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Aula 06 Hidráulica Estuarina Msc. Tiago da Silva Oliveira MsC. Carmen Elena Ramírez Meneses Centro Universitário planalto do Distrito Federal Estuário Estuário é um ambiente aquático de transição entre um rio e o mar, que possui as seguintes características: Salinidade diluída pela água doce oriunda da drenagem hidrográfica. Dimensões menores do que mares fechados. Semi-fechado. Livre conexão com o mar aberto. Importância Áreas de extrema importância sócio-econômica e ambiental Geralmente, devido sua importância, apresentam as seguintes características: Grande densidade populacional. Áreas portuárias e de navegação. Áreas de segurança naval. Abundância de recursos pesqueiros. Áreas de diluição de efluentes domésticos e/ou industriais. Áreas de recreação e lazer. Estuário do Pina Características Zona fluvial: Possui escoamento unidirecional. Sem influência de maré. salinidades desprezáveis. Zona fluvio-marítima: Sofre influência da maré Escoamento de rumo reversível nos trechos mais próximos ao mar. Salinidades inferiores a 1 g/l. Extensões dependentes da forma do estuário e magnitude da maré. Características Zona de mistura estuarina: O estuário propriamente dito. Influência da maré. escoamento reversível. Extensão: trata-se de uma fronteira dinâmica rumo para terra, com salinidade maiores que 1 g/l, estendendo-se até a embocadura ou foz fluvial. Delta de maré vazante: trata-se de um alto fundo de barras arenosas, formadas pelo mecanismo de captura do transporte litorâneo pelo efeito da difusão de correntes exercido pela descarga da embocadura. Características Delta de maré enchente: trata-se de um alto fundo arenoso produzido pela captura do transporte litorâneo pelas correntes de enchente. Zona de turbidez máxima: trata-se da região com máxima concentração de sedimentos em suspensão devido à floculação dos sedimentos finos (argila e silte), situando-se aproximadamente no entorno de salinidades de 4 a 8 g/l, isto é dependendo da maré e da vazão de água doce. Classificação Delta Delta Estuário Laguna Estuaria Laguna Transporte Fluvial Formações com finos Transporte Marítimo Formações arenosas Delta Acumulação costeira de sedimentos fluviais, acima ou abaixo do nível do mar, próximo à desembocadura fluvial. Característicos de regiões aonde a ação da maré e ondas é moderada ou pequena comparativamente ao aporte de sedimentos fluvial. Possui espessas camadas de sedimentos e vegetação que acumulam-se rapidamente, sendo, portanto, páleo-deltas importantes fontes de petróleo, gás e carvão. Laguna Massa hídrica junto a costa muito plana, separado do largo por um cordão de areia, muitas vezes uma ilha barreira. Desenvolvimento da ilha barreira que separa os dois é resultado da interação entre correntes de maré e correntes litorâneas, associados a características geológicas, localização dos canais lagunares e geometria da laguna. Intrusão salina Entrada de água salgada nas embocaduras marítimas. Deve ser monitorado e periodicamente controlado. Intrusão salina Classificação: Estuário em cunha salina ou estratificado; Estuário parcialmente misturado ou parcialmente estratificado; Estuário bem misturado. Intrusão salina Estuário em cunha salina ou estratificado. Baixa energia de maré Brusca interface entre duas camadas Intrusão salina Estuário parcialmente misturado ou parcialmente estratificado. Média energia de maré Interface entre camadas suavizada Dividido em quadrantes. Intrusão salina Estuário bem misturado Típico comportamento de lagunas costeiras e de estuários largos, rasos, de forma afunilada e com marés de grande altura. Estabilidade das embocaduras Índice de Per Bruun 𝐼𝑃𝐵 = Ω 𝑀𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 Onde: Ω: Prisma da maré (Volume total de água que adentra o estuário entre o baixamar e o preamar). 𝑀𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙: Valor do transporte de sedimentos litorâneo global (Soma em módulo dos transportes positivo e negativo de sedimentos). Determina a estabilidade da entrada do estuário. Estabilidade das embocaduras Podem ser classificados em: Índice de Bruun (𝐼𝑃𝐵) Descrição da condição 𝐼𝑃𝐵 > 150 Condições relativamente boas, com pequena barra e bom carreamento – profundidades de 6 a 9 m. 100 < 𝐼𝑃𝐵 < 150 condições menos satisfatórias e a formação da barra marítima torna-se mais pronunciada – profundidades de 3 a 6 m. 50 < 𝐼𝑃𝐵 < 100 A barra de entrada torna-se grande, mas existe usualmente um canal atravessando-a – profundidades de 2 a 3 m 20 < 𝐼𝑃𝐵 < 50 Piores situações para a navegação. Embocaduras típicas de transpasse de barra. As ondas arrebentam sobre a barra durante as tempestades, mantém-se a embocadura pelas cheias sazonais oriundas das precipitações sobre a laguna. – profundidades de 1 a 2 m 𝐼𝑃𝐵 < 20 Trata-se de embocaduras temporárias, que podem inclusive se fechar – profundidades inferiores a 1 m
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