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Uppsala + Estratégias de entrada.

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Uppsala
INTERNACIONALIZAÇÃO DE EMPRESAS.
Vê a internacionalização da firma como um processo baseado em aprendizagem. 
Um dos pressupostos da escola é que a internacionalização da firma é consequência de seu crescimento. 
O processo de internacionalização não é visto como uma atividade deliberada e planejada, baseado em uma análise racional, mas sim como passos de natureza incremental, beneficiando-se da aprendizagem sucessiva através do aumento crescente do comprometimento com mercados internacionais.
As empresas iniciam sua internacionalização exportando via um agente, e posteriormente, estabelecem uma subsidiária de vendas e, em alguns casos, passam a produzir no país hospedeiro. 
Além do aumento do envolvimento inicial com o mercado mais próximo, novos e mais distantes mercados seriam buscados à medida que ocorre a redução da distância psíquica desses mercados pelo ganho de experiência da empresa. 
O processo de internacionalização segue um procedimento incremental, não sendo, portanto, resultado de uma estratégia ótima de alocação de recursos originada de análises comparativas das alternativas de exportação para mercados estrangeiros.
Três características dessa abordagem se destacam: 
(a) as empresas se internacionalizam a partir do seu crescimento no mercado local ou doméstico; 
(b) o processo se dá de forma incremental, num aumento gradual de envolvimento com os mercados internacionais com base no ganho de experiência da firma, indicando que o inicio das atividades se dá através de exportações e evoluindo até chegar a investimentos diretos no mercado-alvo;
(c) os mercado selecionados, inicialmente eram mais próximos ao mercado doméstico, apresentando menor distanciamento psíquico.
Modos de Entrada
Um modo de entrada (ou estratégia de entrada) em um mercado internacional, segundo Root (1994) é um arranjo institucional que torna possível a entrada dos produtos, tecnologia, habilidades humanas, gerenciamento ou outros recursos de uma empresa nos mercados internacionais. Ou seja, é a efetividade da internacionalização de uma firma. 
As estratégias de entrada em um mercado internacional contemplam objetivos, metas, recursos e políticas que irão guiar os negócios internacionais de uma empresa por um período suficiente para ela atingir crescimento sustentável no mercado externo. 
Modos de entrada de exportação: Os modos de Exportação representam a forma mais simples de entrada nos mercados internacionais. Nesta forma de entrada, os produtos de uma empresa são fabricados fora do mercado alvo e, posteriormente, transferidos para ele. É considerada a forma de entrada com menores níveis de envolvimento, risco e controle.
Exportação indireta: Ocorre quando a empresa que deseja exportar utiliza-se de intermediários domésticos. Esse intermediário pode ser um agente exportador, uma organização cooperativa ou uma comercial exportadora. Cabe a esse intermediário a operacionalização de negócios com o importador internacional. A exportação indireta oferece como vantagem um baixo volume de investimentos e um baixo grau de risco.
Exportação direta: A empresa que deseja se internacionalizar realiza suas próprias exportações. Essas operações podem ocorrer de diversas formas: por meio de um departamento interno de exportação; de uma subsidiária de vendas no exterior; por intermédio de vendedores-viajantes de exportação e, ainda; por meio de agentes ou distribuidores localizados no mercado-alvo. As exportações diretas oferecem vantagens ao exportador como o controle parcial ou total sobre o planejamento de marketing; uma maior velocidade de informações sobre o mercado devido ao menor número de intermediários, e; uma maior proteção sobre os ativos da empresa. Exigem maior necessidade de investimentos iniciais, maior necessidade de informações e estão sujeitas a maiores riscos do que as exportações indiretas.
Modos de entrada contratuais: Representam uma forma de transferência de tecnologia ou habilidades humanas de uma empresa, para um parceiro no mercado internacional, através de uma associação entre ambos. 
Licenciamento: A empresa que deseja se internacionalizar transfere para um parceiro no exterior o uso de sua propriedade industrial (patentes, marcas ou know how) em troca de royalties ou outras formas de compensação. Para o uso de licenciamento, essa propriedade industrial deve ser reconhecida como atrativa para o parceiro internacional. Ele oferece uma série de vantagens como modo de entrada em mercados internacionais. É uma forma de desviar barreiras de custos ou quotas de exportações exigidas pelo mercado-alvo porque a empresa, ao invés de exportar produtos físicos, transfere ativos intangíveis sem restrições. Também é uma forma de evitar os riscos políticos do país hospedeiro. Por outro lado, o licenciamento apresenta a desvantagem do baixo controle sobre o as atividades de marketing no mercado-alvo. O potencial de lucratividade é baixo, quando comparado aos modos de exportação ou investimentos e, ainda há o risco de se criar um competidor potencial em outros mercados, ou até mesmo, no mercado do licenciador.
 Franquia: A franquia representa uma forma mais ampla de licenciamento, no qual, o franqueador, além de transferir o direito de uso do nome da empresa, da marca e da tecnologia, também apoia o franquiado quanto à organização, o marketing e o gerenciamento geral. O serviço, neste caso, é um elemento de grande importância. Em troca desse apoio, o franquiado realiza os investimentos necessários à consecução do empreendimento, e paga determinadas taxas ao franqueador.
Acordos técnicos, contratos de serviços, contratos de gerenciamento, contratos de produção.
Modos de entrada de investimentos: Os modos de investimento envolvem a propriedade de uma unidade de produção no mercado-alvo internacional. Essas unidades produtivas podem contemplar todo o processo de fabricação ou apenas uma linha de montagem dos produtos. Os investimentos em produção no exterior, normalmente se dão por três razões específicas – para obter matérias primas, para produzir a menores custos e para penetração nos mercados-alvo.
Investimentos individuais: Os investimentos externos oferecem como vantagens à empresa que se internacionaliza, a possibilidade do controle total sobre as atividades internacionais, permitindo a maior exploração da sua vantagem competitiva no mercado. A redução de custos em função de acesso a matérias primas, economia com transportes e ganhos no processo produtivo representam outra fonte de vantagem, além da maior capacidade para adaptação de produtos e ofertas ao mercado local e da maior confiabilidade e velocidade de entrega. Como desvantagens deste método de entrada pode-se apontar a maior necessidade de investimentos, o maior prazo para o retorno dos investimentos, a maior exposição geral a riscos, uma maior necessidade de informações, além da dificuldade de desinvestimento no caso de fracassos. Pode se dar através de novos empreendimentos, aquisições e joint ventures.
Novas aquisições: No caso de aquisições pode-se identificar, além das vantagens já citadas de forma geral, a possibilidade de entrada mais rápida no mercado, reduzindo, por consequência, em relação aos novos empreendimentos, o prazo de retorno sobre o investimento. Como desvantagens da aquisição estão as dificuldades e custos para a localização de empresas adequadas e as políticas dos governos locais. 
Joint venture: Representa o compartilhamento de um investimento internacional com um sócio. Este investimento pode ser classificado, de acordo com o percentual de propriedade em majoritário, minoritário ou igualitário. Como vantagem de uma joint venture, pode-se citar o menor comprometimento de recursos em relação às demais formas de investimento e a consequente redução de riscos, além da possibilidade de acessar maior conhecimento a respeito do mercado devido a experiência do sócio local. As principais desvantagens estão relacionadas a possibilidade de conflitos entre os sócios acerca de investimentos,marketing e outras políticas.
Na escola de Uppsala, o modo de entrada em um mercado internacional é consequência do conhecimento e da aprendizagem experimental das empresas sobre comércio exterior. A internacionalização não se dá de forma racional e planejada. Após decidir por sua internacionalização a empresa inicia suas atividades optando por métodos de entrada com menor comprometimento (exportação) e evolui, gradualmente, na medida em que adquire experiência, para modos de entrada mais complexos, podendo chegar até o investimento externo direto.
Segundo artigo
Vários são os fatores que têm levado muitas empresas a procurarem o mercado internacional. Dentre as principais, destaca-se:
 A concorrência das empresas globais que oferecem melhores produtos ou preços mais baixos, gerando a necessidade de contra-atacar essas concorrentes em seus mercados internos;
 A descoberta de algum mercado internacional que apresenta oportunidades de lucro maiores do que as do mercado interno;
 Necessidade de uma base de clientes maior para atingir economias de escala.
 Necessidade de ser menos dependente do mercado interno.
 Necessidade de atender os clientes da empresa que estão viajando para fora do país e exigem atendimento internacional.
Exportação Indireta: Comumente, as organizações preferem começar com exportação indireta, ou seja, “contam com intermediários interdependentes para exportar seus produtos”. “A exportação é indireta quando ocorre a utilização de intermediários independentes [...], ou de importadores estrangeiros sediados no país de origem da exportação”. Ela apresenta algumas vantagens, este tipo de entrada envolve menos risco e investimentos. As desvantagens são que a empresa não controla suas próprias exportações e o potencial de retorno é menor em comparação que a exportação direta.
Exportação Direta: Ocorre “quando a companhia opta por fazer suas próprias exportações, ela será realizada de forma direta, ou seja, diretamente para os mercados externos, sem haver intermediários independentes entre os países”. A exportação direta apresenta a vantagem para organização fazerem sua própria seleção de mercado, apesar da desvantagem de exigir maiores investimentos em pessoas, equipamentos e instalações.
Licenciamento: “Uma transação contratual em que a empresa – a licenciadora – oferece alguns ativos a uma empresa estrangeira – a licenciada – em troca do pagamento de royalties”. O licenciamento apresenta algumas vantagens, como por exemplo, não demanda muitos recursos da organização, consegue burlar barreiras de importações, permite um distanciamento das instabilidades políticas e econômicas. Esse modelo de entrada apresenta algumas desvantagens, como alguns riscos, pois disponibilizar tecnologia avançada, know- how ou uma forte imagem de marca os licenciados podem dentre outras coisas tornar-se futuros concorrentes, para se evitar isso o licenciador deve busca vantagens unilaterais, com transferência de tecnologia de ambas partes.
Joint-ventures: “É o acordo empresarial em que duas ou mais organizações compartilham a direção de um empreendimento. Fabricação por contrato, contratação de administração ou propriedade conjunta”. As vantagens dessa estratégia, na qual os sócios compartilham a posse, inclui a divisão dos riscos e a capacidade de combinar diferentes pontos fortes da cadeia de valor – por exemplo – a capacidade de comercialização internacional e de fabricação. A principal desvantagem dessa estratégia de expansão global são os altos custos incorridos pela empresa com questões de controle e coordenação que surgem quando se trabalha com um sócio e o risco de ter um sócio que poderá a se tornar um forte concorrente.
Franchising: “A concessão de um direito de uma empresa a outra independente (franqueado) para fazer negócios de forma predeterminada”. Este sistema comercial apresenta algumas vantagens, como por exemplo, permitem com que as organizações se expandam para o mercado global com pouco investimento permitindo a transferência de conhecimento do franqueador para os seus franqueados. Como desvantagens: perda parcial do controle; maior custo de supervisão; perda do sigilo; risco de desistência; perda da liberdade; seleção inadequada; perda de padronização.

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