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Automação e Controle 1 COMANDOS ELETROMECÂNICOS 3 Contatos elétricos 4 Classificação dos contatos elétricos: 4 Dispositivos acionadores dos contatos: 5 Automação Eletromecânica 11 Tipos de Diagrama 12 CIRCUITOS BÁSICOS 14 Sensores Industriais 17 Sensores 17 Sensores Digitais podem apresentar as seguintes saídas : 19 Tipo de Sensores Digitais 20 Lógica Digital “Emprego dos Acionadores e Sensores Digitais” 26 Lógica dos contatos elétricos 26 Funções lógicas 27 Funções lógicas básicas e derivadas 29 Automação Industrial 33 Histórico da Automação Industrial 33 Anos 60 34 Anos 70 e 80 34 Anos 90 35 Conceitos Básicos 35 Definição dos Níveis de Automação 35 Os Controladores Lógicos Programáveis ( CLP’s ) 36 Princípio de funcionamento de um CLP 37 Ciclo de Varredura 37 Linguagens de Programação dos CLP`s 38 Noções Básicas sobre o Hardware 40 CLP’s não expansíveis – Linha FX1S 40 CLP’s expansíveis FX1N FX2N- FX2NC 40 Ligações Externas 42 Conexões dos Dispositivos de Saída 43 Software de Progamação GX Developer 45 Executando o GX 46 Conversão do Programa 56 Base de dados dos CLP`s da Família FX 59 Conjunto de Instruções Básicas 67 Exemplos : 68 Sensores Analógicos 73 Medição de Temperatura 74 Medição de temperatura com Termopar 74 Automação e Controle 2 Medição de Temperatura por Termoresistência As termoresistências Pt - 100 : Medição de pressão Dispositivos para medição de pressão 84 Medição de vazão 89 Medição de nível 96 Uso de simbologia de instrumentação e Controle 106 Nomenclatura de instrumentos em malhas de controle 106 Malhas de controle 108 Controle 111 1.0 Introdução 111 1.1 - Evolução Histórica do Controle Automático 112 2 - Conceitos e Considerações Básicas de Controle Automático 112 2.1 - Conceitos 112 2.1.1 - Como definir um sistema de controle 115 2.1.2 - Instrumentação dos sistemas de controle 117 2.2 – Tipos de Controle 118 2.2.1 - Controle Manual e Controle Automático 118 2.2.2 - Controle Auto-operado 119 2.2.3 - Controle em Malha Aberta e Malha Fechada 120 2.3 – Realimentação 121 2.4 – Diagrama de Blocos 121 2.5 – Atrasos no Processo 122 3 - Ações de Controle 124 3.1 - Modos de Acionamento 124 3.2 - Ação de Controle ON-OFF (Liga-Desliga) 125 3.3 – Ação Proporcional (Ação P) 127 3.4 – Ação Integral 132 3.5 – Ação Proporciona + Integral (Ação P+ I) 135 3.6 – Ação Derivativa (Ação D) 138 3.7 - Ação Proporcional + Integral + Derivativa ( PID ) 141 Automação e Controle 3 PID – Instrução de Controle Proporcional Integral e Derivativo do FX2N Conversor AD – FX2N 4AD - Setup Conversor DA – FX2N 4DA - Setup 152 Resumindo ações de controle 153 Ações de controle 153 Ação Proporcional 154 Ação Integral 155 Ação Derivativa 155 Comandos Eletromecânicos Automação e Controle 4 Ação que atua o contato Contatos elétricos Contato elétrico é um meio condutor móvel destinado a fechar ou abrir circuitos elétricos, permitindo ou não a circulação de corrente elétrica. Classificação dos contatos elétricos: Podemos classificar os contatos elétricos em três tipos, segundo suas características de fabricação: Contato normalmente aberto (NA): Este tipo de contato é construído de maneira que permaneça aberto durante o repouso do aparelho ao qual pertença. Quando acionado o aparelho, o contato NA é fechado permitindo a circulação de corrente elétrica pelo circuito. Também é chamado de contato fechamento, contato de trabalho ou normally open contact (NO). Contato normalmente fechado (NF): Este tipo de contato é construído de maneira que, quando acionado abre o circuito interrompendo a passagem da corrente elétrica. Também é chamado de contato abertura, contato de repouso ou normally closed contact (NC). Ação que atua o contato Automação e Controle 5 Contato reversível: Este tipo de contato possui características tanto de contato NA quanto de contato NF. Pode possuir um terminal de ponto comum ou terminais independentes. Dispositivos acionadores dos contatos: As ações responsáveis pela atuação dos contatos elétricos são provenientes de dispositivos acionadores (também conhecidos como "dispositivos auxiliares para comando") os quais dividimos essencialmente em dois tipos: Dispositivos auxiliares para comando manual (provocado) e Dispositivos auxiliares para comando automático. Os dispositivos acionadores são construídos para muitos tipos de aplicações diferentes, possuindo por isso, formatos e modos de operação variados. Dispositivos auxiliares para comando provocado: Geralmente recebem ação manual para seu acionamento, por exemplo: interruptores, comutadores e botões. Os interruptores são os aparelhos de comutação mais utilizados nas instalações elétricas interiores (para controle de iluminação). Esses aparelhos conservam a posição adquirida quando se deixa de agir sobre eles, apresentam portanto, dois estados estáveis. Interruptor acionado com Tecla Acionador tipo TECLA Contato elétrico (NA) Bornes de ligação NA NF Ação que atua o contato COMUM NA NF Ação que atua o contato NA NF Terminal de ponto comum Terminais independentes Automação e Controle 6 Os comutadores, assim como os interruptores, acionam contatos elétricos porém, estes dispositivos podem conter mais de um contato de tipos diferentes (NA e NF). Além disso, também podem assumir várias posições estáveis ou contar com mecanismo de retorno automático à posição original. Estes dispositivos podem ter acionadores do tipo manopla curta, manopla longa ou com chave. Exemplo de um comutador (com manopla longa) de 3 posições: Os botões, por sua vez, quanto ao tipo de aplicação, podem ter seus sistemas de acionamento embutidos no corpo (evitando acionamentos involuntários) ou externos (tipo pedal ou soco, proporcionando grande rapidez de manobra), os quais são utilizados, principalmente, em comandos no pé ou para desligamento das instalações em casos de emergência. Os botões podem ser classificados em dois tipos básicos: ¾ Botão de impulso (mais conhecido como botão pulsador): Possui apenas uma posição estável, isto é, quando se deixa de agir sobre ele a força de uma mola provoca seu retorno a posição original (de repouso). ¾ Botão de contato mantido (mais conhecido como botão liga/desliga) possui duas posições estáveis, ou seja, alterna os estados de seus contatos a cada acionamento realizado. 0 21 Vista frontal 1 0 2 Símbolo Vista lateral Automação e Controle 7 Dispositivos auxiliares para comando automático: Estes dispositivos são órgãos de detecção de informações, em função da ação de um operador, da variação de uma grandeza física ou da posição de um móvel, como por exemplo, chaves de fim de curso. As chaves de fim de curso (ou LIMIT SWTCHES) encontram-se dentre os dispositivos "mecânicos" auxiliares para comando automático mais encontrados em máquinas e processos. Estes dispositivos possuem muitas variações de formas construtivas e de especificações, tais como: ¾ Fabricante; ¾ Tamanho; ¾ Características elétricas (faixa de tensão, faixa de corrente, resistência de isolamento, arranjo dos contatos, tipo de terminais, ...); ¾ Características mecânicas (resistência a vibração, posição de trabalho, tipo de atuador,...),etc.Atuador Cabeça Corpo Tampa Limit Switch Automação e Controle 8 Os limit switches compõem-se basicamente de: corpo (que contém os contatos, geralmente 1NA + 1NF) e cabeça ou cabeçote (que suporta o sistema atuador). O atuador é a parte responsável pelo contato com a superfície que acionará o limit switch. Existe um atuador específico para cada tipo de superfície de contato e, normalmente, é permitida a troca do mecanismo atuador aproveitando-se o corpo. Exemplos de atuadores para limit switches: Símbolos: Os dispositivos de comando são representados nos diagramas elétricos através de símbolos gráficos que definem os tipos de acionadores, de contatos utilizados, assim como, o estado inicial do dispositivo. Como por exemplo: Botão pulsador (com 1NA + 1NF) Chave de fim de curso acionada no repouso (com 1NA + 1NF) Chave de fim de curso desacionada no repouso (com 1NA + 1NF) Tipo comando por roldana com atuação bidirecional com uma posição estável. Tipo lira com atuação bidirecional e duas posições estáveis (memória do sentido do deslocamento). Tipo haste ou vareta (rígida ou flexível) com atuação unidirecional ou bidirecional, com uma posição estável. Tipo comando esférico com uma posição estável. Tipo alavanca com roldana com atuação unidirecional, com uma posição estável. Automação e Controle 9 Os contatos elétricos também podem pertencer a dispositivos de comando eletromecânicos como Relés e Contatores. Vejamos, então, algumas características destes dispositivos. Os relés são interruptores com comando por eletroímã a distância. Possuem uma bobina que quando energizada, cria um campo magnético provocando o acionamento de seus contatos que podem formar a lógica de controle de um sistema ou serem utilizados para acionamento de pequenas cargas. Principais partes de um relé: Contato Suporte móvel Circuito magnético Caixa Terminal da bobina Terminal do contato Bobina Mola recuperadora Espira de Frager Comum NF NA Terminais da bobina Mola Núcleo Símbolo gráfico: Esquema funcional a b b a C NA NF Automação e Controle 10 ¾ A caixa é o invólucro do relé, moldada em plástico endurecido pelo calor. Dá suporte a todos os componentes e possibilita a fixação do relé diretamente ao fundo de painéis, a perfis ou suportes. ¾ A bobina é um condutor de cobre eletrolítico estirado, isolado com verniz ou esmalte sintético, e bobinado num carretel isolante de matéria plástica. Tem como função produzir o campo magnético necessário a atração do circuito magnético móvel. ¾ O circuito magnético é composto por chapas de aço-silício ligadas entre si através de rebites para diminuir as perdas por correntes de Foucault. O circuito magnético compõe-se de 3 braços com um entreferro mediano. Constitui, com a bobina, o eletroímã que é o órgão motor do relé. Possui dois anéis de defasagem (espiras de Frager) que garantem um funcionamento silencioso eliminando as vibrações. Os contatores, também chamados de chaves contatoras, diferenciam-se dos relés principalmente por possuírem três contatos especiais (chamados de contatos de potência ou principais) além dos contatos comuns (chamados de contatos de comando ou auxiliares). Seus contatos principais (sempre do tipo NA) possuem um poder de corte importante, devido a forma, a disposição e a presença de um dispositivo eficaz de corte do arco voltaico, permitindo geralmente o corte de intensidades muito superiores à intensidade nominal. Destinam-se a partida de motores, circuitos de iluminação importantes, etc. utilizando uma potência de controle muito pequena. Símbolo gráfico: Símbolo gráfico: Automação e Controle 11 Identificação dos terminais: Os terminais da bobina geralmente trazem as marcações: "a e b" ou "A1 e A2" sendo, a ou A1 no terminal superior e b ou A2 no terminal inferior. Os terminais dos contatos principais trazem as marcações: "1 e 2, 3 e 4, 5 e 6" sendo, 1,3,5 nos terminais superiores e 2,4,6 nos terminais inferiores. Os terminais dos contatos auxiliares trazem marcações compostas por dois dígitos sendo que, o primeiro dígito indica a posição do contato e o segundo indica o tipo do contato. Marcação com final 1,2 = contato NF Marcação com final 3,4 = contato NA Exemplo: Automação Eletromecânica Antes da utilização de CLP’s para o controle de máquinas e sistemas, vários destes equipamentos eram inteiramente controlados por circuitos lógicos desenvolvidos a partir de relés. Ainda hoje, é possível encontrar este tipo de controle. Na verdade, quando do desenvolvimento dos CLP’s, a linguagem de programação criada era uma “imitação”, ou simulação, de um diagrama a relé. Sendo assim, é importante conhecer este tipo de controle e seu diagrama de funcionamento. Os diagramas elétricos têm por finalidade representar claramente os circuitos elétricos sob vários aspectos, de acordo com os objetivos: ¾ Funcionamento seqüencial dos circuitos. ¾ Representação dos elementos, suas funções e as interligações conforme as normas estabelecidas. ¾ Permitir uma visão analítica das partes do conjunto. ¾ Permitir a rápida localização física dos elementos a b 1 3 5 13 21 2 4 6 14 22 Automação e Controle 12 Tipos de Diagrama Diagrama tradicional ou multifilar completo É o que representa o circuito elétrico da forma como é realizado. É de difícil interpretação e elaboração, quando se trata de circuitos mais complexos, conforme pode ser observado na figura a seguir: Para a interpretação dos circuitos elétricos, três aspectos básicos são importantes, ou seja: ¾ Os caminhos da corrente, ou os circuitos que se estabelecem desde o início até o fim do processo de funcionamento; ¾ A função de cada elemento no conjunto, sua dependência e interdependência em relação a outros elementos; Automação e Controle 13 ¾ A localização física dos elementos. Em razão das dificuldades apresentadas pelo diagrama tradicional, esses três aspectos importantes foram separados em duas partes, representadas pelo diagrama funcional e pelo diagrama de execução ou de disposição. Diagrama funcional ou de princípio Os caminhos da corrente, os elementos, as funções, a interdependência e a seqüência funcional são representadas de forma bastante prática e de fácil compreensão (diagrama funcional), conforme mostrado na figura a seguir : Automação e Controle 14 CIRCUITOS BÁSICOS A seguir são mostrados alguns circuitos básicos de comando e acionamento elétrico. Circuito de Retenção Nos circuitos da figura a seguir, apertando-se a botoeira “b1”, a bobina do contator “d” é energizada, fazendo fechar os contatos de retenção “d” como também o contato “d” para a lâmpada e esta se acende. Liberando-se a botoeira “b1”, a bobina mantém-se energizada, e a lâmpada “h” permanece acesa. Quando se apertar a botoeira “b0”, a bobina será desenergizada,fazendo abrir os contatos de retenção para a lâmpada “h”, e esta se apaga. Libera-se “b0”, a lâmpada permanece apagada e o circuito volta à condição inicial. Circuito de Intertravamento Nos circuitos ilustrados na figura seguinte, apertando-se a botoeira “b12” (ou ‘b13”), a bobina do contator “d1” (ou “d2”) é energizada, impossibilitando a energização da outra, e não deixando energizar as duas ao mesmo tempo, porque estão intertravadas. Automação e Controle 15 Quando se apertar as duas botoeiras “b12” e depois “b13”, no circuito da figura (a), que tem intertravamento mecânico, com os contatos normalmente fechados das botoeiras conjugadas, as lâmpadas não se acendem, e, no circuito da figura (b), o intertravamento é elétrico com os contatos normalmente fechados dos contatores. Neste caso, a lâmpada “h12” se acende e “h13” não se acende. Circuito Temporizado - Liga retardado No circuito a seguir, quando a chave seccionadora “a” é acionada, a lâmpada “h” se acende depois de um certo tempo “t”, ajustado no temporizador “d”. Liberando-se a chave “a”, a lâmpada “h” se apaga no mesmo instante. O circuito da figura (b) tem a mesma função do anterior, sendo que o acionamento é por botoeiras. Os diagramas de tempo são mostrados para cada circuito, respectivamente. Circuito Temporizado - Ação temporizada No circuito da figura a seguir, quando a chave seccionadora “a” é acionada, a lâmpada “h” se acende no mesmo instante e se mantém acesa durante um certo tempo “t”, ajustado no temporizador “d”. O circuito da figura (b) tem a mesma função do anterior, sendo que o acionamento é por botoeiras. Os diagramas de tempo são mostrados para cada circuito, respectivamente. Automação e Controle 16 Circuito Temporizado - Ação liga-desliga (pisca-pisca) Na figura seguinte (a), quando a chave seccionadora “a” é acionada, a lâmpada “h” se acende no mesmo instante e se mantém acesa durante um certo tempo “t1”, ajustado no temporizador “d1”, e se mantém apagada durante um certo tempo “t2”, ajustado no temporizador “d2”. A lâmpada “h” se mantém nesses estados, acesa e apagada, até que a chave seccionadora “a” seja liberada. O circuito da figura (b) tem a mesma função do anterior, só que o acionamento é por botoeiras. Os diagramas de tempo são mostrados para cada circuito, respectivamente. Automação e Controle 17 Além dos dispositivos de comandos automáticos mecânicos e eletromecânicos, também são muito utilizados, principalmente na indústria, os dispositivos eletrônicos sensores. Sensores Industriais Em um processo automático devem ser sentidas variáveis analógicas e digitais, para que, após o processamento das informações contidas nessas variáveis, o controlador tome decisões como : ligar/desligar um motor, acender uma lâmpada de alerta, ligar/desligar um sistema de aquecimento, entre outras. O elemento que "sente" o que ocorre no processo, fornecendo informações sobre o estado da variável monitorada é chamado de sensor. O elemento que executa a tarefa designada pelo controlador é chamado de atuador. Para controlar um processo onde é feita a manipulação de variáveis analógicas e/ou digitais, podem ser utilizados sistemas com CNC e com CLPs. Sensores Dispositivos que mudam seu comportamento sob a ação de uma grandeza física, podendo fornecer diretamente ou indiretamente um sinal que indica esta grandeza. Quando operam diretamente, convertendo uma forma de energia em outra, são chamados de transdutores. Os de operação indireta alteram suas propriedades, como a resistência, a capacitância ou a indutância, sob ação de uma grandeza, de forma mais ou menos proporcional. O sinal de um sensor pode ser usado para detectar e corrigir desvios em sistemas de controle, e nos instrumentos de medição, que freqüentemente estão associados aos sistemas de controle de malha aberta (não automáticos), orientando o usuário. Portanto, para tal definição, nos referimos àqueles dispositivos que transformam uma grandeza física em uma elétrica, com o mesmo significado de sensores. O diagrama de bloco genérico de um transdutor é mostrado na figura abaixo. Automação e Controle 18 A grandeza elétrica de saída de um transdutor pode ser uma tensão, uma corrente, uma resistência, etc. Dependendo da natureza da grandeza elétrica de saída, os transdutores são subdivididos em analógicos e digitais: “Para uma natureza física contínua na entrada, um transdutor analógico faz corresponder uma grandeza elétrica contínua na saída e proporcional à grandeza física medida, no entanto um transdutor digital faz corresponder uma sucessão de sinais digitais.” Resumidamente podemos dizer que os sensores podem ser de dois tipos: ¾ Digital : é aquele cuja saída assume apenas dois estados, ON / OFF. ¾ Analógico : É aquele cuja saída varia proporcionalmente a variação física percebida pelo sensor. Os sinais elétricos de saída mais comuns são: Corrente → 4 a 20 ma Tensão → 0 a 10 V Características técnicas dos Sensores (transdutores) 1. Linearidade : É o grau de proporcionalidade entre o sinal gerado e a grandeza física. Quanto maior, mais fiel é a resposta do sensor ao estímulo. Os sensores mais usados são os mais lineares, conferindo maior precisão ao sistema de controle. Os sensores não lineares são usados em faixas limitadas, em que os desvios são aceitáveis, ou com adaptadores especiais que corrigem o sinal. 2. Distância de Comutação (S) : É a distância registrada quando ocorre uma comutação aproximando-se o atuador padrão paralelamente à face sensível do sensor. 3. Distância Normal de Comutação (SN) : É a distância de comutação determinada em condição normais de temperatura e tensão, utilizando o atuador padrão. 4. Distância de Comutação de Trabalho (AS) : É a distância entre o elemento a ser detectado e a face sensível do sensor, que irá assegurar um acionamento seguro, levando-se em consideração os desvios de temperatura e tensão, bem como vibrações mecânicas que poderiam alterar o posicionamento do elemento a ser detectado. Esta distância deve ser no máximo 85% da distância normal de comutação (SN). 5. Distância de Comutação de Operação : Além de levar em consideração a distância de comutação de trabalho (AS), devemos observar em que aplicações normais na indústria não é utilizado o atuador padrão na comutação do sensor, sendo assim, devemos considerar o tipo de material de que é feito o elemento a ser detectado, o que acarretará num valor menor na distancia de atuação do sensor. 6. Repetibilidade : É o percentual de desvio da distância de comutação entre dois acionamentos consecutivos. Automação e Controle 19 7. Freqüência de Comutação : É o número máximo de acionamentos por segundo que um sensor pode responder, sem alterações ou falhas de pulsos, para a maioria dos sensores de aproximação este valor situa-se em torno de 1KHz. Sensores Digitais podem apresentar as seguintes saídas : NPN O estágio da saída é composto por um transistor NPN, fazendo o chaveamento do pólo negativo da carga. PNP O estágio da saída é composto por um transistor PNP, fazendo o chaveamento do pólo positivo da carga. CA a dois fios O sensor possui apenas dois fios que são ligados em série com a carga. Corrente contínua NamurUtilizado em atmosferas potencialmente explosivas, não possuem em sua saída o estágio de amplificador incorporado, transmitindo apenas um sinal de corrente de que deve ser amplificado. Automação e Controle 20 Tipo de Sensores Digitais Sensores de Contato Físico (mecânicos) São sensores que necessitam estar em contato com a grandeza a ser monitorada. Por exemplo: chaves fim de curso, chave bóia, etc. Tais sensores não são muito confiáveis, uma vez que estão sujeitos a desgastes mecânicos, forças de atração e reação, oxidação, etc. Além de não manterem constantes o ponto de acionamento e desacionamento. Sensores de Aproximação São sensores que detectam o evento ou a grandeza sem que haja necessidade de estar em contato físico com a mesma, além do que, são blindados, são a prova de vibração, ect. Podem ser: Sensores Indutivos São sensores que executam uma comutação eletrônica, quando um objeto metálico entra dentro de um campo eletromagnético de alta freqüência, produzido por um oscilador eletrônico. Sua instalação se dá em máquinas ferramentas, máquinas operatrizes, de embalagens, têxteis, correias transportadoras e na indústria automobilística, para resolver problemas gerais de automação. Abaixo é visto o esquema construtivo, em blocos, de um sensor indutivo. Onde: ¾ Oscilador: diminui a freqüência de oscilação quando um evento for detectado. ¾ Demodulador: converte o sinal do oscilador em nível de tensão cc. ¾ Detector de nível de disparo: dispara quando o oscilador diminui a freqüência. ¾ Amplificador de saída: amplifica o sinal gerado pelo sensor e entrega-o a carga. Automação e Controle 21 Funcionamento: O oscilador com auxílio de uma bobina, gera um campo magnético de alta freqüência. Este campo é direcionado para fora do elemento ativo, formando uma região de sensibilidade denominada de face sensível, chamada de distancia de comutação. Quando um corpo metálico esta distante da face sensível e, dentro da distância de comutação, este metal amortece a oscilação, provocando a comutação eletrônica, ou seja, faz o sensor mudar de estado. Com a retirada do corpo metálico da distância de comutação, o oscilador volta a trabalhar normalmente e o sensor volta a seu estado normal. Sensores Capacitivos Assim como os sensores indutivos, os capacitivos também podem efetuar um chaveamento eletrônico sem qualquer contato físico. Estes sensores foram desenvolvidos para atuarem na presença de materiais orgânicos, plásticos, vidro, líquido, além de metais. Sua aplicação se dá em detectores de nível em tanques, contagem de garrafas ( cheias ou vazias ), contagem de embalagens plásticas, limitadores de carretéis, etc. Abaixo é visto o esquema construtivo, em blocos, de um sensor indutivo. Onde: ¾ Oscilador: diminui a freqüência de oscilação quando um evento for detectado. ¾ Demodulador: converte o sinal do oscilador em nível de tensão cc. ¾ Detetor de nível de disparo: dispara quando o oscilador diminui a freqüência. ¾ Amplificador de saída: amplifica o sinal gerado pelo sensor e entrega-o a carga. Funcionamento: Conforme pode ser notado na figura acima o esquema em blocos de um oscilador capacitivo é igual ao do indutivo. A diferença entre eles reside no fato de que no sensor capacitivo o principio de funcionamento está baseado na variação do dielétrico no meio em que o sensor está inserido. Quando nesta região penetrar algum objeto, este provoca a Automação e Controle 22 variação do dielétrico e, conseqüentemente a variação da freqüência do oscilador. Variação esta que é detectada e transformada em um nível de tensão cc. Com a retirada do objeto da distância de comutação, o oscilador volta a trabalhar normalmente e o sensor volta ao seu estado normal. Sensores de Luz Além de seu uso em fotometria (incluindo analisadores de radiação e químicos), é a parte do sistema de controle de luminosidade, como os relês fotoelétricos de iluminação pública e sensores indiretos ou de outra grandeza, como velocidade e posição (fim de recurso). LDR O LDR (resistor dependente de luz) tem sua resistência diminuída ao ser iluminado. É composto de um material semicondutor, o sulfeto de cádmio, CdS. A energia luminosa desloca elétrons da camada de valência para a de condução (mais longe do núcleo), aumentando o numero destes, diminuindo a resistência. A resistência varia de alguns MΩ, no escuro até centenas de Ω, com luz solar direta. Os usos mais comuns do LDR são os relês fotoelétricos, fotômetros e alarmes. Sua desvantagem está na lentidão de resposta, que limita sua operação. Fotodiodo É um diodo semicondutor em que a junção está exposta á luz. A energia luminosa desloca elétrons para a banda de condução, reduzindo a barreira de potencial pelo aumento do número de elétrons que podem circular. A corrente nos foto-diodos para todas as faixas de comprimentos de onda, do infravermelho ao ultravioleta, dependendo do material. Foto-diodo é usado como sensor em controle remoto, em sistemas de fibra ótica, leitoras de códigos de barra, scanner (digitalizador de imagens para computador), canetas óticas (que permitem escrever na tela do computador), toca discos CD, fotômetros e como sensor indireto de posição e velocidade. Automação e Controle 23 Fototransistor É um transistor, cuja junção coletor/ base fica exposta à luz e atua como um fotodiodo. O transistor amplifica a corrente, e fornece alguns mA com alta luminosidade. Sua velocidade é menor que a do fotodiodo. Suas aplicações são as do fotodiodo, exceto sistemas de fibra ótica, pela operação em alta freqüência. Sensores Ópticos São sensores fabricados segundo a tecnologia da emissão de irradiação infravermelha modulada, sendo divididos em três sistemas. Independente do sistema que um sensor óptico é construído, ele é totalmente imune à iluminação ambiente, quer ele seja manual ou artificial, pelo motivo de ser o sensor sintonizado na mesma freqüência de modulação do emissor. Sistema por Barreira (Unidirecionais) Neste sistema o elemento emissor da irradiação infravermelha, é alinhado frontalmente a um receptor de infravermelho, a uma distância pré-determinada e específica para cada tipo de sensor. Qualquer interrupção desta irradiação, deixará de atingir o receptor, o que ocasionará um chaveamento eletrônico. Sistema por Difusão (Retroreflexivo) Neste sistema os elementos de emissão e recepção infravermelho, estão montados justapostos em um conjunto óptico, direcionados para a face sensível do sensor. Os raios infravermelhos emitidos refletem sobre a superfície de um objeto e retornam em direção de um receptor, a uma distância determinada como distância de comutação, que provoca o chaveamento eletrônico, desde que o objeto possua uma superfície não totalmente fosca. Automação e Controle 24 Sistema por Reflexão Este sistema possui características semelhantes ao sistema por difusão, diferindo no sistema óptico. Os raios infravermelhos emitidos, somente refletem em um espelho prismático especial, colocado em uma certa distância, dentro da distância de comutação, frontalmente a face sensível do sensor, e retornam em direção ao receptor, formando uma barreira óptica. A comutação ocorre quando se retira o espelho ou quando interrompe o feixe de raios infravermelho entre o sensor e o espelho com algum objeto de qualquer natureza. Sensores de Velocidade Empregam-se nos controles e medidores de velocidade de motores dentro de máquinas industriais, eletrodomésticos como videocassete e CD, unidades de disquete e winchesters de computadores, na geração de eletricidade (garantindo a freqüência da CA), entre outros. TacogeradorÉ um pequeno gerador elétrico de CC, com campo fornecido por imã permanente. A tensão gerada pela lei de Faraday é proporcional à velocidade com que o fluxo magnético é cortado pelo enrolamento do rotor. Assim, o tacogerador é um transdutor mecânico elétrico linear, no qual e tensão de saída é dada por: V= Kn onde: K é uma constante que depende do campo do imã, do número de espiras e pólos e das dimensões do rotor; n é a rotação do eixo ( por minuto, RPM, ou segundo, RPS). A polaridade da tensão gerada depende do sentido da rotação. Sensores de posição específica Como vimos, estes indicam a posição atual da peça, num sistema posicionado e pode ser linear ou angular. Potenciômetro Quando se aplica uma tensão nos extremos de um potenciômetro linear, a tensão entre o extremo inferior e o centro (eixo) é proporcional à posição linear (potenciômetro deslizante) ou angular (rotativo). Nos sistemas de controle usam-se potenciômetros especiais, de alta linearidade e dimensões adequadas, de fio metálico em geral, com menor desgaste. Encoders São sensores que determinam a posição através de um disco ou trilho marcado, e se dividem em relativos e absolutos. Automação e Controle 25 Encoder relativo Neste tipo de encoder a posição é demarcada por contagem de pulsos transmitidos, acumulados ao longo do tempo. Um encoder típico gera dois canais de informação denominados de canal A e canal B, além de um pulso a cada giro completo, que é a referência ou Z. Estes dois canais estão defasados entre si de 90 graus, para que se tenha uma maior precisão na resolução do sistema. No canal A e B a geração da quantidade de pulsos por volta, varia de 50 a 5000 pulsos, conforme a aplicação. Encoder absoluto Nos encoders absolutos, há um código digital gravado no disco ou trilho, lido por um conjunto de sensores ópticos (fonte de luz e sensor). O código adotado é o de gray, no qual de um número para o seguinte só muda em bit, o que facilita a identificação e correção de erros. A demarcação do disco ou trilho é feita através de furos ou ranhuras, ou por pintura num disco plástico transparente, que podem ser feitos através de técnicas fotolitográficas, permitindo grande precisão e dimensões micrométricas. A fonte de luz é geralmente o LED, e o sensor do fotodiodo ou fototransistor. Estes sensores são muito precisos e práticos em sistemas digitais, e usam-se em robôs, máquinas-ferramenta, CNC e outros. Automação e Controle 26 Lógica Digital “Emprego dos Acionadores e Sensores Digitais” Os sistemas lógicos são estudados pela "álgebra de chaveamentos" (um ramo da álgebra moderna), também conhecida como "álgebra de Boole", conceituada pelo lógico e matemático inglês George Boole (1815 - 1864). Boole construiu sua lógica a partir de símbolos, representando as expressões por letras e ligando-as através de símbolos algébricos chamados de "conectivos". A investigação de Boole volta-se prioritariamente para o estabelecimento de relações entre a lógica e a álgebra. Seu projeto é exprimir as operações lógicas valendo-se dos símbolos algébricos. Boole foi, ainda, o primeiro matemático a afirmar que os números e grandezas não constituem os únicos objetos matemáticos. A matemática pertencem, ainda, entidades de caráter geral, denominadas "classes". Este termo pode ser definido como um conjunto de entidades que possuem, pelo menos, uma característica em comum. A álgebra de Boole trabalha com apenas duas grandezas: falso ou verdadeiro. Essas grandezas são representadas pelos símbolos "0" e "1" que definem "estados lógicos". Estado lógico é um estado perfeitamente definido, não admitindo dúvidas. Assume apenas dois valores distintos, ou seja, "grandezas binárias". 0 = falso = aberto = GND = Lo = Off 1 = verdadeiro = fechado = Vcc = Hi = On Vimos anteriormente que os dispositivos acionadores também podem assumir dois estados distintos ("atuado" ou "não atuado") e que, em conseqüência disso, os contatos elétricos também podem assumir estados diferentes perfeitamente definidos ("aberto" ou "fechado") podendo, então, ter suas associações expressas na forma algébrica definida por Boole. Lógica dos contatos elétricos Para que possamos representar a lógica existente nas associações entre os contatos elétricos adotaremos o seguinte critério: Automação e Controle 27 Notamos que nesta convenção o estado lógico está relacionado com o estado elétrico do contato, ou seja, “0”=aberto e “1”=fechado, não levando em consideração o estado físico (atuado / não atuado) do dispositivo que o aciona. Já que o estado elétrico de um contato pode ser representado por uma variável binária (0 ou 1) podemos então identificar os conectivos (elementos lógicos ou funções lógicas) existentes nas associações destes contatos, e descrevê-los de forma algébrica. Funções lógicas Uma função lógica pode ser expressa de várias maneiras: 1- Sentença: Os circuitos realizam funções complexas, cuja representação geralmente não é óbvia. O processo para realização de uma função através de um circuito começa na sua descrição verbal (descrição do comportamento de suas possíveis saídas, em função das diversas combinações possíveis de seus sinais de entrada), como por exemplo: Para que a saída “S” de uma função “E” de duas entradas assuma o estado lógico “1 (verdadeiro)” suas variáveis de entrada “a” e “b” devem assumir o estado lógico “1 (verdadeiro)”. Contato tipo NA Não atuado = Circuito aberto = 0 Atuado = Circuito fechado = 1 Contato tipo NF Não atuado = Circuito fechado = 1 Atuado = Circuito aberto = 0 Automação e Controle 28 2- Tabela Verdade: Com a descrição do funcionamento do circuito é possível então, possível montar uma tabela verdade, considerando todas as combinações possíveis dos estados das entradas e anotando os resultados na saída, como mostrado a seguir. a b S 0 0 0 0 1 0 1 0 0 1 1 1 3- Forma algébrica: A partir da tabela verdade produzida é possível chegar à expressão Booleana que representa o comportamento do circuito. Este procedimento será detalhado mais adiante. Na tabela verdade acima, a saída "S" só é igual a "1" se as variáveis de entrada "a" e "b" forem iguais a "1". Essa lógica pode ser expressa da seguinte maneira: S = a . b , S = a x b , S = a b As expressões Booleanas traduzem a relação existente entre o estado da variável de saída (receptor) e o estado das variáveis de entrada (dispositivos de controle). Na álgebra Booleana a função “OU” é representada pelo símbolo “+” (soma) referindo-se a dispositivos ligados em paralelo , enquanto que a função “E” é representada pelo símbolo “.” (multiplicação) referindo-se a dispositivos ligados em série. 4- Forma Simbólica: Tendo determinada a expressão algébrica, pode-se, então, construir o circuito utilizando símbolos gráficos. - Blocos lógicos: - Portas lógicas: b a S & Tabela verdade da "função E" de 2 entradas a a b b & S S Diagrama Elétrico Automação e Controle 29 No diagrama elétrico acima, notamos que a bobina "S" será acionada somente se os contatos "a" e "b" estiverem fechados, assim, este circuito representa uma função "E" de duas entradas (S = a . b), assim como, o bloco lógico e a porta lógica apresentados. Funções lógicas básicas e derivadas Existem três funções lógicas básicas: E (AND), OU (OR) e NÃO (NOT ou INVERSOR)e mais quatro derivadas destas que são as funções : NÃO E (NAND), NÃO OU (NOR), OU EXCLUSIVO (XOR) e a FUNÇÃO COINCIDÊNCIA (NEXOR) também conhecida como FUNÇÃO IGUALDADE. A seguir, estas funções serão detalhadas e mostradas nas formas algébrica, diagrama elétrico e bloco lógico. Função NÃO (NOT ou INVERSOR) Esta função inverte o sinal de entrada (executa a NEGAÇÃO do sinal de entrada), ou seja, se o sinal de entrada for 0 ela produz uma saída 1, se a entrada for 1 ela produz uma saída 0. Note que o círculo traçado ao nível da saída de uma função, indica que a função ou variável correspondente está complementada, ou seja, o seu estado lógico está invertido. Na forma de expressão algébrica essa complementação é representada por uma linha horizontal traçada sobre a variável, e na forma de diagrama elétrico é representada pelo contato "r" do relé "R". Duas funções NÃO , agrupadas em série anulam-se: Diagrama elétrico Expressão Bloco lógico Automação e Controle 30 Função E (AND) Esta função combina dois ou mais sinais de entrada de forma equivalente a um circuito em série, para produzir um único sinal de saída, ou seja, ela produz uma saída 1, se todos os sinais de entrada forem "1"; caso qualquer um dos sinais de entrada for "0", o sinal de saída produzido será "0". Função OU (OR) Esta função combina dois ou mais sinais de entrada de forma equivalente a um circuito em paralelo, para produzir um único sinal de saída, ou seja, ela produz uma saída "1", se qualquer um dos sinais de entrada for igual a "1"; a função "OU" produzirá um sinal de saída igual a "0" apenas se todos os sinais de entrada forem "0". Automação e Controle 31 Função NÃO E (NAND) Esta função é equivalente a uma função "E" seguida por uma função "NÃO", isto é, ela produz uma saída que é o inverso da saída produzida pela função "E". Função NÃO OU (NOR) Esta função é equivalente a uma função "OU" seguida por uma função "NÃO", isto é, ela produz uma saída que é o inverso da saída produzida pela função "OU". Automação e Controle 32 Função OU EXCLUSIVO (XOR) Esta função compara os bits; ela produz saída "0" quando todos os bits de entrada são iguais e produz saída "1" quando um dos bits de entrada é diferente dos demais. Função COINCIDÊNCIA Esta função é equivalente a uma função "OU EXCLUSIVO" seguida por uma função "NÃO", isto é, compara os bits produzindo saída "1" quando todas as entradas são iguais e produzindo saída "0" quando pelo menos uma das entradas é diferente das demais. Automação e Controle 33 Automação Industrial Histórico da Automação Industrial Automação no início da revolução industrial Sincronização mecânica de máquinas, onde, com apenas um acionador e todo um intrincado sistema mecânico, se conseguia realizar várias tarefas, como é o caso, ainda de hoje, de algumas máquinas. Ex.: Máquinas de Corte e Solda de Plástico - Um só motor para efetuar o avanço do produto e as operações de corte, soldagem e empilhagem do produto. Linha de Montagem, onde várias máquinas e/ou operadores eram colocados “em linha”, numa seqüência tal que, a partir de subprodutos se chegasse ao final da linha com um produto acabado. Cada máquina ou processo era desprovido de controles e a interação entre as máquinas era realizada pelos operadores. Nos processos que exigiam controle de grandezas físicas como temperatura, pressão, vazão, etc..., esses controles eram inteiramente manuais, baseados em instrumentos de medição rudimentares. Surgem os indicadores de temperatura, pressão, etc..., baseados em princípios físicos (ex.: dilatação de materiais), permitindo a visualização das grandezas. O controle continua a ser manual. O passo seguinte foi o surgimento dos instrumentos de controle automático (pneumáticos) que manobravam automaticamente os atuadores, visando manter a grandeza controlada em um valor definido (“Set-point”). Segunda Guerra Mundial Durante a 2a Guerra a noção de controle de processo foi largamente expandida. Nesta época foram aprimorados, em nível de aplicação militar, os controles de servo mecanismos elétricos e hidráulicos. No pós-guerra, os princípios desenvolvidos para os armamentos foram adaptados as aplicações industriais. A indústria pode contar, ainda, com um grande contingente de mão- de-obra qualificada para o desenvolvimento e manutenção destes novos equipamentos. As duas grandes divisões da Automação Industrial Automação de Manufatura: Segmento representado pelos equipamentos de controle da automação de máquinas, transporte de materiais, etc... (ANIMAÇÃO). Controle de Processo: Segmento representado pelos equipamentos de monitoração e controle de grandezas físicas de um processo. Anos 50 Com a invenção do Transistor, surgem os instrumentos eletrônicos analógicos para o controle de processo, que rapidamente ganham terreno frente aos pneumáticos, devido a seu tamanho reduzido e a facilidade de calibração e transmissão dos sinais. Automação e Controle 34 Surgem os primeiros Variadores de Velocidade para motores cc, em substituição aos reostatos de controle manual. Lógica de comando das máquinas (comando de motores, cilindros, etc...) feita com dispositivos Eletromecânicos (contatores e reles), conhecida como Lógica a Relés. Anos 60 Surge o conceito de Eletrônica Digital, a princípio com o advento de Portas Lógicas Discretas e também os primeiros COMPUTADORES e as primeiras tentativas de utilização dos mesmos em controle de processo, sem muito sucesso, devido a: ¾ custo elevado ¾ baixa velocidade de processamento ¾ memória de armazenamento de dados limitada ¾ linguagens de programação de domínio restrito ¾ baixa confiabilidade No fim dos anos 60, com o advento dos CI’s, surgem os primeiros Controladores Lógicos Programáveis. Vantagens em relação a Lógica à Relés : ¾ Podiam ser aplicados a diferentes processos e máquinas, ao contrario da lógica à relés que eram dedicados a cada processo. ¾ Permitiam a alteração dos ciclos de máquina por modificação do programa, sem necessidade de alterações no cabeamento. Problemas: ¾ Custo elevado ¾ Baixa confiabilidade Anos 70 e 80 Desenvolvimento dos MICROPROCESSADORES, com possibilidades de aplicação a todos os equipamentos, tanto de Automação de Manufatura, como de Controle de Processo: ¾ Desenvolvimento dos Microcomputadores, mais rápidos, menores, mais confiáveis e mais baratos. ¾ O mesmo aconteceu com os CLP’s e Controladores de Processo (“Single-Loop’s” e “Multi-Loop’s”) Simultaneamente, duas outras áreas apresentaram progressos surpreendentes: ¾ Comunicação: Com o desenvolvimento de REDES que permitiam a comunicação entre elementos “inteligentes”, com velocidade de transmissão e segurança cada vez maior. ¾ Software: com o desenvolvimento de “Linguagens” específicas para os profissionais da área da automação, como é o caso da Linguagem “LADDER”, usada em praticamente todos os CLP’s. Automação e Controle 35 Com a constante redução do tamanho físico, aliada ao aumento da capacidade computacional e a redução dos preços, os equipamentos de automação puderam ser distribuídos ao longo das áreas de processo, interligados por redes a Estações de Supervisão. A tal estrutura, destinada a área de Controle de Processo, deu-se o nome de SDCD (Sistema Digital de Controle Distribuído). Os CLP’s, que a princípio foram desenvolvidos para substituir painéis de relés em automação de máquinas, incorporaram elementos de controle de processo, como entradas e saídas analógicas, entradas para termopares, instruções PID, etc..., tornando-se capazesde atuar tanto em Automação de Manufatura como em Controle de Processo. Anos 90 Com o contínuo avanço dos “Micro-Chip’s” e a conseqüente redução no tamanho e preço dos equipamentos, bem como aumento da velocidade de tratamento, surgem os MICRO- CLP’s. No que se refere a conectividade, duas grandes linhas estão em desenvolvimento, com possibilidades surpreendentes : ¾ Redes de altíssima velocidade para ligação entre CLP’s e CLP’s e Micros corporativos permitindo um grande tráfego de informações “ON-LINE”. ¾ Redes de Campo (“Field-Bus”), permitindo a ligação entre os CLP’s e os diversos elementos de campo ( sensores, inversores, interfaces, eletroválvulas, etc... ), com um simples “par de fios”, o que representa uma enorme redução nos custos de projeto e instalação. Conceitos Básicos Definição dos Níveis de Automação De uma forma geral, podemos dividir um sistema de Automação em 4 níveis, a saber : Nível 0 - Representa o “Chão – de - fábrica”, quer dizer, os equipamentos instalados direta- mente nas máquinas ou planta de processo. Exemplos: Motores, Sensores, Acionadores, Painéis de Comando, Sinalizações. Nível1 - Representa a parte lógica, ligada diretamente a animação e controle das máquinas ou planta de processo. Exemplos: CLP`s e sua programação, Interfaces- Homem-Máquina, Sistemas eletrônicos específicos de controle. Nível 2 - É o nível de supervisão, ou gestão, de um processo. Normalmente não participa diretamente na animação e controle, embora algumas vezes isto aconteça. Sua função Automação e Controle 36 principal é trabalhar na gestão dos dados envidados ou gerados pelo processo. Fisicamente, este nível é constituído por Microcomputadores ou Computadores de maior porte. Exemplos de funcionalidades N2: ¾ Gestão de receitas (parâmetros do processo) e envio destas ao N1 ¾ Geração de relatórios de produção, através de dados recebidos do N1 ¾ Geração de gráficos históricos ou de tendências de variáveis do processo. ¾ Gestão de eventos, mensagens de defeitos ou alarmes do processo. Nível 3 - É a interface entre o(s) processo(s) e os Sistemas Corporativos. Exemplos de funcionalidades N3: ¾ Gestão de estoque ¾ Gestão de produção ¾ Traçabilidade ¾ Controle estatístico do processo Desenho dos Níveis de Automação Os Controladores Lógicos Programáveis ( CLP’s ) Os CLP’s são os principais equipamentos dos atuais sistema de automação, tanto industrial como predial. O CLP é um dispositivo de controle lógico, de estado sólido, funcionalmente semelhante a um microcomputador, para aplicações bem definidas. Conforme indica o termo “programável”, sua memória pode ser facilmente alterada para atender as evoluções das diversas exigências de controle de um processo. Automação e Controle 37 Princípio de funcionamento de um CLP Conceitos básicos associados aos CLP`s As variáveis de estado de um processo são transmitidas à “CPU” do CLP através dos Pontos de Entrada, que após submetê-las à seqüência do programa, atualiza os Pontos de Saída, controlando desta forma os dispositivos a eles conectados. Ponto de Entrada - Todo sinal recebidos pelo CLP, a partir de dispositivos ou componentes externos: ¾ Sensores ¾ Botões ¾ Fins-de-curso ¾ Fotocélulas ¾ Chave de Comando ¾ Termopares, etc... Ponto de Saída - Todo sinal produzido pelo CLP para acionar dispositivos ou componentes externos: ¾ Lâmpadas ¾ Solenóides ¾ Relés ou Contatores, etc... ¾ Start e Stop de Inversores. Programa - É a lógica que define como serão atuados os pontos de saída, em função do estado dos diversos pontos de entrada. Ciclo de Varredura Um CLP realiza continuamente um “Ciclo de Varredura” que consiste em: 1 - Leitura das entradas 2 - Execução do programa, que consiste em determinar os novos estados das saídas, em função das entradas e de acordo com a seqüência de instruções. 3 - Atualização dos estados das saídas Automação e Controle 38 Linguagens de Programação dos CLP`s Os primeiros CLP’s eram programados em linguagens de baixo nível (Assembler, por exemplo), o que gerava o inconveniente de ter-se que recorrer a profissionais de informática para programá-los. Com o avanço da tecnologia de Software, surgiram linguagens específicas visando permitir a programação e compreensão dos programas aos profissionais de Automação. Linguagem de Relés (LADDER) Foi uma das primeiras linguagens específicas para CLP’s e é, sem dúvida, a mais difundida. A principal vocação dos CLP’s é substituir os sistemas de comando convencionais a relés. Desta forma, foi desenvolvida uma linguagem de progra- mação “imitando” os diagramas de comando a relés. Lista de Instruções É a representação Termo-a-Termo de uma Equação Lógica. A Lista de Instruções não é uma representação gráfica, mas a descrição literal do programa. Automação e Controle 39 Diagrama Lógico É a representação gráfica das associações lógicas, utilizando a simbologia de PORTAS LÓGICAS. GRAFCET O GRAFCET descreva todo sistema cujas evoluções podem ser expressas seqüencialmente, quer dizer, todo sistema em que é possível a decomposição em ETAPAS. O GRAFCET é uma ferramenta gráfica simples, não ambígua e rigorosa. Sua principal qualidade é permitir ao pessoal não especializado a compreensão de um processo automatizado. É um meio de comunicação entre pessoas de diferentes formações: produção, manutenção, projeto, etc... Automação e Controle 40 Noções Básicas sobre o Hardware Os CLP’s da MITSUBISHI estão divididos em duas famílias , sendo: Família dos CLP’s série FX e família dos CLP’s Série Q (não será objeto desse curso). Os CLP’s da série FX foram divididos em dois grupos, da seguinte forma: CLP’s não expansíveis – Linha FX1S CLP’s composto de CPU, pontos de entradas e saídas digitais discretas, entradas de alta velocidade, tensão de alimentação da CPU em versão AC 100 a 240V, tensão de alimentação dos pontos de entradas em 24Vcc e 82 à 132Vac optoacopladas, saídas relé ou transistorizada com tensões de trabalho ate 30Vcc e 250Vac chegando ate 8A. CLP’s expansíveis FX1N FX2N- FX2NC CLP’s compostos de CPU, pontos de entradas e saídas digitais discretas, entradas de alta velocidade tensão de alimentação da CPU em versão AC 100 a 240V, tensão de alimentação dos pontos de entrada em 24Vcc e 82 a 132Vac optoacopladas, saídas a relê, transistorizada ou triac, com tensões de trabalho podendo chegar à 30Vcc e 250Vac com capacidade de até 8A. Unidade Principal E composta por uma CPU, porta de comunicação RS422, fonte de alimentação 24Vcc e pontos de entradas e saídas podendo chegar a 256 pontos I/O. Módulo de Extensão Os módulos de extensão estão divididos em dois grupos, a seguir: Bloco de extensão Os blocos de extensão estão divididos em dois grupos: Bloco de Extensão I/O São utilizados nas extensões da unidade principal visando aumentar o número de pontos de entradas e saídas da aplicação. Automação e Controle 41 Bloco de Extensão Especiais São módulos especiais, utilizados para manipulação de dados de entradas ou saídas analógicas, cartas de rede, cartas seriais RS232 ou RS485 multidrop. Esses blocos abrem a possibilidade de comunicação com uma gama ilimitada de equipamentos. Alguns módulos especiais são montados do lado esquerdo da unidade principal. Unidades de extensão Pode ser utilizada na ampliação de pontos de entradas ou saídas com a vantagem de possuir fonte independente da unidade principal. Exemplo de Configuração possível A - Trilho DIN B - Furação para montagem direta na placade montagem. C - Bloco de terminais de entrada. D/L - Protetor transparente de terminais. E - Led's indicadores de estado das entradas. F - Compartimento do conector para as unidades ou blocos de extensão G - Led's indicadores do estado da CPU. H - Compartimento do conector para dispositivos de programação ou comunicação coma CPU. J - Compartimento dos conectores para bateria de backup e cartucho de memória. K - Bloco de terminais de saídas. M - Trava para trilho DIN. N - Led's indicadores de estado das saídas. Automação e Controle 42 Definição de Modelos da Série FX FX2N 16 M R - ES Variantes de modelos Tecnologia das saídas (Rele , transistor, Triac) Tipo de unidade (Base ou extensao) Número de pontos de E/S Tipo do CLP ( FX1S, FX1N, FX2N, etc... ) Ligações Externas Conexão tipo Fonte ( Source ) Na conexão tipo SOURCE o chaveamento será positivo, onde "0" significará 0V no terminal X e "1" significará 24Vcc no terminal X. Uma conexão do tipo SOURCE pode ser montada utilizando-se a própria fonte da CPU como também uma fonte externa, conforme as figuras a seguir: Utilizando fonte de alimentação interna. Utilizando fonte de alimentação externa. Automação e Controle 43 Conexão tipo Fonte ( Sink ) Na conexão tipo SINK o chaveamento será negativo, onde "0" significará 24Vcc no terminal X e "1" significará 0V no terminal X. Uma conexão do tipo SINK, assim como a conexão tipo SOURCE pode ser montada utilizando-se a própria fonte da CPU como também uma fonte externa, conforme as figuras a seguir: Utilizando fonte de alimentação interna. Utilizando fonte de alimentação externa. Conexões dos Dispositivos de Saída Os circuitos de saída podem ser alimentados de acordo com as especificações de cada CLP. O estado de cada ponto de saída será indicado através de led's. Todos os pontos de saída são isolados eletricamente dos circuitos da CPU. Dependendo do tipo do CLP, três tipos de dispositivos poderão ser utilizados, a seguir: Saídas a relé Podem ser utilizadas de formas variadas, respeitando-se os limites de corrente estabelecidos no equipamento. A vantagem da utilização de saídas à relé está na versatilidade das configurações e variações de tensões possíveis. Se as informações de saídas requerem alta velocidade de chaveamento, deve-se tomar cuidados relativos à vida útil dos relés e do tempo de resposta de comutação. Alguns cuidados devem ser tomados quando da aplicação de cargas indutivas. Automação e Controle 44 Saídas transistorizadas Diversas configurações podem ser utilizadas. Não oferece a mesma versatilidade de utilização de tensões variadas e configurações como as saídas à relé. Tem como vantagem a grande velocidade de chaveamento (~0.2ms) e maior vida útil, devido à ausência de centelhamento no chaveamento de cargas indutivas. Os mesmos cuidados deverão ser tomados quando da utilização dessas cargas. Automação e Controle 45 Saídas com triac Diversas configurações podem ser utilizadas. Não oferece a mesma versatilidade de utilização de tensões variadas e configurações como as saídas à relé. Possui boa velocidade de chaveamento (entre 1 e 10ms), maior tempo de vida útil. Os mesmos cuidados deverão ser tomados quando da utilização dessas cargas. Alguns cuidados devem ser tomados quando saídas à triac são utilizadas devido à corrente de fuga do triac. Cargas de baixa potência podem ser ativadas por essa corrente. Segue abaixo alguns exemplos de aplicações com saídas à triac: Software de Progamação GX Developer O GX Developer é um software para plataforma windows que carinhosamente chamaremos de GX apenas, utilizado para a edição e monitoração, simulação de programas para todas as linhas de CLP`s MITSUBISHI. Sua instalação é feita traves de um arquivo “Setup” como qualquer outro programa cujo sua plataforma seja em windows. Possui varias ferramentas básicas como qualquer outro software como copiar e colar, desfazer a ação errada, etc. Permitindo ao usuário uma rápida adaptação e um fácil aprendizado. Automação e Controle 46 Executando o GX ¾ Para começarmos a executar o GX devemos ir ao nosso: ¾ Menu INICIAR ¾ PROGRAMAS ¾ MELSOFT Application ¾ GX Developer Como nos mostra a figura abaixo. Caminho para o GX Automação e Controle 47 Feito essas operações nosso software abrirá com a seguinte tela A partir da área de trabalho encontraremos com os seguintes campos: ¾ Project – Funções relativas aos nossos projetos: abrir, salvar, etc. ¾ View – Seleciona os atalhos a serem mostrados na área de edição. ¾ On Line – Funções de comunicação com a CPU. ¾ Diagnostics – Funções para diagnósticos de erro na CPU, Rede, etc. ¾ Tools – Ferramentas para a programação. ¾ Help – Menu de ajuda incluindo as memórias e registradores especiais. Menu das funções do GX Apartir de agora estudaremos as funções básicas para o desenvolvimento de software aplicativos em nossos controladores. Criando Novo Projeto Para criar um novo projeto basta seguir os seguintes passos: ¾ No Menu de função Project selecione “New preject” ou pressione as teclas Ctrl + N ¾ Selecione o Tipo de CPU – família de controlador [ PLC Series ] ¾ Selecione a CPU [ PLC types ] Automação e Controle 48 ¾ Tipo de programação [ Program type ] E se desejar coloque agora o Nome [Project name] e o titulo do projeto [Title]. Abrindo um projeto existente ¾ No Menu de função Project selecione “Open preject” ou pressione as teclas Ctrl + O ¾ Selecione o projeto a ser aberto ¾ E pressione [ Open ] Automação e Controle 49 Salvando um projeto Para efetuar a salvaguarda no diretório de trabalho de um novo programa: ¾ No Menu de função Project selecione “Save” ou pressione as teclas Ctrl + S ¾ Aparecerá um indicador de que o programa está sendo salvo Caso o programa não tenha nome, será necessário dar um nome ao mesmo Automação e Controle 50 Dando Nome a um novo Projeto Caso não tenha dado nome ao projeto quando foi criado você tem a opção de dar nome ao mesmo: ¾ No Menu de função Project selecione “Save as...” ¾ Digite o nome e o titulo no lugar indicado e pressione [ save ] Automação e Controle 51 Imprimindo um Projeto Para imprimir o programa editado, lista de instruções, comentário, etc. ¾ No Menu de função Project selecione “Print” ou pressione as teclas Ctrl + P ¾ Selecione a parte do projeto a ser impressa e pressione [print ] Automação e Controle 52 Fechando o GX ¾ No Menu de função Project selecione “Exit GX Developer” Editando um Programa Em primeiro lugar devemos entrar em modo de edição ¾ No Menu de função Edit ¾ Selecione write mode ou pressione F2 Automação e Controle 53 Editando um Contato Para editar um contato abertoou fechado selecione nos botões na barra de atalho ou pressione as teclas: ¾ F5 contato aberto ¾ Shift + F5 contato paralelo aberto ¾ F6 contato fechado ¾ Shift +F6 contato paralelo fechado. Após pressionar as teclas descritas acima aparecerá a um caixa de dialogo onde colocaremos o endereço do nosso contato que pode ser [ X, Y, M, etc...]. Automação e Controle 54 Editando uma Função Bobina Para editar uma função bobina selecione o atalho na barra ou pressione a teclas F7. Abrirá uma caixa de texto pedindo o endereço e este pode ser Y,M,S,T,C. Automação e Controle 55 Editando Funções Para colocarmos uma função em nosso programa podemos fazer de 2 maneiras: ¾ Clicando no atalho na barras de atalho ¾ Ou escrevendo diretamente no local a ser inserida Das duas formas abrirá caixa onde deveremos escrever as funções e suas partes. Como veremos no exemplo a seguir Na caixa de dialogo digite o endereço Automação e Controle 56 Conversão do Programa Após toda a edição do programa devemos converter do modo de edição para o modo leitura onde faremos, transferências, monitorações, testes, etc... E para isto devemos seguir estes passos: ¾ Menu edit ¾ Pressione Read mode ¾ Ou pressione F4 Funções de Transferência e Monitoração Escrevendo Programa na CPU Para escrever o programa que aprendemos de editar siga estes passos: ¾ No Menu de funções clique em On line ¾ Pressione Write to PLC Automação e Controle 57 Lendo um Programa na CPU Para Ler o programa que já está na CPU seguiremos estes passos: ¾ No Menu de funções clique em On line ¾ Pressione Read to PLC Automação e Controle 58 Monitorando o Programa e a CPU Para entrar no modo de monitoração do programa que está na CPU. ¾ No Menu de funções clique em On line ¾ Monitor ¾ Monitor Mode ou F3 Para sair do modo de monitoração ¾ No Menu de funções clique em On line ¾ Monitor ¾ Stop Monitor ou Alt + F3 Automação e Controle 59 Base de dados dos CLP`s da Família FX A memória de um CLP é normalmente dividida em duas áreas: ¾ Base de Dados (ou Tabela Imagem). ¾ Área de programa do usuário. A Base de Dados contem todos os ELEMENTOS DE MEMÓRIA que podem ser utilizados nos programas, enquanto que a Área de Programa contem a lógica de funcionamento do sistema a ser controlado (programa). Os Elementos de Memória da Base de Dados podem, por sua vez, ser divididos em duas grandes categorias: ¾ Elementos de Memória tipo BIT. ¾ Elementos de Memória tipo PALAVRA. Os Elementos de Memória tipo BIT são utilizados para tratar informações do tipo Tudo ou Nada (Ex. - Estado de um Fim-de-curso, comando de um contator, estado de um “flag”interno, etc...), enquanto os ELEMENTOS DE MEMÓRIA tipo PALAVRA tratam informações numéricas (Ex. - valor de temperatura , referência de velocidade , tempo decorrido , contagem de um evento , etc... ). Automação e Controle 60 Elementos de Memória tipo BIT Os CLP`s MITSUBISHI FAMÍLIA FX, possuem os seguintes Elementos de Memória tipo BIT : ¾ Memória tipo X - Imagem das Entradas. ¾ Memória tipo Y - Imagem das Saídas. ¾ Memória tipo M - Memórias auxiliares, ou “flags”. ¾ Memória tipo S - Elementos especiais para programação STL (Grafcet) Elementos de Memória tipo X Os sinais de entrada dos CLP`s, após serem tratados pelo Hardware do processador, tem seus valores (0 ou 1 ) armazenados na memória deste, nos elementos de memória tipo X. Podemos então dizer que os elementos tipo X são a representação, em “tempo real”, do estado físico das entradas. O estado destes elementos são, normalmente, analisados pelo programa do usuário através das instruções Contato Aberto ( --] [-- ) , ou Contato Fechado ( --]/[-- ). O endereço destes elementos é representado em Base OCTAL, ou seja, X0 à X7, X10 à X17, X20 à X27, .... , até um máximo de 128 elementos. Elementos de Memória do tipo Y Estes elementos são utilizados pelo programa para armazenar os estados desejados das saídas do CLP, a cada instante. Após serem tratados pelo Hardware do processador, o estado destes elementos (0 ou 1 ) definirão o estado físico das saídas ( Ex. - relé de saída aberto ou fechado ). Estes elementos são, normalmente, manipulados pelo programa do usuário através das instruções Bobina Normal (--( )-- ), ou Relé Memória ( --[ SET ]-- , --[ RST ]-- ). O endereço destes elementos é representado em BASE OCTAL, ou seja, Y0 à Y7, Y10 à Y17, Y20 à Y27, .... , até um máximo de 128 elementos. Elementos de Memória tipo M São os Relés internos de uso geral, que podem ser comparados aos Relés Auxiliares utilizados nos circuitos de telecomando convencionais à relés. Sendo elementos de uso interno ao programa do usuário, não recebem diretamente informações sobre o estado das entradas físicas, nem acionam diretamente as saídas físicas do CLP. O endereçamento deste elemento é representado em BASE DECIMAL, sendo que a quantidade máxima de elementos depende do tipo de CLP empregado. Automação e Controle 61 Estes elementos são divididos em três categorias: ¾ Não “backupeados” (ou não retentivos), ou de uso geral - As informações memorizadas nestes elementos são perdidas quando o CLP deixa de ser alimentado, ou quando sai do modo “RUN”, ou seja, todos os valores memorizados são colocados a ZERO. ¾ “Backupeados” (ou retentivos) - As informações memorizadas são salvaguardadas por bateria, guardando o último estado, mesmo se a alimentação for cortada, ou se o CLP sair do modo “RUN”. ¾ Especiais - São “Flags” com informações diversas, geridas diretamente pelo CLP, independente do programa do usuário, ou para o uso específico de algumas instruções avançadas. Elementos de Memória tipo S São elementos similares aos do tipo M, utilizados para a programação STL ( Grafcet ). Não serão objetos deste curso. Elementos de Memória tipo Palavra Os CLP`s MITSUBISHI FAMÍLIA FX, possuem os seguintes Elementos de Memória tipo S ¾ Memória tipo D - Registros de uso geral. ¾ Memória tipo K e H - Constantes. ¾ Memória tipo T - Temporizadores. ¾ Memória tipo C - Contadores. Elementos de Memória tipo D Estes elementos são utilizados na manipulação de valores decimais inteiros. Cada registro do tipo D representa uma PALAVRA de 16 BITS da Tabela de Dados do CLP, podendo armazenar valores entre -32.768 e +32.767. Apesar disso, algumas instruções de programa permitem a manipulação de valores utilizando 32 BITS, ou seja, trabalhando com dois registros tipo D para manipular e armazenar estes valores, conseguindo assim trabalhar com valores entre -2.147.483.648 e +2.147.483.647. D0 TRABALHO EM 16 BITS BIT DE SINAL - SE = 0 , VALOR POSITIVO Automação e Controle 62 O endereçamento destes elementos é representado em BASE DECIMAL, sendo que a quantidade máxima de elementos depende do tipo de CLP empregado. Assim como os elementos tipo M, os elementos tipo D são divididos em três categorias: ¾ Não retentivos, ou de uso geral - As informações memorizadas nestes elementos são perdidas quando o CLP deixa de ser alimentado, ou quando sai do modo “RUN”, ou seja, todos os valores memorizados são colocados a ZERO. ¾ Retentivos - As informações memorizadas são salvaguardadas por bateria, guardandoo último estado, mesmo se a alimentação for cortada, ou se o CLP sair do modo “RUN”. ¾ Especiais - São registros com informações diversas, geridas diretamente pelo CLP, independente do programa do usuário, ou para o uso específico de algumas instruções avançadas. Elementos de Memória tipo K e H São elementos utilizados para a representação de valores constantes. Pode-se utilizar tanto Constantes Decimais (tipo K), como Constantes Hexadecimais ( tipo H ). O emprego destas constantes é bastante amplo. Podemos citar: ¾ determinação da pré-seleção de temporizadores e contadores. ¾ determinação do número de elementos a serem manipulados por várias instruções. ¾ valores constantes em cálculos, utilizando instruções aritméticas. D0D1 TRABALHO EM 32 BITS BIT DE SINAL - SE = 0 , VALOR POSITIVO Automação e Controle 63 Elementos de Memória tipo T São os TEMPORIZADORES. Os temporizadores, em função do tipo de CPU utilizada, são divididos em 5 categorias, dependendo da Base de Tempo utilizada e de serem, ou não, retentivos. Não retentivos Base de tempo de 100 mseg Não retentivos Base de tempo de 10 mseg Não retentivos Base de tempo de 1 mseg Retentivos Base de tempo de 100 mseg Retentivos Base de tempo de 1 mseg Estes elementos são, normalmente, manipulados pelo programa do usuário através das instruções Bobina Normal ( --( )-- ) e das instruções Contato Aberto ( --] [-- ) , ou Contato Fechado ( --]/[-- ). O tempo decorrido entre a ativação da “bobina” do temporizador e a atuação de seus contatos depende da Base de Tempo do temporizador e da pré-seleção do mesmo (indicada através do uso de uma constante K ou H ). A figura a seguir ilustra o funcionamento de um temporizador não retentivo, com base de tempo de 100 mseg : ( ) ( ) X2 K50 T15 T15 Y6 5 seg. 3 seg. X2 1 0 1 0 Y6 T15 tempo decorrido Automação e Controle 64 Os temporizadores retentivos, além das instruções BOBINA e CONTATOS, necessitam de uma instrução RESET ( --[ RST ]-- ) para “zerar” sua contagem, visto que o valor da contagem permanece memorizado, mesmo após a desativação de sua bobina. A figura a seguir ilustra o funcionamento de um temporizador retentivo, com base de tempo de 1 mseg: ( ) ( ) X4 K7000 T246 T246 Y3 [ ] X5 RST T246 2 seg. 5 seg. X4 1 0 1 0 Y3 T246 tempo decorrido 1 0 X5 Automação e Controle 65 Elementos de Memória tipo C São os CONTADORES. Os contadores, em função do tipo de CPU utilizada, são divididos em 5 categorias, dependendo do número de Bits, da velocidade de contagem e de serem, ou não, retentivos. ¾ Unidirecionais, 16 Bits, não retentivos. ¾ Unidirecionais, 16 Bits, retentivos. ¾ Bidirecionais, 32 Bits, não retentivos. ¾ Bidirecionais, 32 Bits, retentivos. ¾ Contadores de alta velocidade. Estes elementos são, normalmente, manipulados pelo programa do usuário através das instruções BOBINA NORMAL (--( )-- ) e das instruções CONTATO ABERTO ( --] [-- ) , ou CONTATO FECHADO ( --]/[-- ), além de instruções RESET ( --[ RST ]-- ) para “zerar” sua contagem. Nos contadores Unidirecionais, o valor da contagem corrente é incrementado a cada vez que a bobina do contador passa da condição DESATUADA para ATUADA. Quando a contagem atinge o valor Pré-selecionado do contador (representado por um elemento K ou H), todos os contatos deste contador trocam de estado. A figura a seguir ilustra o funcionamento de um contador unidirecional: ( ) ( ) X2 K8 C11 C11 Y6 [ ] X3 RST C11 X2 1 0 8 7 6 5 4 3 2 1 1 0 Y6 C11 contagem 1 0 X3 Automação e Controle 66 Nos contadores Bidirecionais, o valor da contagem corrente é também incrementado a cada vez que a bobina do contador passa da condição DESATUADA para ATUADA. Entretanto, em função do estado de uma memória especial (M8200 a M8234 ), a contagem pode ser decrementada. A figura a seguir ilustra o funcionamento de um contador bidirecional: ( ) ( ) X0 K6 C210 C210 Y2 [ ] X3 RST C210 X0 C210 contagem ( ) X5 M8210 X5 M8210 1 0 5 6 4 7 6 5 4 3 2 1 1 0 Y2 1 0 X3 1 0 Automação e Controle 67 Os contadores retentivos tem o mesmo funcionamento dos não retentivos. Entretanto, o valor de contagem é “backupeado”, isto é, o valor é salvaguardado por bateria. Desta forma, mesmo se o CLP perde sua alimentação, ou sai do modo RUN, o valor é memorizado. Quando o CLP retorna ao modo RUN, a contagem será retomada do ponto onde foi interrompida. Os contadores rápidos não serão objeto deste curso. Elementos de Memórias Especiais Os CLP`s FAMÍLIA FX, possuem ainda outros Elementos de Memória para determinadas operações específicas : ¾ Memória tipo I - Sinalizadores de INTERRUPÇÃO. ¾ Memória tipo P - Apontadores para INSTRUÇÕES DE SALTO. ¾ Memória tipo V e Z - Elementos de INDEXAÇÃO. Estes elementos não serão objeto deste curso. Conjunto de Instruções Básicas Examina Bit a “1” Símbolo - Operandos - X, Y, M, S, T e C Exemplos : ¾ Funcionamento: Durante sua “varredura”, ao examinar esta instrução, o CLP verifica se o BIT especificado pela instrução esta à “1” na memória. Se estiver, o CLP considera a instrução VERDADEIRA, que na analogia do diagrama de relés equivale a CONTINUIDADE da linha. Examina Bit a “0” Símbolo - Operandos - X, Y, M, S, T e C Exemplos : ¾ Funcionamento - Durante sua “varredura” ao examinar esta instrução, o CLP verifica se o BIT especificado pela instrução esta à “0” na memória. Se estiver, o CLP considera a instrução verdadeira, que na analogia do diagrama de relés equivale a continuidade Y21 ???? X10 M121 ???? T8 Automação e Controle 68 da linha. Se o BIT estiver à “1”, a instrução simulará um contato aberto, não dando, portanto, continuidade a linha. Instrução “Bobina” Símbolo - Operandos - Y, M, S, T e C Exemplos : ¾ Funcionamento para Y, M e S - A ativação ou não ativação desta instrução depende da análise de todas as condições precedentes da linha que alimenta a instrução. Caso todas as condições dêem CONTINUIDADE a linha, o BIT especificado pela instrução será colocado à “1” na memória do CLP. Caso contrário, o BIT será colocado a “0”. ¾ Funcionamento para T - Caso todas as condições dêem CONTINUIDADE a linha, o Temporizador especificado pela instrução iniciará sua contagem. Quando o tempo decorrido atingir o valor pré-selecionado, todos os contatos (abertos ou fechados ) associados ao endereço de memória do temporizador trocarão de estado. ¾ Funcionamento para C - A cada vez que o conjunto das condições da linha passarem da condição FALSO para VERDADEIRO, o Contador especificado pela instrução incrementará de uma unidade sua contagem . Quando a contagem atingir o valor pré- selecionado, todos os contatos (abertos ou fechados ) associados ao endereço de memória do contador trocarão de estado. Instruções de “Set” e
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