiros e continuadores da cultura grega, os romanos praticamente nada inovaram em matéria de arte. Mas sua contribuição original dá-se, no campo da arquitetura, na valorização do espaço interno – até então totalmente negligenciado, e na compreensão da dupla importância, estética e estrutural, de elementos como o arco e a abóbada. Por sua forte dose de utilitarismo, a arquitetura romana aproxima-se da moderna mais do que qualquer outra antiga. Além do mais, foram os romanos grandes engenheiros e resolveram certos problemas de engenharia de pontes e aquedutos por métodos ainda hoje úteis. Escultura A escultura romana começa pelo retrato, que em suma se baseia no culto dos antepassados:o rosto do morto é reproduzido num material perdurável, e assim preservado. A semelhança era, por conseguinte, condição primordial dessa escultura, e para consegui-la não raro os artistas sublinhavam os traços mais típicos de um rosto, como o de Augusto de Primaporta, executado a maneira grega de Policleto por volta do nascimento de Cristo. Mais puramente romanos são os relevos do Altar da Paz. Sob os flavianos, Vespasiano, Tito e Domiciano, desenvolve-se o estilo a que se chamou de flaviano. A escultura de retratos atinge então o naturalismo, com prejuízo da emoção. Em estilo popular estão vazadas as inúmeras cenas da vida do imperador, nas colunas de Trajano (114 D.C.). O gosto romântico de Adriano irá produzir, pouco após, uma profusão de estátuas como a de Antínous, em que o estilo grego encontra sua última expressão, segundo a fórmula, ainda, de Praxíteles. No século II D.C., o retrato esculpido possui maior grau de emoção. O de Caracala (211 D.C.) é um impressionante retrato de temperamento e caráter. Em princípios do séc. IV, afinal. De novo atinge a escultura elevado nível: a estátua colossal de Constantino, o Grande, já não é um retrato individual, porém ideal. Antinous – Museu de Louvre – Paris Hercules de Fermase Séc. IV A.c Pintura A pintura romana é de origem grega oriental. Quatro estilos podem ser distinguidos: o primeiro (séc. I A.C.), conhecido pelos afrescos de Pompéia, busca dar a ilusão do espaço. No segundo (séc. I A.C.) a ênfase é posta na resolução do espaço interno: o mural, imitando a arquitetura, entremostra uma tímida paisagem que se perde de vista e faz esquecer a existência de muros. Exemplo dessa pintura que busca ampliar o espaço é o “Casamento Aldobrandini”, aliás cópia de um original grego do séc. IV A.C. O terceiro estilo floresce em tempos de Augusto: os temas favoritos são cenas mitológicas e paisagens ideais. Casamento Aldobrandini, afresco da 1ª metade so séc. I a.C. - arte Ática tardia do período Júlio-Claudiano. Alt. 91,5cm; Comp. 242 cm' Johannes e Nicolaus, Roma, séc. XI - Juízo Final, tela sobre madeira, 2,90 x 2,41m. Pintura mais antiga e rara da Pinacoteca Vaticana Fonte: www.areliquia.com.br O quarto e último é o flaviano, que toma elementosdo segundo e do terceiro e com eles plasma uma decoração que quase se poderia chamar barroca. Referência especial deve ser feita aos retratos de fayum (sac. I a III D.C.), entre os quais se acham alguns dos mais belos exemplares da pintura romana, no gênero. Artes Aplicadas. Compreendiam sobretudo mosaicos (de Alexandre, em Pompéia, 50 ªC.), utensílios em bronze, prata e esmalte, cerâmica (terra sigillata), etc. Cristo na figura do “O Bom Pastor”: imagem comum em várias catacumbas cristãs. Após a morte de Jesus Cristo, a pregação do ideário cristão recaiu sobre os ombros dos discípulos do Primeiro Século. Em sua fase inicial, essa ação evangelizadora se restringiu ao perímetro da região da Judeia, local onde o próprio Jesus teria realizado a grande maioria de suas pregações. Contudo, com o passar do tempo, a ação dos discípulos se mostrou eficaz e determinou a divulgação dos valores cristãos para outras partes do Império Romano. Para os dirigentes romanos, a divulgação do cristianismo era uma séria ameaça aos valores e interesses do império. A crença monoteísta era contrária ao panteão de divindades romanas, entre as quais se destacava o próprio culto ao imperador de Roma. Ao mesmo tempo, o conceito de liberdade fazia com que vários escravos não se submetessem à imposição governamental que legitimava a posição subalterna dos mesmos. Dessa forma, os cristãos passaram a ser perseguidos das mais variadas formas. Eram torturados publicamente, lançados ao furor de animais violentos, empalados, crucificados e, até mesmo, queimados em vida. Para redimir e orar pelos seus mártires, os cristãos passaram a enterrá-los nas chamadas catacumbas. Estas funcionavam como túmulos subterrâneos onde os cristãos poderiam entoar canções e pintar imagens que manifestavam sua confissão religiosa. Observação acesse e assista o filme e 3D - www.bbc.co.uk/.../090505144009_catacumbas512.jpg Pintura de catacumba romana mostra o ágape, antiga festa cristã que se inspirava na Santa Ceia (Foto: Reprodução) Esses cantos funcionavam como orações pronunciadas em ritmo prosódico e sem nenhum tipo de instrumento musical acompanhante. Segundo alguns pesquisadores, esse tipo de canto, mais comumente conhecido como “salmodia” (em referência ao livro dos Salmos) fora trazida por São Pedro, ainda nos primeiros anos da Era Cristã. Posteriormente, a música cristã seria conhecida como cantochão ou cantus planus, tendo como marca principal sua leve variação melódica. A pintura elaborada no interior das catacumbas era rodeada de uma simbologia que indicava a forte discrição do culto cristão naquele momento. O mais recorrente símbolo era o crucifixo, que rememorava a disposição que Jesus teve de morrer pela salvação dos homens. A âncora significava o ideal de salvação. O peixe era bastante comum, pois a variação grega do termo (“ichtys”) era a mesma das iniciais da frase “Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador”. O desenvolvimento desse tipo de expressão artística acabou permitindo a execução de cenas cada vez mais complexas. Algumas cenas do texto bíblico começaram a tomar conta da parede das catacumbas. Entretanto, a imagem mais representada era a do próprio Jesus Cristo. Na maioria das vezes, o exemplo maior do cristianismo era simbolizado como um pastor entre as ovelhas. Tal alegoria fazia menção à constante importância que a ação evangelizadora tinha entre os cristãos. Essa fase inicial da arte primitiva não foi dominada por algum artista específico. A maioria das representações encontradas foi executada por anônimos que desejavam expressar suas crenças. A falta de um saber técnico anterior à concepção de tais obras marcou essa fase inicial da arte cristã com formas simples e bastante grosseiras. Por Rainer Sousa Graduado em História Equipe Brasil Escola Arquitetura Os romanos também modificaram a linguagem arquitetônica que haviam recebido dos gregos, uma vez que acrescentaram aos estilos herdados (dórico, jônico e coríntio) duas novas formas de construção: os estilos toscano e composto. A evolução da arquitetura romana reflete-se fundamentalmente em dois âmbitos principais: o das escolas públicas e o das particulares. No âmbito das escolas públicas, as obras (templos, basílicas, anfiteatros, arcos de triunfo, colunas comemorativas, termas e edifícios administrativos) apresentavam dimensões monumentais e quase sempre formavam um conglomerado desordenado em torno do fórum - ou praça pública - das cidades. Coliseu Romano Aqueduto – Pont-du- Gard Mercados e armazéns do Forum de Trajano –Roma Anfiteatro de Nimes - França Literatura latina Literatura latina ou romana é o nome que se dá ao corpo de obras literárias escritas em latim, e que permanecem até hoje como um duradouro legado da cultura da Roma Antiga. Os romanos produziram diversas obras de poesia, comédia, tragédia, sátira, história e retórica, baseando-se intensamente na tradição de outras culturas, particularmente na tradição literária grega, mais amadurecida. Mesmo muito tempo depois que o Império Romano do Ocidente já havia caído, a língua e a literatura latinas continuaram a desempenhar um papel central na civilização europeia e ocidental. A literatura latina costuma ser dividida em períodos distintos.Poucas obras escritas no latim antigo chegaram até nós; entre os trabalhos que sobreviveram, no entanto, estão as peças de Plauto e Terêncio, que permaneceram extremamente populares por todos os períodos até a atualidade, enquanto diversas outras obras latinas, incluindo muitas feitas pelos mais destacados autores do período clássico, desapareceram, muitas vezes tendo sido redescobertos apenas séculos depois de suas composições, e outras vezes nem mesmo isto. Estas obras perdidas sobreviveram por vezes como fragmentos, em outras obras que sobreviveram, enquanto outras são conhecidas apenas por referências em obras como a Naturalis Historia, de Plínio, o Velho, ou De Architectura, de Vitrúvio. O período do chamado latim clássico, durante o qual se costuma considerar que a literatura latina atingiu o seu ápice, costuma ser dividido em duas eras distintas: a Era de Ouro, que cobre aproximadamente o período do início do século I a.C. até a metade do século I d.C., e a Era de Prata, que abrange o século II d.C..[1] A literatura composta depois da metade do século II frequentemente é desprezada e ignorada; durante o Renascimento, por exemplo, quando diversos autores clássicos foram redescobertos e seu estilo foi imitado conscientemente. Cícero, acima de todos, foi tomado como paradigma, e seu estilo louvado como o ápice da perfeição no latim. Já o latim medieval frequentemente foi rejeitado como sendo mal-escrito, porém na realidade diversas grandes obras da literatura latina foram produzidas ao longo da Antiguidade Tardia e da Idade Média, embora não mais fossem conhecidos e lidos por tantos quando aquelas obras escritas no período clássico. Três destas obras sobreviveram e inspiraram os arquitetos e engenheiros do Renascimento: a Naturalis Historia ("História natural"), de Plínio, o Velho, os livros de Frontino sobre os aquedutos de Roma, e De Architectura ("Sobre a arquitetura"), de Vitrúvio Latim O latim é uma antiga língua indo-europeia do ramo itálico originalmente falada no Lácio, a região do entorno de Roma. Foi amplamente difundida, especialmente na Europa, como a língua oficial da República Romana, do Império Romano e, após a conversão deste último ao cristianismo, da Igreja Católica. Através da Igreja, tornou-se a língua dos acadêmicos e filósofos europeus medievais. Por ser uma língua altamente flexiva e sintética, a sua sintaxe (ordem das palavras) é, em alguma medida, variável, se comparada com a de idiomas analíticos como o português, embora em prosa os romanos tendessem a preferir a ordem SOV. A sintaxe é indicada por uma estrutura de afixos ligados a temas. O alfabeto latino, derivado dos alfabetos etrusco e grego (por sua vez, derivados do alfabeto fenício), continua a ser o mais amplamente usado no mundo. Exemplo de frase em latim A boa árvore dá bons frutos. — Arbor bona fructus bonos facit. A maior vingança é o desprezo. — Injuriarum remedium est oblivio. Amor com amor se paga. — Amor amore compensatur. Embora o latim seja hoje uma língua morta, com poucos falantes fluentes e sem que ninguém o tenha por língua materna, ainda é empregado pela Igreja Católica. Exerceu enorme influência sobre diversas línguas vivas, ao servir de fonte vocabular para a ciência, o mundo acadêmico e o direito. O latim vulgar, um dialeto do latim, é o ancestral das línguas neolatinas (italiano, francês, espanhol, português, romeno, catalão, romanche e outros idiomas e dialetos regionais da área); muitas palavras adaptadas do latim foram adotadas por outras línguas modernas, como o inglês. O fato de haver sido a lingua franca do mundo ocidental por mais de mil anos é prova de sua influência. O latim ainda é a língua oficial da Cidade do Vaticano e do Rito Romano da Igreja Católica. Foi a principal língua litúrgica até o Concílio Vaticano Segundo nos anos 1960. O latim clássico, a língua literária do final da República e do início do Império Romano, ainda hoje é ensinado em muitas escolas primárias e secundárias, embora seu papel se tenha reduzido desde o início do século XX. Arte Bizantina A arte Bizantina teve seu centro de difusão a partir da cidade de Constantinopla, capital do Império Romano do Oriente, e desenvolveu-se a princípio incorporando características provenientes de regiões orientais, como a Ásia Menor e a Síria. A aceitação do cristianismo a partir do reinado de Constantino e sua oficilização por Teodósio procuraram fazer com que a religião tivesse um importante papel como difusor didático da fé ao mesmo tempo que serviria para demonstrar a grandeza do Imperador que mantinha seu caráter sagrado e governava em nome de Deus. A tentativa de preservar o caráter universal do Império fez com que o cristianismo no oriente destacasse aspectos de outras religiões, isso explica o desenvolvimento de rituais, cânticos e basílicas. O apogeu da cultura bizantina ocorreu durante o reinado de Justiniano ( 526-565 d.C. ), considerada como a Idade de Ouro do império. Arquitetura O grande destaque da arquitetura foi a construção de Igrejas, facilmente compreendido dado o caráter teocrático do Império Bizantino. A necessidade de construir Igrejas espaçosas e monumentais, determinou a utilização de cúpulas sustentadas por colunas, onde haviam os capitéis, trabalhados e decorados com revestimento de ouro, destacando-se a influência grega. A Igreja de Santa Sofia é o mais grandioso exemplo dessa arquitetura, onde trabalharam mais de dez mil homens durante quase seis anos. Por fora o templo era muito simples, porém internamente apresentava grande suntuosidade, utilizando-se de mosaicos com formas geométricas, de cenas do Evangelho. A Igreja de Santa Sofia Na cidade italiana de Ravena, conquistada pelos bizantinos, desenvolveu- se um estilo sincrético, fundindo elementos latinos e orientais, onde se destacam as Igrejas de Santo Apolinário e São Vital, destacando-se esta última onde existe uma cúpula central sustentadas por colunas e os mosaicos como elementos decorativos. Pintura A pintura bizantina não teve grande desenvolvimento, pois assim como a escultura sofreram forte obstáculo devido ao movimento iconoclasta . Encontramos três elementos distintos: os ícones, pinturas em painéis portáteis, com a imagem da Virgem Maria, de cristo ou de santos; as miniaturas, pinturas usadas nas ilustrações dos livros, portanto vinculadas com a temática da obra; e os afrescos, técnica de pintura mural onde a tinta era aplicada no revestimento das paredes, ainda úmidos, garantindo sua fixação. Destaca-se na escultura o trabalho com o marfim, principalmente os dípticos, obra em baixo relevo, formada por dois pequenos painéis que se fecham, ou trípticos, obras semelhantes às anteriores, porém com uma parte central e duas partes laterais que se fecham. Mosaicos Mosaico foi uma forma de expressão artística importante no Império Bizantino, principalmente durante seu apogeu, no reinado de justiniano, consistindo na formação de uma figura com pequenos pedaços de pedras colocadas sobre o cimento fresco de uma parede. Masaicos Bizantinos
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