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Aleitamento Materno no recém nascido prematuro atualidade s e evidências para a prática de enfermagem

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III Curso de Aperfeiçoamento em Enfermagem em Terapia Intensiva 
Neonatal - ME/UFRJ
“Atualidades e Boas Práticas no Contexto da Assistência de 
Enfermagem em Neonatologia”
Aleitamento Materno no 
recém-nascido prematuro: 
atualidades e evidências para 
a prática de enfermagem
Enfª Laura Johanson da Silva
Doutora em Enfermagem – EEAN/UFRJ
Tutora do Método Canguru
ALEITAMENTO EXCLUSIVO Somente leite materno
ALEITAMENTO MATERNO 
PREDOMINANTE
Além do leite materno, água, chás ou 
sucos
ALEITAMENTO MATERNO
Qualquer quantidade diária de leite 
materno, independente de estarem 
recebendo ou não outros alimentos
DESMAME
Aleitamento materno interrompido ao 
longo do seguimento
CATEGORIAS DO ALEITAMENTO MATERNO 
(OMS/OPAS,1991)
Relevância epidemiológica
• Estudo brasileiro constatou a prevalência de 
aleitamento materno exclusivo de 36% na alta 
hospitalar, aumentando para 54,7% após a implantação 
da IHAC.
• Estudo constatou a prevalência de AME na alta 
hospitalar de 58,3% e de 22,2% aos seis meses de vida. 
Bicalho-Mancini PG, Velásquez-Meléndez G. Aleitamento materno exclusivo na 
alta de recém-nascidos internados em berçário de alto risco e os fatores 
associados a essa prática. J Pediatr (Rio J). 2004;80(3):241-8.
Czechowski AE, Fujinaga CI. Seguimento ambulatorial de um grupo de 
prematuros e a prevalência do aleitamento na alta hospitalar e ao sexto mês de 
vida: contribuições da Fonoaudiologia; Rev Soc Bras Fonoaudiol. 
2010;15(4):572-7. 
ALEITAMENTO MATERNO
BENEFÍCIOS PARA O PREMATURO
• Papel imunológico
• Maturação gastrointestinal
• Desempenho neurocomportamental
• Vínculo mãe-filho
• Maturação da coordenação sucção/deglutição
• Saturação de oxigênio
• Temperatura corporal 
Fatores imunológicos 
 Fatores de Proteção Imunológica: específicos e não-específicos.
o Específicos: IgA, IgG, IgM e IgE.
o Não-específicos: fator bífidus (lactobacilo), fator de resistência, 
lisozima, lactoferrina, interferon.
o Fatores não-solúveis: neutrófilos, macrófagos e linfócitos.
O leite materno é o mais 
indicado para o prematuro, 
pois, nas primeiras quatro 
semanas, contém alta 
concentração de nitrogênio, 
proteínas com funções 
imunológicas, lipídeos totais, 
ácidos graxos, vitaminas A, D 
e E, cálcio e energia, quando 
comparado ao leite de mães 
de neonatos a termo.
Leite materno prematuro
• Estudo que mediu a pressão arterial de 216 crianças 
entre 13 a 16 anos que ao nascerem prematuras 
receberam leite materno doado de banco ou fórmula 
concluiu que o consumo de leite materno foi 
associado com menor pressão arterial mais tarde em 
crianças nascidas prematuramente. Há evidência de 
efeitos benéficos a longo prazo do leite materno e a 
dieta do início da vida está relacionada à programação 
de um fator de risco cardiovascular.
Singhal A, Cole TJ, Lucas A. Early nutrition in preterm infants and 
later blood pressure: two cohorts after randomised trials. Lancet. 
2001, 357(9254):413-9
Efeitos a longo prazo do leite humano
Leite materno prematuro
Os macronutrintes, cálcio, fósforo, magnésio, zinco e sódio são mais 
abundantes.
 Contém nutrientes importantes para o crescimento do tecido nervoso: 
taurina, ácidos graxos de cadeia longa, ácido docosa-hexaenóico, 
araquidônico.
 Possui ácidos graxos ômega 3, essenciais para que haja o 
desenvolvimento normal da retina, juntamente com outras substâncias 
antioxidantes, como a vit. E, betacaroteno e taurina.
 Possui fator antiinflamatório: interleucina IL-10.
 Contém mais anticorpos e mais células brancas que o leite maduro.
 Contém mais proteína, IgA e lactoferrina que o leite maduro, portanto, 
com maior capacidade antiinfecciosa, o que o torna mais adequado às 
necessidades de um bebê prematuro do que qualquer leite infantil
industrializado.
• Estudo realizado com 1.433 bebês de extremo baixo 
peso comparou a incidência de broncodisplasia pulmonar 
e morte entre crianças que não receberam ou receberam 
leite humano nos primeiros 28 dias de vida. Houve uma 
redução na incidência de broncodisplasia pulmonar ou 
morte com a ingestão de leite humano, diretamente 
relacionado com o volume de consumo desse leite. 
Programas de lactação destinados a aumentar a 
disponibilidade de leite humano para bebês com extremo 
baixo peso devem ser incentivados.
Duara S. et al. Human Milk as Protection Against 
Bronchopulmonary Dysplasia (BPD) in Extremely
Low Birth Weight Infants (ELBW). NICHD Neonatal Research 
Network. 2004.
Broncodisplasia e leite humano
PROTEÇÃO CONTRA INFECÇÕES
1
Mãe se infecta
2
As células brancas da 
mãe produzem anticorpos 
para protegê-la
3
Alguns leucócitos 
vão ao seio e ali 
produzem anticorpos
4
Os anticorpos
contra a infecção 
materna são 
secretados no leite 
para proteger o 
bebê.
OMS/CDR/93.6
22
Elo broncoenteromamário
Prolactina: Prolactina: 
Chave para Chave para 
ativar o ativar o 
mecanismo da mecanismo da 
lactalactaçção. ão. ÉÉ
responsresponsáável vel 
pela pela 
PRODUPRODUÇÇÃO.ÃO.
Ocitocina: Ocitocina: 
Chave para Chave para 
ativar o ativar o 
mecanismo da mecanismo da 
ejeejeçção. ão. ÉÉ
responsresponsáável vel 
pela pela 
LIBERALIBERAÇÇÃO/ ÃO/ 
DESCIDA DO DESCIDA DO 
LEITE.LEITE.
REFLEXO DE OCITOCINAREFLEXO DE OCITOCINA
AJUDAMAJUDAM o reflexo!
PreocupaPreocupaçção, dão, dúúvidas vidas 
Dor , vergonhaDor , vergonha
Ansiedade, stressAnsiedade, stress
CansaCansaçço o 
ÁÁlcool, fumolcool, fumo
INIBEMINIBEM o reflexo!
Pensar no bebê Pensar no bebê 
com carinho.com carinho.
Ouvir os sons do Ouvir os sons do 
bebê.bebê.
Olhar o bebê.Olhar o bebê.
CONFIANCONFIANÇÇA!A!
Aspectos importantes do posicionamento
 Posição confortável para mãe e bebê;
 Mãe relaxada;
 Não pinçar o mamilo entre os dedos, se a mama for 
volumosa, a mãe pode segurar a mama em posição de 
oferta;
 Não é necessário limpar a aréola; 
 No início, para estimular a descida do leite, pode-se 
massagear as mamas. Em seguida pode-se extrair 
algumas gotas de leite, para a aréola ficar mais macia e 
facilitar a protusão do mamilo;
 O bebê deve estar calmo e alerta; não estar chorando;
 Se o bebê estiver sonolento, estimulá-lo com 
delicadeza, se estiver chorando, acalentá-lo antes da 
mamada;
 Levar o bebê ao peito e não o peito ao bebê.
• O corpo do bebê deve ficar 
inteiramente virado, de frente, 
e bem próximo ao corpo da mãe.
• A cabeça e a coluna do bebê devem estar 
alinhadas.
• As nádegas (se o bebê for pequeno) 
devem estar apoiadas pela mão da mãe
• O queixo deve tocar a mama e a boca de 
frente para a região aréolo-mamilar
1. O posicionamento do bebê
abocanhamento do mabocanhamento do mááximo ximo 
posspossíível da arvel da arééola e ordenha ola e ordenha 
do seio por compressão da do seio por compressão da 
llííngua contra o pngua contra o páálatolato
Pega corretaPega correta
Aspectos importantes da 
boa pega
 Numa boa pega, a língua está sobre a 
gengiva e as bordas dos lábios viradas para 
fora, “boca de peixe”. Lábios apertados 
indicam pega inadequada. Para corrigir: 
com as pontas dos dedos desvirar 
suavemente os lábios para fora;
 Mama parece arredondada, não 
repuxada;
 Se a pega for correta, não é necessário 
continuar a apoiar o peito.
 Não é necessário a mãe pressionar a 
mama para baixo tentando facilitar a 
respiração (‘dedos em tesoura’). Bebê bem 
posicionado e com boa pega mantém as 
narinas livres.
• A boca do bebê está bem aberta
• Os lábios estão virados para fora
• A língua do bebê está acoplada em torno da 
região aréolo-mamilar
• As bochechas permanecem arredondadas.
• Pode-se observar mais aréola acima do que 
abaixo da boca do bebê.
• Pode-se ouvira deglutição do bebê. 
2. A pega
17
SINAIS DE UMA PEGA INCORRETA
• O queixo do bebê não toca o seio. 
• A boca não está bem aberta. 
• O lábio inferior está apontando para frente 
ou virado para dentro.
• Vê-se a mesma quantidade de 
aréola acima e 
abaixo da boca do bebê.
• Nota-se esforço das bochechas 
durante a mamada.
• Pode-se ouvir estalidos agudos 
durante a mamada ("beijinhos").
Que diferenças você nota entre essas figuras?
13
Que diferenças você nota entre essas figuras?
12
Os reflexos do bebê
 de busca ou procura (abertura da boca de forma ampla 
desencadeado pelo estímulo com os lábios);
 de extrusão (colocação da língua sobre a gengiva inferior);
 de sucção (movimento de ondulação rítmico da língua para comprimir 
o tecido mamário contra o palato duro);
 preensão reflexa (fechamento rítmico da mandíbula em resposta ao 
estímulo das gengivas para criação de um gradiente de pressão);
 deglutição (movimento do leite da faringe para o esôfago, 
coordenado com a respiração em ciclos de cerca de 1 segundo).
3. Os reflexos do bebê
19
A freqüência e a duração do aleitamento materno são
mais baixas nos recém-nascidos pré-termo (RNPT)
do que nos a termo. 
Dois principais fatores: 
• A dificuldade no estabelecimento e na manutenção de 
uma produção eficiente de leite por parte da mãe do 
pré-termo, (estresse, afastamento do seu bebê); e,
• A maneira como é realizada a transição da alimentação.
Amamentação diante da 
prematuridade
Importantes necessidades do bebê prematuro essenciais 
para a alimentação oral:
• Maturação do sistema gastrintestinal,
• Sincronia entre sucção, deglutição e respiração.
A sucção e a deglutição, também imaturas, requerem a
integração das atividades musculares dos lábios, 
bochechas, mandíbula, língua, palato, faringe e laringe. 
Enquanto não houver essa integração a alimentação é
feita por gavagem.
Amamentação diante da 
prematuridade
Principais Dificuldades
• Profissionais da saúde (orientações incorretas ou falta de 
estímulo, insegurança em relação ao volume ingerido e ganho 
de peso)
• Características do prematuro (imaturidade neurológica, 
fisiológica, hipotonia muscular e períodos curtos de alerta)
• Aspectos sócio-culturais (insegurança materna, 
dificuldades financeiras e rede de apoio)
Cuidados na UTI Neonatal
AJUDAR AS MÃES NOS CUIDADOS E NAS MAMADAS
• Possibilitar que mãe e bebê se aproximem e estabeleçam contato pele-a-pele
• Estimular a ordenha precoce e periódica com armazenamento no Banco de Leite 
ou oferta imediata na UTIN;
• Explicar que mamadas freqüentes e ordenha manual estimulam a produção do 
leite;
• Ajudar a mãe a responder às necessidades do bebê (identificar sinais de fome, 
desconforto, desejo de contato, etc);
• Observar o vínculo mãe-bebê-família;
• Orientar e acompanhar a mãe no reconhecimento dos sinais de alerta 
(bradicardia, apnéia, palidez, cianose, engasgos, hipotonia, etc);
• Orientar que alivie as mamas quando estiverem cheias;
• Oferecer apoio freqüente nas estimulações e nas mamadas;
• Se o bebê estiver sonolento para mamar, massagear suavemente seu corpo, falar 
com ele, tentar outras posições ou tentar mais tarde.
• Orientar a mãe quanto ao cuidado com as mamas (não usar sabonetes e loções 
nos mamilos, lavar somente no banho, uso de sutiãs confortáveis que não apertem, 
aplicar leite no final da mamada nos mamilos se estiverem doloridos, ar e sol são 
benéficos).
ESTRATÉGIAS NA
AMAMENTAÇÃO DO PREMATURO
• Sensibilizar e capacitar equipe
• Informar a mãe – vantagens do LM p/ PT 
• Ordenhar precocemente 
• Favorecer SNN – seio vazio e dedo enluvado
• Proporcionar contato pele-pele – Método Canguru
• Acompanhar a evolução diária para a 
amamentação
• Organizar grupo de mães
• Usar galactogos- quando necessário
6
Propicie a presença constante e a participação 
dos pais no cuidado do bebê de baixo peso 
(Método canguru)
4 a 7
• O Método Canguru contribui com a efetividade da 
amamentação do recém nascido prematuro pela 
redução dos sinais de estresse e organização dos 
estados comportamentais, o que melhora o 
desempenho da sucção.
• Estudo revelou baixos índices de desmame precoce 
(27,3%) entre bebês que participaram do Método 
Canguru quando comparados aos percentuais 
observados em pesquisas realizadas no âmbito 
nacional. 
Alves AML, Silva EHAA, Oliveira AC. Desmame precoce em 
prematuros participantes do Método Mãe Canguru. Rev Soc Bras 
Fonoaudiol. 2007;12(1):23-8.
Método Canguru e Aleitamento
Musicoterapia e 
Aleitamento
• Estudo controlado randomizado com 94 mães de 
RNPT concluiu que a musicoterapia teve efeito 
significativo no aumento do índice de aleitamento 
materno.
Vianna MN; Barbosa AP; Carvalhaes AS; Cunha 
AJ. Music therapy may increase breastfeeding rates 
among mothers of premature newborns: a 
randomized controlled Trial. J Pediatr. 
2011;87(3):206-12. 
ESTRATÉGIAS NA
AMAMENTAÇÃO DO PREMATURO
• Antes de iniciar a mamada, inspecionar as mamas 
(fluxo e congestão)
• Orientar a mãe a despertar o bebê delicadamente 
• Ordenhar o leite anterior 
• Posturar adequadamente a mãe e o bebê
• Estimular o reflexo de busca
• Auxiliar na pega
• Mamada do leite posterior
• Acompanhar a evolução da díade
• Atentar para sinais de fadiga, estresse fisiológico
O que se observa no corpo...
Meu leite é fraco ou insuficiente...
Muitas mulheres associam a cor e a consistência do leite com 
a “força” de seus nutrientes e a capacidade de alimentar, 
saciar e nutrir seu bebê. 
Mathur NB, Dhingra D. Perceived breast milk 
insufficiency in mothers of neonates hospitalized in 
neonatal intensive care unit. Indian J Pediatr. 
2009;76(10):1003-6. 
Técnicas para facilitar 
a sucção do prematuro
• Posição invertida
Apoiado no braço da
mãe- mamando do 
lado oposto 
Rego,JD.2002
Posição elevada
Rego,JD.2002
Técnicas para 
facilitar a sucção 
do prematuro
• Mão de bailarina
POSIÇÃO DE BAILARINA 
Ajuda um bebê prematuro a mamar
10
11
Técnicas para 
facilitar a sucção 
do prematuro
Estimulação 
intra-oral com 
gotas de leite 
/dedo enluvado
Técnicas para 
facilitar a sucção 
do prematuro
Estimulação 
intra-oral com 
gotas de leite 
/dedo enluvado
ESTIMULAÇÃO MOTORA-ORAL
• Está indicada para os RNPT que ainda 
não estejam sendo alimentados por VO
• Seio vazio – dedo enluvado
• Reduz o tempo de introdução da VO
• Estimula o desenvolvimento motor-oral
Sucção não nutritiva
• Os reflexos de sucção e deglutição estão presentes a partir 
da 17ª semana de gestação.
• A coordenação de sugar, deglutir e respirar é observada a 
partir da 32ª - 34ª semana de gestação.
• A sucção não nutritiva pode ser observada nos prematuros 
por volta da 27ª a 28ª semana de gestação.
O que é sucção não nutritiva ? É descrita como um padrão 
organizado e repetitivo de sugadas curtas e estáveis, com 
pausas longas ou irregulares. Nessa sucção, o bebê faz os 
movimentos, sem ter a introdução de líquido na cavidade 
oral.
Geralmente realizada com o dedo enluvado durante a 
gavagem da dieta.
• Os parâmetros e indicações, bem como a frequência e duração 
do estímulo à sucção não nutritiva em bebês prematuros não são 
unânimes e precisos.
• A sucção não nutritiva, associada a estimulação oral, pode 
contribuir para a melhoria das taxas de amamentação em 
prematuros de muito baixo peso ao nascer. (Pimenta HP et al. 
2008. J Pediatr).
• A sucção não nutritiva tem mostrado efeitos benéficos em 
recém-nascidos menores que 1.500 g, e o comportamento 
alimentar tem sido associado a melhora no 
neurodesenvolvimento durante o primeiro ano de vida. (Medoff-
Cooper B. 2005, J Perinat Neonatal Nurs).
• No estudo randomizadode Rocha et al (2007) o grupo 
estimulado atingiu capacidade de estar alimentado por sucção 
8,2 dias mais cedo que o grupo nao estimulado. (Rocha AD et al.
Early Hum Dev. 2007).
Sucção não nutritiva
Estratégia de estimulação
• Estudo de caso-controle com 80 RNPT cuja intervenção foi a 
exposição ao odor do leite materno durante 3 alimentações 
diariamente até passar para a alimentação oral. A estimulação 
com odor do leite materno levou à maturação precoce do 
RNPT e da sucção. Além disso, contribui para a evolução da 
sucção que leva à tolerância precoce da alimentação oral com 
a amamentação. 
Yildiz A; Arikan D; Gözüm S; Tastekin A; 
Budancamanak I. The Effect of the Odor of Breast 
Milk on the Time Needed for Transition From 
Gavage to Total Oral Feeding in Preterm Infants. J 
Nurs Scholarsh; 2011;43(3):265-73. 
AM AO SEIO: QUANDO INICIAR ?
Indicadores tradicionais
• Estabilidade fisiológica
• P ≥ 1500g
• IG ≥ 34 sem
• Ingestão do volume 
prescrito
Avaliação individual
• Estabilidade fisiológica
• Reflexo de busca
• Sucção presente
• Traz a mão até a boca
• Estado – alerta , sonolência
• Iniciar com peito vazio
• IG : 32-33 sem – boa 
coordenação sucção-deglutição
• Posicionamento correto 
Meier PP Pediatr Ann 2003
Nascimento MBR, Issler H. Aleitamento materno 
em prematuros: manejo clínico hospitalar. J 
Pediatr (Rio J). 2004;80(5 Supl):S163-S172.
Processo de Alimentação
Interação 
mãe-filho
Estado 
comportamental
Desenvolvimento 
neurológico
Maturação 
fisiológica
Mecanismo 
Oromotor
Não sendo o bebê capaz de mamar no peito, faz-
se necessária a utilização de métodos 
alternativos para alimentação.
É necessária a realização de mais estudos acerca 
dos métodos de transição da sonda para o peito 
em bebês prematuros, quanto às vantagens e 
desvantagens e a influência nos resultados do 
aleitamento materno.
Amamentação diante da 
prematuridade
• Estudo prospectivo randomizado, controlado com 
84 bebês prematuros cujo peso ao nascer foi 1000 a 
2500 g concluiu que a utilização de suplementação 
por sonda nasogástrica durante a transição para a 
alimentação por via oral aumenta a probabilidade de 
amamentação na alta, após 3 dias, 3 meses e 6 meses. 
Kliethermes PA, Cross ML, Lanese MG, Johnson KM, Simon SD. 
Transitioning preterm infants with nasogastric tube 
supplementation: increased likelihood of breastfeeding. Journal of 
obstetric, gynecologic, and neonatal nursing : JOGNN / NAACOG. 
1999; 28(3):264-73.
Transição para alimentação oral
Copo x mamadeira
• Estudo controlado randomizado com 83 RNPT concluiu que 
aqueles que foram alimentados por copo mantiveram o 
aleitamento materno por maior tempo do que aqueles 
alimentados por mamadeira. 
• O uso do copo para a suplementação da amamentação 
foi associado a maior prevalência de aleitamento materno 
em prematuros na alta hospitalar.
Rocha NM, Martinez FE, Jorge SM. Cup or bottle for preterm infants: effects 
on oxygen saturation, weight gain, and breastfeeding. J Hum Lact. 
2002;18(2):132-8.
Collins CT, Ryan P, Crowther CA, Mcphee AJ, Paterson S,
Hiller JE. Effect of bottles, cups, and dummies on breast
feeding in preterm infants: a randomised controlled trial.
BMJ. 2004; 329: 193-8.
Pedras CTPA, Pinto EALC, Mezzacappa MA. Uso do copo e da mamadeira e o 
aleitamento materno em recém-nascidos prematuros e a termo: uma revisão 
sistemática. Rev. Bras. Saúde Matern. Infant., Recife, 8 (2): 163-169, abr. / jun., 2008
Copo x mamadeira
• Estudo que comparou o uso do copo x mamadeira em 56 
prematuros (34 IGC) concluiu que os bebês que receberam 
mamadeira apresentaram mais períodos de queda de saturação 
abaixo de 90% e de aumento da frequência cardíaca do que aqueles 
que receberam o alimento por meio do copo/xícara. O volume 
ingerido foi menor e a duração da alimentação foi maior durante o 
uso do copo/xícara. Os autores concluíram ser um método seguro 
para crianças prematuras que estão aprendendo a mamar no seio 
materno
Marinelli KA, Burke GS, Dodd VL. A comparison 
of the safety of cupfeedings and bottlefeedings in 
premature infants whose mothers intend to 
breastfeed. J Perinatol 2001;21:350-5.
Como oferecer o leite ordenhado?
Como dar o leite com copo?
Desperte o bebê, estimulando os seus 
pezinhos.
Acomode o bebê sentado ou semi-sentado 
em seu colo, de forma que a cabeça em 
relação ao pescoço forme um ângulo 
de 90º.
Encoste a borda do copo no lábio inferior 
do bebê, para que o leite toque os 
seus lábios.
O bebê irá lamber e depois tomar o leite.
Não despeje leite na boca do bebê.
TUBO SUPLEMENTADOR
COPO OU SERINGA COM LEITE
FITA ADESIVA
10
Translactação ou Relactação - Aumentar a 
produção de leite ou relactar.
Finger-feeding
• Treino de sucção ou complemento após seio
O que é Amamentação? 
A ideologia que influencia a A ideologia que influencia a 
assistência na amamentaassistência na amamentaçção ão éé
influenciada pela visão influenciada pela visão 
biologicista que valoriza a biologicista que valoriza a 
mulher de acordo com seu mulher de acordo com seu 
potencial da lactapotencial da lactaçção e reduz o ão e reduz o 
complexo social e cultural da complexo social e cultural da 
experiência do ser em experiência do ser em 
amamentaamamentaçção, negando a ão, negando a 
singularidades.singularidades.
A história ...
As percepções da mulher sobre o amamentar não se 
restringem somente ao período de lactação, mas se 
apresentam desde a gestação, quando ela considera as 
possibilidades de como alimentar seu filho e se prepara 
assumindo posições em relação a essa situação futura.
Decisão em amamentar
PROCESSO:
• Percepção
• Interpretação
• Atribuição de significados
• Experiências anteriores
• Tipo de ambiente
Imaginário da amamentação
X
Realidade ao amamentar
 Confronto prático entre o que sonhou na gestação e o que 
acontece de fato no puerpério.
 Bebê sonhado X Bebê real.
 Desejo de alimentar bem 
seu filho depois do 
nascimento X Crenças de que 
o leite materno pode não 
alimentar suficientemente 
(choro do bebê, menor ganho 
ponderal, aspectos físicos 
indesejáveis – complicações 
da amamentação)
As redes de apoio
• Marido, companheiro, pai do bebê.
• Mãe da mãe.
• Outros familiares mais próximos.
• Família extensiva (amigos, vizinhos, etc).
• Profissionais de saúde.
• Comunidade (igreja, associação,etc).
• Amigos do trabalho/ Empregador/ 
Empresa.
O corpo da mulher e do bebê na
AmaMentAção
 Os sinais expressos pelo corpo do bebê em busca de aconchego, 
prazer, sucção e alimento (suas expressões e reflexos);
 A significação/identificação da mãe com as necessidades do 
bebê;
 A capacidade do bebê de se abandonar, aninhar e se confortar 
em seus braços;
 A forma de oferecer o seio ao bebê e ajudá-lo a abocanhar;
 A pega do bebê e a forma com que suga o seio;
 A expressão de saciedade do bebê e o enchimento/esvaziamento 
dos seios;
OcitocinaProlactina
Adrenérgicos Endorfinas
Algumas repercussões na amamentação para a 
nutriz, mãe na UTIN
• Medo e insegurança quanto à recuperação do filho
• Culpa pela perda de peso
• Desconfortos
• Dor
• Cansaço
• Desgaste físico e emocional
• Comprometimento da liberdade (cotidiano)
• Restrição às atividades domésticas, etc.
• Risco para individualidade e bem-estar
• Vergonha de expor as mamas em público
Principais Desafios
(necessidades especiais)
• Mães subnutridas/desnutridas vivendo em condições 
desfavoráveis;
• Mães com muitos filhos pequenos em casa;
• Mães com alta cobrança em relação às tarefas domésticas sem 
períodos de repouso;
• Mães adolescentes que desejam voltar a estudar rapidamente 
ou mães autônomas que precisam retornar aotrabalho;
• Mães que moram em regiões difíceis para deslocamento, 
acesso a transporte ou não possuem recursos para retornar à
maternidade;
• Mães com a auto-confiança abalada e sem rede de apoio;
• Mães soropositivas para o HIV;
• Mães com deficiências físicas;
• Mães de outra cultura.
• Bebês prematuros extremos e de baixo peso;
• Gêmeos;
• Bebês com fenda palatina;
• Bebês com lesão neurológica;
• Bebês com malformação ou cardiopatia;
• Bebês com hospitalização prolongada.
Principais 
Desafios
(necessidades 
especiais)
Compreensão da prática da amamentação na 
UTIN
•• ExercExercíício multidisciplinar e interdisciplinarcio multidisciplinar e interdisciplinar
•• PromoPromoçção e apoio ão e apoio ‘‘intensivointensivo’’ para a amamentapara a amamentaççãoão
•• Desafios:Desafios: Identificar os reais motivos na decisão materna de Identificar os reais motivos na decisão materna de 
desmame ou de manutendesmame ou de manutençção da amamentaão da amamentaçção e identificar ão e identificar 
as potencialidades do bebê.as potencialidades do bebê.
•• Tornar o ambiente (fTornar o ambiente (fíísico e relacional) da UTIN o mais sico e relacional) da UTIN o mais 
acolhedor possacolhedor possíívelvel
•• InserInserçção da mãe/pai nos cuidados e no contexto da UTIN.ão da mãe/pai nos cuidados e no contexto da UTIN.
Estou em casa e agora?
“Meu bebê só chora, acho 
que agora não tenho mais 
leite!”
“Está doendo muito... 
Acho que não vou 
conseguir.”
“Tem que dar peito de 
madrugada? Estou morta, 
esse bebê só quer colo.”
• Estudo controlado randomizado com 108 binômios mãe-
filho concluiu que as mulheres que foram acompanhadas por 
um conselheiro em amamentação semanalmente por 6 
semanas tiveram maior duração do aleitamento materno (em 
12 semanas) quando comparadas ao grupo sem conselheiro. 
• Programas educativos sobre amamentação de prematuros 
realizados na internação e pós-alta são benéficos para a 
manutenção do aleitamento materno.
Merewood A, Chamberlain LB, Cook JT, Philipp BL, Malone K, 
Bauchner H. The effect of peer counselors on breastfeeding rates in the 
neonatal intensive care unit: results of a randomized controlled trial. 
Arch Pediatr Adolesc Med. 2006;160(7):681-5.
Ahmed AH. Breastfeeding preterm infants: an educational program to 
support mothers of preterm infants in Cairo, Egypt. Pediatr Nurs. 
2008;34(2):125-30 
A importância do aconselhamento
Cuidados após a alta ...
• Oferecer e reforçar orientações necessárias 
na alta (de preferência escrita, além da verbal, 
se possível com um acompanhante ou familiar).
• Informar à mãe, os serviços de apoio 
disponíveis (grupos, consultas, banco de leite, 
etc).
• Primeira Semana de Saúde Integral.
• Na consulta: ouça as dúvidas, observe a mamada, avalie clinicamente o 
bebê, elogie, informe, sugira, compartilhe, aconselhe, demonstre seu 
interesse em apoiar a mãe.
• Orientações importantes: alimentação da nutriz, ingesta hídrica, repouso 
freqüente, não uso de drogas, medicamentos, fumo, álcool e cafeína em 
excesso, cuidados com o bebê, vacinação e reconhecimento dos sinais de 
alerta.
Quais são os maiores 
desafios para a Enfermagem 
em relação ao Aleitamento 
Materno na UTIN? 
• Educação Permanente;
• Revisão de protocolos e fluxos assistenciais;
• Garantia de resolutividade e qualidade no 
atendimento às mães e bebês com dificuldades nos 
diferentes contextos.
• Garantia de continuidade dos cuidados, em nível 
ambulatorial, de apoio após a alta hospitalar.

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