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Cardiovascular Life Support (ACLS) ACLS: Síndrome Coronariana Aguda · Dor Torácica: Conduta na Emergência 1°) Protocolo MOVE M -> Monitorização (PA, FC, FR, SatO2, Pulso, Temperatura) O -> Oxigênio (se SatO2 < 92%) V -> Veia (acesso venoso) – para aplicar medicamentos e coletar alguns exames E -> ECG (realizar em até 2 min da chegada no pronto atendimento e interpretação em até 10 minutos) 2°) Anamnese + Exame Físico 2.1°) Anamnese ->Durante a anamnese de um caso de emergência de dor torácica, o médico deve realizar as seguintes tarefas: I) Buscar sinais de instabilidade e gravidade (5 D’s) II) Diferenciar SCA de dores torácicas não cardiogênicas + sintomas associados -Na anamnese, o médico deve caracterizar a dor torácica do paciente, afim de realizar diagnóstico diferencial com outras condições que também geram dor torácica. Dessa forma, deve-se perguntar fatores como: (a) – Tempo cronológico da dor (a quanto tempo iniciou, se é recorrente) (b) – Intensidade da dor (em uma escala de 0 a 10) (c) – Como começou a dor (dor crescente ou forte desde o início) (d) – Como é a dor (em aperto; em pontadas; em queimação) (e) – Se a dor se irradia (f) – Em que contexto a dor iniciou (g) – Fatores de melhora e piora da dor III) Investigar fatores de risco para SCA 2.2°) Exame Físico ->Realiza-se o exame cardiovascular: I) Aferir PA II) Palpar pulsos III) Auscultar as bulhas cardíacas IV) TEC 3°) Solicitar Exames Essenciais (Visando realizar diagnóstico diferencial de dor torácica) I) Eletrólitos II) Creatinina III) Hemograma IV) Mioglobina; Troponina; CK-MB -> Marcadores de Necrose Miocárdica (MNM) V) Gasometria Arterial VI) Glicemia VII) Radiografia de Tórax VIII) POCUS 4°) Outros Exames (Visando realizar diagnóstico diferencial de dor torácica) – Pedir apenas os exames que forem adequados ao contexto clínico do paciente I) Angiotomografia de tórax – Quadros que sugerem TEP II) Angiotomografia de aorta – Quadros que sugerem dissecção de aorta III) Ecocardiograma – Outros quadros de alteração cardíaca IV) EDA – Quadros que sugerem ruptura esofágica V) dímero-D – Quadros que sugerem TEP VI) Proteína C reativa · Quadro Clínico na SCA Quadro Clínico Clássico de uma SCA: (a) – Dor torácica retroesternal, com as seguintes características: -Dor em “aperto”/ “em pressão” -Dor com intensidade crescente (começa uma dor leve e evolui para dor intensa) -Dor que se irradia para o MMSS esquerdo, mandíbula, ombros e costas -Geralmente a dor piora com esforço físico (b) – Dispneia (c) – Sudorese excessiva (diaforese) (d) – Ansiedade (e) – Náuseas (f) – Pré-síncope e síncope (g) – Palpitações OBS.: (b) até (g) = sintomas associados na SCA Quadro Atípico de uma SCA: (a) – Outros tipos de dores (equivalentes anginosos -> Consiste em sintomas que não são típicos de SCA, mas que devem ser considerados em um contexto de paciente com fatores de risco para SCA), incluem: -Dor epigástrica -Dispepsia -Dor lombar -Sintomas associados (os já citados lá em cima) OBS.: Em 1/3 dos pacientes com SCA não há dor torácica! -> pacientes com as seguintes características possuem maior risco disso acontecer: I) Mulheres II) > 75 anos III) DM IV) DRC V) Demência · Fatores de Risco para SCA I) Homens > 55 anos e mulheres > 65 anos II) Tabagismo III) Dislipidemia: triglicerídeos ≥ 150mg/dL; LDL > 100mg/dL; HDL < 40mg/dL IV) Diabetes mellitus V) Histórico familiar de DAC VI) HAS VII) DRC · Fisiopatologia da SCA 1°) IAMCSST -> Decorrente de ruptura de placa aterosclerótica com formação de trombo que leva a um bloqueio total da artéria coronária. ->Consegue definir a presença de IAMCSST por meio do ECG ->Gera um infarto transmural 2°) IAMSSST -> Decorrente de erosão ou ruptura de placa com formação de micro-êmbolos. Vale ressaltar que no IAMSSST a artéria afetada inicialmente está apenas parcialmente obstruída. Se essa artéria for totalmente obstruída, o IAMSSST pode cursar para um IAMCSST. Caso a artéria continuar parcialmente obstruída, o IAMSSST pode continuar gerando lesões no miocárdio por isquemia ou pode cursar para uma angina. ->Consegue definir IAMSSST por meio do exame de marcadores de necrose miocárdica (MNM) seriados, uma vez que o ECG, nesses casos, pode não mostrar um IAM sem supra de ST ANGINA ESTÁVEL ANGINA INSTÁVEL -Dor em aperto que diminui depois de alguns minutos em repouso -Dura em média 1 a 5 minutos -A dor melhora em repouso -A dor melhora com o uso de medicamentos (nitroglicerina) -Pode se irradiar para os percursos clássicos de um IAM -Dor em apertos que tem intensidade maior e dura mais tempo do que uma angina estável -Dura mais do que 15 a 20 minutos -A dor não melhora em repouso -A dor não melhora com uso de medicamentos (nitroglicerina) -Pode se irradiar para os percursos clássicos de um IAM · Supra de ST e como Fazer o ECG Muito Importante: Se há condições de um paciente com IAMCSST com tempo ≤ 12 horas ser transferido para realizar uma angioplastia, ele deve ser transferido, pois a angioplastia tem prioridade em relação à fibrinólise. Entretanto, se isso não for possível, realiza-se a fibrinólise (respeitando os tempos estabelecidos, ou seja, se der pra ele ser transferido, mas isso ultrapassar de 120 min, a transferência não deve ser realizada e o paciente deverá realizar fibrinólise). Além disso, o tempo limite de 120 min para angioplastia coronariana é considerando o tempo de transferência do paciente, ou seja (90 min de entrada no serviço + 30 min de transferência = 120 min). Muito Importante 2: Se o paciente tiver com IAMCSST > 12 horas ele de forma nenhuma poderá realizar fibrinólise. Entretanto, ainda poderá realizar angioplastia coronária de emergência, caso atenda a pelo menos 1 dos 5 critérios estabelecidos (Dor torácica isquêmica; Desvio de ST recorrente/persistente; Taquicardia ventricular; Instabilidade hemodinâmica; Sinais de IC aguda) Muito Importante 3: Em paciente com IAMSSST a fibrinólise não é realizada de maneira alguma! Em vez disso, se um paciente com IAMSSST for classificado como um de alto risco (isto é, atendendo a pelo menos 1 critério desses 5: Infradesnivelamento de ST; inversão de onda T; Supra de ST transitório; forte suspeita de isquemia; pontuação de alto risco), ele poderá realizar uma angioplastia coronariana de emergência caso atenda a pelo menos 1 dos 5 critérios estabelecidos para esse procedimento (Dor torácica isquêmica; Desvio de ST recorrente/persistente; Taquicardia ventricular; Instabilidade hemodinâmica; Sinais de IC aguda). TRATAMENTOS ACESSÓRIOS: · Tratamento Acessório para IAM M -> Morfina O -> Oxigênio suplementar N -> Nitrato A -> AAS B -> Betabloqueador E -> Estatina (+ IBP) C -> Clopidogrel H -> Heparina I -> IECA image6.png image7.png image8.png image1.png image2.png image3.png image4.png image5.png
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