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MOD2 - UA6 - Direito da Criança e do Adolescente

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U N I D A D E 6
D I R E I T O D A
C R I A N Ç A E D O
A D O L E S C E N T E
O SISTEMA DE GARANTIAS DE DIREITOS DA CRIANÇA E
DO ADOLESCENTE: A DEMOCRATIZAÇÃO DAS RELAÇÕES
NO ÂMBITO DA ESFERA PÚBLICA E O RECONHECIMENTO
DA CONDIÇÃO DE SUJEITOS DE DIREITOS.
Filipe Martins de Oliveira
AUTOR
Breves considerações
A partir da Constituição de 1988, foi introduzida no ordenamento jurídico
brasileiro, em substituição à situação irregular até então experimentada a
Doutrina da Proteção Integral, inserida no Estatuto da Criança e do Adolescente,
inspirada na Convenção dos Direitos da Criança e do Adolescente, preconizando
o dever de tratamento de crianças e adolescentes como sujeitos e não mais
objetos de intervenção dos adultos.
Regulamentando e buscando dar efetividade à norma constitucional, foi
promulgado o Estatuto da Criança e do Adolescente, microssistema aberto de
regras e princípios, fundado em três pilares básicos: 1) criança e adolescente são
sujeitos de direito; 2) afirmação de sua condição peculiar de pessoa em
desenvolvimento, e, portanto, sujeito a uma legislação especial; 3) prioridade
absoluta na garantia de seus direitos fundamentais (AMIN, 2014, p. 53).
Nesse sentido, encontra-se a redação do art. 3º, do Estatuto, in verbis:
A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à
pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei,
assegurando-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e
facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral,
espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade (BRASIL, 1990a).
A fim de assegurar a proteção integral, o Estatuto previu no contexto da política
de atendimento dos direitos infanto-juvenis, um conjunto articulado de ações
governamentais e não governamentais, das três esferas federativas, por meio de
políticas sociais básicas e especiais (BRASIL, 1990a, art. 86). Baseado no preceito
da descentralização, a lei conferiu aos Municípios e Estados poderes com relação
ao enfrentamento do fenômeno da violência contra crianças e adolescentes.
Dessa forma foram colocados, expressamente como linha de ação da política de
atendimento, serviços especiais de prevenção e atendimento médico e
psicossocial às vítimas de negligência, maus-tratos, exploração, abuso, crueldade
e opressão (BRASIL, 1990a, art. 87, III).
UNIDADE 6
02
Entretanto, pelos muitos anos que se seguiram, crianças e adolescentes
continuaram violadas em seus direitos, no momento em que não lhe são
oferecidos o acesso à escola, moradia digna, saúde e lazer, além da própria
questão ligada à violência sexual, física, psicológica ou a própria negligência dos
pais ou responsáveis.
Assim, não obstante o respaldo legislativo já existente, não se desenvolveu no
Brasil um sistema cadenciado entre os órgãos de proteção, muito provavelmente
pela ausência de políticas públicas e investimento na área de proteção e
acolhimento, e consequentemente prevenção e repressão, sendo necessário a
efetiva aplicação dos ditames legais já existentes, para a promoção e garantia dos
direitos infanto-juvenis.
Insta salientar que o primeiro desafio é, sem sombra de dúvidas, a sistematização
e estruturação de um Sistema de Garantias, destacando-se a importância da
municipalização no atendimento por meio dos Conselhos Municipais, consoante
previsão do artigo 88, inciso I, do Estatuto[1].
O sistema de garantias de direitos da criança e do adolescente
A Doutrina da proteção integral preconizada pelo Estatuto da criança e do
adolescente, divide o sistema de proteção em administrativo e jurisdicional, cada
qual com suas regras e/ou especificidades técnicas.
Sem dúvidas, o sistema de proteção administrativa – principalmente na esfera
preventiva-, foi a principal aposta do legislador brasileiro, relegando-se os
sistemas civil e criminal para a defesa excepcional.
A centralidade do ECA no plano administrativo, foi embasada na necessidade de
uma proteção primária, em substituição à fragilidade experimentada na fase da
indiferença menorista. Entretanto, embora seja certeira a escolha, observa-se na
prática que o sistema administrativo não se mostra adequado, organizado,
preparado e eficiente para a proteção dos direitos infanto-juvenis.
03
D I R E I T O D A C R I A N Ç A E D O
A D O L E S C E N T E
https://ava.digitalcsc.com.br/mod/book/view.php?id=62355&chapterid=513#ftnt1
Pela atual sistemática ora vigente no ordenamento jurídico brasileiro, é evidente a
falta de integração dos programas e serviços capazes de atender de maneira
adequada, qualificada e resolutiva - os casos de ameaça/violação de direitos
infanto-juvenis -, o que fomenta cada vez mais a denominada vitimização
secundária, ocasionada pelos próprios órgãos que em tese teriam a função de
proteger e estancar possíveis abusos ou ameaça de direitos infanto-juvenis.
Assim, visando a criação de novos órgãos de proteção, o Conselho Nacional dos
Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA), por meio da Resolução n. 113,
consolidou-se a criação do denominado Sistema de Garantia dos Direitos da
Criança e do Adolescente (SGDCA), no ano de 2006, com o intuito de fomentar a
implementação do Estatuto da Criança e do Adolescente, que consiste na
articulação de todos os sistemas nacionais de operacionalização de políticas
públicas dos direitos humanos da criança, nos níveis federal, estadual, distrital e
municipal.
Dentre os integrantes do "Sistema de Garantias" pode-se citar o Conselho
Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (com os gestores
responsáveis pelas políticas públicas de educação, saúde, assistência social,
cultura, esporte, lazer e capacitação para o trabalho), o Conselho Tutelar, o Juiz da
Infância e da Juventude, Promotor da Infância e da Juventude, professores e
diretores de escolas, e entidades não governamentais de atendimento a crianças,
adolescentes e famílias, contemplando o papel de cada um de seus integrantes,
em igual importância, consoante previsto no artigo 1º, da Lei nº 8.069/90.
Os Conselhos dos Direitos de Crianças e Adolescentes são órgãos responsáveis
pela elaboração das diretrizes da política de atendimento aos direitos da criança
e do adolescente, bem como pelo acompanhamento, controle social e avaliação
dos programas e ações desenvolvidas. Todas as três esferas governamentais –
federal, estadual e municipal – precisam instituir seus Conselhos. Eles deverão ser
compostos paritariamente (com o mesmo número de representantes) por
membros do governo e da sociedade civil organizada (ECA: artigo 88, inciso II).
Uma das principais atribuições dos Conselhos dos Direitos é assegurar a
existência e a efetividade de políticas direcionadas à população infanto-juvenil,
sendo uma de suas principais atribuições o monitoramento do Sistema de
Garantia de Direitos, instituído pelo ECA.
04
DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
O principal objetivo é o reconhecimento de crianças e adolescentes como sujeitos
de direitos, detentores de garantias que lhes coloquem à salvo de ameaças e
violações, garantindo, inclusive, a apuração e reparação em situações de violação.
Desta forma, cada município – por meio de seu Conselho dos Direitos da Criança
e do Adolescente – deve formular sua própria política de atendimento infanto-
juvenil e suas respectivas famílias.
A ideia da municipalização encontra respaldo na força da descentralização
político-administrativa, para que determinadas decisões políticas e serviços
públicos sejam encaminhados e resolvidos no âmbito do município, junto às
comunidades e organizações não governamentais, ficando o Estado com a
responsabilidade subsidiária nos casos que extrapolem a competência de cada
município.
A responsabilidade pela criação e execução de um sistema municipal de
atendimento à infância e à adolescência não deve ser vista, portanto, como uma
atribuição exclusiva da Prefeitura e da Câmara Legislativa. A obrigação de definir
e executar a política de proteção integral de crianças e adolescentes no municípiodeve envolver, necessariamente, o poder público e a sociedade civil.
Desta forma, as intervenções estatais devem sempre priorizar o engajamento das
políticas públicas específicas, de cunho intersetorial e interdisciplinar, com a
participação inclusive de entidades não governamentais, que devem sim
promover ações integradas, a partir de desenvolvimento de fluxos e protocolos
de atendimentos.
O denominado Sistema de Garantias abarca três eixos na proteção infanto-
juvenil, iniciando pela promoção, pela defesa e pelo controle, superando o
modelo anterior que centralizava no Poder Judiciário, sendo este um instrumento
apenas na repressão dos atos de violência. Os Conselhos dos Direitos e os
Tutelares, integrantes do sistema de garantias, devem trabalhar ativamente para
a integração das ações governamentais e não-governamentais, promovendo um
debate constante entre a sociedade e o poder público, a fim de deliberem sobre
políticas públicas consistentes, articuladas e permanentes, agindo de forma
constante na intervenção primária e de prevenção.
05
DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Consoante os ensinamentos de Furniss (1993, p.116), a intervenção terapêutica
primária tem o objetivo de modificar os relacionamentos familiares, e não o de
punir as pessoas que cometeram abusos, não excluindo o envolvimento dos
serviços legais de proteção à criança e adolescente.
Vale ressaltar que a presença de intervenções em parceria, envolvendo a
interdisciplinaridade dos setores, assim como preconiza o sistema de garantias
aos direitos infanto-juvenis, é uma necessidade quando o assunto é a prevenção,
descoberta e repressão dos atos de abuso. Entretanto, não se pode olvidar que
ações mal coordenadas podem gerar danos secundários tão prejudiciais como a
primeira vitimização, transformando o processo de intervenção em um processo
antiterapêutico, gerador de novos traumas ao infante.
À exemplo, nos casos em que se vislumbra um episódio de violência contra a
criança ou adolescente, seja ele intrafamiliar ou não, observa-se uma necessidade
de intervenção específica coerente da rede de proteção, sendo muito importante
não desprezar qualquer informação ou detalhe colhido. O compromisso dos
profissionais envolvidos das várias instituições e órgãos representa a criação de
um modelo funcional, em que cada um se apropria de uma parte na
responsabilidade de atuação no combate à violência.
06
DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
A preocupação com o fenômeno da violência evidencia, sem dúvidas, uma maior
conscientização da necessidade de efetivação de políticas públicas oriundas do
Estado, como por exemplo, a obrigatoriedade de denúncias por parte dos
profissionais que de alguma forma têm conhecimento dos maus tratos e/ou
abusos cometidos em desfavor de crianças e adolescentes. No Brasil, após quase
30 anos de vigência do ECA, observa-se que os conselheiros municipais de
direitos desconhecem a importância das suas relevantes funções e deliberações.
As políticas públicas que interessam diretamente à proteção dos direitos
fundamentais das crianças e adolescentes, vítimas de crimes, ações ou omissões
da família, da sociedade e do estado, exigem a intervenção dos Conselhos
Municipais de direitos infanto-juvenis, que precisam, diariamente, serem
questionados sobre o alcance e a qualidade de suas ações coletivas.
O papel do Ministério Público na defesa dos direitos infanto-juvenis Em todo
mundo é sabido que milhares de crianças e adolescentes são vítimas de ilícitos
civis, penais e administrativos ficando claro, pela própria construção social da
infância e da juventude, que a invisibilidade quanto à proteção de seus direitos
remonta às mais remotas épocas da história. É possível afirmar que a violência
infanto-juvenil abarca uma gama de possibilidades, podendo ser identificada na
escola, nos abrigos ou mesmo em instituições religiosas, ficando claro que sua
incidência merece ser considerada para além da questão que envolve o poder
arbitrário dos pais ou responsáveis.
Nesse sentido, a nova sistemática desenhada para a defesa e tutela da Infância e
Juventude foi delineada a partir da formação de uma rede de proteção, formada
por entidades com atribuições específicas na efetivação de direitos infanto-
juvenis, superando a ideia da divisão entre os órgãos, em prol da construção do
denominado Sistema de Garantias.
Desta forma, apenas em 2006, com a criação do Conselho Nacional dos Direitos
da Criança e do Adolescente – Conanda, é que se retoma a importância e
pertinência da cadência de todos os órgãos que compõe o Sistema de Garantias,
incluindo a participação do Ministério Público e dos Conselhos Tutelares, órgãos
estes responsáveis pela interlocução com os demais atores que compõe a rede.
O Ministério Público, por sua vez, passa a ocupar o papel de guardião dos
interesses desse segmento, bem como realiza a interlocução dos demais atores
dos Sistemas de Justiça e de Garantia de Direitos.
07
DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
A partir da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, o Ministério
Público passou a atuar como instituição permanente e essencial à função jurídica,
do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. A
partir da década de 1980, a atuação extrapenal do órgão revolucionou a
instituição através dos instrumentos do inquérito civil e da ação civil pública para
tutela dos chamados “novos direitos”, bem como a tutela dos denominados
direitos coletivos e difusos 
Seus membros desempenham suas atribuições com prerrogativas e
responsabilidades próprias, estabelecidas na Constituição e em leis especiais,
possuindo um conjunto de princípios institucionais que lhe garantem a unidade, a
indivisibilidade e a independência funcional. É notória a estreita ligação do
Ministério Público com as normas protetivas da infância e da juventude,
sobretudo pelo fato de sua atuação estar voltada à defesa de interesses sociais e
dos interesses individuais indisponíveis.
(..) é muito estreita a ligação do Ministério Público com as normas de proteção à
criança e ao adolescente, pois que está ele naturalmente votado à defesa de
interesses sociais e dos interesses individuais indisponíveis”, isto porque “os
direitos e interesses ligados à proteção da criança e do adolescente sempre têm
caráter social ou indisponível, consequentemente não se pode excluir a iniciativa
ou a intervenção ministerial em qualquer feito judicial em que se discutam esses
interesses. Assim, tanto interesses sociais ou interesses individuais indisponíveis
ligados à proteção da criança e do adolescente merecem tutela pelo Ministério
Público; o mesmo se diga dos interesses individuais homogêneos, coletivos ou
difusos ligados à infância e à juventude”.(MAZZILLI, 2019)
Desta forma, conclui-se que a Constituição de 1988 trouxe ao Ministério Público a
independência funcional, e atribuições para postular em juízo ou na esfera
administrativa, buscando assegurar direitos e garantias fundamentais ao cidadão.
As atribuições conferidas ao Ministério Público
A proteção infanto-juvenil dar-se-á na área criminal, de família, sucessória, difusa
etc.. Nesta seara, o Ministério Público atua na garantia dos direitos da criança, do
adolescente e da família, em especial, com relação à proteção ao direito à vida, à
saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à
cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade, à convivência familiar e comunitária,
suspensão e destituição do poder familiar, e o combate das diversas formas de
violência.
08
DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Em caso de ato infracional cometido por adolescente (entre doze e dezoito anos
de idade incompletos), o Ministério Público é o responsável pelo ajuizamento de
representação para aplicação de medidas socioeducativas, incluindo a
possibilidade de advertência,, até a obrigação de reparar o dano, bem como as
questões relativas à prestação de serviços à comunidade, liberdade assistida,
semiliberdade e internação.
É importante frisar queos artigos 200 a 205 o Estatuto da Criança e do
Adolescente ampliaram sobremaneira as funções do Ministério Público. Cumpre
deixar claro, que não é apenas o Promotor de Justiça da Infância e da Juventude o
único órgão do Ministério Público que deve zelar pelos direitos e interesses
ligados à proteção dos menores.
Algumas competências são atribuídas ao Ministério Público em leis extravagantes.
O Estatuto da Criança e do Adolescente dedica-lhe um capítulo (ECA 200 a 205).
Deve oficiar em todos os procedimentos da competência da Justiça da Infância e
Juventude (ECA 201 III). Atua tanto como parte como na condição de fiscal da lei,
devendo sempre ser intimado pessoalmente (ECA 203). No âmbito da jurisdição
de família, dispõe de significativos poderes, no que respeita à guarda (ECA 35), à
adoção (ECA 50 § 1º), à perda ou suspensão do poder familiar (ECA 155), aos
alimentos, à nomeação e à remoção de curadores e guardiães (ECA 201 III).
Dispõe também de amplos poderes investigatórios, devendo zelar pelo efetivo
respeito aos direitos e garantias legais assegurados a crianças e adolescentes
(ECA 201 VIII). Tem livre acesso a todo local onde se encontra criança ou
adolescente (ECA 201 § 3º). A legitimação do Ministério Público é concorrente,
sendo meramente exemplificativo o rol legal de suas atribuições.
Além da defesa dos direitos difusos e coletivos, resta clara a sua atribuição na
defesa dos direitos individuais relacionados à infância e à juventude, face ao seu
caráter de indisponibilidade. À exemplo, podemos citar a legitimidade para
propositura de alimentos (art., 201, III), legitimidade para a propositura de
medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis para o respeito dos direitos e garantias
legais assegurados às crianças e adolescentes (art. 201, VIII); legitimidade para
impetrar mandado de segurança (art. 201, IX), dentre outras.
09
DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Além disso, no tocante às questões relacionadas ao menor infrator, cabe ao
Ministério Público a fiscalização de medidas socioeducativas, aplicáveis a
adolescentes em conflito com a Lei.
 
Também cabe a intervenção ministerial quando a criança ou o adolescente estiver
sob qualquer ameaça de violação de seus direitos, seja pela omissão ou abuso da
autoridade parental, seja pela ação ou omissão do agente estatal, aqui entendida
como vitimização secundária, valendo-se da aplicação de medidas de proteção
dirigidas à crianças e adolescentes em situação de risco pessoal ou social.
Importante frisar que Ministério Público tornou-se um importante instrumento
para a proteção da causa infanto-juvenil, a partir do momento em que promove
várias ações, judiciais e extrajudiciais, voltadas à realização dos direitos deste
segmento da população.
Quanto à sua atuação na esfera extrajudicial, vale ressaltar que esta visa conferir
efetividade à implementação da doutrina da proteção integral, seja por meio da
divulgação da legislação em vigor, seja por meio de articulações políticas junto
aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, aos Conselhos dos Direitos da
Criança e do Adolescente e Conselhos Tutelares, promovendo a articulação e
funcionamento da rede de atendimento colocada à disposição da população
infanto-juvenil.
Ressalta-se ainda que o Promotor de Justiça da Infância e Juventude têm, dentre
outros, poderes de fiscalização dos Conselhos Tutelares; dos Conselhos de
Direitos da Criança e do Adolescente; das entidades de atendimento a crianças e
adolescentes e seus Programas de Ação.
“(...)sendo uma instituição de tutela do interesse social, cabe ao Ministério Público
aproximar-se da coletividade, de organismos e entidades de representação social,
mantendo-se aberto e acessível à população, lutando para assegurar o respeito
aos seus direitos, de modo dinâmico e, preponderantemente, como órgão
promovente”. (FERRAZ, 1992.)
10
DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Da mesma forma, a atuação do Promotor de Justiça não está limitada às medidas
e aos procedimentos indicados no Estatuto da Criança e do Adolescente, haja
vista que o inciso VIII do art. 201 permite-lhe a adoção de qualquer medida, seja
ela judicial ou extrajudicial, sempre que fizer necessário o respeito “aos direitos e
garantias legais assegurados às crianças e aos adolescentes.”
O papel do Conselho Tutelar na defesa dos direitos infanto-juvenis
A violência em família pode acarretar inúmeras consequências para a criança ou
adolescente, que variam do físico (ferimentos internos ou externos), ao psíquico
(distúrbios que envolvem agressividade, ansiedade ou depressão). Assim, a noção
de violência abarca grande dificuldade técnica e teórica: os conceitos nem
sempre são precisos, a intencionalidade é de difícil determinação, o ato em si é
de difícil detecção e a diferenciação entre o que deve ou não ser considerado
violência nem sempre é imediata. Essas questões, sem dúvida, remontam à
grande questão de decidir se aquela é ou não uma situação a ser notificada, seja
pelos próprios membros da família, seja por quaisquer dos órgãos competentes.
Deslandes (1994) ressalta que, apesar de a violência contra a criança e o
adolescente não ser um problema novo, grande parte dos casos não chegam ao
conhecimento, ou não são identificados, isso no que diz respeito ao medo dos
familiares, e ao despreparo dos profissionais que, de forma primeva, teria acesso
ao evento danoso – estabelecimentos de ensino, unidades de saúde e o próprio
Conselho Tutelar.
Os motivos para tanto são dos mais diversos e se interligam: o primeiro diz
respeito à carência de informações dos profissionais sobre o tema; o segundo
refere-se ao parco conhecimento da lei por parte destes profissionais, e o
terceiro, pela falta de investimento público, que varia desde à preparação de
pessoal especializado até condições mínimas para o exercício do encargo.
Dificilmente, as verdadeiras causas dos danos sofridos são investigadas, o que
contribui para seu ocultamento e repetição (DESLANDES, 1994). Esse fato
demonstra com clareza, a despreocupação para com a vítima, e o descrédito nas
possíveis ações do Estado para a resolução do problema. O art. 132 do ECA
disciplina que, em cada Município, haverá, no mínimo, 1 (um) Conselho Tutelar
como órgão integrante da administração pública local, composto de 5 (cinco)
membros, escolhidos pela população local para mandato de 04 (quatro) anos,
permitida 01 (uma) recondução, mediante novo processo de escolha.
1 1
DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
É um órgão permanente, com autonomia funcional. Faz parte do organismo
chamado Sistema de Garantias dos Direitos da Criança e do Adolescente, que se
estrutura juntamente com outros órgãos, como por exemplo, Ministério Público,
Poder Judiciário, os CREAS, dentre outros. Segundo consta no artigo 136 do ECA,
são atribuições do Conselho Tutelar e consequentemente do conselheiro tutelar
atender não só às crianças e adolescentes, como também atender e aconselhar
pais ou responsáveis. A denúncia de um evento violento contra crianças ou
adolescentes pode ocorrer tanto no âmbito privado, quando a revelação é feita
pelos membros da família, como no âmbito público, quando esta é feita na escola,
nos serviços de saúde, pelo ‘disque-denúncia’ ou outros órgãos de defesa como o
Conselho Tutelar, isto é, quando é levada ao conhecimento de alguém que seja
capaz de dar início ao processo de responsabilização.
Desse modo, observa-se uma verdadeira desarticulação entre as ações dos
serviços de atendimento, com uma ausência de integração das ações, o que vem
gerando a denominada revitimização, assim entendida como:
[...] o processo de ampliação do trauma vivido pela vítima da violência, em função
de procedimentos inadequados realizados, sobretudo, nas instituições oficiais,
durante o atendimento da violência notificada. Também é chamada de dupla
vitimização. Em outros países, a literatura utiliza a mesma expressão em sentido
outro: como a manutenção e repetição da conduta violenta contra a mesma
vítima (LUZ; PAIVA; ROSENO, 2012, p.11).
Entretanto, nãose pode olvidar que o Estado, em real descumprimento dos
preceitos constitucionais de proteção infanto-juvenil, acaba por ser o primeiro a
não priorizar os direitos garantidos pela legislação especial, no momento em que
não fornece subsídios para uma formação continuada e treinamento dos
profissionais da rede de serviços de referência – profissionais da saúde, da
educação, Conselhos Tutelares e polícia investigativa.
As atribuições conferidas ao Conselho Tutelar
O percurso da denúncia[2] inicia-se pela notificação ao Conselho Tutelar[3], órgão
instituído pelo artigo 131 do Estatuto da Criança e do Adolescente, que tem como
função primeva a apuração da veracidade, identificação da violência e
implementação de medidas necessárias, a fim de promover a proteção dos
infantes em estado de vulnerabilidade. 
12
DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
https://ava.digitalcsc.com.br/mod/book/view.php?id=62355&chapterid=513#ftnt2
https://ava.digitalcsc.com.br/mod/book/view.php?id=62355&chapterid=513#ftnt3
Além disso, outra importante função resume-se ao acompanhamento sistemático
ao grupo familiar desestruturado.
Em cada Município, é obrigatória a existência de, no mínimo, um Conselho
Tutelar, não sendo, portanto, uma entidade alternativa, mas sim um dos mais
importantes órgãos do Sistema de Proteção dos direitos da criança e do
adolescente.[4]
Nos casos em que se vislumbram episódios de negligência, violência física ou
abusos sexuais, os conselheiros tutelares utilizam-se das prerrogativas conferidas
pelo ECA, no sentido de encaminhar crianças e adolescentes a serviços médicos e
psicológicos, retirá-los da família natural em caso de suspeita ou violência efetiva,
e encaminhá-los às instituições de acolhimento.
Os pais ou os responsáveis têm a obrigação legal de registrar o Boletim de
Ocorrência (BO). Se forem suspeitos da violência, o Conselho Tutelar assume a
responsabilidade de denúncia.
Com o BO, a criança ou o adolescente será enviado ao Instituto Médico Legal
(IML) para realização do corpo de delito e coleta de material, que também poderá
ser feita no atendimento do serviço de saúde, por médico capacitado. O laudo do
IML é um documento elaborado para fazer prova no processo penal. Em alguns
locais, é possível que um perito do IML vá à unidade de saúde fazer o exame.
Essas diferentes situações dependem da articulação que foi realizada na rede de
saúde e de proteção social para evitar a revitimização das crianças e dos
adolescentes no deslocamento para outros serviços (SANTOS, 2012, p. 52).
As notificações são então encaminhadas à autoridade policial, que procederá à
apuração da denúncia, prosseguindo com a oitiva da criança ou do adolescente
abusados e de testemunhas. Em sequência, após a redação de um relatório final
confeccionado pelo Delegado de Polícia, aquele é encaminhado ao Ministério
Público que, avaliando o caso, oferece a denúncia e qualifica o crime, que segue
para a Vara Criminal da Justiça comum.
13
DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
https://ava.digitalcsc.com.br/mod/book/view.php?id=62355&chapterid=513#ftnt4
O princípio da prioridade absoluta, estabelecido pelo artigo 227 da Constituição e
pelo artigo 4º, parágrafo único do ECA, determina a preponderância dos direitos
infanto-juvenis com relação aos demais direitos fundamentais previstos pela
Constituição. O Sistema de Garantias dos Direitos da Criança e do Adolescente é
composto por uma rede horizontal de atores, cada qual com responsabilidades
próprias que, como uma engrenagem, atuam em conjunto. O grande desafio do
Promotor de Justiça é se inserir nessa rede, ou, quando inexistente, estimular sua
formação.
As políticas públicas devem fomentar a proteção num caráter macro, iniciando-se
a partir da divulgação de espaços para a denúncia de casos de violência[5], com a
divulgação de todos os meios possíveis de denúncias, bem como pela ampliação
e aperfeiçoamento da rede de prevenção e atendimento, como o levantamento e
sistematização dos dados e informações, capacitação de lideranças comunitárias
e profissionais das áreas de segurança pública, saúde, educação e assistência
social facilitando, consequentemente, o acesso à justiça.
Entretanto, tornar essa proteção e essas políticas em favor da criança e do
adolescente uma realidade prática é tarefa árdua, que encontra resistência
política e esbarra, também, em diversas questões sociais pouco discutidas pela
sociedade. Além disso, tais políticas públicas precisam encontrar no sistema
sociojurídico (Ministério Público, Tribunal de Justiça, Delegacias, Defensoria
Pública, Conselhos Tutelares entre outras instituições) apoio suficiente para se
promover uma rede integral de atendimento, capaz de ofertar cuidados no trato
da proteção infanto-juvenil.
CONCLUINDO A
UNIDADE
14
https://ava.digitalcsc.com.br/mod/book/view.php?id=62355&chapterid=513#ftnt5
1) Nos termos da Resolução nº 113/06 do CONANDA, marque a alternativa
CORRETA:
I. compete ao Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente
promover, defender e controlar a efetivação dos direitos civis, políticos,
econômicos, sociais, culturais, coletivos e difusos, em sua integralidade, em favor
de todas as crianças e adolescentes, de modo que sejam reconhecidos e
respeitados como sujeitos de direitos e pessoas em condição peculiar de
desenvolvimento; colocando-os a salvo de ameaças e violações a quaisquer de
seus direitos, além de garantir a apuração e reparação dessas ameaças e
violações;
II. o Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente procurará
enfrentar os atuais níveis de desigualdades e iniqüidades, que se manifestam nas
discriminações, explorações e violências, baseadas em razões de classe social,
gênero, raça/etnia, orientação sexual, deficiência e localidade geográfica, que
dificultam significativamente a realização plena dos direitos humanos de crianças
e adolescentes, consagrados nos instrumentos normativos nacionais e
internacionais, próprios;
III. o Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente fomentará a
integração do princípio do interesse superior da criança e do adolescente nos
processos de elaboração e execução de atos do executivo e do judiciário,
políticas, programas e ações de entidades privadas, bem como nas decisões
exclusivamente administrativas que afetem crianças e adolescentes;
IV. o Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente promoverá
estudos e pesquisas, processos de formação de recursos humanos dirigidos aos
operadores dele próprio, assim como a mobilização do público em geral sobre a
efetivação do princípio da prevalência do melhor interesse da criança e do
adolescente;
A) Apenas os itens I, II e III estão corretos.
B) Apenas os itens II, III e IV estão corretos.
C) Apenas os itens I, II e IV estão corretos.
D) Apenas os itens I, III e IV estão corretos.
E) Apenas o item I está correto.
EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO
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2) O Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA – resulta de um amplo processo
de defesa dos direitos da criança e adolescente. Portanto, o ECA traduz:
A) a revisão da doutrina da situação irregular; acordos internacionais a respeito
dos direitos da criança e do adolescente; a institucionalização jurídica da doutrina
de proteção integral à criança e ao adolescente.
B) a realização de acordos internacionais a respeito dos direitos da criança e do
adolescente; a revisão da doutrina da proteção integral; a regulamentação dos
direitos do menor.
C) a realização acordos internacionais a respeito do direito da criança e do
adolescente; a ratificação da doutrina da situação irregular; a materialização dos
direitos da família.
D) a realização de acordos internacionais a respeito dos direitos da criança e do
adolescente; a atualização da doutrina de situação irregular; a regulamentação
dos direitos da família.
E) a realização de acordos internacionais a respeito dos direitos dos menores; a
garantia de tratamentos distintos entre as crianças e os menores; a
regulamentação dos programas e serviços destinados à criança.
EXERCÍCIOSDE
FIXAÇÃO
16
3) A Lei 8.069, de 13 de Julho de 1990 (ECA), dispõe sobre:
A) o dever da família e da comunidade.
B) a proteção integral à criança e ao adolescente.
C) o dever da família e da sociedade em geral.
D) o dever do Poder Público.
E) as pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade.
EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO
17
4) A respeito do ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente, é correto afirmar:
A) São conceitos-chave desta Lei, para a efetivação da proteção e
desenvolvimento das crianças e adolescentes a proteção integral, a absoluta
prioridade, o poder familiar, a guarda compartilhada e os direitos fundamentais
da pessoa humana.
B) O princípio do melhor interesse da criança e do adolescente é norteador de
todas as medidas fixadas na Lei em comento dele decorrendo a colocação do
menor em lar substituto, como medida prioritária, em caso de violação, pela
família natural dos seus deveres básicos.
C) Trata-se de Lei que tem por objetivo a efetivação do comando constitucional
de proteção integral da pessoa, do nascimento à data de sua maioridade civil.
D) Tem caráter transversal por abranger em suas disposições normas de natureza
civil, penal, administrativa, trabalhista, internacional, processual, previdenciária e
tributária.
E) Visa a efetivação dos direitos fundamentais da criança e do adolescente e a
prevenção de ameaças ou violações desses direitos, basicamente por intermédio
da disposição de medidas socioeducativas.
EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO
18
5) A Lei 8.069, de 13 de Julho de 1990 (ECA), dispõe sobre
A) o dever da família e da comunidade.
B) a proteção integral à criança e ao adolescente.
C) o dever da família e da sociedade em geral.
D) o dever do Poder Público.
E) as pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade.
EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO
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ANOTAÇÕES
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
AZEVEDO, Maria Amélia; GUERRA, Viviane. Nogueira de Azevedp. (orgs.). Violência de pais
contra filhos: a tragédia revisitada. São Paulo: Cortez, 1998.
ANDRADE, Patricia Freitas de. O Ministério Público no Estatuto da criança e do adolescente –
implemento de políticas públicas por meio dos termos de ajustamento de
conduta.Disponívelemhttp://www.emerj.tjrj.jus.br/paginas/trabalhos_conclusao/1semestre2009
/trabalhos_12009/patriciaandrade.pdf. Acesso em 24 de Junho de 2022.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Constituição da
República Federativa do Brasil, de 05 de dezembro de 1988. Texto constitucional de 5 de
Outubro de 1988 com as alterações adotadas pelas emendas constitucionais nº 1/92 a
64/2010 e Emendas Constitucionais de Revisão nº 1 a 6/94. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br / ccivil_03 / Constituicao / Constituiçao67.htm. Acesso em:
10.fev.2022.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Decreto no
99.710, de 21 de novembro de 1990. Promulga a Convenção sobre os Direitos da Criança.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_ 03/Decreto/1990-1994/D99710.htm. Acesso
em: 10.abr.2022..
CUSTÓDIO, André Viana. “Teoria da proteção integral: pressuposto para compreensão do
direito da criança e do adolescente”. Fonte:
http://online.unisc.br/seer/index.php/direito/article/view/657/454. Acesso em 21 de Julho de
2022
DESLANDES, Sueli Ferreiro. Prevenir a violência: um desafio para profissionais de saúde. 2. ed.
Rio de Janeiro: FIOCRUZ/ENSP/CLAVES, 1994.
FERRAZ, Antonio Augusto Mello de Camargo, na tese “o Delineamento Constitucional de um
novo Ministério Público”, apresentada no Congresso Nacional do Ministério Público, realizado
em Salbador-BA, no ano de 1992.
DIGIÁCOMO, Ildeara de Amorim e Murillo José. Estatuto da Criança e do Adolescente Anotado
e Interpretado. Publicação do Estado do Paraná. 5ª. Ed. Curitiba: Imprensa Oficial (SEDS), 2013.
Também disponível em meio eletrônico:
http://www.crianca.mppr.mp.br/arquivos/File/publi/caopca/eca_anotado_2013_6ed.pdf; Acesso
em 23 de Junho de 2022
MAZZILLI, Hugo Nigro. Artigo: “O MINISTÉRIO PÚBLICO NO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE”, fonte: www.mazzilli.com.br/pages/artigos/mpnoeca.pdf. Acesso em 23 de
Junho de 2022.
21
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https://www.google.com/url?q=http://online.unisc.br/seer/index.php/direito/article/view/657/454&sa=D&source=editors&ust=1663958599726254&usg=AOvVaw1mQCUdyiD3HmwUGyYTLrLo
https://www.google.com/url?q=http://www.crianca.mppr.mp.br/arquivos/File/publi/caopca/eca_anotado_2013_6ed.pdf&sa=D&source=editors&ust=1663958599726958&usg=AOvVaw0GK50bYnCY5FqZy278M8HA
https://www.google.com/url?q=http://www.mazzilli.com.br/pages/artigos/mpnoeca.pdf&sa=D&source=editors&ust=1663958599727340&usg=AOvVaw1PDpGVA2ts49pgFH8XKuAW
GABARITO
1- Resposta: C
Comentário: O Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente fomentará a
integração do princípio do interesse superior da criança e do adolescente nos processos de
elaboração e execução de atos do executivo e do judiciário, promovendo, defendendo e
controlando a efetivação dos direitos civis, políticos, econômicos, sociais, culturais, coletivos e
difusos, em sua integralidade, em favor de todas as crianças e adolescentes.
2- Resposta: A
Comentário: O ECA orienta para uma especialização das políticas para “crianças e adolescentes
sujeitos às medidas de proteção especial” e aos “adolescentes sujeitos às medidas socioeducativas”
(SCHUCH, 2005, p. 70), ou seja, o ECA prevê a intervenção judicial em hipóteses taxativas, como é o
caso dos adolescentes autores de ato infracional.
3- Resposta B
Comentário: A proteção integral tem como fundamento a concepção de que crianças e
adolescentes são sujeitos de direitos, frente à família, à sociedade e ao Estado. ... O princípio da
proteção integral, em síntese, norteia a construção de todo o ordenamento jurídico voltado à
proteção dos direitos da criança e do adolescente.
4- Resposta D
Comentário: O melhor interesse da criança, como princípio geral, não se encontra expresso na CF
ou no ECA, sustentando a doutrina especializada ser ele inerente à doutrina da proteção integral
(CF, art. 227,caput, e ECA, art. 1º)(10), da qual decorre o princípio do melhor interesse como critério
hermenêutico e como cláusula genérica que inspira os direitos fundamentais assegurados pela
Constituição às crianças e adolescentes.
5- Resposta: B
Comentário: De acordo com o Art. 1º do ECA: “Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e
ao adolescente.”
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