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Direito Civil IV– Direito das coisas Prof. Pedro Augusto Scerni Introdução ao Direito das Coisas POSSE Classificação - CC, arts. 1.196 a 1.203. Aquisição - CC, arts. 1.204 a 1.209. Efeitos - CC, arts. 1.210 a 1.222. Perda - CC, arts. 1.223 e 1.224. Proteção - CPC, arts. 920 a 933. PROPRIEDADE EM GERAL - CC, ARTS. 1.228 A 1.237. Propriedade imóvel Aquisição Registro do título - CC, arts. 1.245 a 1.247, 1.275, parágrafo único, e 1.227. Acessão (CC, art. 1.248) Formação de ilhas - CC, art. 1.249. Aluvião - CC, art. 1.250. Avulsão - CC, art. 1 .251 . Álveo abandonado - CC, art. 1.252. Construções e plantações - CC, arts. 1.253 a 1.259. Usucapião - CC, arts. 1.238 a 1.244. Direito hereditário - CC, arts. 1.784 e s. Direitos de vizinhança Uso anormal da propriedade - CC, arts. 1.277 a 1.281. Árvores limítrofes - CC, arts. 1.281 a 1.284. Passagem forçada - CC, art. 1.285. Águas - CC, arts. 1.288 a 1.296. Limites entre prédios e direito de tapagem - CC, arts. 1.297 e 1.298. Direito de construir - CC, arts. 1.299 a 1.313. Passagem de cabos e tubulações - CC, arts. 1.286 e 1.287 . Perda - CC, arts. 1.275 e 1.276. Propriedade móvel Aquisição e perda Ocupação - CC, art. 1.263. Descoberta - CC, arts. 1.233 a 1.237. Tesouro - CC, arts. 1.264 a 1.266. Especificação - CC, arts. 1.269 a 1.271. Confusão, comistão e adjunção - CC, art. 1.272. Usucapião - CC, arts. 1 .260 a 1 .262. Tradição - CC, arts. 1.267 e 1.268. Condomínio Direitos e deveres dos condôminos - CC, arts. 1.314 a 1.322. Administração do condomínio - CC, arts. 1.323 a 1.326. Condomínio necessário - CC, arts. 1.327 a 1.330. Condomínio edilício - CC, arts. 1.331 a 1.358. Propriedade resolúvel - CC, arts. 1.359 e 1.360. Propriedade literária, científica e artística - Lei n. 9.610/98. DIREITOS REAIS SOBRE COISAS ALHEIAS Direitos reais de gozo ou fruição Enfiteuse - CC de 1916, arts. 678 a 694, e novo CC, art. 2.038. Superfície - CC, arts. 1.369 a 1.377. Servidões prediais Constituição - CC, arts. 1.378 e 1.379. Exercício - CC, arts. 1.380 a 1.386. Extinção - CC, arts. 1.387 a 1.389. Usufruto Disposições gerais - CC, arts. 1.390 a 1.393. Direitos do usufrutuário - CC, arts. 1.394 a 1.399. Obrigações do usufrutuário - CC, arts. 1.400 a 1.409. Extinção - CC, arts. 1.410 e 1 .411 . Uso - CC, arts. 1.412 e 1.413. Uso - CC, arts. 1.412 e 1.413. Habitação - CC, arts. 1.414 a 1.416. Concessão de uso especial para fins de moradia - CC, 1.225, XI Concessão de direito real de uso - CC, art. 1.225, XII Direitos reais de garantia (CC art.s 1.149 a 1430) Disposições gerais - CC, arts. 1.419 a 1.430. Penhor Constituição - CC, arts. 1.431 e 1.432. Direitos do credor pignoratício - CC, arts. 1.433 e 1.434. Obrigações do credor pignoratício - CC, art. 1.435. Espécies Penhor rural - CC, arts. 1.438 a 1.446. Penhor industrial e mercantil - CC, arts. 1.447 a 1.450. Penhor de direitos e títulos de crédito - CC, arts. 1.451 a 1.460. Penhor de veículos - CC, arts. 1.461 a 1.466. Penhor legal - CC, arts. 1.467 a 1.472. Extinção- CC, arts. 1.436 e 1.437. Anticrese - CC, arts. 1.506 a l.510. Hipoteca Disposições gerais - CC, arts. 1.473 a 1.488. Hipoteca legal - CC, arts. 1.489 a 1.491. Disposições gerais - CC, arts. 1.473 a 1.488. Hipoteca legal - CC, arts. 1.489 a 1.491. Registro - CC, arts. 1.492 a 1.498. Extinção - CC, arts. 1.499 a 1.501. Hipoteca de vias férreas - CC, arts. 1.502 a 1.505 . Alienação fiduciária - CC, arts. 1.361 a 1.368; Lei n. 4.728, de 14-7-1965, art. 66, com alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n. 911, de 1-10-1969, e art. 4º da Lei n. 6.071, de 3-7-1974. Direito real de aquisição: o compromisso ou promessa irrevogável de venda: CC, arts. 1.417 e 1.418; Decreto-Lei n. 58, de 10-12-1937; Decreto n. 3.079, de 15-9-1938; Lei n. 649, de 11-3-1949; Lei n. 6.014, de 27-12-1973; Lei n. 4.380, de 21-8-1964, art. 69; Lei n. 6.766/79, arts. 25 a 36. CONCEITO DE DIREITO DAS COISAS Direito das coisas é um conjunto de normas que regem as relações jurídicas concernentes aos bens materiais e imateriais suscetíveis de apropriação pelo homem. CLASSIFICAÇÃO Direito das coisas clássico (oriundo do Direito Romano, tem como objetivo o estudo da propriedade, servidões, a superfície, a enfiteuse, o penhor e a hipoteca). Direito das coisas científico (Compreende a mesma matéria do clássico, mas ampliada pelo trabalho da doutrina). Direito das coisas legal (Aquele regulado pela legislação, que será objeto do estudo). CONTEÚDO Posse Propriedade Direitos reais sobre coisas alheias De gozo (enfiteuse, superfície, servidão, usufruto, uso, habitação; concessão de uso especial para fins de moradia e concessão de direito real de uso). De garantia (penhor, anticrese, hipoteca e alienação fiduciária). De aquisição (promessa irrevogável de venda). TEORIAS SOBRE A DISTINÇÃO ENTRE DIREITOS REAIS E PESSOAIS Teses unitárias Teoria personalista Para esta teoria todo direito é uma relação entre pessoas, sendo o direito real uma obrigação passiva universal (Ferrara, Ortolan, Ripert, Planiol, Windscheid). Demogue, adepto dessa teoria, acrescenta uma ligeira diferença relativa à eficácia, sendo que o direito real passa a ser absoluto e o pessoal, relativo. Teoria monista-objetivista ou impersonalista Procura essa teoria despersonalizar o direito, patrimonializando-o. Afirma que a obrigação tem um valor econômico que independe do devedor, sendo que o direito real extrai seu valor patrimonial dos bens materiais e o pessoal, da subordinação de uma vontade que se obriga a fazer ou não fazer (Gaudemet, Saleilles). Teoria clássica ou realista (adotada pelo nosso direito positivo) Direito real possui três elementos Sujeito ativo. Coisa. Inflexão imediata do sujeito ativo sobre a coisa. Direito pessoal Relação entre pessoas, tendo sujeito ativo, passivo e prestação. Principais diferenças entre direitos reais e pessoais Quanto ao sujeito de direito Direitos pessoais - têm sujeito ativo e passivo. Direitos reais – segundo a teoria clássica têm apenas o ativo. Quanto à ação Direito pessoal - Ação pessoal contra determinado indivíduo. Direito real - Ação real contra quem detiver a coisa, sendo oponível erga omnes. Quanto ao objeto Direito pessoal - prestação. Direito real - coisas corpóreas e incorpóreas. Quanto ao limite Direito pessoal - é ilimitado. Direito real - é limitado. Quanto ao modo de gozar o direito Direito pessoal - exige intermediário. Direito real - supõe exercício direto entre o titular e a coisa Quanto ao abandono - este é característico do direito real. Quanto à extinção Direito pessoal - extingue-se pela inércia. Direito real - conserva-se até que haja uma situação contrária em proveito de outro titular. Quanto ao direito de sequela ele é uma prerrogativa do direito real. Quanto à usucapião, que é modo de aquisição de direito real e não de direito pessoal. Quanto à posse, somente o direito real é suscetível a ela. Quanto ao direito de preferência, este é restrito aos direitos reais de garantia. CONCEITO DE DIREITO REAL É, na lição de Washington de Barros Monteiro, "a relação jurídica em virtude da qual o titular pode retirar da coisa, de modo exclusivo e contra todos, as utilidades que ela é capaz de produzir” CARACTERES JURÍDICOS DO DIREITO REAL Oponibilidade erga omnes. Direito de sequela e de preferência do titular. Aderência imediata ao bem. Obedece a numerus clausus. Passível de abandono e posse. Usucapião é meio aquisitivo de direito real. CLASSIFICAÇÃO DO DIREITO REAL Direito de posse, uso, gozo e disposição: propriedade. Exteriorização do domínio: posse. Direito de posse, uso, gozo e disposição sujeitos a restrição oriunda de direito alheio: enfiteuse. Direitos reais de garantia: penhor, hipoteca, alienação fiduciária, que gera propriedade fiduciária e cessão fiduciária de direitos creditórios oriundos de contratos de alienação de imóveis. Direito real de aquisição: promessa irrevogável de venda. Direito de usar e gozar do bem sem disposição: usufruto e anticrese. Direito limitado a certas utilidades do bem: servidão, uso, habitação, superfície, concessão de uso especial para fins de moradia e concessão de direito real de uso. OBJETO DO DIREITO REAL Pressupostos Devem ser representados por um objeto capaz de satisfazer interesses econômicos. Suscetíveis de gestão econômica autônoma. Passíveis de subordinação jurídica. Bens Presentes e futuros. Corpóreos e incorpóreos. SUB-ROGAÇÃO REAL Conceito - Substituição necessária da coisa, que é objeto de uma relação jurídica que sobre ela criou uma destinação certa, quando, por qualquer motivo, ela não puder desempenhar sua finalidade. Pressupostos Equivalência entre o valor passivo desaparecido e o ativo que o substituiu. Nexo de causalidade entre um e outro. Disposições legais CC, arts. 1.659, I e II, 1.719, 1.753, § 1º, 1.425, § 1º, 1.911 e parágrafo único. Decreto-Lei n. 6.777/44, arts. 1º e 2º BIBLIOGRAFIA DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. 24. Ed. vol. 4, Rio de Janeiro: Saraiva, 2009. FARIAS, Cristiano Chaves de e ROSENVALD, Nelson. Direitos Reais. 6. ed. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2009. GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro, 7ª. Ed., vol. 5, Rio de Janeiro: Saraiva, 2010. MELO, Marco Aurélio Bezerra de. Direito das Coisas. 4. Ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010. RIZZARDO, Arnaldo. Direito das Coisas. 3. Ed. Rio de Janeiro: Forense, 2008. VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil. 9. Ed. vol. 5, São Paulo: Atlas, 2009. VIANA, Marco Aurelio S. Curso de Direito Civil Direito das Coisas. 1. Ed. Rio de Janeiro: Forense, 2008. WALD, Arnaldo. Direito Civil – Direito das Coisas. 12. ed. reformulada. vol. 4, São Paulo: Saraiva, 2009.
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