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Regência Verbal

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Regência Verbal 
A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre os verbos e os termos que os complementam(objetos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais).
O estudo da regência verbal permite-nos ampliar nossa capacidade expressiva, pois oferece oportunidade de conhecermos as diversas significações que um verbo pode assumir com a simples mudança ou retirada de uma preposição.
Quanto à regência verbal, os verbos podem ser:
- Transitivo direto
- Transitivo indireto
- Transitivo direto e indireto
- Intransitivo
ASPIRAR
O verbo aspirar pode ser transitivo direto ou transitivo indireto.
Transitivo direto: quando significa “sorver”, “tragar”, “inspirar” e exige complemento sem preposição.
- Ela aspirou o aroma das flores.
- Todos nós gostamos de aspirar o ar do campo.
Transitivo indireto: quando significa “pretender”, “desejar”, “almejar” e exige complemento com a preposição “a”.
- O candidato aspirava a uma posição de destaque.
- Ela sempre aspirou a esse emprego.
Obs: Quando é transitivo indireto não admite a substituição pelos pronomes lhe(s). Devemos substituir por “a ele(s)”, “a ela(s)”.
- Aspiras a este cargo?
- Sim, aspiro a ele. (e não “aspiro-lhe”).
ASSISTIR
O verbo assistir pode ser transitivo indireto, transitivo direto e intransitivo.
Transitivo indireto: quando significa “ver”, “presenciar”, “caber”, “pertencer” e exige complemento com a preposição “a”.
- Assisti a um filme. (ver)
- Ele assistiu ao jogo.
- Este direito assiste aos alunos. (caber)
Transitivo direto: quando significa “socorrer”, “ajudar” e exige complemento sem preposição.
- O médico assiste o ferido. (cuida)
Obs: Nesse caso o verbo “assistir” pode ser usado com a preposição “a”.
- Assistir ao paciente.
Intransitivo: quando significa “morar” exige a preposição “em”.
- O papa assiste no Vaticano. (no: em + o)
- Eu assisto no Rio de Janeiro.
“No Vaticano” e “no Rio de Janeiro” são adjuntos adverbiais de lugar.
CHAMAR
O verbo chamar pode ser transitivo direto ou transitivo indireto.
É transitivo direto quando significa “convocar”, “fazer vir” e exige complemento sem preposição.
- O professor chamou o aluno.
É transitivo indireto quando significa “invocar” e é usado com a preposição “por”.
- Ela chamava por Jesus.
Com o sentido de “apelidar” pode exigir ou não a preposição, ou seja, pode ser transitivo direto ou transitivo indireto.
Admite as seguintes construções:
- Chamei Pedro de bobo. (chamei-o de bobo)
- Chamei a Pedro de bobo. (chamei-lhe de bobo)
- Chamei Pedro bobo. (chamei-o bobo)
- Chamei a Pedro bobo. (chamei-lhe bobo)
Agradecer
Transitivo direto – Ocorre quando o complemento faz referência a um ser não personificado:
Agradeceu a atenção.
Transitivo indireto – Manifesta-se quando o complemento diz respeito a um ser personificado:
Agradeceu aos ouvintes.
 Transitivo direto e indireto – Assim se caracteriza quando se refere a coisas e a pessoas ao mesmo tempo:
Agradeceu a atenção aos ouvintes.
Ajudar
Quando seguido de um infinitivo transitivo, precedido da preposição “a”, tanto pode ser transitivo direto quanto indireto:
Ajudou o aluno a realizar a pesquisa. 
Ajudou ao aluno a realizar a pesquisa.
No caso de o infinitivo preposicionado ser intransitivo, ocupa apenas a função de transitivo direto:
Ajudaram a multidão a entrar.
Aqui temos o infinitivo preposicionado funcionando como intransitivo.
Caso não esteja seguido de infinitivo, geralmente ocupa a função de objeto direto, somente:
Ajudei-a muito hoje.
ATENDER
Atender pode ser TD ou TI, com a preposição a.
Atenderam o meu pedido prontamente.
Atenderam ao meu pedido prontamente.
No sentido de deferir ou receber (em algum lugar) pede objeto direto
No sentido de tomar em consideração, prestar atenção pede objeto indireto com a preposição a.
 AVISAR
quem avisa, avisa alguém de algo ou avisa a alguém algo. 
Veja que há duas possibilidades:
avisar + objeto direto (avisar alguém) + objeto indireto (avisar de/sobre algo)
avisar + objeto indireto (avisar a alguém --> rege a preposição A + objeto direto (avisar algo)
Avisei-lhe...
           "lhe" = objeto indireto --> significa a ele ou a ela ==> avisei A ele/ela
           O uso do pronome oblíquo "lhe" não está incorreto, mas é possível usar o pronome "o/a":
      Avisei-o...
       Avisei-a... 
Avisei-lhe da mudança.
             "da mudança" --> não deve haver a preposição "da".
             A regência, nesse caso, é: avisar a alguém algo.
                  a alguém = "lhe" (a ele/ela)
                  algo = "mudança"
Chegar, Ir, Vir, Sair, Voltar, Subir
E todos os verbos de movimento são intransitivos, não exigem complementos .
Chegamos! Cheguei! Fui!
Esses verbos, geralmente, apresentam um adjunto adverbial. Quando o adjunto adverbial for de lugar, usa-se a preposição [a], [para] e não [em] 
Chegamos ao teatro (e não: no).
  Fui ao Maracanã (e não: no). / Ele foi para a Espanha.
Na norma culta, a preposição [em] depois do verbo de movimento, indica o lugar dentro do qual ocorre a ação.
O menino ia no bonde (dentro do bonde).
Bibliografia
http://www.recantodasletras.com.br/gramatica/80651
http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint70.php
http://www.infoescola.com/portugues/regencia-verbal/

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