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reabilitacao cardiaca pos infarto agudo do miocardio

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1 
 
Reabilitação cardíaca pós infarto agudo do miocárdio 
Post cardiac rehabilitation acute myocardial infarction 
 
Maiara Oliveira Alves1; Giulliano Gardenghi2 
 
1. Maiara de Oliveira Alves, fisioterapeuta, Pós-graduanda em Fisioterapia Cardiopulmonar e Terapia Intensiva 
pelo CEAFI – Goiânia/GO. 
 
2. GiullianoGardenghi, Fisioterapeuta, Doutor em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São 
Paulo. Coordenador científico do Centro de Estudos Avançados e Formação Integrada – CEAFI – Goiânia – GO; 
Coordenador científico do serviço de Fisioterapia do Hospital ENCORE – Aparecida de Goiânia – GO; 
Coordenador do Programa de Pós-graduação em Fisioterapia Hospitalar do Hospital e Maternidade São 
Cristóvão – São Paulo – SP. 
 
Trabalho desenvolvido no Programa de Pós-graduação em Fisioterapia Cardiopulmonar e 
Terapia Intensiva pelo Centro de Estudos Avançados e Formação Integrada (CEAFI Pós-
graduação), Goiânia/GO. 
 
Autor correspondente: 
Maiara Oliveira Alves. Rua Guache Quadra 24 Lote 25 Parque Residencial Isaura – Santa 
Helena de Goiás – Goiás, CEP: 75.920-000. Telefone: (64)99292-7240. Endereço eletrônico: 
maiaraoliveiraalves@hotmail.com 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
RESUMO 
 
Introdução As cardiopatias representam 76% dos óbitos no mundo. Pelos números do 
Ministério da Saúde, as doenças cardiovasculares de origem arterosclerótica constituem a 
principal causa de morte e invalidez no Brasil, com destaque para o acidente vascular 
cerebral, doenças da aorta, a doença coronariana, designando a segunda maior causa de morte 
e o Infarto Agudo do Miocárdio(IAM), e dentre essas doenças crônicas, o IAM consiste na 
principal causa isolada de óbitos.ObjetivoContribuir junto a atuação dos profissionais que 
trabalham com pacientes cardiopatas, relacionados ao processo de recondicionamento 
cardiovascular e metabólico, discutir a atuação da fisioterapia na reabilitação do IAM. 
MétodosForam consultados estudos relacionados à reabilitação fisioterápica para cardiopatas 
pós infarto agudo do miocárdio, tendo como fonte de pesquisa: livro, monografia, 
dissertações de mestrado e periódicos: SCIELO,LILACS, MEDLINE e PUBMED. Sendo 
considerados o título e o resumo do artigo para seleção ampla de possíveis trabalhos de 
interesse. ResultadosA reabilitação cardíaca é o processo de desenvolvimento e manutenção 
do nível desejável de atividade física, social e psicológica após o início da doença coronária 
sintomática. A fisioterapia tem sido considerada componente fundamental na reabilitação de 
pacientes com doenças cardiovasculares com o intuito de melhorar o condicionamento 
cardiovascular e prevenir ocorrências tromboembólicas e posturas antálgicas. ConclusãoO 
trabalho do fisioterapeuta, na reabilitação cardíaca após o IAM tem por objetivo melhorar a 
aptidão cardiovascular, quando, por sua vez, estes exercícios forem praticados por um período 
prolongado e contínuo, proporcionando a recuperação do paciente com melhor qualidade de 
vida, diminuindo a eventualidade de novos IAM. 
Palavras-chave:Reabilitação cardíaca, fisioterapia, infarto agudo do miocárdio. 
 
ABSTRACT 
 
Introduction Heart diseases account for 76% of deaths worldwide. By figures from the 
Ministry of Health, cardiovascular disease of atherosclerotic origin are the main cause of 
death and disability in Brazil, especially stroke, aortic disease, coronary disease, designating 
the second leading cause of death and AMI and among these chronic diseases, AMI is the 
leading single cause of death. Objective Contribute with the work of professionals working 
with cardiac patients, related to cardiovascular and metabolic reconditioning process, discuss 
the role of physiotherapy in the rehabilitation of AMI. Methods studies were consulted 
related to physiotherapy rehabilitation for post acute myocardial infarction cardiac patients, 
with the database: book, monograph, master's dissertations and periodicals: SciELO, 
LILACS, MEDLINE and PubMed. It is considered the title and summary of the article for a 
wide selection of possible jobs of interest. Results The cardiac rehabilitation is the process of 
developing and maintaining the desired level of physical, psychological and social activity 
after the onset of symptomatic coronary disease. Physical therapy has been considered a key 
component in the rehabilitation of patients with cardiovascular diseases in order to improve 
cardiovascular fitness and prevent thromboembolic events and antalgic postures. Conclusion 
The work of physiotherapist, cardiac rehabilitation after AMI aims to improve cardiovascular 
fitness, while, in turn, these exercises are practiced for a long and continuous period, 
providing patient recovery with better quality of life, reducing the possibility new AMI. 
Keywords: Cardiac rehabilitation, physical therapy, acute myocardial infarction. 
 
3 
 
INTRODUÇÃO 
 
A intervenção total do fluxo sanguíneo coronariano, por período maior que 20 minutos 
consecutivos, determina a necrose irreversível das células miocárdicas ou infarto agudo do 
miocárdio (IAM). Segundo a literatura especializada que discorre do assunto, quando a luz da 
artéria coronária é ocluída em aproximadamente 70% do seu diâmetro normal, a isquemia 
localizada resulta em IAM1. Portanto, a isquemia prolongada, decorrente da oclusão completa 
da artéria coronária ou uma oclusão quase total combinada com vasoespasmo, trombo ou uma 
baixa demanda de oxigênio miocárdio durante período prolongado, resultará em Infarto 
Agudo do Miocárdio (IAM)2. 
A cardiopatia pode evoluir em função da manifestação de sinais e sintomas e por 
fatores de risco como história familiar de doença coronariana, angina, hipertensão arterial, 
insuficiência valvar, infarto agudo do miocárdio, tabagismo, estilo de vida sedentária, 
estresse, obesidade e diabetes melittus3. 
As cardiopatias representam 76% dos óbitos no mundo. Pelos números do Ministério 
da Saúde, as doenças cardiovasculares de origem arterosclerótica constituem a principal causa 
de morte e invalidez no Brasil, com destaque para o acidente vascular cerebral (AVC), 
doenças da aorta, a doença coronariana (DC),designando a segunda maior causa de morte e o 
IAM, e dentre essas doenças crônicas, o IAM consiste na principal causa isolada de óbitos4. 
De acordo com a Diretriz de Reabilitação Cardiopulmonar e Metabólica preconizada 
pela Sociedade Brasileira de Cardiologia5,6, a Reabilitação Cardíaca (RC) se aplica por meio 
de quatro fases: a Fase I, que abrange o período de hospitalização; a Fase II, que se inicia após 
alta hospitalar e dura de três a seis meses; a Fase III, que tem duração de seis meses a um ano 
e a Fase IV, cuja duração é indefinida, por ter como objetivo manutenção da atividade física. 
A RC surgiu mundialmente com claros objetivos terapêuticos e profiláticos, na 
tentativa de reduzir a escalada vertiginosa das doenças cardiovasculares incapacitantes e 
limitantes da vida, no que diz respeito à funcionalidade, à sociabilidade, à produtividade e ao 
bem-estar emocional dos indivíduos. A RC é o processo de desenvolvimento e manutenção do 
nível desejável de atividade física, social e psicológica após o início da doença coronária 
sintomática. Lembrando que a DC se refere a uma doença multifatorial, deve ser abordada 
com terapêutica multidisciplinar2. 
A fisioterapia tem sido considerada um componente fundamental na reabilitação de 
pacientes com doenças cardiovasculares com o intuito de melhorar o condicionamento 
cardiovascular e prevenir ocorrências tromboembólicas e posturas antálgicas. Oferece maior 
4 
 
independência física e segurança para alta hospitalar e posterior recuperação das atividades de 
vida diária7. 
O artigo em análise, refere-se a uma revisão, que tem por objetivo descrever parte da 
literaturadisponível sobre o tema proposto, a fim de contribuir junto a atuação dos 
profissionais que trabalham com pacientes cardiopatas, relacionados ao processo de 
recondicionamento cardiovascular e metabólico, discutir a atuação da fisioterapia na 
reabilitação do IAM. 
 
MÉTODOS 
 
Após a definição do tema foi realizada revisão bibliográficacom dados virtuais 
relacionados à reabilitação fisioterápica para cardiopatas pós infarto agudo do miocárdio, 
tendo como fonte de pesquisa: livro, monografia, dissertações de mestrado, periódicos 
nacionais através das bases de dados: SCIELO (ScientifcEletrinic Library Online),LILACS 
(Literatura Latino-Americana e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde), MEDLINE 
(National Library of Medicine) e PUBMED (Publicações Médicas). Sendo considerados o 
título e o resumo do artigo para seleção ampla de possíveis trabalhos de interesse. Em 
seguida, efetuou-se a leitura seletiva, a qual permitiu determinar qual material bibliográfico, 
realmente, seria de interesse desta pesquisa. 
A pesquisa realizada verificou 96 publicações potencialmente relevantes, das quais 
restaram 24 que preencheram todos os critérios do rigor científico estabelecidos pelos autores. 
Os estudos selecionados estavam entre os anos de 2004 a 2016, tendo como palavras-chave: 
reabilitação cardíaca, fisioterapia e cardiopatias. Os critérios de inclusão foram: artigos 
relacionados a reabilitação cardíaca e a relação da fisioterapia no tratamento de pacientes 
cardiopatas, de 2004 a 2015 para elaboração do trabalho. Foram excluídos artigos anteriores 
ao período descrito acima, e também artigos que não citassem a fisioterapia em sua análise. 
 
RESULTADOS 
 
Serão destacados, a seguir, dos trabalhos selecionados, os estudos que obtiveram 
maior relevância, conforme a tabela. 
 
TABELA 1. Sumário dos estudos e seus principais resultados 
AUTORES OBJETIVO TIPO DO ESTUDO CONCLUSÃO 
5 
 
Gardenghi; 
Dias18 
2007 
Discutir as repercussões 
físicas dos diversos tipos de 
exercício em indivíduos 
participantes de programas 
de reabilitação 
cardiovascular. 
Revisão de literatura A prática de exercícios físicos em 
pacientes portadores de cardiopatias 
pode comprometer a sobrevida dessa 
população, servindo além de um 
meio de proteção contra a ocorrência 
de doenças cardiovasculares, mas 
também contra a ocorrência de 
quaisquer doenças. 
Santos 
Filho3 
2010 
O estudo objetivou fazer um 
estudo quantificativo das 
publicações existentes na 
PubMed, correlacionadas 
com o tema de reabilitação 
cardíaca e os exercícios 
utilizados para o tratamento 
dos pacientes de doença 
cardiovascular. 
 
Revisão de literatura Os resultados demonstraram a 
preocupação dos estudiosos quanto à 
sintomatologia e sinais de doenças 
cardíacas. Bem como, demonstrou a 
relevância da prática de exercícios 
aeróbicos como forma de 
reabilitação. Evidenciando a 
necessidade de maiores discussões 
dos profissionais de fisioterapia 
utilizada na reabilitação 
cardiovascular. 
Berry; 
Cunha4 
2010 
Os autores avaliaram os 
efeitos metabólicos, 
hemodinâmicos e 
bioquímicos dos pacientes 
obtidos através do programa 
de reabilitação cardíaca após 
infarto do miocárdio. 
Estudo observacional 
 
 
 
Para demonstração de resultados, os 
autores contaram com a participação 
de 37 pessoas, 27 homens e 10 
mulheres, com idades entre 20 e 80 
anos. Os resultados do estudo 
demonstram que há melhora na 
capacidade funcional do paciente, 
aumentando-se a eficiência do seu 
sistema cardiorrespiratório e também 
o perfil bioquímico após o IAM. 
Barbosa et 
al24 2011 
Avaliação da qualidade de 
vida em pacientes com 
DAC, através de semi-
supervisão num programa de 
reabilitação. 
 
 
Estudo quantitativo 
descritivo 
 
As principais conclusões desse 
estudo, que teve a participação de 10 
pacientes cororiopatas, são que os 
pacientes participantes obtiveram 
redução da circunferência abdominal, 
no entanto, os resultados quanto ao 
Índice de Massa Corporal, Pressão 
Arterial Sistêmica eDiastólica não 
houve alterações relevantes. O estudo 
demonstrou que a melhora na 
qualidade de vida dos pacientes, 
reflete na saúde funcional, mental e 
na vitalidade, representando que a 
avaliação semi supervisionada é 
extremante seguro e relevante aos 
coronariopatas. 
Lima et al12 
2011 
Identificação da percepção 
quanto aos serviços de 
fisioterapia prestados aos 
pacientes cardíacos em um 
hospital, com a detecção das 
ações prioritárias e dos 
planos de melhoria na 
qualidade do atendimento 
 
 
 
Estudo descritivo 
transversal e 
quantitativo 
O estudo foi coordenado com a 
participação de 30 pacientes do 
Sistema Único de Saúde, sendo 12 
homens e 18 mulheres, com idade 
média de 49 anos. Os resultados 
demonstraram que os pacientes tem 
uma percepção positiva do trabalho 
dos profissionais, porém alguns 
dados avaliam que nem sempre há 
orientação quanto à necessidade da 
fisioterapia pós-cirúrgica. A visão 
geral dos pacientes quanto ao 
atendimento é boa com índice que 
chega à 56%. Os autores sugerem no 
estudo que sejam feitas medidas 
6 
 
preventivas e educacionais no sentido 
de melhor atender os pacientes e 
relatam a necessidade de estudos com 
outras categorias de pacientes. 
Muela; 
Bassan11; 
Serra 
2011 
Avaliação de benefícios 
clínicos e funcionais de um 
Programa de Reabilitação 
Cardíaca em pacientes num 
Centro de Cardiologia. 
 
 
Estudo retrospectivo 
com comparativo 
 
 
 
Os autores utilizaram neste estudo 88 
pacientes, sendo 60 homens e 28 
mulheres, com idades variáveis entre 
37 e 81 anos. O programa teve como 
intuito avaliar os pacientes antes e 
depois da Reabilitação Cardíaca. Os 
resultados demonstram melhoras nos 
parâmetros fisiológicos, 
hemodinâmicos e funcionais dos 
pacientes. Percebendo-se uma 
gradativa evolução no desempenho 
cardiovascular e metabólico pós 
exercício. 
Santos et al. 
2012 
Avaliar as respostas 
autonômicas e 
hemodinâmicas de pacientes 
pósIAM submetidos ao 
primeiro dia de protocolo de 
Fisioterapia na fase I da 
reabilitação cardiovascular, 
(FTCV) fase I, bem como 
sua segurança. 
Pesquisa quantitativa O estudo contou com a colaboração 
de 51 pacientes, com média de idade 
de 55 anos. Os pacientes 
apresentaram resultados satisfatórios 
durante a pesquisa, pois segundo os 
pesquisadores houve alterações 
hemodinâmicas significativas sem 
qualquer intercorrência clínica. O que 
demostra a eficácia do exercício no 
pós IAM. 
 
Baldoino; 
Santos; 
Botelho17 
2013 
Discussão quanto os 
benefícios da RC com a 
utilização de exercícios 
aeróbicos na fase 
ambulatorial do paciente 
com IAM. 
 
 
 
 
Revisão sistemática 
da literatura 
Os resultados sistemáticos do estudo 
demonstram a eficácia e segurança 
dos exercícios aeróbicos. Relata-se 
ainda, a otimização da capacidade 
funcional do paciente. Os autores 
relatam que a associação do exercício 
com o protocolo correto de 
tratamento resulta em melhoria do 
quadro a curto e longo prazo. 
Destaca-se ainda, a necessidade da 
continuidade do programa, já que 
resulta em melhoria geral na 
qualidade de vida do paciente com a 
melhoria do condicionamento. 
Silva1 
2013 
Coletar e sintetizar 
informações sobre a RC com 
enfoque nos protocolos de 
exercícios e sua contribuição 
para a recuperação após 
IAM. 
Revisão de literatura O estudo demonstra a importância da 
prática do exercício físico no 
programa de RC. Evidencia a 
evolução do paciente após o IAM 
com a utilização de exercícios contra 
resistentes, que melhoram o 
desempenho e aumentam a 
flexibilidade. 
Guimarães21 
2015 
Avaliação dos benefícios da 
reabilitação cardíaca, no 
potencialpreventivo das 
doenças cardiovasculares. 
 
Revisão bibliográfica Os resultados do estudo demonstram 
os benefícios da atividade física aos 
pacientes cardiopatas. Os principais 
benefícios relatados pelo autor foram 
a melhoria da capacidade respiratória 
e musculoesquelética. Destacou se 
ainda a importância da atividade em 
associação com protocolos de 
reabilitação para tratamento dos 
cardiopatas. 
7 
 
 
 
DISCUSSÃO 
 
Os autores relatam que a reabilitação cardíaca é um tipo de programa que envolve toda 
uma equipe multidisciplinar. Sendo que estes profissionais são responsáveis pela reabilitação 
dos pacientes pós IAM. Essa equipe deve ser composta por médicos, fisioterapeuta, 
psicólogo, nutricionista, enfermeiro e educador físico5. Os exercícios físicos do paciente 
ficam à cargo do fisioterapeuta, sendo este um profissional capacitado para estabelecer os 
protocolos adequados à RC. Os estudos relatam que a RC é responsável pelo melhoramento 
na capacidade funcional do paciente, favorecendo melhores hábitos e consequentemente 
propiciando uma melhor qualidade de vida8. A RC propicia a redução da frequência cardíaca 
em repouso, da Pressão Arterial Sistólica (PAS) e do fluxo sanguíneo coronariano9, além de 
contribuir com a melhoria das taxas de mortalidade e ocorrências de eventos coronarianos, 
como a revascularização miocárdica e reinfarto2, resultando em melhor qualidade de vida ao 
paciente11. 
Ao ser elaborado um programa de RC, devem-se considerar a terapêutica adotada para 
o paciente, medidas preventivas, sintomas, condições psicológicas e sociais, além da 
orientação educacional para a modificação de hábitos de vida2,9,10. A prevenção secundária 
tem vital importância na reabilitação, incluindo a correção dos fatores de risco, tais como 
hiperlipidemia, tabagismo, hipertensão arterial, obesidade, resistência à ação da insulina e 
vida sedentária2,11,12. A aplicação precoce de exercícios à beira do leito, seja passiva ou ativa, 
combate e evita as complicações da imobilização prolongada, como redução da capacidade 
funcional, redução da volemia, redução do rendimento cardíaco, alteração dos reflexos 
cardíacos, predisposição ao tromboembolismo pulmonar, redução da massa muscular, 
principalmente das fibras tipo I, e aumento da depressão e ansiedade1,2,13. 
Estudos sobre a Avaliação dos Efeitos da Reabilitação Cardíaca em Pacientes Pós-
Infarto do Miocárdio4, apontam que a implantação de programas de RC na abordagem de 
pacientes com diagnóstico de infarto agudo do miocárdio está bem estabelecida em vários 
trabalhos científicos4,14,15, assim como sua influência positiva sobre a redução da mortalidade. 
Por tudo isso, pode-se descrever os objetivos gerais da reabilitação cardíaca como sendo: 
restaurar a capacidade funcional, social e laborativa em pacientes com DC; prevenir ou 
reverter o processo aterosclerótico por meio de mudança de hábitos de vida e combate aos 
8 
 
fatores de risco; reduzir a morbimortalidade e aumentar o limiar de angina de peito, 
aumentandoa qualidade de vida2,16. 
Diversos trabalhos demonstram a importância da inserção dos pacientes pósIAM em 
programas de RC visando à prevenção dos fatores de risco e a promoção de benefícios 
advindos da prática de exercício físico. Sabe-se que o sedentarismo é responsável direto pelo 
baixo condicionamento físico traduzido pela redução no consumo de oxigênio (VO2) de pico, 
além da redução nos níveis de HDL-colesterol (colesterol bom), elevados níveis de 
triglicérides, aumento do peso corporal e diminuição da autoestima. Esses fatores de risco, 
entretanto, são facilmente revertidos ou controlados pela prática regular de exercício físico, 
sendo este fundamental para aumentar a capacidade da função cardiovascular e diminuir a 
demanda de oxigênio do miocárdio após o IAM. Verificaram-se níveis de VO2 pico 
extremamente abaixo do normal em um estudo com 2.896 indivíduos cardiopatas, ressaltando 
a importância da RCA para a melhora da função física e prognóstica a longo prazo17. 
A ação mais benéfica do treinamento físico é a melhora da capacidade funcional, 
geralmente acompanhada pelo aumento do consumo máximo de oxigênio (VO2máx). Sabe-se 
que o VO2máx apresenta duas limitações para o seu aumento: a limitação central, determinada 
pela oferta de oxigênio (oferta O2 = DC X D(a-v)O2) que é o produto do débito cardíaco pelo 
conteúdo arterial de oxigênio, e a limitação periférica, determinada pela diferença 
arteriovenosa de oxigênio (D(a-v)O2). A oferta de oxigênio dos tecidos é garantida pela 
fisiologia pulmonar (hematose) e pela capacidade do sistema cardiovascular de conduzir o 
sangue oxigenado aos tecidos e reconduzir o sangue venoso aos pulmões. A diferença 
arteriovenosa de oxigênio demonstra a capacidade do sistema muscular em extrair oxigênio 
do sangue arterial. Portanto, uma integração saudável entre os sistemas cardiovascular, 
respiratório e musculoesquelético garante, durante o treinamento, ganhos maiores de 
capacidade aeróbica e maior tolerância às atividades físicas 2,15,16. 
O exercício aeróbico é uma modalidade frequentemente utilizada como protocolo da 
RC, sendo de fundamental importância à realização deste para minimizar ou reverter às 
consequências advindas do IAM. Num estudo sobre ‘Efeito do treinamento físico aeróbico em 
coronariopatas submetidos a um programa de RC’19, os autores demonstraram que a melhora 
da capacidade física consequente ao aumento do VO2 de pico, devido a um melhor 
desempenho cardiovascular. Utilizando-se do exercício aeróbio de moderada intensidade 
durante um período mínimo de 12 semanas com duração de 20-30 minutos e 5 minutos de 
aquecimento e desaquecimento como intervenção integrando 63 pacientes na amostra18. 
Exercícios aeróbicos também foram englobados no estudo sobre ‘O treinamento físico 
9 
 
melhora a função autonômica após o infarto agudo do miocárdio: um estudo controlado’20, 
onde os autores afirmam que houve significativa melhora nos parâmetros hemodinâmicos em 
repouso, entre eles, a capacidade cardiorrespiratória incluindo 38 portadores de IAM durante 
8 semanas com duração de 35 minutos, além de 10 minutos de aquecimento e 10 minutos de 
desaquecimento. 
Os resultados do estudo referente a avaliação dos efeitos da reabilitação cardíaca em 
pacientes pós IAM4 corroboram com os achados do estudo referente Efeito do treinamento 
físico aeróbico em coronariopatas submetidos a um programa de Reabilitação 
Cardiovascular19, onde os autores submeteram 37 pacientes a exercícios aeróbios por 10 
meses, com frequência de três vezes na semana e duração de 20-40 minutos a sessão. Os 
resultados desse estudo demonstram a melhora da capacidade funcional com aumento 
significativo do VO2 de pico, traduzindo-se em maior capacidade de suportar esforços 
prolongados. Os resultados apontam ainda para a redução do colesterol total, LDL-colesterol, 
níveis séricos da glicose e aumento do HDL-colesterol4,19. 
A adaptação fisiológica do sistema nervoso autônomo frente à realização de exercício 
se traduz pela diminuição das catecolaminas sanguíneas e urinárias em repouso e durante o 
treinamento submáximo. Isso ocorre provavelmente pela diminuição dotônus simpático e 
elevação do tônus parassimpático, acarretando redução da frequência cardíaca (FC) e da PAS. 
A maior estabilidade elétrica do miocárdio devido à redução das catecolaminas em repouso e 
em exercício submáximos e ao aumento do tônus vagal favorece a melhor modulação 
autonômica do coração e permite o aumento do limiar de fibrilação ventricular2,15,16. 
Ao associar o fato de que a FC é reduzida como efeito adaptativo ao exercício e de que 
a circulação coroniana ocorre no período da diástole, conclui-se que o treinamento físico 
tende a promover um aumento do tempo de diástole ventricular e, consequentemente um 
aumento do fluxo sanguíneo coronariano2,21. 
Quando ocorrem obstruções ao fluxo sanguíneo normal, novos vasos podem ser 
formados ou resgatados, de maneira que o sangue percorra caminhos alternativos, já que os 
caminhos normais estarão bloqueados. Esse fato é conhecido como o desenvolvimento de 
circulação colateral, e pode permitir que o coração sofra menos após a obstrução coronariana 
que conduz ao IAM. No entanto, sabe-se, atualmente, que, na maioria dos casos, não ocorre 
aumento da circulação colateral, e que a melhoria da isquemia, é devido principalmente, ao 
menor consumo de oxigênio pelo miocárdio2,15. 
10 
 
A periodicidade na realização de exercícios combate vários fatores de risco, tais como 
o sedentarismo, a taxa elevada de gorduras sanguíneas, a ansiedade e a depressão, por 
liberação de endorfinas2,22. 
Até pouco tempo, aceitavam-se quatro fases da reabilitação pós IAM: fase I (período 
intra-hospitalar), fase II (após a alta hospitalar), fase III (período de condicionamento ou de 
progressão da intensidade dos exercícios) e fase IV (período de manutenção do 
condicionamento físico adquirido na fase III). Atualmente, devido a novos conceitos de 
estratificação de risco e manejo, a RC composta vem sendo denominada fase hospitalar e fase 
ambulatorial. A fase hospitalar é a fase I, fase aguda, período compreendido desde o início do 
evento coronário até a alta hospitalar. A fase ambulatorial corresponde à reabilitação após a 
alta hospitalar, envolvendo a fase II (até dois ou três meses depois do evento coronário) e a 
fase III (após o terceiro mês) visando ao aprimoramento máximo possível do 
condicionamento físico e manutenção do mesmo, e por último, a fase IV (não 
supervisionada)2,23,24. 
A fase I inicia-se após o paciente ter sido considerado estável clinicamente, como 
decorrência da otimização do tratamento clínico e/ou utilização de procedimento 
intervencionista5. 
Na fase hospitalar, o tratamento fisioterapêutico consiste na utilização de exercícios 
metabólicos, visando o aumento da circulação sanguínea, eliminação das obstruções com os 
exercícios respiratórios e a manutenção de pulmões limpos. Os profissionais ainda 
desenvolvem exercícios para manter a amplitude de movimento, elasticidade dos músculos, 
treino para redução dos efeitos do repouso prolongado, entre outras estratégias para a 
melhoria da qualidade de vida do paciente. Todas essas mudanças refletem na autoconfiança 
do paciente e propicia a redução dos custos e permanência hospitalar7,23. 
A tabela 2 ilustra a evolução nessa fase que tem como objetivo consumo calórico 
máximo de 2 METs; a progressão da intensidade de esforço é feita seguindo o programa de 
STEPs, no qual cada STEP equivale a um grupo de exercícios protocolados em relação ao 
tipo, intensidade e repetição2. 
Normalmente, esse tipo de exercício é orientado por fisioterapeutas. Vale ressaltar 
que, além da orientação ao exercício, cabe aos profissionais envolvidos nessa fase do processo 
de reabilitação, a orientação quanto aos fatores de risco cardiovascular e também quanto às 
mudanças no estilo de vida. Pacientes que respondam de maneira favorável a essa primeira 
fase dos programas de reabilitação devem ter sua intensidade de exercício aumentada, sempre 
levando em consideração a individualização da prescrição da atividade física2,18. 
11 
 
TABELA 2.Programa de STEPEs na Fase I 
STEP 1 - Consumo Calórico = 2 METs 
Paciente deitado 
Exercícios respiratórios diafragmáticos 
Exercícios ativos de extremidades 
Exercícios ativo-assistidos de cintura, cotovelos e joelhos 
STEP 2 - Consumo Calórico = 2 METs 
Paciente sentado 
Exercícios respiratórios diafragmáticos, associados aos exercícios de MMSS (movimentos 
diagonais) 
Exercícios de cintura escapular 
Exercícios ativos de extremidades 
Paciente deitado 
Exercícios ativos de joelhos e coxofemoral 
Dissociação de tronco/coxofemoral 
STEP 3 - Consumo Calórico = 3 a 4 METs 
Exercícios ativos de MMSS (movimentos diagonais e circundução) 
Alongamento ativo de MMII (quadríceps, adutores, tríceps sural) 
Deambulação: 35m 
STEP 4 - Consumo Calórico = 3 a 4 METs 
Paciente em pé 
Alongamento Ativo de MMSS e MMII 
Exercícios ativos de MMSS (movimentos diagonais e circundução) 
Exercícios ativos de MMII (flexo-extenção e abdução/adução) 
Deambulação: 50m - 25m lentos/ 25m rápidos 
Ensinar contagem de FC (pulso) 
STEP 5 - Consumo Calórico = 3 a 4 METs 
Paciente em Pé 
Alongamento Ativo de MMSS e MMII 
Exercícios ativos de MMSS (dissociados) 
Exercícios ativos de MMII (flexo-extenção e abdução/adução) 
Rotação de Tronco e pescoço 
Marcar passo com elevação de joelho 
Deambulação: 100m (checar pulso inicial e final) 
STEP 6 - Consumo Calórico = 3 a 4 METs 
Paciente em Pé 
Alongamento Ativo de MMSS e MMII 
Exercícios ativos de MMSS e MMII (dissociados), associados à caminhada 
Descer escadas lentamente e retornar de elevador (um andar) 
Deambulação: 165m (medir pulso inicial e final) 
Instruções para continuidade dos exercícios em casa 
STEP 7 - Consumo Calórico = 3 a 4 METs 
Continuação do STEP 6 
Descer e subir lentamente (um andar) 
 
Respostas inadequadas nessa fase, que demandam atenção da equipe multidisciplinar, 
são, por exemplo, angina, hipotensão durante a realização dos exercícios (queda de 15 mmHg 
da pressão arterial sistólica) e arritmias cardíacas. Sempre se devem levar em consideração 
12 
 
fatores como extensão do infarto e função ventricular esquerda, considerando sinais clínicos 
de insuficiência cardíaca18. 
Os estudos relatam que a fase II, que é primeira etapa hospitalar, tem início com a alta 
do paciente ou pós evento cardiovascular ou descompensaçao clínica. A duração é entre 3 e 6 
meses, podendo ser prorrogada conforme o caso. Os exercícios desse programa são 
individualizados, com intensidade, duração, frequência, modalidade de treinamento e 
progressão próprios para cada paciente5. Objetivando a melhoria da função cardiovascular, a 
capacidade física de trabalho, endurance, flexibilidade, educar o paciente quanto à atividade 
física, modificação do estilo de vida, melhorar o perfil psicológico, preparar o paciente para o 
retorno de suas atividades24. 
A determinação da intensidade apropriada do exercício é baseada nos princípios da 
especificidade e da sobrecarga. O princípio da especificidade se refere às possíveis adaptações 
nos sistemas metabólico e fisiológico em função da demanda imposta. A carga de trabalho e 
os períodos de repouso entre as cargas podem ser selecionados de maneira que o treinamento 
seja direcionado para: a) fortalecimento muscular sem aumento significante no consumo de 
oxigênio total (exercícios resistidos isométricos); b) predominância de processos aeróbicos 
sem mobilização excessiva de mecanismos anaeróbicos (exercícios dinâmicos); e c) ganhos 
simultâneos nos sistemas aeróbico e anaeróbico. Outro aspecto relativo à especificidade, 
conforme os estudos realizados, pode ser dito em relação à área treinada. Por exemplo, 
exercícios realizados com os membros inferiores promovem adaptações que não são 
transferíveis para os membros superiores, e vice-versa2,15. 
O princípio da sobrecarga se refere a uma quantidade de estresse imposta a um sistema 
´que é maior do que o esforço usualmente observado nas tarefas da vida diária. O incremento 
na endurance cardiovascular e muscular pressupõe que uma sobrecarga seja imposta a esses 
sistemas por um período de tempo prolongado (pelo menos 20 minutos). A carga de exercício 
deve ser acima do limiar do estímulo de treinamento (aquele estímulo que elucida uma 
resposta de treinamento ou condicionamento) para que o efeito do treinamento se evidencie. 
Uma vez que ocorra uma adaptação a essa sobrecarga proposta, uma nova intensidade (carga 
de exercício) deve ser prescrita a fim de que o indivíduo continue aumentando sua capacidade 
funcional2,18. 
Uma vez que o paciente estejaliberado para dar início ao programa de exercício físico 
e as diretrizes de seu protocolo tenham sido estabelecidas, inicia-se, portanto, a condução do 
tratamento. A sessão fisioterapêutica é concebida de uma forma semelhante à que, 
fisiologicamente, acontece com o indivíduo que passa de um estágio de repouso ou de baixa 
13 
 
demanda energética, para um estado metabólico mais intenso que perdura por um dado 
período e, a seguir, retorna aos níveis iniciais de gasto calórico2,18,22. 
O programa de treinamento físico envolvetrês etapas: aquecimento, equilíbrio e 
resfriamento. Deve-se fazer um registro diáriodo programa, das respostas da frequência 
cardíaca, da pressão arterial e dos sinais esintomas apresentados durante as sessões 
detratamento2,23. 
A fase do aquecimento deverá ter duração de 5 a 10 minutos, sendo efetuados 
exercícios de alongamentos dinâmicos e aeróbicos e de coordenação associados a exercícios 
respiratórios. Essa fase tem por objetivo preparar os sistemas músculo-esquelético e 
cardiorrespiratório para a fase de condicionamento2,15,23. Na fase de equilíbrio são realizados 
exercícios aeróbicos e exercícios de resistência muscular; com duração de 40 minutos 
dependendo da capacidade do indivíduo. A frequência cardíaca deve ser aferida durante esse 
período, bem como a pressão arterial2,23. A fase de resfriamento corresponde ao período em 
que o indivíduo interrompe o exercício físico e passa de uma demanda energética aumentada, 
para uma demanda energética que progressivamente vai diminuindo. Podem ser realizados 5 
minutos de caminhada de baixa intensidade utilizada para prevenir a estagnação do sangue 
nas extremidades, particularmente nas pernas, 3 minutos de alongamento associado aos 
exercícios respiratórios com o objetivo de retornar o organismo às condições de repouso com 
valores de pressão arterial e frequência cardíaca próximo aos basais e prevenir o aparecimento 
de lesões musculares2,15,23. 
Após a liberação da fase II, os pacientes são conduzidos a fase III, porém essa pode ser 
aplicada em qualquer etapa da doença, não sendo uma sequência das anteriores. Perdura pelo 
período 6 a 24 meses5, com objetivo principal de adaptar o sistema cardiovascular para a 
retomada da rotina cotidiana do paciente2. 
A fase IV é um programa de longo prazo, de duração indefinida e muito variável. 
Observa-se, conforme estudos que essa fase não goza de acompanhamento obrigatório para a 
manutenção das práticas desportivas do paciente, há apenas a manutenção do programa de 
exercício, respeitando-se a preferência natural do paciente5. 
A reabilitação não-supervisionada tem como objetivo principal exercitar pacientes sob 
supervisão indireta, estendendo a prática de exercícios a um maior número de pacientes. Os 
programas de reabilitação não supervisionada têm-se mostrado eficientes para aumentar a 
potência aeróbica, a capacidade funcional e modificar os fatores de risco coronariano24. 
Cabe ressaltar a importância do treinamento dos profissionais de saúde envolvidos em 
programas de reabilitação, quanto às manobras de reanimação cardíaca (suporte básico da 
14 
 
vida), disponibilidade de material para atendimento de emergência e, acima de tudo, prévia 
avaliação médica, preferencialmente por médico cardiologista, liberando então, o paciente 
para a prática de atividades físicas18. 
 
Considerações Finais 
 
Atualmente, os programas de reabilitação cardíaca vêm sendo estendido aos pacientes 
acometidos de IAM, bem como com doenças cardiovasculares, com o propósito de permitir 
um retorno prematuro às atividades diárias, propiciando ainda uma melhor qualidade de vida, 
com a prática de exercícios físicos com segurança e baixo custo. Para que isso aconteça, é 
fundamental que a avaliação, acompanhamento, orientação e supervisão profissional 
fisioterapeuta do paciente seja contínua e objetiva. Conclui-se, portanto, que o trabalho do 
fisioterapeuta, na reabilitação cardíaca após o IAM tem por objetivo melhorar a aptidão 
cardiovascular, quando, por sua vez, estes exercícios forem praticados por um período 
prolongado e contínuo, proporcionando a recuperação do paciente com melhor qualidade de 
vida, diminuindo a eventualidade de novos IAM. 
 
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