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livro pdf NEFROLOGIA MULTIDISCIPLINAR MODULO 1.3

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1
Especialização em Nefrologia Multidisciplinar
CURSO AUTOINSTRUCIONAL DE
NEFROLOGIA MULTIDISCIPLINAR
CURSO 1 - POLÍTICA NACIONAL DA ATENÇÃO AO PORTADOR DE DOENÇA RENAL
GISELE SILVA PEREIRA
2
3
Especialização em Nefrologia Multidisciplinar
UNIDADE
Legislação aplicada ao 
paciente com DRC
3
CURSO AUTOINSTRUCIONAL DE
NEFROLOGIA MULTIDISCIPLINAR
CURSO 1 - POLÍTICA NACIONAL DA ATENÇÃO AO PORTADOR DE DOENÇA RENAL
GISELE SILVA PEREIRA
4
5
Especialização em Nefrologia Multidisciplinar
AUTOR
Gisele Silva Pereira
Graduada em Serviço Social pela Universidade Federal do Maranhão-
UFMA. Especialista em Educação em Saúde Pública pela UNAERP 
(Universidade de Ribeirão Preto). Mestranda do Programa de Pós-Graduação 
em Saúde e Ambiente da UFMA. Assistente social do Serviço de Nefrologia 
do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão-HUUFMA.
6
Coordenação Geral
Natalino Salgado Filho
Coordenação Adjunta
Christiana Leal Salgado
Coordenação Pedagógica
Patrícia Maria Abreu Machado
Coordenação de Tutoria
Maiara Monteiro Marques Leite
Coordenação de Hipermídia 
e Produção de Recursos 
Educacionais
Eurides Florindo de Castro Júnior
Coordenação de EAD
Rômulo Martins França
Coordenação Científica
Francisco das Chagas Monteiro Junior
EQUIPE TÉCNICA DO CURSO
Coordenação de Conteúdo
Dyego J. de Araújo Brito
Supervisão de Conteúdo de 
Enfermagem
Giselle Andrade dos Santos Silva
Supervisão de Avaliação, 
Validação e Conteúdo 
Médico
Érika C. Ribeiro de Lima Carneiro
Supervisão de Conteúdo 
Multiprofissional
Raissa Bezerra Palhano
Supervisão de Produção
Priscila André Aquino
Secretaria Geral
Joseane de Oliveira Santos
7
Especialização em Nefrologia Multidisciplinar
Prezado aluno, 
Nesta unidade, vamos estudar sobre os principais direitos na área 
social e da saúde voltados para os portadores de doença renal crônica, 
fazendo um breve resgate histórico sobre como esses direitos foram 
assegurados por lei e por meio de uma luta histórica em busca da defesa 
da cidadania.
Além disso, serão apresentados os programas e benefícios destinados 
aos indivíduos com doença renal crônica, bem como orientações para o 
acesso aos recursos sociais destinados aos pacientes. 
Bons estudos.
APRESENTAÇÃO
OBJETIVOS
 ▪ Compreender os aspectos históricos sobre política de saúde no 
Brasil;
 ▪ Conhecer os benefícios e direitos dos pacientes portadores de 
doença renal crônica.
10
Copyright @UFMA/UNA-SUS, 2011. Todos os diretos reservados. É permitida a reprodução parcial ou 
total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou para qualquer fim comercial. 
A responsabilidade pelos direitos autorais dos textos e imagens desta obra é da UNA-SUS/UFMA.
Universidade Federal do Maranhão. UNASUS/UFMA
Política Nacional da Atenção ao Portador de Doenças Renais/Gisele Silva 
Pereira (Org.). - São Luís, 2014.
44f.: il.
1.Doença Renal Crônica. 2. Política Nacional. 3.Saúde pública. 4. UNA-SUS/
UFMA. I. Título. I. Oliveira, Ana Emília Figueiredo de. II. Salgado, Christiana 
Leal. III. Brito, Dyego José de Araújo. V. Salgado Filho, Natalino. IV. Machado, 
Patrícia Maria Abreu. VI. Título.
CDU 616-036
 Unidade UNA-SUS/UFMA: Rua Viana Vaz Nº 41 CEP: 65.020.660 Centro São Luís-MA.
Site: www.unasus.ufma.br
Esta obra recebeu apoio financeiro do Ministério da Saúde.
Normalização
Eudes Garcez de Souza Silva CRB 13ª Região Nº Registro - 453
Produção
Edição Geral
Christiana Leal Salgado
Natalino Salgado Filho
Hudson Francisco de Assis Cardoso Santos
Revisão Técnica
Christiana Leal Salgado
Patrícia Maria Abreu Machado
Dyego José de Araújo Brito
Revisão Ortográfica
João Carlos Raposo Moreira
Projeto Gráfico
Marcio Henrique Sá Netto Costa
COLABORADORES
Camila Santos de Castro e Lima 
Cely Selma de Sousa Campos
Douglas Brandão França Junior
Maiara Monteiro Marques Leite
Paola Trindade Garcia
Patrícia Maria Abreu Machado
Priscila Aquino
Raissa Bezerra Palhano
Tiago Serra
11
Especialização em Nefrologia Multidisciplinar
O CURSO
Este curso faz parte do Projeto de Qualificação em Nefrologia 
Multidisciplinar da UNA-SUS/UFMA, em parceria com a Secretaria de 
Atenção à Saúde do Ministério da Saúde (SAS/MS), a Secretaria de Gestão do 
Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES/MS) e o apoio do Departamento 
de Epidemiologia e Prevenção de Doença Renal da Sociedade Brasileira de 
Nefrologia.
O Projeto tem como objetivo promover a capacitação de profissionais da 
saúde no âmbito da atenção primária visando o cuidado integral e ações de 
prevenção à doença renal. Busca, ainda, desenvolver e aprimorar competências 
clínicas/gerenciais na prevenção e no tratamento do usuário do SUS que utiliza 
a Rede Assistencial de Saúde.
É uma iniciativa pioneira no Brasil que tem contribuído para a produção 
de materiais instrucionais em Nefrologia, de acordo com as diretrizes do 
Ministério da Saúde, disponibilizando-os para livre acesso por meio do Acervo 
de Recursos Educacionais em Saúde - ARES. Esse acervo é um repositório 
digital da UNA-SUS que contribui com o desenvolvimento e a disseminação 
de tecnologias educacionais interativas.
O Curso foi desenvolvido na modalidade à distância e autoinstrucional, 
ou seja, sem a mediação de tutor. Este modelo pedagógico permite o acesso ao 
conhecimento, mesmo em locais mais remotos do país, e integra profissionais 
de nível superior que atuam nos diversos dispositivos de saúde. 
Para tanto, foram associadas tecnologias educacionais interativas e 
profissionais capacitados para a criação e desenvolvimento de materiais 
educacionais de alta qualidade no intuito de enriquecer o processo de ensino-
aprendizagem
Esperamos que aproveite todos os recursos produzidos para este curso.
Abrace esse desafio e seja bem-vindo!
Profª. Drª. Ana Emília Figueiredo de Oliveira
Coordenadora Geral da UNA-SUS/UFMA
Prof. Dr. Natalino Salgado Filho 
Coordenador do Curso de Especialização em Nefrologia 
Multidisciplinar da UNA-SUS/UFMA
12
13
Especialização em Nefrologia Multidisciplinar
1 LEGISLAÇÃO APLICADA AO PACIENTE COM DOENÇA RENAL 
CRÔNICA ........................................................................................................... 15
2 DIREITOS ASSEGURADOS AO PACIENTE RENAL ......................... 21
2.1 Na área da saúde .......................................................................................... 21
 Direito a receber tratamento ...................................................................... 21
 Direito à gratuidade no recebimento de medicamentos ................ 23
 Farmácia Popular ............................................................................................ 24
 Tratamento Fora do Domicílio (TFD) ....................................................... 25
 Transplante ........................................................................................................ 27
2.2 No campo da Previdência Social .......................................................... 27
 Aposentadoria por invalidez ...................................................................... 27
 Auxílio-doença ................................................................................................. 29
2.3 Na área da Assistência Social
 Benefício de Prestação Continuada (BPC) ............................................. 29
2.4 No campo do trabalho
 Isenção de imposto de renda pessoa física .......................................... 30
 Fundo de Garantia por Tempo de Trabalho (FGTS) .......................... 31
2.5 Na política de habitação ........................................................................... 32
2.6 Na política de transporte ......................................................................... 33
 SÍNTESE DA UNIDADE.................................................................................. 35
 REFERÊNCIAS .................................................................................................... 37
SUMÁRIO
14
15
Especialização em Nefrologia Multidisciplinar
UNIDADE 3
16
17
Especialização em Nefrologia Multidisciplinar
1 LEGISLAÇÃO APLICADA AO PACIENTE COM 
DOENÇA RENAL CRÔNICA
 Ao pensarmos na história das políticas de saúde 
no Brasil, temos que nos reportar ao final do século XIX, 
pois ela está inserida em um contexto maior: a história 
do Brasil como Estado-Nação. As primeiras ações dos 
governantes no sentido de implementar medidas de 
saúde pública deram-se no período colonial, com a 
chegada da família real ao Brasil (1808), com o intuito 
de manter uma mão-de-obra saudável e capaz de garantir os negócios 
promovidos pela realeza (MACHADO; LIMA; BAPTISTA,2011).
A vinda da família real criou a necessidade da organização de uma 
estrutura sanitária mínima, capaz de atender ao poder que acabava de se 
instalar no Rio de Janeiro. Até 1850, as atividades de saúde pública estavam 
limitadas a delegação das atribuições sanitárias às juntas municipais e ao 
controle de navios e saúde dos portos (POLIGNAMO,2011).
A falta de um modelo sanitário para o país deixava as cidades 
brasileiras à mercê das epidemias. No início do século XX, a cidade do 
Rio de Janeiro apresentava um quadro sanitário caótico caracterizado pela 
presença de diversas doenças graves que acometiam a população, como a 
varíola, a malária, a febre amarela e, posteriormente, a peste, o que acabou 
gerando sérias consequências tanto para a saúde coletiva quanto para o 
comércio, pois os navios estrangeiros recusavam-se a atracar no porto do 
Rio de Janeiro em função da situação sanitária existente na cidade.
 No decorrer do período entre 1910 e 1920, a 
ênfase do movimento sanitarista liderado por Osvaldo 
Cruz foi o saneamento rural e o combate às endemias 
rurais (ancilostomíase, malária e doença de Chagas). 
A prioridade do governo em combater as endemias 
justificava-se pela necessidade de exportação do café.
Em 1923, o deputado Eloy Chaves propõe uma lei que visava à 
formação das Caixas de Aposentadoria e Pensões (CAPs), inicialmente 
ligadas aos trabalhadores ferroviários e aos marítimos.
 Fonte: http://goo.gl/YJZK3C
18
Já nos anos de 1930, quando Getúlio 
Vargas assume pela primeira vez o poder, 
o Estado assume o papel de regulador da 
economia, cuja ênfase está centrada no 
processo de industrialização. O presidente 
Getúlio Vargas foi considerado o “pai dos 
trabalhadores”, garantindo uma política de 
proteção ao trabalhador através de uma 
mão-de-obra aliada ao projeto do Estado. 
Nesta ocasião, são criados os Institutos de Aposentadoria e Pensões 
(IAPs), ampliando o papel das CAPs, dando origem ao esboço do primeiro 
sistema de proteção social brasileiro. O trabalhador que não contribuísse 
com os institutos estava excluído do sistema de proteção social. Desse 
modo, os não contribuintes estavam à mercê da caridade e da filantropia, 
principalmente de instituições religiosas.
Na década de 1950, em decorrência 
do processo de industrialização, ocorrem 
mudanças no sistema de saúde. Essa época é 
marcada pela construção de grandes hospitais, 
com tecnologias de última geração e com a 
incorporação da lógica de especialização dos 
recursos humanos. O modelo de saúde em 
vigor era o “hospitalocêntrico”, com destaque 
para a medicina curativa. Há também a 
expansão da indústria farmacêutica que recebe incentivo financeiro do 
governo (PEREIRA, 2012).
Em 1964, quando ocorre o golpe militar, 
a política de saúde sofre nova orientação. A 
ditadura militar impõe medidas altamente 
antidemocráticas e autoritárias, em que a 
liberdade de expressão é fortemente cerceada. 
Paralelamente às mudanças que os governos 
têm implementado ao longo dos anos, há um 
movimento contrário ao modo como a saúde vinha sendo tratada, que 
defende a medicina preventiva, com a descentralização das ações e dos 
recursos. Este movimento conhecido como sanitarista defende a saúde 
como direito de todos e a concebe não apenas com a falta de doenças, 
mas como um conjunto de fatores e dimensões amplas e articuladas .
 Fonte: www.6bestudios.com.br
 Fonte: http://goo.gl/w8hWne
 Fonte: http://goo.gl/p5zacU
19
Especialização em Nefrologia Multidisciplinar
Esse movimento tem suas bases em profissionais de saúde e 
também na participação popular fomentada pelas comunidades 
eclesiais de base. É importante ressaltar que a construção dos 
hospitais e das cooperativas de saúde foram financiados pela 
contribuição dos trabalhadores através dos IAPs.
O governo militar extingue os IAPs e cria o Instituto Nacional de 
Previdência Social (INPS), que mais tarde se transformaria no Instituto 
Nacional de Assistência Médica e Previdência Social (INAMPS). Esse período 
é marcado por crise econômica, inflação elevadíssima, sendo as verbas para 
a saúde pública arrecadadas através da contribuição dos trabalhadores, 
desviadas para a construção de obras e hospitais privados.
A partir dos anos de 1980, o governo militar é forçado a iniciar o 
processo chamado de “abertura democrática”, em resposta ao grande 
clamor popular. Desse modo, nessa década surge a semente do que viria 
a ser o SUS. 
 Em 1986, o marco histórico 
dessa mudança foi a realização da VIII 
Conferência Nacional de Saúde (CNS), 
que contou com a participação de 
profissionais de saúde e usuários. Em 
1988 é promulgada a nova Constituição 
Brasileira, que ficou conhecida como a 
“Constituição cidadã”, que garante o direito à saúde comum a todos e 
sendo dever do Estado ofertá-lo. Em 1990, entra em vigor a Lei Orgânica 
da Saúde – Lei 8080/90, cujos princípios são universalidade, integralidade e 
descentralização. Através da Lei 8.142/90, foi implantado o controle social.
Ao longo dos anos, o SUS foi se estruturando, passando por diversas 
etapas no sentido de garantir os direitos assegurados por lei, para fazer 
valer os princípios e diretrizes que o alicerçam.
Neste sentido, o Pacto pela Saúde, em 2006, torna-se um marco 
jurídico-constitucional do SUS. O pacto foi dividido em três dimensões:
 Ÿ Pacto em defesa do SUS;
 Ÿ Pacto pela vida;
 Ÿ Pacto de gestão do SUS.
20
Cada uma dessas esferas determinou a pactuação com outras 
instâncias, com o intuito de desenvolver ações que levassem ao alcance 
das metas estabelecidas.
Podemos observar que, ao longo da história, as políticas de saúde e 
previdência social se confundem em determinados períodos. No entanto, 
vale ressaltar que com a promulgação da Constituição Federal de 1988, em 
seu artigo 194, criou-se a seguridade social brasileira, um tripé constituído 
pela previdência social, assistência social e saúde. Estas duas últimas são 
políticas não contributivas, isto é, o cidadão para ter acesso a elas não 
necessita de contribuição financeira, o acesso é direto (BRASIL,1988).
Fixe este conceito!
Estas políticas estão inseridas no campo dos direitos 
sociais que são aqueles em que o Estado Social de Direito tem 
a responsabilidade constitucional de garantir as liberdades 
positivas aos indivíduos. Esses direitos são referentes à educação, 
saúde, trabalho, previdência social, lazer, segurança, proteção 
à maternidade e à infância e assistência aos desamparados 
(ZAMONER, 2011).
Nesse contexto, destacam-se diversas legislações no âmbito jurídico 
internacional que tratam a saúde como um direito básico do ser humano :
 Ÿ Carta das Nações Unidas (1945);
 Ÿ Constituição da Organização Mundial de Saúde (1946);
 Ÿ Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948);
 Ÿ Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e 
Culturais (1968). 
No Brasil, a lei Orgânica da Saúde nº 8.080/1990,que institui o Sistema 
Único de Saúde, é considerada uma das principais políticas públicas em 
vigor. São seus objetivos:
ü	Identificar e divulgar os fatores condicionantes e determinantes 
da saúde;
ü	Formular políticas de saúde;
ü	Assistir pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção 
e recuperação da saúde, com realização integrada das ações 
assistenciais e das atividades preventivas (CRUZ, 2011).
21
Especialização em Nefrologia Multidisciplinar
Como atribuições, destacam-se:
Atuar na promoção de saúde 
com ações de:
Atuar na assistência médica 
propriamente dita, utilizando-
se ainda:
•	 vigilância epidemiológica;
•	 vigilância sanitária;
•	 saúde do trabalhador;
•	 vigilância nutricional;
•	 fiscalização de produtos;
•	 atenção primária.
•	 do uso de recursos 
tecnológicos mais apropriados;
•	 da política de saúde e 
hemoderivados;
•	 da política de medicamentos .
Essa lei organiza a regulamentação dos conselhos de saúde nacional, 
estaduais e municipais, definindo o caráter permanente e deliberativo desses 
fóruns, a representação paritária e o papel de formulador e controlador 
da política de saúde. A lei define ainda as regras de repasse dos recursos 
financeiros da União para os estados e municípios (CRUZ, 2011).
O Ministério da Saúde tem lançado frequentemente políticas 
específicas para determinados segmentos da sociedade que 
necessitam de um cuidado mais especializado, destacando-se:
• Política Nacional de Atenção Integral ao Portador 
de Doença Renal, instituída pela Portaria nº1168, de 
15.06.2004 
• Diretrizes Clínicas para o Cuidado ao Paciente com 
Doença Renal Crônica - DRC no Sistema Único de Saúde, 
lançada em 27/03/2014.
A Lei nº 8.142/1990, complementar à Lei Orgânica da Saúde, 
institui o controle social por meio de regras para a realização das 
conferências de saúde, que têm por função definir as diretrizes 
gerais para a política de saúde.
Desse modo, observa-se um leque de direitos e garantias ao portador 
de doença renal crônica nos diferentes níveis de atenção, inclusive com a 
obrigatoriedade de acompanhamento por equipes multiprofissionais.
No âmbito federal, podemos elencar uma série de direitos assegurados 
ao paciente renal tanto pelas políticas de saúde, assistência, previdência 
social, como no campo dos direitos trabalhistas, de habitação, entre outros. 
22
SAIBA MAIS
Conheça mais sobre os assuntos acesse:
 - Carta das Nações Unidas (1945)
A página da Casa CivilSubchefia para Assuntos Jurídicos 
DECRETO Nº 19.841, DE 22 DE OUTUBRO DE 1945.
 - Constituição da Organização Mundial de Saúde (1946) 
O site da biblioteca virtual de Direitos Humanos da USP
- Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) 
No site da UNESCO.
- Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e 
Culturais (1968) 
A página do governo do estado de São Paulo, centro de 
estudos, biblioteca virtual
Para entender melhor o contexto histórico da construção 
da política de saúde brasileira, assista ao documentário Políticas 
de Saúde no Brasil (No youtube: História da saúde pública no 
Brasil - Um século de luta pelo direito a saúde ).
23
Especialização em Nefrologia Multidisciplinar
2 DIREITOS ASSEGURADOS AO PACIENTE RENAL
2.1 Na área da saúde
Direito a receber tratamento
Existe um amplo arcabouço jurídico garantindo ao paciente renal o 
acesso ao tratamento: 
A Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde - Portaria GM nº1.820, 
13/08/2009, dispõe sobre os direitos e deveres dos usuários do SUS, 
através de seis princípios:
PRIMEIRO PRINCÍPIO: Todo cidadão tem direito a ser 
atendido com ordem e organização.
Quem estiver em estado grave/e ou maior sofrimento, 
precisa ser atendido primeiro.
SEGUNDO PRINCÍPIO: Todo cidadão tem direito a um 
atendimento com qualidade.
O usuário tem direito de receber informações claras 
sobre seu estado de saúde, assim como seus familiares 
também têm.
O usuário tem direito a anestesia e a remédios para aliviar 
a dor e o sofrimento quando for preciso.
Toda receita médica deve ser escrita de modo claro e que 
permita sua leitura.
TERCEIRO PRINCÍPIO: Todo cidadão tem direito a um 
tratamento humanizado e sem discriminação.
O usuário tem direito a um atendimento sem nenhum 
preconceito de raça, cor, idade, orientação sexual, estado 
de saúde ou nível social.
Os médicos, enfermeiros e demais profissionais de saúde 
devem ter os nomes bem visíveis no crachá para que você 
possa identificá-los.
Quem está cuidando de você deve respeitar seu corpo, 
sua intimidade, sua cultura e religião, seus segredos, suas 
emoções e sua segurança.
24
QUARTO PRINCÍPIO: Todo cidadão deve ter respeitados 
os seus direitos de paciente.
O usuário tem direito a pedir para ver seu prontuário 
sempre que quiser. 
O usuário tem também a liberdade de permitir ou 
recusar qualquer procedimento médico, assumindo a 
responsabilidade por isso. E não pode ser submetido a 
nenhum exame sem saber. 
QUINTO PRINCÍPIO: Todo cidadão também tem deveres 
na hora de buscar atendimento de saúde.
O usuário nunca deve mentir ou dar informações erradas 
sobre seu estado de saúde. 
Deve também tratar com respeito os profissionais de 
saúde e ter disponíveis documentos e exames sempre que 
for pedido.
SEXTO PRINCÍPIO: Todos devem cumprir o que diz a 
Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde.
Os representantes do governo federal, estadual e 
municipal devem se empenhar para que os direitos do 
cidadão sejam respeitados (BRASIL, 2009).
SAIBA MAIS
Acessando os links abaixo para obter mais detalhes sobre 
os direitos dos usuários do SUS: Acessando, no site do Ministério 
da Saúde, sobre a PORTARIA Nº 1.820, DE 13 DE AGOSTO DE 
2009 e sobre a carta dos direitos dos usuários da saúde.
Em 2014, foi publicada a RESOLUÇÃO ANVISA RDC nº 11, que dispõe 
sobre os Requisitos de Boas Práticas de Funcionamento para os Serviços 
de Diálise e dá outras providências. Disponível na página do Diário Oficial 
da União, Nº 50, de 14 de março de 2014. 
ATENÇÃO
Acessando o site da Sociedade Brasileira de Nefrologia no 
link Direitos do Paciente você poderá obter uma relação completa 
de leis e decretos que garantem diversos direitos e benefícios ao 
paciente renal.
25
Especialização em Nefrologia Multidisciplinar
Política Nacional de Atenção ao Portador de Doença Renal
• instituída pela Portaria 1.168/GM de 15/06/2004- institui o cuidado com o paciente 
renal em todos os níveis de atenção
• Disponível na página da biblioteca virtual do Ministério da Saúde.
RDC 154, de 15/06/2004
• regulamenta o funcionamento dos serviços de diálise em território nacional
• Disponível no site da Sociedade Brasileira de Nefrologia, no link utilidades/portarias.
Direito à gratuidade no recebimento de medicamentos 
O Componente Especializado da 
Assistência Farmacêutica é um programa 
instituído pelo Ministério da Saúde como 
parte da Política Nacional de Assistência 
Farmacêutica do Sistema Único de Saúde, 
que garante o fornecimento gratuito de 
medicamentos de uso contínuo e de alto custo aos pacientes para o tratamento 
de doenças crônicas e raras. Tais medicamentos podem ser disponibilizados 
em farmácias específicas para esse fim ou em hospitais públicos .
Critérios para o recebimento gratuito de medicamentos:
O medicamento deve fazer parte do Programa de Medicamentos Excepcionais contidos 
no Anexo II da Portaria nº 2.577/GM, de 27 de outubro de 2006, alterada pela Portaria nº 
1.896, de 4 de setembro de 2008;
Deve ser respeitado o Protocolo Clínico definido pelo Ministério da Saúde;
Deve ser preenchido o Laudo para Solicitação/autorização do Componente Especializado 
da Assistência Farmacêutica (LME), assinado pelo médico solicitante;
Receita médica legível em duas vias, com identificação do paciente, nome do princípio 
ativo e dosagemprescrita;
Apresentação do Cartão Nacional de Saúde;
Relatório médico;
Termo de consentimento preenchido e assinado pelo médico solicitante e paciente 
e/ou responsável;
Apresentação dos exames médicos que comprovem a patologia (BRASIL, 1988; 
BRASIL, 2006; BRASIL, 2008). 
Medicamento
medicamento
medicamento
Medicamento
enérico
medicamentoG
Medicamento
Medicamento
medicamento
medicamento
26
Os pacientes renais crônicos, tanto na fase dialítica como na pré-
dialítica, têm garantido o fornecimento de medicamentos específicos: 
Portaria SAS/MS nº 226, de 08 de outubro de 2001 
(republicada):
Eritropoetina humana recombinante
Hidróxido de ferro III endovenoso
Portaria SAS/MS nº 225, de 10 de maio de 2010 
(republicada):
Cloridrato de sevelamer
Portaria SAS/MA nº 69, de 11 de fevereiro de 2010:
Calcitriol
Farmácia Popular
 O Programa Farmácia Popular do Brasil 
é uma iniciativa do Governo Federal que 
tem o objetivo de ampliar o acesso de toda 
população aos medicamentos, cumprindo 
uma das principais diretrizes da Política 
Nacional de Assistência Farmacêutica. Foi 
implantado por meio da Lei nº 10.858, de 13 
de abril de 2004, que autoriza a Fundação 
Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) a disponibilizar 
medicamentos mediante ressarcimento, 
e pelo Decreto nº 5.090, de 20 de maio de 
2004, que regulamenta a Lei 10.858 e institui 
o Programa Farmácia Popular do Brasil.
 As unidades próprias contam com um elenco de 112 
medicamentos, mais os preservativos masculinos, os quais 
são dispensados pelo seu valor de custo, representando 
uma redução de até 90% do valor de mercado. A condição 
para a aquisição dos medicamentos disponíveis nas 
unidades, neste caso, é a apresentação do CPF, juntamente 
com uma receita médica ou odontológica.
Em 9 de março de 2006, por meio da Portaria n° 491, o Ministério da 
Saúde expandiu o Programa Farmácia Popular do Brasil, chamado “Aqui 
Tem Farmácia Popular”, mediante o credenciamento da rede privada de 
Medicamento
medicamento
medicamento
Medicamento
enérico
medicamentoG
Medicamento
Medicamento
medicamento
medicamento
27
Especialização em Nefrologia Multidisciplinar
farmácias e drogarias, com o objetivo de levar o benefício da aquisição 
de medicamentos essenciais a baixo custo a mais lugares e mais pessoas, 
aproveitando a dinâmica da cadeia farmacêutica (produção - distribuição 
- varejo), por meio de parceria do Governo Federal com o setor privado 
varejista farmacêutico. Atualmente, o Programa Farmácia Popular é 
regulamentado pela Portaria nº971, de 17 de maio de 2012 (BRASIL,2012).
 
Tratamento Fora do Domicílio (TFD)
Portaria Federal nº 055, de 24 de fevereiro 
de 1999, da Secretaria de Assistência à Saúde/
Ministério da Saúde. 
 O Tratamento Fora do Domicílio (TFD) é um benefício definido por 
uma portaria do Governo Federal, que tem por objetivo fornecer auxílio a 
pacientes atendidos pela rede pública ou conveniados/contratados pelo 
Sistema Único de Saúde (SUS) a serviços assistenciais de outro Município/
Estado, desde que esgotadas todas as formas de tratamento de saúde na 
localidade em que o paciente residir. 
Trata-se, assim, de um programa responsável por custear o tratamento 
de pacientes que não detém condições de arcar com as suas despesas, isto 
é, que dependam exclusivamente da rede pública de saúde, possibilitando-
lhes requisitar junto à prefeitura ou à secretaria estadual de saúde de onde 
residem o auxílio financeiro necessário para procederem ao tratamento. 
As despesas abrangidas por esse benefício são aquelas relativas aos 
meios de transportes:
AÉREO TERRESTRE FLUVIAL
 Diárias para alimentação e, quando necessário, pernoite para paciente 
e acompanhante, sendo certo ainda que abrange também as despesas 
com preparação e traslado do corpo, em caso de óbito em TFD. Assim, se 
o paciente e seu acompanhante retornarem ao município de origem no 
Medicamento
medicamento
medicamento
Medicamento
enérico
medicamentoG
Medicamento
Medicamento
medicamento
medicamento
Medicamento
medicamento
medicamento
Medicamento
enérico
medicamentoG
Medicamento
Medicamento
medicamento
medicamento
Medicamento
medicamento
medicamento
Medicamento
enérico
medicamentoG
Medicamento
Medicamento
medicamento
medicamento
Medicamento
medicamento
medicamento
Medicamento
enérico
medicamentoG
Medicamento
Medicamento
medicamento
medicamento
28
mesmo dia, serão conferidas, apenas, a passagem e a ajuda de custo para 
alimentação (BRASIL, 1999a). 
Critérios para concessão de TFD
a) Todos os recursos dentro do município de origem devem estar 
esgotados;
b) O usuário deve ser atendido na rede pública, ambulatorial e 
hospitalar, conveniada ou contratada do SUS;
c) O atendimento precederá agendamento na unidade de 
referência;
d) A autorização de transporte aéreo para pacientes e 
acompanhantes será precedida de rigorosa análise dos gestores 
do SUS;
e) É vedado o acesso de pacientes a outro município para tratamentos 
que utilizem procedimentos assistenciais contidos no Piso da 
Atenção Básica (PAB) ou Piso da Atenção Básica Ampliada (PABA);
f) Para cada procedimento de alta complexidade, são definidos 
critérios específicos normatizados pelas portarias do Ministério da 
Saúde;
h) Será autorizado de acordo com a disponibilidade orçamentária do 
município/estado de origem do paciente;
i) Não será concedido se o deslocamento for menor do que 50 
quilômetros de distância e em regiões metropolitanas;
j) Somente é autorizado quando existir a garantia de atendimento 
no município de referência, com horário e data definidos 
previamente;
k) O acompanhante deverá retornar à localidade de origem se 
houver internação do paciente, salvo quando, a critério médico, 
for aconselhada a sua permanência;
l) Quando da alta do paciente houver necessidade de 
acompanhamento para seu retorno, o órgão de TFD de origem 
providenciará o deslocamento dele;
m) É vedado o pagamento de diárias a pacientes que, encaminhados 
ao TFD, permaneçam hospitalizados no município de referência;
n) A secretaria de estado da saúde poderá reembolsar ao paciente as 
despesas com diárias e passagens nos deslocamentos para fora do 
estado, quando se tratar de casos de comprovada urgência, em que 
não se tenha tempo hábil de formalizar a devida solicitação, que 
deverá ser providenciada logo após o retorno e encaminhado via 
Gerência Regional de Saúde, caso o paciente possua o processo de 
TFD autorizado previamente (BRASIL, 1999a).
29
Especialização em Nefrologia Multidisciplinar
Transplante
Artigo 36 da Portaria GM/MS nº 3407, de 05 de agosto de 1998.
A unidade de diálise tem obrigação de inscrever todo paciente no 
cadastro técnico da central de transplante do seu estado. 
O transplante renal é uma modalidade de tratamento para a doença 
renal crônica. Embora a legislação garanta a inscrição do paciente nas 
centrais de transplantes, ele deverá necessariamente passar por uma 
avaliação das equipes transplantadoras para saber se tem condições 
clínicas para submeter-se a tal procedimento.
2.2 No campo da Previdência Social
Aposentadoria por invalidez
Decreto Federal nº 3.048, de 06 de maio de 
1999 (Regulamento da Previdência Social), que 
regulamentou a Lei Federal nº 8.122, de 24 
de julho de 1991 (Lei Orgânica da Seguridade 
Social); Lei Federal nº 8.112, de 11 de dezembro 
de 1990 (Regime Jurídico dos Servidores Públicos 
Civis da União, das autarquias, inclusive as em 
regime especial, e das fundações públicas federais); e 
Portaria Interministerial nº 2.998, de 23 de agosto de 2001 (tendo em vista 
o inciso II, do art. 26, da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, bem como o 
inciso III, do art. 30, do Regulamentoda Previdência Social - RPS, aprovado 
pelo Decreto nº 3.048, de 06 de maio de 1999) (BRASIL, 1999b). 
Para gozar da aposentadoria por invalidez é necessário que o usuário 
se enquadre em alguma das categorias de segurados da Previdência Social, 
quais sejam:
Segurados obrigatórios Segurados facultativos
•	 Empregados;
•	 Empregados domésticos;
•	 Trabalhadores avulsos;
•	 Contribuintes individuais;
•	 Segurados especiais.
•	 Donas de casa;
•	 Estudantes;
•	 Desempregados;
•	 Síndicos que não recebem remuneração;
•	 Estudantes bolsistas;
•	 Presidiários não remunerados;
•	 Brasileiros residentes no exterior (BRASIL, 
1999b ).
30
A legislação determina que o indivíduo terá o direito assegurado em 
receber a aposentadoria por invalidez quando for considerado incapaz 
para o exercício do trabalho, que lhe garante a subsistência e insuscetível 
de reabilitação, enquanto permanecer nesta condição. A aposentadoria 
por invalidez está condicionada ao afastamento do usuário de todas as 
suas atividades, pois pressupõe a existência de uma incapacidade total e 
definitiva para o trabalho.
Para que seja concedida, o usuário deverá se submeter à realização de 
um exame médico pericial junto ao Instituto de Seguridade Social (INSS). 
Essa avaliação será exigida a cada dois anos.
ATENÇÃO
É importante ressaltar que conforme o Regulamento da 
Previdência Social, a aposentadoria por invalidez não será con-
cedida no caso de doenças pré-existentes à data de filiação à 
Previdência Social, ou seja, a incapacidade para o trabalho deve 
surgir após a inscrição nos quadros da Previdência, com exceção 
quando a incapacidade para o trabalho sobrevêm por motivo de 
progressão ou de agravamento, dessa doença pré-existente.
 Quando a doença exige a permanência contínua do paciente no leito 
e/ou quando apresente uma incapacidade permanente para as atividades 
da vida diária, necessitando da assistência permanente de outra pessoa, o 
segurado tem direito ao acréscimo de 25% no valor da aposentadoria, no 
entanto, no caso de seu falecimento, este valor não será incorporado ao 
valor da eventual pensão por morte que seus dependentes venham a ter 
direito.
A Portaria Interministerial nº 2.998, de 23/08/2000, expedida pelos 
ministérios da Previdência e Assistência Social e da Saúde, determina 
que os portadores de nefropatia grave (entre outras doenças crônicas) 
não estão sujeitos ao período de carência, que é o número mínimo de 
contribuições previdenciárias necessárias para que o segurado tenha 
direito à aposentadoria por invalidez.No entanto, permanece a exigência 
de filiação prévia à Previdência Social antes de ser acometido pela doença 
(BRASIL, 1999b).
31
Especialização em Nefrologia Multidisciplinar
Auxílio-doença
Decreto Federal nº 3.048, 06 de maio de 1999 (Regulamento da 
Previdência Social), que regulamentou a Lei Federal nº 8.122, de 24 de julho 
de 1991 (Lei Orgânica da Seguridade Social), e Portaria Interministerial nº 
2.998, de 23 de agosto de 2001 (tendo em vista o inciso II, do art. 26, da 
Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, bem como o inciso III, do art. 30, do 
Regulamento da Previdência Social - RPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048, 
de 06 de maio de 1999).
O auxílio-doença é o benefício da Previdência Social concedido 
para os segurados que apresentarem incapacidade temporária 
para o trabalho ou para a sua atividade habitual, por mais de 
15 dias consecutivos, em virtude de alguma enfermidade 
recuperável, devendo, para tanto, ser preenchida uma carência 
(quando exigida) mínima de contribuições para que o segurado 
tenha direito a ele.
Até o 15º dia a responsabilidade de remuneração ainda é do 
empregador, passando a ser ônus do INSS somente após esse período.
 
VOCÊ SABIA?
Do mesmo modo que a aposentadoria por invalidez para o 
recebimento do auxílio-doença, existe a dispensa do período de 
carência para os portadores de nefropatia grave, assim como é 
exigida a filiação do segurado à Previdência Social anteriormente 
ao surgimento da doença. Para a manutenção do benefício, o 
segurado deverá ser examinado periodicamente pela perícia 
médica a cargo do INSS (BRASIL, 1999b).
2.3 Na área da Assistência Social
Benefício de Prestação Continuada (BPC)
 Lei Federal nº 8.742, de 07 de dezembro de 1993 (Lei Orgânica da 
Assistência Social - LOAS). 
O Benefício de Prestação Continuada (BPC) consiste em um salário 
mínimo às pessoas portadoras de deficiência e ao idoso com 65 anos ou 
32
mais que comprove não possuir meios de prover 
a sua manutenção ou de tê-la mantida pela sua 
família. De acordo com a lei que regulamenta a 
concessão do benefício, portador de deficiência é 
o indivíduo que tem impedimentos de longo prazo 
de natureza física, intelectual ou sensorial, cuja 
interação com diversas barreiras pode obstruir 
sua participação plena e efetiva na sociedade 
com as demais pessoas. (Redação dada pela Lei 
nº 12.435, 2011).
O requerente não precisa ser contribuinte da Previdência Social, mas 
necessita atender alguns critérios:
a) Comprovar renda familiar per capita inferior a ¼ do salário 
mínimo;
b) Não acumular este benefício com qualquer outro no âmbito da 
seguridade social ou de outro regime, exceto o da assistência 
médica;
c) Ser idoso com 65 anos ou mais ou ser pessoa portadora de 
deficiência.
VOCÊ SABIA?
O BPC é um benefício intransferível, não gerando direito a 
pensão, bem como o direito de receber 13º salário (BRASIL, 1998; 
BRASIL, 2011; BRASIL, 2014).
A concessão do benefício estará sujeita à avaliação por perícia médica e 
do serviço social, realizadas pelo INSS, devendo ser revista a cada dois anos.
2.4 No campo do trabalho
Isenção de imposto de renda pessoa física
A legislação estabelece o direito à isenção no pagamento do imposto 
de renda sobre determinados rendimentos: 
33
Especialização em Nefrologia Multidisciplinar
Seguros recebidos de entidades de previdência privada decorrentes de morte ou invalidez 
permanente;
Capital das apólices de seguro ou pecúlio pago por morte do segurado, bem como os 
prêmios de seguro restituídos em qualquer caso, inclusive no de renúncia do contrato;
Proventos de aposentadoria ou reforma motivada por acidente em serviço e os percebidos 
pelos portadores de neoplasia maligna, nefropatia grave, entre outros, com base em 
conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída depois 
da aposentadoria ou reforma;
Valores recebidos a título de pensão, quando o beneficiário desse rendimento for 
portador das doenças anteriormente relacionadas, exceto a decorrente de moléstia 
profissional, com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença 
tenha sido contraída após a concessão da pensão;
Rendimentos percebidos pelas pessoas físicas decorrentes de seguro-desemprego, 
auxílio-natalidade, auxílio-doença, auxílio-funeral e auxílio-acidente, pagos pela 
previdência oficial da União, estados, Distrito Federal e dos municípios e pelas 
entidades de previdência privada;
Rendimentos provenientes de aposentadoria e pensão pagos pela previdência social, 
por qualquer pessoa jurídica de direito público interno, ou por entidade de previdência 
privada aos maiores de 65 anos, até o valor de 900 reais por mês, sem prejuízo da 
parcela isenta prevista na tabela de incidência mensal do imposto;
Valor dos serviços médicos, hospitalares e dentários mantidos, ressarcidos ou pagos 
pelo empregador em benefício de seus empregados (BRASIL, 1988).
Desse modo, o paciente portador de doença renal crônica tem direito 
à isenção do imposto de renda relativo aos rendimentos de aposentadoria, 
reforma e pensão que percebem, não havendo incidência de tributação 
mesmo na hipótese de os recebimentos de aposentadoria ou pensão se 
acumularem.
Fundo de Garantia por Tempo de Trabalho (FGTS)
LeiFederal nº 8.036, de 11 de maio de 1990; Lei Complementar 
nº 7, de 07 de setembro de 1970 e Lei Complementar nº 8, de 03 de 
dezembro de 1970.
O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) é uma 
quantia depositada mensalmente pelos empregadores em 
conta vinculada ao nome do empregado, na forma e condições 
determinadas pela lei 8036/90, quantia essa equivalente a 8% 
sobre a remuneração. 
34
As normas que disciplinam o FGTS possibilitam:
• Saque no caso de demissão sem justa causa; 
• Aposentadoria;
• Término de contrato;
• Suspensão do trabalho avulso;
• Falecimento do trabalhador; 
• Necessidade pessoal urgente e grave, 
decorrente de desastre natural, atingindo a 
casa do trabalhador; 
• Ter o titular da conta vinculada idade igual ou superior a 70 anos;
• Estar o trabalhador ou o seu dependente em estágio terminal, 
em razão de doença grave e possuir conta cujo saldo seja 
decorrente do complemento dos planos econômicos, quando 
formalizada a adesão até 30/12/2003; 
• Ser o trabalhador ou o seu dependente portador do vírus HIV; 
• Estar o trabalhador ou o seu dependente acometido de neoplasia 
maligna (câncer) (BRASIL, 1990; BRASIL, 1970a; BRASIL, 1970b). 
 
ATENÇÃO
Embora a lei que rege a matéria não determine 
expressamente que em função da doença renal o indivíduo 
possa fazer uso do saque do FGTS, há entendimentos no sentido 
de que a pessoa portadora de doença renal de natureza grave 
que necessite fazer uso deste benefício pode recorrer ao Poder 
Judiciário para autorizar o saque.
2.5 Na Política de habitação
Sistema Financeiro de Habitação-Direito à quitação do financiamento 
imobiliário-Lei Federal nº 4.380, de 21 de agosto de 1964, alterada pela Lei 
Federal nº 11.977, de 7 de julho de 2009, com redação dada pela Medida 
Provisória nº 478, de 29 de dezembro de 2009.
35
Especialização em Nefrologia Multidisciplinar
Ao se adquirir um imóvel de forma parcelada, por meio 
de financiamento do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), 
normalmente existe a obrigatoriedade de o financiado contratar 
um seguro obrigatório, cujo prêmio é pago junto com as parcelas 
mensais do financiamento. Obrigatoriamente, esse contrato 
de seguro possuirá, no mínimo, uma cláusula que garante ao 
devedor (financiado) o direito de ter quitado o seu imóvel em 
caso de invalidez permanente ou morte. 
 
Assim, aquele que apresentar invalidez total e permanente, causada por 
acidente ou doença, poderá se beneficiar da apólice de seguro contratada, 
desde que esteja inapto para o trabalho e que a doença determinante da 
incapacidade tenha sido adquirida após a assinatura do contrato de compra 
do imóvel, oportunidade em que lhe será quitado o valor correspondente 
ao que se comprometeu a pagar por meio do financiamento ou, então, até 
o limite contratado com o seguro. 
Considerando que a doença renal ocasiona uma incapacidade para 
o trabalho, exigindo do paciente renal que se aposente por invalidez, 
há o entendimento de que possui requisitos necessários à classificação 
“invalidez”, que possibilita o acesso à garantia da quitação do imóvel 
financiado.
ATENÇÃO
Esse direito estará condicionado à existência de uma apólice 
de seguro nesse sentido, bem como de seu conteúdo, não 
obstante o fato de que a doença renal não pode ser coexistente 
à data de aquisição do imóvel (BRASIL, 2009; BRASIL, 2010). 
2.6 Na Política de transporte
Passe livre interestadual- Lei federal nº 8.899, de 24 de junho de 
1994, regulamentada pelo Decreto nº 3.691, de 19 de dezembro de 2000, 
e disciplinada pela Portaria Interministerial nº003, de 10 de abril de 2001.
36
O passe livre interestadual é um benefício criado pelo 
governo federal que garante a gratuidade no transporte 
de pessoas portadoras de deficiência, comprovadamente 
carentes, no sistema de transporte coletivo interestadual, ou 
seja, entre estados diferentes, determinando que as empresas 
permissionárias e autorizarias de transporte interestadual de 
passageiros reservem dois assentos de cada veículo destinado 
ao serviço convencional nas modalidades rodoviária, ferroviária 
e aquaviária para passageiros detentores desse direito.
 
A solicitação do benefício deve ser feita ao Ministério dos Transportes, 
em formulário específico, sendo que a deficiência ou incapacidade deve 
ser atestada por equipe multiprofissional do Sistema Único de Saúde.
O portador do passe livre interestadual, sempre que pretender usar 
o seu benefício, deverá solicitar o Documento de Autorização de Viagem 
junto à empresa de transporte com a antecedência mínima de até três 
horas em relação ao horário de partida (BRASIL, 2000; BRASIL, 2001).
Você ficou conhecendo uma série de direitos e benefícios 
garantidos principalmente pela legislação federal aos portadores 
de doença renal. No entanto, existem outras leis, tanto no âmbito 
estadual como no municipal, que dependerão da realidade de 
cada um destes entes da federação.
Que tal você fazer o levantamento de leis municipais e 
estaduais do município/estado onde você reside?
Reflita comigo
A doença renal crônica repercute na vida do portador 
em vários aspectos: físicos, psicológicos, sociais, laborativos, 
econômicos, entre outros.
De que modo, nós, profissionais de saúde, poderemos agir 
no sentido de estimular este usuário a ser mais participativo 
no processo saúde-doença, a partir do conhecimento de seus 
direitos?
37
Especialização em Nefrologia Multidisciplinar
Nesta unidade, foram discutidos os seguintes assuntos:
 ▪Os principais aspectos históricos sobre política de saúde no 
Brasil.
 ▪Os principais direitos sociais e benefícios, assegurados 
legalmente, a que têm acesso os portadores de doença renal 
crônica.
 ▪Dentre os direitos e benefícios, destacamos: Tratamento Fora 
do Domicílio (TFD), Benefício de Prestação Continuada (BPC), 
auxílio-doença, passe livre, entre outros.
Esperamos que você esteja apto a reproduzir os conhecimentos desta 
unidade, incentivando os portadores de doença renal crônica a estarem 
organizados e atentos para a conquista de novos direitos e benefícios.
SÍNTESE DA UNIDADE
38
39
Especialização em Nefrologia Multidisciplinar
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do 
Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988.Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. 
Acesso em: 15 abr. 2014.
_____. Ministério da Saúde. Portaria Nº 2.577/GM, de 27 de outubro 
de 2006. Aprova o Componente de Medicamentos de Dispensação 
Excepcional. Disponível em: http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/
Port2006/GM/GM-2577.htm. Acesso em: 5 maio. 2014.
_____. _____. Portaria Nº 1.869, de 4 de setembro de 2008. Altera o Anexo 
II da Portaria nº 2.577/GM de 27 de outubro de 2006, que aprova o 
Componente de Medicamentos de Dispensação Excepcional. Diário 
Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 5 set. 2008. 
Seção 1, p. 78-151. 
_____. _____. Portaria Nº 971, de15 de maio de 2012. Dispõe sobre o 
Programa Farmácia Popular do Brasil. Diário Oficial [da] República 
Federativa do Brasil,Brasília, DF,17 maio.2012. Seção 1, p. 67-71. 
Disponível em: <http://www.febrafar.com.br/upload/up_images/
Portaria%20971.pdf>. Acesso em: 5 maio. 2014.
_____. _____. Portaria GM/MS Nº 3407, de 05 de agosto de 1998. Aprova o 
Regulamento Técnico sobre as atividades de transplantes e dispõe sobre 
a Coordenação Nacional de Transplantes. Diário Oficial [da] República 
Federativa do Brasil, Brasília, DF, 6 ago.1998. Disponível em: <http://
www.adote.org.br/pdf/portaria_3407.pdf>. Acesso em: 5 maio. 2014.
REFERÊNCIAS
40
_____. Presidência da República. Lei Complementar Nº 7, de 7 de 
setembro de 1970a. Institui o Programa de Integração Social, e dá outras 
providências.Diário Oficial [da] RepúblicaFederativa do Brasil, Brasília, 
DF, 10 set. 1970a. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
leis/lcp/Lcp07.htm. Acesso em: 5 maio. 2014.
_____. _____. Lei Complementar Nº 8, de 3 de dezembro de 1970b. Institui 
o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público, e dá outras 
providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 
DF, 4 dez. 1970b. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
leis/lcp/Lcp08.htm>. Acesso em: 5 maio. 2014.
_____. _____.Lei Nº 11.977, de 7 de julho de 2009.Dispõe sobre o 
Programa Minha Casa, Minha Vida - PMCMV e a regularização fundiária 
de assentamentos localizados em áreas urbanas; altera o Decreto-Lei 
no 3.365, de 21 de junho de 1941, as Leis nos 4.380, de 21 de agosto de 
1964, 6.015, de 31 de dezembro de 1973, 8.036, de 11 de maio de 1990, 
e 10.257, de 10 de julho de 2001, e a Medida Provisória no2.197- 43, 
de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. Diário Oficial [da] 
República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 8 jul. 2009. Disponível 
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/
L11977compilado.htm>. Acesso em: 5 maio. 2014.
_____. _____. Medida Provisória Nº 478, de 29 de dezembro de 2009. 
Dispõe sobre a extinção da Apólice do Seguro Habitacional do Sistema 
Financeiro da Habitação - SH/SFH, altera a legislação tributária 
relativamente às regras de preços de transferência, e dá outras 
providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 
DF, 25 jan. 2010. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_
ato2007-2010/2009/Mpv/478impressao.htm. Acesso em: 5 maio. 2014.
_____. _____. Decreto Nº 3.691, de 19 de dezembro de 2000.Regulamenta 
a Lei no 8.899, de 29 de junho de 1994, que dispõe sobre o transporte 
de pessoas portadoras de deficiência no sistema de transporte coletivo 
interestadual. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, 
Brasília, DF, 20 dez. 2000. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/decreto/D3691.htm>. Acesso em: 5 maio. 2014.
41
Especialização em Nefrologia Multidisciplinar
_____. _____.Lei Federal nº 8.742, de 07 de dezembro de 1993. Dispõe 
sobre a organização da Assistência Social e dá outras providências.
Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 8 dez. 
1998a. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8742.htm. 
Acesso em: 5 maio. 2014.
_____. _____. Lei nº 12.435, de 6 de julho de 2011. Altera a Lei no 8.742, de 
7 de dezembro de 1993, que dispõe sobre a organização da Assistência 
Social. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 7 
jul. 2011. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-
2014/2011/Lei/L12435.htm. Acesso em: 5 maio. 2014. 
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do imposto de renda e dá outras providências. Diário Oficial [da] 
República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 23 dez. 1998b. Disponível 
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Acesso em: 5 maio. 2014.
_____. _____. Lei Federal nº 8.036, de 11 de maio de 1990. Dispõe sobre 
o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, e dá outras providências. 
Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 15 
maio. 1990. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
L8036compilada.htm>. Acesso em: 5 maio. 2014.
_____. _____. Decreto Federal nº 3.048, de 06 de maio de 1999.Decreto 
No 3.048, de 6 de maio de 1999. Aprova o Regulamento da Previdência 
Social, e dá outras providências. Diário Oficial [da] República 
Federativa do Brasil, Brasília, DF, 21 jun. 1999b.Disponível em:<http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048compilado.htm>. Acesso 
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_____. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. BPC-
Benefício de Prestação Continuada. Brasília, DF, 2014. Disponível em: 
http://www.mds.gov.br/falemds/perguntas-frequentes/assistencia-social/
bpc-beneficio-de-prestacao-continuada-1/bpc-beneficio-de-prestacao-
continuada. Acesso em: 6 maio. 2014.
_____. Ministério dos Transportes. Portaria Interministerial nº 003, de 
10 de abril de 2001. Disciplinar a concessão do Passe Livre às pessoas 
portadoras de deficiência, comprovadamente carentes, no sistema de 
42
transporte coletivo interestadual, nos modais rodoviário, ferroviário 
e aquaviário e revoga a Portaria/MT n.º 1, de 9 de janeiro de 2001. 
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