Buscar

5 INFECÇÕES OSTEOARTICULARES

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Disciplina Ortopedia-Reumatologia
Ortopedia e Traumatologia
INFECÇÕES DE PARTES MOLES E OSTEOARTICULARES
Abcessos, miosites, fascites, Osteomielite e Artrite Séptica
Cícero Moraes
2
                                                                                
                                                                              
 CAIRO, Egypt (AP) -- The results of a CT scan done on King Tut's mummy indicate the boy 
have suffered a badly broken leg shortly before his death at age 19 -- a wound that could have become infected, Egypt's top archaeologist said Tuesday.
Introdução – Infecções partes moles e osteoarticulares
As infecções partes moles incluem as dermatites, erisipelas, fascites, celulites, tenossinovites infecciosas e abscessos
A osteomielite e a artrite séptica são doenças infecciosas osteoarticulares, assim como TB osteoarticular, sífilis óssea e infecções por fungos
Devem ser diagnosticadas e tratadas o mais rápido possível em ambiente hospitalar 
O tempo perdido no diagnóstico e tratamento pode gerar lesões irreversíveis com necrose tecidual e deformidades 
4
Infecções de Partes Moles
PELE (estrutura)
 Epiderme
 Derme 
 Hipoderme ou tecido celular subcutâneo
 Anexos (folículos pilosos, glândulas sudoríparas)
Infecções de Partes Moles
 Classificação:
 ( de acordo com estrutura acometida)
 Epiderme  Impetigo, Ectima
 Vias linfáticas e tecido celular subcutâneo  Erisipela e Celulite
 Anexos cutâneos  Foliculite (folículo piloso) e Furúnculo ou Antraz (folículos pilosos e tec.subcutâneo)
Infecções de Partes Moles
 Fisiopatologia
 Desequilíbrio entre hospedeiro e agente infeccioso.
 Pele  barreira importante contra microorganismos!
 Hospedeiro(pele) X Agente infeccioso
 - estrato córneo íntegro 
 - enzimas (lisozima, defensina) 
 - acidez (pH 5.0)
 
Infecções de Partes Moles
 Patogenia
 - patogenicidade da bactéria
 - porta de entrada
 - capacidade de defesa do hospedeiro
Infecções de Partes Moles
Flora bacteriana
 Flora residente
 maioria gram +
-Staphylococcus sp.
-Streptococcus sp.
 gram –
-E. Coli
-Proteus sp.
-Enterobacter sp.
 anaeróbios
-Propionibacterium sp.
-Peptococcus saccharolyticus
 Flora transitória
 - Staphylococcus aureus (região perianal, perioral, portadores de eczema e psoríase, HIV +)
 - Neisseria sp.
 - Streptococcus pyogenes (região perioral)
Infecções de Partes Moles
 Etiologia :
 - frequentemente estreptococos e/ou estafilococos
 Fatores predisponentes :
 - baixo nível sócio-econômico
 - crianças 1 e 5 anos
 
PIODERMITES
 Piodermites 
 Infecções da pele causada por bactérias piogênicas
 primária : processo patogênico inicial cutâneo (70% casos)
 secundária : manifestação cutânea infecciosa originada em outro órgão (30% casos)
 20 a 30% queixas em ambulatório de Pediatria  a infecção bacteriana de pele é o mais comum!!
Impetigo
 Infecção cutânea infantil mais comum
 10% de todos os problemas de pele em Pediatria
 Etiologia : estafilococos coagulase + ou estreptococos beta hemolítico
 Classificação :
 Não-bolhoso
 Bolhoso
 Fatores predisponentes (local de trauma) : queimadura, picada de inseto e más condições de higiene 
Impetigo bolhoso
 estafilocócico
 Lactentes e crianças pequenas
 30% casos de impetigo
 Staphylococcus aureus (coagulase +)
 Colonização da mucosa nasal
 Face, nádegas, tronco, períneo e membros
 Bolhas flácidas transparentes  ruptura  lesões c/ bordas elevadas e erosão rasa e úmida
 Adenomegalia regional (geralmente)
 Não há sintomas sistêmicos
Impetigo não-bolhoso
estreptocócico
 70% casos
 Streptococcus pyogenes ( beta-hemolítico grupo A)
 Face e membros : mais comum
 Colonização prévia cutânea associada à lesões traumáticas
 Mácula  vesícula c/ hiperemia ao redor  pústula  crosta melicérica
 Disseminação
 Não há sintomas constitucionais
 Linfadenopatia satélite
Impetigo estreptocócico
Impetigo 
 Diagnóstico :
 Clínico (essencialmente)
 Bacterioscópio
 Cultura do líquido da bolha
 Histopatológico 
Impetigo
 Diagnóstico Diferencial
 Bolhoso
 - não-bolhoso
 - epidermólise bolhosa
 - infecção herpética
 - queimaduras
 - pênfigo e penfigóide bolhoso
 Não-bolhoso
 - bolhoso
 - infecções virais (herpes, varicela-zoster)
 - infecções fúngicas (tinea)
 - infecções parasitárias (escabiose)
Impetigo
 Complicações:
 - osteomielite
 - artrite séptica
 - septicemia
 - celulite ( raro na forma bolhosa)
 - linfangite, linfadenite supurativa, psoríase e escarlatina podem complicar a forma estreptocócica
 - GNDA (cepas nefritogênicas)  forma estreptocócica
 - Síndrome da pele escaldada (suceder a forma bolhosa)
Impetigo
 Tratamento
 - lesões restritas
 cuidados locais/ limpeza
 antibióticos tópicos : mupirocina, bacitracina, neomicina
 - lesões extensas ou envolvimento profundo
 antibióticos sistêmicos : penicilina resistente à betalactamase, cefalosporinas de 1ª geração, macrolídeos (?), eritromicina, clindamicina. 
Tempo : 7 a 10 dias.
 - cura sem deixar cicatriz
 - se resistência  pensar em estafilococos!
Abscesso
 Coleção, interna ou superficial, de pus e de material infectado na pele 
 Podem surgir seguida de uma infecção bacteriana ou a partir de um pequeno ferimento ou lesão
 Etiologia
 - S. aureus
 - Anaeróbios
Abscesso
 Sinais e sintomas
 - centro necrótico e edema periférico
 - tumefação
 - flutuação c/ pus
 - eritema
 - dor
 - febre
 - mal-estar
 - linfadenopatia regional
 - fistulização e descarga purulenta
 
 
 Fatores predisponentes
 - foliculite, furúnculo, celulite
 - trauma/queimadura
 - cateteres intravenosos
Abscesso
 Diagnóstico : clínico, cultura da drenagem
 Tratamento :
 - compressa morna/quente
 - limpeza, incisão e drenagem
 - antibióticos : Clindamicina, Vancomicina
*
Celulite e Fascite Necrosante
 Complicações de infecções de partes moles
 MRSA : alteração da abordagem inicial e crescente emergência dentro das infecções de partes moles
Celulite
 Infecção da derme c/ extensão variável
 Maior acometimento em extremidades
 Perda da barreira de proteção da epiderme ( solução de continuidade)
 - trauma
 - úlcera
 - eczema
 
Celulite
 Fatores predisponentes
 - tinea
 - DM
 - doença vascular / estase linfática
 - história anterior de celulite
 - imunodeprimidos
 Etiologia
 - estreptococos beta-hemolítico ( subtipos A e B)  S. pyogenes
 ( se trauma)
 - S. aureus 
 ( abscesso, foliculite)
 - MRSA
 - Outros : cenários clínicos específicos
Celulite
 Etiologia
 RN : estreptococos grupo B, E. coli (investigar sepse)
 Imunodeprimidos, diabéticos : P. aeruginosa, Legionella
 Celulite facial : pensar em H. influenzae tipo B
Celulite
 Quadro clínico
 - eritema ( bordas pouco delimitadas)
 - edema
 - calor
 - hiperestesia
 Eritema  bordas bem delimitadas : Erisipela
 - linfadenopatia
 - abscesso
 - toxicidade sistêmica : fascite necrosante ou disseminação hematogênica
Celulite
 Diagnóstico
 Clínico
 Hemocultura : positividade em apenas 5% casos
 Punção biópsia da área
 Exames laboratoriais : valor limitado, não estabelece a causa
 Avaliação radiológica
 - gás/crepitação
 - abscesso
 - corpo estranho
Celulite
 Complicações
 - abscesso subcutâneo
 - osteomielite
 - artrite séptica
 - tromboflebite
 - bacteremia
 - fascite necrosante
Celulite
 Tratamento
 - seleção adequada do antibiótico ( empírico)
 - current infections disease guidline recomenda:
 beta-lactâmicos : 1 ª escolha celulite ambulatorial
 cefalosporinas de 1ª geração
  alérgicos : clindamicina e vancomicina
Celulite
 Risco de MRSA : SMZ-TMP, Clindamicina, quinolona 3ª e 4ª geração
 Estafilocócica : beta-lactâmico resistente à penicilinase ou cefalosporinas de 1ª geração
 * MRSA : tem aumentado o nº de falha terapêutica
* Pacientes c/ comorbidades : cobrir MRSA
Celulite
 Tratamento:
 RN : Meticilina ( Oxacilina) + Aminoglicosídeo
 ou
 Cefotaxima 
 Cobrir estafilococos, gram negativos e listeria
 Lactente e criança < 5 anos: cobrir S. pyogenes, S. aureus, H. influenza e pneumococo.
Celulite
 Tratamento hospitalar :
 - toxicidade sistêmica
 - Instabilidade hemodinâmica
 - falha no tratamento ambulatorial ( sem melhora ou piora em 48 h)
 Escolhas :
 - penicilinas resistentes à penicilinases
 - cefalosporinas de 1ª geração ( Cefazolina)
 - se alérgico à penicilina : Clindamicina ou vancomicina
 Tempo: casos não complicados 10 dias ; complicados 14 a 21 dias
MRSA Staphylococcus aureus resistente à meticilina
adquirido na comunidade
 ca-Mrsa (MRSA origem comunitária)
 Aumento da incidência em infecções de partes moles
 Pacientes de risco :
 - hospitalização recente
 - internação de longa permanência em abrigos
 - usuários de drogas injetáveis
 - crianças habitam em creches
 - prisioneiros
MRSA adquirido na comunidade
 Obs: Impetigo ou Furúnculo recorrentes ou persistentes, nesta população acima, que não respondem ao tratamento oral c/ beta-lactâmicos, devem ser investigados p/ ca-MRSA!
MRSA adquirido na comunidade
 Resistência aos beta-lactâmicos
 Sensíveis aos :
 - clindamicina
 - SMZ-TMP
 - quinolonas
 - linezolida
 - vancomicina
Estes dois últimos reservados p/ casos graves!
Fascite Necrosante
 Infecção do tecido subcutâneo que envolve a camada profunda da fáscia superficial
 Destruição tissular importante
 Rápida disseminação bacteriana pelos planos tissulares
Fascite Necrosante
 Apresentação clínica enigmática
 Reconhecimento precoce
 Mortalidade : 24 a 34%
 Alta morbidade : amputação, diálise, múltiplos procedimentos cirúrgicos, longas hospitalizações
 DIAGNÓSTICO NÃO PODE SER POSTERGADO E A INTERVENÇÃO CIRÚRGICA PRECOCE TEM SIGNIFICATIVO VALOR PROGNÓSTICO!!!!
Fascite Necrosante
 Acometimento : membros, abdome e região perineal
 Alta incidência em imunodeprimidos
 Pode ocorrer após trauma na pele, contusão ou procedimento cirúrgico
Fascite Necrosante
 Etiologia :
 - S. pyogenes
 - S. aureus
 - Clostridium perfringens
 - P. aeruginosa
 - E. coli
 - Enterobacter
 Polimicrobiana : anaeróbios e aeróbios
Fascite Necrosante
 Classificação :
 Tipo I
 - polimicrobiana
 - estreptococos grupo A, S. aureus, enterococos, Bacterioides fragilis, Clostridium sp.
 - pacientes de risco : diabéticos, ferida cirúrgica, doença vascular periférica, usuários de drogas
 - Ex : Fournier
Fascite Necrosante
 Classificação : 
 Tipo II
 - infecção monobacteriana : Streptococcus pyogenes
 - pacientes de risco semelhantes ao tipo I
 - qualquer grupo etário é suscetível
 - hipótese de propagação hematogênica a partir de um foco na faringe
 - geralmente associada à sindrome do choque tóxico estreptocócico
Fascite Necrosante
 Quadro clínico
 - edema, eritema, dor, calor local
 - desenvolvimento de bolha hemorrágica
 - febre, mialgia, taquicardia, hipotensão ( 1ª 24h)
 - creptação (Clostridium)
Fascite Necrosante
 Quadro clínico 
 Desproporção entre a queixa ( intensa) e manifestações cutâneas ( discretas)
 Progressão do eritema ou mudança dos sinais clínicos em poucas horas
 Toxicidade sistêmica
Fascite Necrosante
 Diagnóstico
 - avaliação laboratorial e radiológica
 - leucocitose c/ desvio p/ esquerda
 - hiponatremia, elevação da creatinina, hipocalcemia, hipoalbuminemia e hiperglicemia
 - estudo mostrou : leucocitose > 14.000 e Na < 135 mEq/L (90% sens. E 76% espec.) Distinção de necrotizante e não-necrotizante
 - hemocultura : positiva em 60% casos
 - aumento ác. lático, aumento CPK (cuidado: IR)
Fascite Necrosante
 Diagnóstico
 - gasometria arterial : acidose metabólica
 - CIVD
 - Rx : evidencia gás subcutâneo ( 39% sensibilidade e 95% especificidade)
 - TC ( superior) : revela acúmulo de líquido, necrose muscular e espessamento fascial
 - RNM : maior sensibilidade e especificidade que a TC, porém despende mais tempo.
Fascite Necrosante
 Tratamento
 “ Tempo é tecido”
 - debridamento cirúrgico ( principal)
 - antibióticos EV de largo espectro
 - medidas de suporte ( ressuscitação líquida e monitorização invasiva)
 Regime de escolha na maioria dos estudos :
 Beta-lactâmico c/ inibidor de beta-lactamase
 +
 Clindamicina
Fascite Necrosante
 Tratamento:
 * infecção polimicrobiana :
 ampi-sulbactam ou piperac-tazobactam
 +
 Clindamicina ou Ciprofloxacina
 Imipenem / Meropenem
 Cefotaxime + Metronidazol
Fascite Necrosante
 Tratamento:
 * infecção estreptocócica
 penicilina + clindamicina
 * infecção estafilocócica
 Oxacilina
 Vancomicina
INTRODUÇÃO - INFECÇÕES OSTEOARTICULARES
A osteomielite e a artrite séptica apresentam sinais e sintomas semelhantes, se diferenciando apenas pelo foco infeccioso
Pacientes imunodeprimidos (HIV, Doenças Crônicas, Corticoterapia) são mais susceptíveis
51
INTRODUÇÃO - INFECÇÕES OSTEOARTICULARES
A osteomielite e a artrite séptica são doenças infecciosas osteoarticulares, assim como TB osteoarticular, sífilis óssea e infecções por fungos
Devem ser diagnosticadas e tratadas o mais rápido possível em ambiente hospitalar 
O tempo perdido no diagnóstico e tratamento pode gerar lesões irreversíveis com necrose tecidual e deformidades 
52
53
DEFINIÇÃO
	Qualquer infecção óssea que compromete a cortical, a esponjosa e o canal medular
Infecção com rápida progressão , grave, podendo comprometer a vida do paciente
A destruição óssea causada pela necrose tende à cronificação se não for tratada
A demora no diagnóstico, o tratamento errôneo ou tardio são erros que comprometem o prognóstico
54
OSTEOMIELITE
Infecção no osso, significa envolvimento do canal medular e dos ossos esponjosos e corticais
Classificação:
Hematogênica
Pós traumática
Aguda, Crônica
55
CLASSIFICAÇÃO
Osteomielite Hematogênica Aguda
Osteomielite Crônica
Abscesso Ósseo
Osteomielite por Contiguidade (Traumática)
	Com comprometimento vascular
	Sem comprometimento vascular
 
56
FISIOPATOLOGIA
Foco Infeccioso primário com bactérias circulantes ou bacteremia silenciosa
Invasão bacteriana da metáfise de ossos longos
	Rica vascularização 
	Sistema vascular de sinusóides  Fluxo vagaroso e turbulento
Circulação capilar término terminal
Formação do foco infeccioso ósseo = Osteomielite
57
FISIOPATOLOGIA
Reação inflamatória local
Aumento da pressão intra-óssea  Isquemia , Necrose e Abscesso
+++ 48h é o período crítico para entrada do ATB
Descolamento do periósteo
Sequestro ósseo: áreas de necrose
58
FISIOPATOLOGIA
59
Penetração bacteriana
Instalação bacteriana na região metafisária
Enzimas e toxinas
Reação inflamatória
↑ Pressão tissular
↓ Aporte sangüíneo
Isquemia
Necrose
Abscesso
Expansão canais de Havers e Volkmann
61
Expansão canais de Havers e Volkmann
Invasão do canal medular
Invasão do espaço subperiosteal
Deslocamento do periósteo
Isquemia óssea
Sequestro ósseo
Cronificação
Invasão de partes moles
Fistulização
62
ETIOLOGIA
S. aureus
63
QUADRO CLÍNICO 
Dor
Impotência Funcional
Edema – diferenciar de derrame articular
Hiperemia
Hipertermia Elevada ( > 39oC) 
Sinais de comprometimento geral: prostração, apatia, anorexia, irritação
Sepse
64
65
DIAGNÓSTICO 
Clínico !!!
	Paciente com febre e dor óssea súbita e espontânea com exame radiográfico normal
66
EXAMES COMPLEMENTARES
Hemograma
VHS
PCR
Cultura e Antibiograma
Pesquisa de Gram
67
EXAMES DE IMAGEM
Radiológico
+++ Nos primeiros 5 a 7 dias não são detectados alterações locais
Rarefação
Após 10 dias:
litíase metafisária e reação periosteal
Destruição: sequestro ósseo (osteomielite crônica)
Esclerose: tardio (osteomielite crônica)
68
Dia 0
Dia 10
69
Sequestreptomia
70
71
EXAMES DE IMAGEM
Cintilografia: evidencia bem a hiperemia
CT: pouco útil na OM aguda. Evidencia bem os sequestros na OM Crônica
RM: não se faz de rotina, porém é excelente método
72
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Artrite Séptica
Celulite e Abscesso Profundo
Artrite Reumatóide
Tumor de Ewing
Gota
73
TRATAMENTO
Clínico (se diagnóstico precoce)
Internação (é difícil passar atb EV de início, normalmente passa VO, por isso evolui mal)
Oxacilina primeira excolha
Repouso
Imobilização
Antibioticoterapia empírica: o mais rápido possível
	4 a 6 semanas
74
TRATAMENTO
Cirúrgico
Sempre que houver a suspeita de abscesso subperiostal
Casos sem melhora após 48-72hrs de tratamento
	
Punção local
Drenagem cirúrgica de partes moles
Drenagem óssea e lavagem
Irrigação contínua (24 – 48 hrs)
Imobilização (tala gessada, ortese ou tração)
75
TRATAMENTO
76
TRATAMENTO ANTIBIOTICOTERÁPICO
77
COMPLICAÇÕES
Fraturas patológicas
Anquilose (fusão de articulação)
Artrite séptica
Pseudoartrose
Cronificação (Osteomielite Crônica)
Septicemia e morte
78
Osteomielite por tuberculose
79
80
DEFINIÇÃO
	É uma infecção articular provocada por germe piogênico que ocorre por:
Disseminação hematogênica
 Contaminação por contiguidade: osteomielite
Iatrogênica: punções articulares 
Predomínio em neonatos, lactentes e crianças entre 1 e 3 anos de idade
81
Artrite séptica ou Pioartrite
Infecção articular, geralmente causada por disseminação hemática ou em decorrência de uma osteomielite metafisária
Pode levar:
Destruição da cartilagem
Necrose epifisária
Luxações
82
CLASSIFICAÇÃO
Artrite séptica não-gonocócica: 
	Sexo masculino 
	Extremos da idade
	Joelho e Quadril 
	Monoarticular
	S. aureus é o principal agente etiológico
83
Classificação
Achados relativamente tardio da artrite séptica
Erosões e esclerose subcondral na cabeça do úmero
Reação periosteal, devido à osteomielite, do colo cirúrgico do úmero
84
CLASSIFICAÇÃO
Artrite séptica gonocócica (Neisseria gonorrhoeae)
	Sexo feminino (mulher é mais assintomática)
	(não arde tanto, não queima tanto)
	Sexualmente ativas
	Punhos e articulações metacarpofalangeanas
	Poliarticular
85
FISIOPATOLOGIA
Infecção intra-articular
Condrólise química
Erosões (24 – 48 hrs)
Aumento da volume intra-articular
	Distensão capsular
	Isquemia da membrana sinovial 
	Isquemia e necrose epifisária (escapuloumeral e coxofemoral )
A distensão pelo aumento da PIA pode gerar subluxações ou luxações 
86
Penetração da bactéria
Produção de enzimas + Fatores inflamatórios
Condrólise
Erosões na superfície articular
↑ Líquido na articulação
Distensão capsular
Isquemia
Necrose
87
Agentes etiológicos
85% Estafilococos aureus;
Estrepto do grupo B;
Haemófilos;
Pseudomonas;
Gonococos;
Salmonela (ocorre muito em pct com anemia falciforme);
88
QUADRO CLÍNICO
Dor
Limitação importante da mobilidade articular
Posições de defesa (antálgicas)
Edema
Aumento do volume articular
Sinais flogísticos
Febre e leucocitose podem ser
discretos
89
EXAMES COMPLEMENTARES
HC
VHS
Cultura e Antibiograma
Punção: fecha o diagnóstico de artrite séptica
90
RADIOLOGIA
Radiografia
Sinais precoces 
	Tumefação de tecidos moles
	Aumento do espaço articular	
	Espessamento da cápsula
Após 48 hrs	
	Afastamento entre superfícies articulares
	Sub-luxações e luxações
Sinais tardios 
	Necrose epifisária - encurtamento ósseo
91
RADIOLOGIA
92
RADIOLOGIA
Lateral do joelho: paciente com artrite séptica mostrando espessamento da faixa suprapatelar devido a sinovite e derrame na bolsa suprapatelar
93
RADIOLOGIA
Artrite séptica do quadril direito com diminuição do espaço articular e da linha subcondral do teto do acetábulo
94
Classificação
Achados relativamente tardio da artrite séptica
Erosões e esclerose subcondral na cabeça do úmero
Reação periosteal, devido à osteomielite, do colo cirúrgico do úmero
95
Diagnóstico
CLÍNICO: história + exame físico
Dor
Edema
Hiperemia
Febre
Impotência funcional
Gerais: astenia, apatia, irritabilidade, anorexia.
96
97
EXAMES COMPLEMENTARES
Laboratoriais:
Hemograma
VHS
PCR
Hemocultura
Cultura e antibiograma
98
Exames complementares
Por imagem:
Radiografia
Cintilografia
TC
RMN
US
99
100
101
INFLAMATÓRIAS - INFECCIOSAS
Tratamento
Internação ( exames complementares + cuidados clínicos gerais)
Drenagem  cultura
Cirurgia ( lavagem óssea)
Imobilização
Antibioticoterapia
		Cefalosporina 2ª ou 3ª + Aminoglicosídeo
		EV  Oral
Analgésico + AINES
103
Bibliografia
HEBERT, S., et al. Ortopedia e Traumatologia: Princípio e prática. 3 Ed. Artmed. São Paulo, 2003. p. 726-743.
Aula on-line: Infecões osteoarticulares - 5602. Dr Willian Bellangero. 26min34. Disponível em: <http://www.sbot.org.br/portal/AreaRestrita/EducacaoOnline.asp# >. Acesso em 29 ago 2008.
Aula on-line: Infecções osteoarticulares - 5601. Dr. Luiz Antonio Munhoz da Cunha. 25min45. Disponível em: <http://www.sbot.org.br/portal/AreaRestrita/EducacaoOnline.asp# >. Acesso em 29 ago 2008.
Pinheiro, P. C .M. S.; Bianco, S. M. Enfoque ortopédico da artrite séptica na criança. Revista Brasileira de Ortopedia. 
104

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais