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UNIDADE 02 DAS MEDIDAS DE PROTEÇÃO Autorização (art.98, ECA) Espécies (art. 101, ECA) Ameaça ou violação Aplicação: órgão julgador (atribuição jurisdicional), Conselho Tutelar (art. 136, ECA – atribuição legal): o Ação ou omissão da sociedade ou do Estado o Falta, omissão ou abuso (comportamento comissivo) dos pais ou responsável o Em razão de sua conduta o = risco social e risco pessoal (vulnerabilidade material) Art. 99, ECA – aplicação isolada, conjunta, a qualquer tempo Função: romper ameaças e violências; efetivar direitos individuais e assegurar o respeito às garantias fundamentais de crianças e adolescentes Registro – personalidade jurídica = sujeito de direitos – regularização (gratuidade – art. 102, §2º, ECA) Medidas específicas de proteção 1. Encaminhamento aos pais ou responsável (art. 101, I, ECA) Requisito = guarda Situações não tão graves de ameaça ou violência; aplicação cumnulativa 2. Orientação, apoio e acompanhamento temporários (art. 101, II, ECA) Estabelecimento de aopio institucional/comunitário à criança, ao adolescente e ao núcleo familiar Medida preventiva Função = controle e disciplina do comportamento familiar e comunitário 3. Matrícula e frequência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino fundamental (art. 101, III, ECA) Exercício do direito fundamental à educação Dúplice característica: MEP + dever legal (pais e responsáveis – matricular e exigir frequência obrigatória) Dirigente – comunicação – CT 4. Inclusão em programa comunitário ou oficial de auxílio à família, à criança e ao adolescente (art. 101, IV, ECA) Criação e manutenção de políticas sociais públicas – preferenciais e prioritárias Auxílios: material, pessoal, profissional. Afetivo, social, técnico ou especializado, conforme necessidade vital básica da família (art. 23, ECA) Falta/carência de recursos materiais <> perda ou suspensão do poder familiar 5. Requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial (art. 101, V, ECA) CAPs e CAPsI, CAPsAD Determinação 6. Inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio , orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos (art. 101, VI, ECA) Substâncias lícitas e ilícitas Saúde mental infanto-juvenil = dignidade da pessoa humana 7. Acolhimento institucional (art. 101, VII, ECA) Gravíssima ameaça ou violência Provisória e excepcional 8. Inclusão em programa de acolhimento familiar (art. 101, VIII, ECA) Transitória e excepcional – transição para reintegração familiar ou colocação em família substituta Não é pena privativa de liberdade §3º a §12 – procedimentos e condições DA PRÁTICA DE ATO INFRACIONAL Natureza jurídica: pressuposto legal (lógico) que deve ser comprovado acerca de sua existência (materialidade) e autoria Pressuposto jurídico-legal – MP e atribuição judicial de MSE O ato infracional é a prática ou o envolvimento de criança ou adolescente numa conduta cujo cometimento é contrário aos ditames legais, haja vista que é conflitante com o ordenamento jurídico que busca proteger interesses, bens e direitos. Juridicamente, constitui-se no pressuposto (RAMIDOFF, 2011) O ato infracional é descrito como uma atitude atribuída à criança (art. 105 do Estatuto) ou ao adolescente que tenha praticado conduta (ação ou omissão) conflitante com a lei, ou que tenha se envolvido livre, intencional e voluntariamente num evento dito infracional, cuja conduta é, por assim dizer, contraditória com o conteúdo da norma que protege bens jurídicos, por similitude, normativa às condutas descritas como comportamentos valorados negativamente pelo Direito Penal, nos termos do que dispõe o art. 103 do Estatuto. “Equivalente” à contravenção penal Atos conflitantes com a lei – prática e envolvimento – tratamento diferenciado (protetivo e jurisdicionalizado) Pena privativa de liberdade – adolescente apreendido em flagrante ou mediante ordem judicial escrita e fundamentada Comunicação à Justiça/MP – avaliação da manutenção - + pais/responsáveis + advogado Internação provisória (45 dias, prorrogável) MEDIDAS SÓCIO-EDUCATIVAS Reação estatal adequada pedagogicamente Conteúdo o Pedagógico - educacional o Orientação protetiva – direitos humanos o Especial – prioridade absoluta na efetivação de direitos e garantias fundamentais Ao adolescente (art. 112, ECA) 1. ADVERTÊNCIA (art. 115, ECA) Admoestação verbal Judicialmente em audiência Prova: autoria e materialidade infracional 2. OBRIGAÇÃO DE REPARAR DANO (art. 116, ECA) Restituir a coisa Ressarcimento do dano (capacidade econômica) Compensar prejuízo (idem) Não sendo possível = substituição da MSE 3. PRESTAÇÃ DE SERVIÇOS À COMUNIDADE (art. 117, ECA) Tarefas gratuitas de interesse geral em entidades assistenciais Programas comunitários ou governamentais 6 meses; 8 h/dia; finais de semana, feriados ou dias úteis (frequência escolar) Conformação ao adolescente Serviço intelectual 4. LIBERDADE ASSISTIDA (art. 118, ECA) *** Acompanhamento, auxílio e orientação Juiz de Direito competente – designação – pessoa capacitada - promover socialmente o adolescente e sua família; supervisionar a frequência e o aproveitamento escolar do adolescente; diligenciar para profissionalização e inserção do adolescente no mercado de trabalho; e apresentar relatório do caso. 5. REGIME DE SEMI LIBERDADE (art. 118, ECA) Estratégia – evitar a privação integral de liberdade Transição para o meio aberto (art. 120, ECA) SEM PRAZO DETERMINADO – máximo 3 anos, reavaliação em 6 meses Trabalho externo Profissionalização e educação 6. INTERNAÇÃO (art. 121, ECA) *** internação é uma espécie diferenciada de privação da liberdade, a qual se orienta pelos princípios da brevidade, excepcionalidade e respeito à condição humana peculiar do adolescente enquanto pessoa em desenvolvimento A medida socioeducativa de internação apenas poderá ser adotada judicialmente caso se encontrem presentes determinados pressupostos, como, por exemplo: a existência da ação conflitante com a lei e sua respectiva atribuição a um adolescente; a sua não cumulatividade com as diversas espécies de remissão; capacidade psíquica do adolescente; adequabilidade da medida para sua emancipação subjetiva; observância do princípio da reserva legal; apenas às infrações praticadas com violência ou grave ameaça à pessoa; reiteração do cometimento de tais infrações; somente a partir da emissão judicial da guia de cumprimento da medida; encaminhamento e acompanhamento de Entidade de Atendimento; no máximo pelo prazo de 3 (três) anos; asseguramento da comunicabilidade (art. 100); e, de atividades externas (ROSSATO, 2010). SEM PRAZO DETERMINADO – máximo 3 anos (semi liberdade ou liberdade assistida), reavaliação em 6 meses Trabalho externo Profissionalização e educação 21 anos – liberdade compulsória
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