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Protozoários 65.000 espécies conhecidas 50% Fósseis 25.000 vida livre 10.000 animais 30 homem Sete filos: Sarcomastigophora Apicomplexa Ciliophora Labyrinthomorpha Mactospora Ascetospora Myxospora Amebíase Entamoeba histolytica Entamoeba dispar Outras amebas Parasitologia Geral Profa.MsC.Juliana O de Toledo Protozoários Organismos animais, eucarióticos, unicelulares, material genético / em cromossomos, reprodução , vivem sozinhos em colônias rudimentares Formas, processos de locomoção, alimentação e reprodução variados Organelas especializadas Reservatório Lisossoma Aparelho de Golgi Retículo endoplasmático Mitocôndria Microtúbulos Cinetoplasto Corpúsculo basal Flagelos, cílios, membrana ondulante e pseudópodos Axonema (eixo do flagelo) Citóstoma / citopígio Outros Reprodução Assexuada Divisão binária ou cissiparidade Brotamento ou gemulação Esquizogonia Merogonia Gametogonia esporogonia Sexuada Conjugação Singamia ou fecundação Nutrição Autotróficos fotossíntese Heterotróficos Partículas orgânicas, digestão (enzimas), expulsão dos metabólitos Fagocitose Pinocitose Saprozóicos Absorção de substâncias inorgânicas decomposta e dissolvidas em meio líquido Mixotróficos Mais de um dos métodos acima Excreção Respiração Aeróbicos Anaeróbicos Amebas parasitas do homem Parasitos habituais da espécie humana Família Endamoebidae Seres de vida livre vias aéreas superiores, fezes, casos de meningoencefalite Família Hartmannellidae Ordem Amoebida Subclasse Lobosea pseudópodes grossos arredondados na extremidade e não anastomosados entre si Classe Rhizopodea Naegleria fowleri Meningoencefalites fatais Invasão SN Esporadicamente parasitas Vida livre / fase flagelada Família Schizopyrenidae Outra ordem Schizopyrenida Amebas de Vida Livre Eventualmente Patogênicas 1948 – Austrália: meningoencefalite amebiana 1958 – mostrou-se que amebas instiladas na mucosa nasal de animais de laboratório podiam invadir o cérebro diretamente, pela via olfativa, e produzir meningoencefalite de curso fatal 1961 – primeiros casos humanos corretamente diagnosticados (Austrália) 1962 – EUA 1975 – mais de 80 casos fatais de meningoencefalite registrados em diversos países Habitat: lagos e lagoas, piscinas (águas termais), solos humíferos, esgotos e cursos de água que recebem efluentes industriais, em todos os continentes e climas. Famílias de interesse médico-sanitário: Hartmannellidae e Schizopyrenidae Patogênicos ocasionais Oportunistas - imunodeficiência natural ou adquirida Meningoencefalite Amebiana Primária Casos descritos – 7 a 20 anos / ambos os sexos Naegleria fowleri Infecção: via olfativa, devido à contaminação da nasofaringe com águas contendo amebas Início da doença: cefaléia e febre, acompanhada ou não de dor de garganta / rinite Terceiro dia: agravamento dos sintomas, vômitos e rigidez da nuca Ao final do terceiro dia: paciente acusa desorientação ou coma 5-6 dias: morte Tratamento: anfotericina B, 1 mg/Kg peso corporal/dia Ulcerações na córnea Naegleria sp Necrose hemorrágica em cérebro humano ocasionada por Naegleria sp Meninges com hiperemia Exsudato purulento nos sulcos e cisternas aracnóides Bulbos olfativos: muito congestionados, hemorrágicos Acanthamoeba sp Extensa úlcera de córnea ocasionada por Acanthamoeba sp Parasitas habituais do homem Família Endamoebidae Gêneros Entamoeba Endolimax Iodamoeba Destaque: Entamoeba histolytica Cistos e Trofozoítos A - Entamoeba histolytica B- Entamoeba hartmanni C- Entamoeba coli D - Endolimax nana E - Iodamoeba bütschlii F - Dientamoeba fragilis Amebas encontradas em humanos O complexo “Entamoeba histolytica” 1925 – E. Brumpt (Parasitologista francês) Duas espécies de ameba com a mesma morfologia Entamoeba histolytica patogênica Entamoeba dispar ( 1977, OMS) Não-patogênica AMEBÍASE Importância: ampla distribuição geográfica e alta incidência, sobretudo nas regiões tropicais Morfologia se distinguem pelo tamanho do trofozoíto e do cisto, pela estrutura e pelo número dos núcleos nos cistos, pelo número e formas das inclusões citoplasmáticas (vacúolos nos trofozoítos e corpos cromatóides nos cistos). Devemos chamar a atenção, no entanto, que a distinção entre as espécies é difícil, pois nenhuma delas se diferencia facilmente das demais, principalmente nos trofozoítos a fresco. Portanto, para que seja feito um diagnóstico diferencial seguro é necessária a observação das várias estruturas em mais de um exemplar. Usualmente, encontramos os trofozoítos no intestino, nas úlceras, nas fezes diarréicas; os cistos imaturos ou maduros (bi ou tetranucleados) estão presentes nas fezes normais. Assim, a morfologia das espécies que ocorrem no homem são coli, dispar e histolytica Sinais sintomas Diarréias Cólicas Dores abdominais Febre* I - minuta (não invasiva) II – magna (invasiva) Ciclo Biológico Cistos: B,C e D parede celular, divisão nuclear, grãos cromatóides, vacúolo de glicogênio. Desincestamento-E à 37oC Metacistos-F Trofozoítos-G e H 10-20mm Pré-cística-A CICLO BIOLÓGICO Junto de alimentos e água contaminada metacistos Sofre sucessivas divisões nucleares e citoplasmáticas Atravez da circulação porta Mais encontradas Mucosa e submucosa do ceco, reto, sigmóide e outras porções do IG Menos encontradas ID Fígado Pulmões Cérebro Pele Alimentação a)Fagocitose Bactérias, fungos, hemácias, outras células b)Pinocitose Indutores: albumina, gamaglobulina, glutamato, ribonuclease, alguns sais Transporte através da membrana a) b) Entamoeba histolytica Trofozoítos invasivos de E. histolytica fagocitando hemácias Amebíase intestinal experimental em porquinho-da índia Invasão por um trofozoíto de E. histolytica através do epitélio interglandular Um pseudópode grande é extendido pelo parasito durante a penetração na lâmina propria Micrografia eletrônica de varredura de amebíase intestinal em porquinho-da-índia Trofozoítos de E. histolytica aderem preferencialmente ao epitélio interglandular elevado Micrografia eletrônica de varredura de amebíase intestinal em porquinho-da-índia (B) A small interglandular region of microinvasion is observed in the early invasive lesion with superficial ulceration. (C) In a more advanced stage of invasion, numerous trophozoites are seen penetrating a colonic ulcer Características das linhagens de E. histolytica que provocam amebíase-doença Capacidade de produzir lesões em animais de laboratório Pronunciado efeito citopatogênico, in vitro Taxa elevada de eritrofagocitose Ausência de cargas elétricas distribuídas pela superfície, o que facilitaria a interação ameba com as células de mamíferos, Marcada tendência dos trofozoítas a aglutinarem-se em presença de uma lecitina numerosos receptores diretamente acessíveis para fixação às células-alvo Patogenicidade Oligo ou assintomática, na maioria dos casos Má nutrição Imunodepressão (gravidade em pacientes com AIDS) Gravidez Excesso de ferro Utilizado para formar ferro-sulfo-proteínas importantesnos mecanismos respiratórios Flora microbiana Escherichia coli, Salmonella, Shiguela, Enterobacter e Clostridium Formas Clínicas e Sintomatologia Amebíase intestinal Disenteria amebiana Colite amebiana crônica Forma fulminante Complicações Perfuração Hemorragia Apendicite e tiflite(inflamação do ceco) Ameboma (Tecido tumoral, composto por tecido inflamatório, que se constitui através de uma inflamação por ameba. ) Fístulas Colite pós-disentérica Amebíase hepática Amebíase pleuropulmonar e de outros órgãos Poucos estudos a cerca da influência da nutrição sobre a amebíase Resistência Dietas lácteas Susceptibilidade Carência de vitamina C Colesterol Maior tendência lesões intestinais e abcessos amebianos no fígado Carboidratos – aumento da formação de cistos Peça intestinal de paciente com colite amebiana aguda Várias lesões nodulares arredondadas, áreas levemente elevadas da mucosa com centros necróticos (com material mucóide amarelado) irregulares cercados por tecido hiperêmico. Amebíase extra-intestinal Abscessos hepáticos amebianos Extensa ulceração acometendo a região perineal e nádegas devido a amebíase Disenteria amebiana Fezes mucopiosanguinolentas Ulcerações, hemorragias e perfurações do cólon causado pela amebíase Úlcera intestinal do tipo “botão de camisa”, resultante de amebíase Diagnóstico Clínico: confuso disenteria bacilar Salmonelose dietas inadequadas Abscessos: tomografia computadorizada Teste imunológico ELISA / HI / IFI, etc Coleta biológica Fezes líquidas Fezes formadas Retossigmoscopia Tratamento Nitroimidazóis - teciduais Quimoterápicos eficientes (metronidazol, tinidazol) Dicloracetamidas – luz intestinal Dieta nutricional: consistência média >líquidos >fibras, proteínas e vitaminas <carboidratos Transmissão, Profilaxia e Epidemiologia Portadores sadios - principais disseminadores (6 milhões de cistos/100 g de fezes) Transmissão - necessariamente por via oral (cistos), geralmente feita pela água ou alimentos sujos. Fatores de risco que podem ser evitados: higiene das mãos após defecação; DST; proteção de alimentos contra adubos de fezes humanas, águas poluídas e insetos; tratamento da água (cloração é ineficaz); saneamento básico. 500 milhões de infectados no mundo: 10% tornam-se invasivas, com 100 mil óbitos/ano. Diferentes linhagens patogênicas no mundo. Restrito ao homem e monoxeno). Prevalência nas áreas (sub)tropicais por questões de subdesenvolvimento. No Brasil, prevalência no região Norte. Aglomerações humanas em condições insalubres. Mais freqüente em adultos. Doença de “mãos sujas”.
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