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PROCESSO CIVIL IV

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***OBSERVAÇÃO: Slides utilizados em sala de 
aula enviados no formato de tópicos para 
facilitar estudo e impressão. 1
JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS
PROCESSO CIVIL IV
Paulo Antonio Brizzi Andreotti
Juizados Especiais Cíveis:
Os juizados especiais se consolidaram com a Constituição Federal em razão do preceito contido 
no Art. 98, inciso I, vejamos:
I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a 
conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações 
penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumaríssimo, 
permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas 
de juízes de primeiro grau.
Com isso, a Constituição Federal implementou uma nova forma de solução dos conflitos cíveis 
de menor complexidade, fundado em princípios específicos, no desejo de facilitar o acesso a 
justiça. 
É mecanismo de facilitação do acesso a justiça dada a informalidade e a rapidez atenuando o 
princípio da litigiosidade contida. (Marcus Vinicius Rios Gonçalves)
IMPORTANTE: O texto constitucional foi regulamentado pela Lei 9.099/95, sendo que, referida 
legislação especial possui três funções básicas, quais sejam:
a) Determinar a criação, pela União e pelos Estados, do juizado especial cível. (art. 1º)
b) Definir as regras e as características da estrutura do juizado especial cível. (art. 2º ao 13º)
c) Definir as regras e as características do procedimento do juizado especial cível. (art. 14 a 53). 
Porém, é importante destacar, ainda, que temos em nosso ordenamento jurídico o Juizado 
Especial Cível Federal (Lei 10.259/2001) e o Juizado Especial Cível da Fazenda Pública (Lei 
12.153/2009), sendo que, a Lei 9.099/95 se aplica subsidiariamente aos respectivos juizados 
especiais.
Importante: 
Portanto, os juizados especiais cíveis é formado por um conjunto de três leis que formam um 
microssistema dos juizados, quais sejam:
- Lei 9.099/95 – Juizados especiais cíveis estaduais
- Lei 10.259/01 – Juizados especiais cíveis federais
- Lei 12.153/09 – Juizados especiais cíveis da fazenda pública
Os três diplomas reunidos formam um microssistema processual próprio, distinto do CPC, ainda 
que tenha que recorrer a ele para se completar. 
APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA DO CPC:
Embora não exista, na parte cível, um dispositivo genérico determinando a aplicação supletiva 
do CPC aos juizados especiais cíveis tal omissão não afasta a possibilidade de aplicação 
subsidiária do Código de Processo Civil ao procedimento dos Juizados Especiais Cíveis quando 
omisso. 
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omisso. 
Por outro lado, com relação ao procedimento executório a Lei 9.099/95 menciona, 
expressamente, a aplicação subsidiária do Código de Processo Civil nos arts. 52 e 53. 
IMPORTANTE:
Em que pese, seja possível a aplicação subsidiária do CPC ao sistema dos juizados especiais 
devemos destacar que é na Lei 9.099/95 que se encontram os princípios fundamentais (arts. 2º a 
13), as regras de interpretação (arts. 5º a 6º), a estrutura procedimental (art. 21 e seguintes) e o 
sistema recursal (art. 41 e seguintes). 
Portanto, toda interpretação feita sobre os juizados especiais cíveis deve necessariamente partir 
das regras contidas na Lei 9.099/95, isso porque, se trata de uma lei especial que derroga lei 
geral. 
Portanto, o Juizado Especial Cível pode ser conceituado como:
“O conjunto de orgãos judiciais, com assento constitucional e integrante do sistema dos juizados 
especais, estruturado para promover a composição e o julgamento das causa cíveis de menor 
complexidade e de pequeno valor, através de princípios e procedimentos específicos, previstos na 
Lei 9.099/95”. 
É importante enfatizar que o Juizado Especial Federal e o Juizado Especial da Fazenda Pública 
seguem regras próprias, isso porque, possuem leis especiais (10.259/01 e 12.153/2009) com 
aplicação supletiva da Lei 9.099/95 e do Código de Processo Civil. 
Com isso, verificamos que os juizados especiais pertencem a jurisdição comum, estadual ou 
federal. 
Princípios informadores do Juizados: 
Nos termos do art. 2º da Lei n. 9.099/95, o processo dos juizados especiais cíveis orientar-se-á 
pelos critérios da oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade, 
buscando, sempre que possível, a conciliação ou a transação.
Esses princípios norteiam toda a interpretação das normas aplicáveis ao microssistema dos 
juizados especiais cíveis, vejamos: 
OS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO SISTEMA DOS JUIZADOS:
É importante destacar que, todos os princípios que norteiam os juizados especiais cíveis 
convergem para a viabilização do amplo acesso ao judiciário e na busca da conciliação entre as 
partes, porém, com respeito as garantias e princípios constitucionais do processo tais como 
contraditório, ampla defesa, publicidade e fundamentação. 
É que, princípios como contraditório, fundamentação, devido processo legal e ampla defesa, 
dentre outros, têm aplicação cogente aos Juizados Especiais, não apenas pela determinação 
constitucional, mas também pela imposição lógica do ordenamento jurídico. Portanto, vejamos 
cada um dos princípios informadores do juizados especiais cíveis:
1. Princípio da Oralidade:
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1. Princípio da Oralidade:
Em regra, os atos processuais serão praticados de forma oral, salvo os essenciais, que serão 
reduzidos a termo nos autos. Segundo este princípio, estabelece-se uma comunicação de mais 
fácil entendimento nos procedimentos judiciais em trâmite nos Juizados, isso porque, o uso da 
palavra falada assume importância. Exemplos: inicial apresentada de forma oral – art. 14, caput, 
da Lei 9.099/95; mandato do advogado pode ser verbal salvo se tiver poderes especiais – art. 9º, 
§3º da Lei 9.099/95, contestação pode ser oral – art. 10 da Lei 9.099/95.
2. Princípio da Simplicidade e informalidade: 
A simplicidade é marca dos Juizados Especiais, o que desonera o procedimento da 
complexidade própria do procedimento comum previsto no Código de Processo Civil. Exemplo:
dispensa do relatório nas sentenças proferidas em sede dos Juizados, conforme determina o art. 
46, da Lei n. 9.099/95.
Por outro lado, o princípio da informalidade se apresenta como uma potencialização de outro 
princípio, o da instrumentalidade das formas. Portanto, não se reconhecerá a nulidade de 
qualquer ato processual se não houver efetivo prejuízo à parte ou se ele atingiu a sua finalidade, 
aproveitando-se os atos processuais praticados e evitando-se a sua repetição desnecessária, o 
que poderia prejudicar o andamento do processo.
5. Princípio da economia processual e da gratuidade em primeiro grau de jurisdição:
O princípio da economia processual visa a obtenção do máximo rendimento da lei com o 
mínimo de atos processuais. Exemplo de economia processual podem ser encontrados no art. 
27 da Lei 9.099/95 quando informa que a audiência de instrução e julgamento seja realizada 
logo e seguida a sessão de conciliação.
Por outro lado, pelo princípio da gratuidade, as partes em primeiro grau de jurisdição não tem 
obrigação de realizar o pagamento de custas, taxas ou despesas processuais. Por outro lado, é 
importante destacar que os recursos dependem de preparo, o que incluirá todas as despesas 
processuais, salvo a hipótese de assistência judiciária gratuita ou isenção. (Art. 54 e 55 da Lei 
9.099/95)
Competência dos Juizados Especiais:
A Lei 9.099/95 estruturou os Juizados Especiais Cíveis para dirimir conflitos de menor 
complexidade e pequenovalor. Portanto, levou em consideração, principalmente, dois critérios 
distintos para fixar a competência dos juizados – o quantitativo e qualitativo – definindo, assim, 
o que são causas de menor complexidade. 
Portanto, coube ao legislador infraconstitucional fixar a competência dos Juizados Especiais no 
art. 3º da Lei 9.099/95, levando em consideração os respectivos critérios: 
Conforme o artigo 3º da Lei 9.099/95 o Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, 
processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade, assim consideradas:
I - as causas cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo;
II - as enumeradas no art. 275, inciso II, do Código de Processo Civil;
III - a ação de despejo para uso próprio;
IV - as ações possessórias sobre bens imóveis de valor não excedente ao fixado no inciso I deste 
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IV - as ações possessórias sobre bens imóveis de valor não excedente ao fixado no inciso I deste 
artigo.
No seu §1º, o art. 3º da Lei 9.099, elencou, ainda, que Compete ao Juizado Especial promover a 
execução:
I - dos seus julgados;
II - dos títulos executivos extrajudiciais, no valor de até quarenta vezes o salário mínimo, 
observado o disposto no §1º do art. 8º desta Lei.
IMPORTANTE: PELO ENUNCIADO 30 DO FONAJE É TAXATIVO O ELENCO DAS CAUSAS 
PREVISTAS NA O ART. 3º DA LEI 9.099/1995.
Questões importantes sobre a competência do juizado especial: 
Primeira, devemos destacar que as causas do rito sumário previstas no CPC/73 permanecem em 
vigor, para fins de competência dos Juizados Especiais, por expressa determinação do CPC/15:
“Art. 1.063. Até a edição de lei específica, os juizados especiais cíveis previstos na Lei no 9.099, 
de 26 de setembro de 1995, continuam competentes para o processamento e julgamento das 
causas previstas no art. 275, inciso II, da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973”.
O Enunciado 01 do FONAJE destaca que “O exercício do direito de ação no Juizado Especial 
Cível é facultativo para o autor”.
Cuidado: No Juizado Espacial Cível Federal e no Juizado Especial Cível da Fazenda Pública a 
competência é absoluta, conforme destaca o art. 3º, §3º da Lei 10.259/01 e o art. 2º, §4º da Lei 
12.153/09, portanto, o exercício do direito de ação nestes é obrigatório.
Elementos para aferir a competência: 
Para a competência dos juizados especiais, devemos verificar a presença dos seguintes 
elementos: incidência do Art. 3º + menor complexidade aferida pelo objeto de prova.
É o que explana o Enunciado 54 do Fonaje: A menor complexidade da causa para a fixação da 
competência é aferida pelo objeto da prova e não em face do direito material.
É que, no Juizado Especial Cível não se admite prova pericial, mas apenas perícia informal 
conforme Enunciado 12 cumulado com o art. 35 da Lei 9.099/95, assim, a pequena causa não 
pode exigir uma atividade probatória incompatível com as regras previstas no art. 33 a 36 da Lei 
9.099/95. 
Questões importantes: 
1. Não podemos deixar de destacar que, a opção pelo procedimento sumaríssimo importa em 
renúncia do valor excedente ao limite de 40 salários mínimos, salvo no caso de conciliação, 
conforme previsto no Art. 3º, §3º da Lei 9.099/95. 
2. Por outro lado, o Enunciado 144 do Fonaje informa que “A multa cominatória não fica limitada 
ao valor de 40 salários mínimos, embora deva ser razoavelmente fixada pelo Juiz, obedecendo 
ao valor da obrigação principal, mais perdas e danos, atendidas as condições econômicas do 
devedor”
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3. Quando a competência levar em conta a matéria discutida nos autos, ela será independente 
do valor atribuído a causa, pois menor complexidade não importa na cumulação do critério 
quantitativos (valor da causa) e qualitativo (matéria envolvida). Nesse sentido o enunciado 58 do 
Fonaje: “As causas cíveis enumeradas no art. 275 II, do CPC admitem condenação superior a 40 
salários mínimos e sua respectiva execução, no próprio Juizado”.
CAUSAS EXCLUÍDAS DA COMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIAL: 
É importante destacar que, o §2º do art. 3º da Lei 9.099/95, destaca que, ficam EXCLUÍDAS da 
competência do Juizado Especial as causas de natureza alimentar, falimentar, fiscal e de interesse 
da Fazenda Pública, e também as relativas a acidentes de trabalho, a resíduos e ao estado e 
capacidade das pessoas, ainda que de cunho patrimonial.
Por fim, o Enunciado 08 do FONAJE, informa que: “As ações cíveis sujeitas aos procedimentos 
especiais não são admissíveis nos Juizados Especiais”.
Conforme destacou o Professor Elpídio Donizetti, para ações que exista previsão de 
procedimento especial, qualquer que seja seu valor, exatamente porque existe previsão de rito 
próprio, não se aplica a Lei 9.099/95, com exceção da ação possessória sobre bens móveis de 
valor não superior a 40 vezes o valor do salário mínimo em razão de autorização expressa da Lei 
9.099/95. 
Competência territorial: 
O art. 4º da Lei 9.099/95 destaca a competência territorial, portanto, define em qual juizado – de 
qual comarca – a demanda deva ser proposta, vejamos: 
Art. 4º É competente, para as causas previstas nesta Lei, o Juizado do foro:
I - do domicílio do réu ou a critério do autor do local onde aquele exerça atividades profissionais 
ou econômicas ou mantenha estabelecimento, filial, agência, sucursal ou escritório;
II - do lugar onde a obrigação deva ser satisfeita;
III - do domicílio do autor ou do local do ato ou fato, nas ações para reparação de dano de 
qualquer natureza.
Parágrafo único. Em qualquer hipótese, poderá a ação ser proposta no foro previsto no inciso I 
deste artigo.
Importante: 
Trata-se de competência territorial, relativa, portanto. Ocorre que, diferentemente do 
procedimento comum, a incompetência territorial é vício que poderá ser conhecido de ofício 
pelo magistrado.
É o que destaca o Enunciado 89 do FONAJE: “A incompetência territorial pode ser conhecida de 
ofício no sistema de juizados especiais cíveis”
Não bastasse isso, de acordo com o Art. 51, inciso III, da Lei 9.099/95 o reconhecimento da 
incompetência territorial acarreta a extinção do processo sem resolução de mérito. 
Quem pode ser parte no Juizado Especial Cível:
Conforme o art. 8º, §1º da Lei 9.099/95 podem ocupar o POLO ATIVO no procedimento do 
Juizado Especial, ou sejam propor ação nos juizados especiais: 
I - as pessoas físicas capazes, excluídos os cessionários de direito de pessoas jurídicas
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I - as pessoas físicas capazes, excluídos os cessionários de direito de pessoas jurídicas
II - as microempresas, assim definidas pela Lei no 9.841, de 5 de outubro de 1999.
II - as pessoas enquadradas como microempreendedores individuais, microempresas e empresas 
de pequeno porte na forma da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006; 
III - as pessoas jurídicas qualificadas como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, 
nos termos da Lei no 9.790, de 23 de março de 1999IV - as sociedades de crédito ao 
microempreendedor, nos termos do art. 1o da Lei no 10.194, de 14 de fevereiro de 2001. 
§ 2º O maior de dezoito anos poderá ser autor, independentemente de assistência, inclusive 
para fins de conciliação. 
Por outro lado, não poderão ser partes (autor e réu), no juizado especial cível, o incapaz, o preso, 
as pessoas jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa falida e o 
insolvente civil nos termos do caputdo art. 8º da Lei 9.099/95.
Podem ocupar o POLO PASSIVO, ou seja, ser demandado no procedimento do Juizado Especial:
• As pessoas naturais capazes, desde que não estejam presas;
• As empresas de pequeno porte;
• As microempresas;
• As firmas individuais;
• O espólio sem herdeiro incapaz;
• Outras pessoas jurídicas de direito privado desde que não falidas, incluindo-se sociedades de 
economia mista (Enunciado 131, do FONAJE), com exceção das pessoas jurídicas de direito 
público, isso porque, deverão figurar como rés nos Juizados Especiais da Fazenda Pública.
Competência dos demais juizados especiais:
Juizado Especial Federal 
Lei 10.259/01
• Art. 3º Compete ao Juizado Especial Federal Cível processar, conciliar e julgar causas de 
competência da Justiça Federal até o valor de sessenta salários mínimos, bem como executar 
as suas sentenças.
Juizado Especial Fazenda Pública
Lei 12.153/09
• Art. 2º É de competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública processar, conciliar e 
julgar causas cíveis de interesse dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos 
Municípios, até o valor de 60 (sessenta) salários mínimos
Importante: 
Em síntese, portanto, pode-se afirmar que a competência dos Juizados Especiais Cíveis federais 
limita-se às pequenas causas (até sessenta salários mínimos) de baixa complexidade que 
integrem a competência da Justiça federal e não estejam excluídas pelo art. 3º, § 1º, da Lei nº 
10.259/2001.
Por outro lado, o Juizado especial cível da fazenda pública adotou como critério definidor o 
valor da causa, limitado a quantia de 60 salário mínimos, sendo que, a própria lei excluiu do 
âmbito do juizado determinadas ações previstas no art. 2º, §1º da Lei 12.153/2009. 
Com isso, extremamente necessário efetivar um estudo dos respectivos artigos de lei, para que, 
seja aferida a competência do Juizado Especial Federal e do Juizado da Fazenda Pública. 
Preposto:
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O réu, sendo pessoa jurídica ou titular de firma individual, poderá ser representado por 
preposto, sem haver necessidade de vínculo empregatício (Art. 9º, §4º da Lei 9.099/95). 
• É importante destacar que o enunciado 42, do FONAJE, destacava que “O preposto que 
comparece sem Carta de Preposição obriga-se a apresentá-la, no prazo que for assinado, para 
a validade de eventual acordo. Não formalizado o acordo, incidem, de plano, os efeitos de 
revelia”. Porém, dada a desproporcionalidade o enunciado foi substituído. 
• O novo ENUNCIADO 99, que Substitui o Enunciado 42, informa que “O preposto que 
comparece sem carta de preposição, obriga-se a apresentá-la no prazo que for assinado, para 
validade de eventual acordo, sob as penas dos artigos 20 e 51, I, da Lei nº 9099/1995, 
conforme o caso.
Comparecimento pessoal: 
Para a maioria da doutrina, seguidos pela jurisprudência, tem atribuído ao caput do art. 9º o 
condão de exigir, nos Juizados Especiais, a presença pessoal das partes às audiências, não 
admitindo, por conseguinte, a sua representação.
Enunciado 20 do FONAJE: O comparecimento pessoal da parte às audiências é obrigatório. A 
pessoa jurídica poderá ser representada por preposto.
Intervenção de terceiros: 
Pelo art. 10 da Lei 9.099/95 não se admite no processo dos Juizados intervenção de terceiro 
nem assistência em qualquer das suas formas.
Porém, é admissível o litisconsórcio e a intervenção da espécie incidente de desconsideração da 
personalidade jurídica, conforme determina o Art. 1.062 do Código de Processo Civil, vejamos: 
Art. 1.062. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica aplica-se ao processo 
de competência dos juizados especiais.
Capacidade postulatório, ou seja, necessidade de assistência de advogado: 
O Art. 9º da Lei 9.099/95 informa que nas causas de valor até vinte salários mínimos, as partes 
comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado; nas de valor superior, a 
assistência é obrigatória. 
Por outro lado, nas causas de valor acima de vinte salários mínimos, a assistência de advogado é 
obrigatória. 
É interessante mencionar que o enunciado 36 do Fonaje destaca que: “A assistência obrigatória 
prevista no art. 9º da Lei 9.099/1995 tem lugar a partir da fase instrutória, não se aplicando para 
a formulação do pedido e a sessão de conciliação”
Importante:
• Na fase recursal, a atuação do advogado é exigida por expressa previsão legal (art. 41, § 2º), 
para interposição ou resposta tanto do “recurso inominado” como dos embargos de 
declaração, independentemente do valor da causa: trata-se de um pressuposto recursal. 
• Na fase de execução da sentença (art. 52) ou na execução dos títulos extrajudiciais (art. 53), 
apesar da omissão legal, entendemos, que a intervenção do advogado é imprescindível, 
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mesmo se a execução for em valor inferior a 20 salários mínimos, uma vez que ambas são 
regidas pelo CPC, o que inviabiliza a postulação direta.
Os atos processuais no Juizado:
Os atos processuais serão públicos e poderão se realizar em horário noturno (art. 12).
Os atos processuais serão válidos quando preencherem as finalidades para os quais forem 
realizados e não haverá nulidade sem que tenha havido prejuízo (art. 13, §1º) dada a aplicação 
do princípio da instrumentalidade das formas.
Permite, ainda, o art. 13, §2º da Lei 9.099/95, que a pratica de atos processuais em outras 
comarcas seja solicitado por qualquer meio idôneo de comunicação. 
Por fim, e importante destacar que, em razão do princípio da oralidade, somente os atos 
essenciais serão registrados resumidamente. 
Prazos:
Com relação aos prazos processuais, nos juizados especiais, é importante destacar que: 
Com o novo Código de Processo Civil, parte da doutrina, entendia que, como a Lei nº 9.099/95 
não tratava dos prazos no sistema dos Juizados, as regras gerais, previstas no CPC eram 
plenamente aplicáveis ao instituto. Porém, é necessário analisar a compatibilidade das regras 
sobre prazos processuais com os princípios do Art. 2º, com isso, o Enunciado nº 165 do Fonaje 
determinou que “Nos Juizados Especiais Cíveis, todos os prazos serão contados de forma 
contínua”. 
Não bastasse isso, é importante destacar o Enunciado 13 dos Juizados da Fazenda Pública ao 
informar que “a contagem dos prazos processuais nos Juizados da Fazenda Pública será feita de 
forma contínua, observando-se, inclusive, a regra especial de que não há prazo diferenciado 
para a Fazenda Pública - art. 7º da Lei 12.153/09.
Por fim, é importante destacar que, de acordo com o enunciado 13 do Fonaje, nos Juizados 
Especiais Cíveis, os prazos processuais contam-se da data da intimação ou da ciência do ato 
respectivo, e não da juntada do comprovante da intimação.
Procedimento dos Juizados especiais 
IMPORTANTE: 
Devemos destacar que, o procedimento sumaríssimo dos Juizados tem obrigatoriamente duas 
audiências, elas devem ser realizadas no mesmo momento, sucessivamente. 
O caput do art. 27 da Lei no 9.099/95 é claro no sentido de que a audiência de instrução e 
julgamento deve ser instalada imediatamente, ou seja, após o término da sessão de conciliação, 
exceto quando isso causar prejuízo para a defesa, que deve postular fundamentadamente o 
adiamento. 
Conforme destacou o Professor Elpídio Donizetti “Restando sem êxito a tentativa de conciliação 
e não instituído o juízo arbitral, o juiz (togado ou leigo) procede de imediato à realização da 
audiência de instrução e julgamento ou a designa para um dos quinze dias subsequentes (art.29
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27, parágrafo único).
Ocorre que, nos Juizados Especiais Cíveis no Estado de São Paulo, na praxe forense os juízes tem 
desmembrado essas audiências, marcando primeiramente a audiência de conciliação e, 
posteriormente, caso seja necessária a produção de provas a audiência de instrução e 
julgamento, porém, dificilmente respeitam o prazo de 15 dias. 
1. ETAPA DE COMPOSIÇÃO: 
A INSTAURAÇÃO DO PROCEDIMENTO:
O processo no Juizado instaurar-se-á com a apresentação do pedido, que pode ser escrito ou 
oral, junto a secretaria do Juizado. (art. 14)
O pedido deve ser simples e constar, em linguagem acessível, o nome, a qualificação e o 
endereço das partes, os fatos e fundamentos, de forma sucinta, o objeto e seu valor e claro o 
pedido.
Registrado o pedido, independente de distribuição e autuação, a Secretaria do Juizado 
designará a sessão de conciliação, a realizar-se no prazo de 15 dias, expedindo-se a citação do 
réu na forma do art. 18 da Lei 9.099/95. 
A CITAÇÃO, INTIMAÇÃO E AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO: 
É importante destacar que, designada a audiência de conciliação, far-se-á a citação do réu que 
pode ser: a) por correspondência, com aviso de recebimento ou b) sendo necessário por oficial 
de justiça, independente de mandado ou carta precatória.
a)
Por outro lado, devemos destacar que, no juizado especial cível, não se fara a citação por edital 
(Art. 18, §2º) em nenhuma hipótese dada a vedação prevista em lei.
Por fim, as intimações serão realizadas na forma prevista para citação ou por qualquer outro 
meio idôneo de comunicação, sendo que, todos os atos praticados na audiência, considerar-se-
ão desde logo ciente as partes (art. 19, §1º)
DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO: 
Comparecendo as partes é instaurada a sessão de conciliação, sendo que, se ambos os litigantes 
comparecerem no momento de apresentação do pedido a sessão de conciliação é imediata 
dispensado o prévio registro de pedido e a citação. (art. 17). 
Importante destacar que, a conciliação poderá ser conduzida pelo juiz togado ou leigo ou por 
conciliador sob sua orientação (art. 22), sendo que, deverá ser esclarecido as partes as 
vantagens da conciliação em função dos riscos e das consequências do litígio. 
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Obtida a conciliação, esta será reduzida a escrito e homologada pelo juiz togado, mediante 
sentença com eficácia de titulo executivo (art. 22, parágrafo único), sendo que, referida sentença 
é irrecorrível, portanto, será colocado fim a etapa de conhecimento. 
Não obtida a conciliação, caso as partes não optem pelo juízo arbitral, será designada audiência 
de instrução e julgamento, caso seja necessária a produção de provas orais e não resulte 
prejuízo para a defesa (art. 27)
2. ETAPA JURISDICIONAL: A AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO.
Não havendo êxito na audiência de conciliação e não instituído o juizo arbitral, deverá, em 
regra, ser instaurado de imediato a audiência de instrução e julgamento ou para um dos 15 dias 
subsequentes, nos termos do art. 27 da Lei 9.099/95.
É importante destacar que, na audiência de instrução e julgamento será apresentada a 
contestação, ouvidas as partes, colhida a prova e, em seguida, proferida a sentença. (Art. 28)
Portanto, não ocorrendo a conciliação e não sendo instituído o juízo arbitral, as partes serão 
encaminhadas para audiência de instrução e julgamento, ocasião em que poderão apresentar a 
defesa, as provas documentais e a suas testemunhas, salvo se for designada data para 
apresentação da contestação.
É o que explana o ENUNCIADO 10 do Fonaje: A contestação poderá ser apresentada até a 
audiência de Instrução e Julgamento.
Portanto, havendo o desmembramento da audiência de conciliação e instrução inexistindo 
prazo específico estipulado pelo juiz, nos termos do enunciado 10 do FONAJE a contestação 
poderá ser apresentada até a audiência de instrução e julgamento
A contestação, que será oral ou escrita, conterá toda matéria de defesa, exceto arguição de 
suspeição ou impedimento do juiz, que se processará na forma da legislação em vigor (art. 30). 
Não será admitida a reconvenção, sendo lícito, apenas a formulação de pedido contraposto, 
desde que, fundado nos mesmos fatos que constituem objeto da controvérsia (art. 31). 
•
DAS PROVAS: 
O art. 32 da Lei 9.099/95 permite a produção de todos os meios de prova, desde que, sejam 
moralmente legítimos, ainda que não especificados em lei e hábeis para provar a veracidade dos 
fatos alegados pelas partes.
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fatos alegados pelas partes.
Importante destacar que, não se admite a produção de provas ilícitas por expressa vedação 
constitucional.
Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda que, não sejam 
requeridas previamente, podendo o juiz limitar ou excluir as que considerar excessivas, 
impertinentes ou protelatórias. (Art. 33).
PROVA TESTEMUNHAL: 
Será permitido as partes, arrolar até o máximo de 3 (três) testemunhas, que comparecerão à 
audiência de instrução e julgamento, levadas pela parte que as tenha arrolado, 
independentemente de intimação, ou mediante esta, se assim for requerido.
O requerimento para intimação das testemunhas será apresentado à Secretaria no mínimo 5 
(cinco) dias antes da audiência de instrução e julgamento.
Não comparecendo a testemunha intimada, o juiz poderá determinar sua imediata condução, 
valendo-se, se necessário, do concurso da força pública.
NÃO COMPARECIMENTO AS AUDIÊNCIAS:
a) Autor: o não comparecimento do autor a qualquer audiência do processo acarretará sua 
extinção sem julgamento do mérito, conforme art. 51, inciso I, da Lei 9.099/95. 
b)
b) Réu: por outro lado, não comparecendo o demandado à sessão de conciliação ou instrução e 
julgamento, reputar-se-ão verdadeiros os fatos alegados no pedido inicial, ou seja, haverá 
revelia, conforme art. 20 da Lei 9.099/95. Por fim, a ausência do demando na sessão de 
conciliação autoriza o Juiz togado a proferir sentença (art. 23)
SENTENÇA:
Encerrada a instrução, o Juiz proferirá a sentença. Conforme Enunciado 95 do Fonaje “finda a 
audiência de instrução, conduzida por Juiz Leigo, deverá ser apresentada a proposta de 
sentença ao Juiz Togado em até dez dias, intimadas as partes no próprio termo da audiência 
para a data da leitura da sentença.
O art. 38 da Lei 9.099/95 determina que a sentença mencionará os elemento de convicção do 
juiz, com breve resumo do ocorrido na audiência, dispensando o relatório. A dispensa do 
relatório está lastreada pelos princípios da celeridade e informalidade. 
É Importante destacar que, não se admite no juizado sentença condenatória por quantia 
ilíquida, ainda que genérico pedido. (Art. 38 e inciso I, do Art. 52 da Lei 9.099/95), portanto, a 
indeterminação quanto à extensão da obrigação deve ser eliminada durante a fase de 
conhecimento.
A ausência de relatório não significa falta de fundamentação. O Enunciado 46 do Fonaje permite 
que a fundamentação da sentença ou do acórdão seja feita oralmente, com gravação por 
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que a fundamentação da sentença ou do acórdão seja feita oralmente, com gravação por 
qualquer meio, eletrônico ou digital, consignando-se apenas o dispositivo na ata.
É perfeitamente possível que o valor efetivamente devidoem decorrência da sentença 
condenatória, em razão de circunstância posterior a esta supere o limite de alçada do Sistema 
Especial, hipótese que não afasta a competência do Juizado para a execução forçada do total 
devido. 
O limite vale, apenas e tão somente, para a data de ajuizamento da ação, isso porque, vige no 
caso o princípio da perpetuação da jurisdição. 
Na sentença de primeiro grau o juiz não condenará o vencido em custas e honorários de 
advogado, ressalvados os casos de litigância de má-fé, conforme art. 54 e 55 da Lei 9.099/95.
É importante destacar que, pelo Enunciado 57 do FONAJEF, somente o recorrente vencido 
arcará com honorários advocatícios”. Por outro lado, o Enunciado 97 informa que: “o 
provimento, ainda que parcial, de recurso inominado afasta a possibilidade de condenação do 
recorrente ao pagamento de honorários de sucumbência”
Extinção do processo sem resolução do mérito: 
O art. 51 da Lei 9.099/95 disciplina as hipóteses de extinção do processo sem resolução do 
mérito. 
É importante destacar que, parte da doutrina, informa que as sentenças que extinguem o 
processo sem resolução de mérito não se qualifica como “definitivas” para fins recursais, pois 
não solucionam a lide. Porém, a maioria da doutrina diverge informando ser possível a 
interposição de recurso inominado quando houver sentença sem resolução do mérito 
fundamentada no art. 51 da Lei 9.099/95. 
Importante realizar uma leitura do artigo 51 da Lei 9.099/95, sendo que, o referido artigo se 
aplica a todos os juizados especiais cíveis. 
RECURSOS – DISPOSIÇÕES GERAIS:
No âmbito dos juizados especiais cíveis estaduais são cabíveis o recurso inominado (art. 41 da 
Lei 9.099/95), os embargos de declaração contra sentença ou acórdão (art. 48 da Lei 9.099/95) e, 
nos termos do art. 102, III, da CF/88, o recurso extraordinário contra decisões da turma recursal. 
Fora isso, doutrina e jurisprudência não admitem, majoritariamente, outra espécie de recurso 
nos Juizados Especiais estaduais, dada a incidência dos princípios da celeridade processual e da 
oralidade, razão pela qual as decisões interlocutórias são irrecorríveis. Além disso, não há 
previsão, na Lei nº 9.099/1995, norma especial, que prevalece sobre a geral (CPC) (Elpídio 
Donizetti).
Quanto ao recurso especial, este não é cabível nos Juizados, porquanto, embora previsto na 
Constituição, somente pode ser interposto contra decisão de Tribunal, o que não é o caso das 
turmas recursais dos Juizados (Súmula nº 203 do STJ)
Recursos inominado: 
O art. 41 da Lei 9.099/95, informa que, “da sentença, excetuada a homologatória de conciliação 
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ou laudo arbitral, caberá recurso para o próprio Juizado”. 
Importante destacar que, pelo §2º do Art. 41, no recurso as partes deverão ser, 
obrigatoriamente, representadas por advogado. 
Como a Lei 9.099/95 não nominou o recurso, ele é conhecido chamado pela Doutrina de 
RECURSO INOMINADO. 
O recurso inominado será interposto no prazo de 10 (dez) dias, contados da ciência da sentença, 
por petição escrita, da qual constarão as razões e o pedido do recorrente (art. 42). 
O recurso será interposto no próprio juizado, mas será julgado por uma turma composta por 
três juízes togados, reunidos na sede do juizado. (art. 41, §1º).
É importante destacar que, a parte deverá efetivar o preparo do recurso, ou seja, recolher as 
custas devidas, pois, a isenção de custas previstas no art. 54 da Lei 9.099/95 é restrita ao 
primeiro graus de jurisdição, estendendo-se ao segundo grau somente nas hipóteses de 
assistência judiciária. Essa norma tem o intuito de inibir a interposição de recursos. 
Efetivado o preparo, o recorrido será intimado para oferecer resposta no prazo de dez dias. 
Pelo art. 43 da Lei 9.0099/95 “o recurso terá somente efeito devolutivo, podendo o juiz dar-lhe 
efeito suspensivo, para evitar dano irreparável para a parte. Portanto, em regra, o recurso 
inominado não terá efeito suspensivo, podendo, entretanto ser atribuído tal efeito por decisão 
judicial para evitar dano irreparável a parte. 
Por fim, as partes serão intimadas da sessão de julgamento, sendo que, o julgamento constará 
apenas da ata, com a indicação suficiente do processo, fundamentação sucinta e parte 
dispositiva. Se a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a súmula do julgamento 
servirá de acórdão
Embargos de declaração: 
Pelo art. 48 da Lei 9.099/95, os embargos podem ser opostos:
• Por escrito: no prazo de cinco dias, contados da ciência da decisão.
• Oralmente: logo após a prolação da decisão e serão reduzidos a termo.
Importante destacar que, pela Lei 13.105/2015, a oposição de embargos de declaração passou a 
interromper o prazo para a interposição do recurso (art. 50).
Recurso extraordinário: 
Contra as decisões proferidas pelas Turmas Recursais é cabível recurso extraordinário, desde 
que, contrariem súmula ou jurisprudência dominante do STF. 
Para conhecimento do recurso é imprescindível o prequestionamento e a existência de 
repercussão geral dada a aplicação subsidiária do Código de Processo Civil ao referido recurso.
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Por fim, reiteramos que não tem sido admitido Recurso Especial das decisões dos Juizados 
(Súmula 203 do STJ).
Execução no Juizado Especial:
Com o trânsito em julgado da decisão proferida pelo Juizado Especial, surge o titulo executivo 
judicial. 
Em regra, esse titulo decorre de uma sentença condenatória proferida no processo civil ou de 
uma sentença homologatória de transação ou conciliação do Juizado Cível e sua execução será 
processada no próprio Juizado. 
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