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ARTIGO ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: AS FRAUDES EM EMPRESAS AO DISPUTAR UMA LICITAÇÃO.
 Antonia Andréia Gadelha Medeiros[1: ]
 Claudia Horbilon Alves Vasconcelos Fagundes[1: ]
RESUMO
Este trabalho tem o intuito de relatar sobre as Fraudes nas Empresas públicas e as estratégias e mecanismos que essas empresas utilizam para enfrentar as oscilações de mercado, cada vez mais comuns com a globalização. O objetivo do trabalho é apresentar os tipos de fraudes empresariais. Conforme artigo 37, XXI da Constituição Federal, toda contratação pública, salvo exceções, tem que passar pelo processo de licitação. A Lei n° 8.666/93, que contém as normas regedoras da licitação, elenca as hipóteses da dispensa ou inexigibilidade de licitação fora dos casos previstos em lei. Assim, visando à proteção da coletividade, o ordenamento jurídico consagrou a licitação como procedimento prévio e obrigatório à prática de contratos administrativos. Presente constantemente nas mídias, as fraudes em licitações, mostra-se como um grande problema encarado pela Administração Pública brasileira. Condutas fraudulentas articuladas em certames são identificadas em todos os níveis federativos. O Ministério Público, Tribunais de Contas, dentre outros órgãos,  têm um papel relevante e decisivo na guarda da coisa pública, no combate à corrupção e fiscalização do cumprimento da Carta Magna e da lei, e estão dotados de preciosa ferramenta, para o cumprimento das determinações constitucionais.
A metodologia aplicada através de livros, sites, artigos e periódicos mostra um pouco da literatura sobre o assunto e conclui a importância da de uma boa gestão dentro das empresas. O trabalho foi desenvolvido, com a finalidade de expor essas empresas importância à gestão como ferramenta que agrega valor para as empresa, ao mostrar, na prática, como uma instituição.
Palavras-chave: Fraude. Licitação. Administração Pública.
1 INTRODUÇÃO
Com um mercado cada vez mais globalizado e marcado por escândalos financeiros, as incertezas e os riscos estão presentes de forma constante nas empresas, cabendo assim, aos agentes financeiros ficarem atentos aos sinais de perigo. A Administração Pública se movimenta dentro de um conjunto de normas e princípios, chamado de direito administrativo, que, ao mesmo tempo em que concede privilégios e prerrogativas, impõem limites e restrições, não existentes para os particulares. 
Estima-se que as empresas percam 8% de seu faturamento em fraudes dos mais diversos tipos, sempre protagonizadas pelos próprios funcionários ou por terceirizados, segundo a consultoria de gestão Hands On Solutions. A coisa começa em pequenos delitos, como superfaturamento em 2 reais um recibo de táxi, e vai até os mais sofisticados, como inflar balanço para esconder prejuízos e garantir bônus milionários. 
Para Maria Luíza Figueiras (Revista exame 2017, p. 20): 
As fraudes em empresas - ao disputar uma licitação, contratar fornecedores, reembolsar despesas e até contabilizar resultados (e bônus) são mais comuns do que parecem. Existem dezenas de maneiras de roupar. Hoje, porém, mais empresas estão indo atrás dos responsáveis. 
Diante do exposto, o presente trabalho tem como objetivo geral desvendar as fraudes existentes e assim agregar valor às empresas, utilizando os casos de empresas do setor Público. No sentido de atingir o objetivo geral exposto, busca-se atender aos seguintes objetivos específicos:	
Definir risco e apresentar os tipos de riscos empresariais, destacando a sua relevância no contexto de uma economia globalizada; 
Definir valor, agregação e geração de valor empresarial bem como as formas de avaliá-lo; 
Considerando o procedimento licitatório o antecedente compulsório da contratação administrativa;
Percebe-se que a fraude em licitações está na contramão da tutela do interesse público.
O trabalho tem como principal motivação na conscientização da importância  sobre o tema é atual e está presente constantemente nas mídias, onde várias matérias de escândalos envolvendo fraudes em licitações são publicadas. A relevância consiste no fato da licitação ser muito mais que um procedimento administrativo, ela é um mecanismo que a Constituição Federal previu para que o Estado faça a melhor gerência.
Possível dos recursos públicos, de forma a garantir a máxima satisfação dos direitos sociais. Assim, quem frauda licitação, viola mais que uma norma de direito constitucional e administrativo, conspira contra o atendimento das necessidades da sociedade. 
 Conforme Angélico (1994): 
 “Licitação é um procedimento administrativo destinado a selecionar, entre fornecedores qualificados, aquele que apresenta proposta mais vantajosa para a administração. Regem as licitação os princípios, de igualdade, da probidade administrativa, da vinculação ao edital, do julgamento objetivo, da legalidade, da impessoalidade, da moralidade e dos que lhe são correlatos.
 
Em termos metodológicos, este estudo utiliza-se do método dedutivo, da pesquisa qualitativa e bibliográfica que se baseou na literatura sobre o assunto para desenvolver, através de conceitos existentes, as devidas reflexões, constata-se que as fraudes licitatórias, além de contrariarem os vetores essenciais da moralidade, lisura e idoneidades esperadas dos agentes públicos e dos licitantes concorrentes, acabam por trazer enormes prejuízos orçamentários, sacrificando inúmeras áreas onde os recursos desviados poderiam ser aplicados. Além de pesquisa em fontes diversas: livros, periódicos, sites, artigos científicos. E mais, ao serem norteadas por interesses individualistas e egoísticos, as fraudes licitatórias violam gritantemente todo um regime jurídico-administrativo assentado na indisponibilidade do interesse público e na supremacia do mesmo sobre os interesses privados.
1 Aluno concludente do curso de Bacharel em Ciências Contábeis do Centro Universitário Estácio FIC .
2 Professor(a) Orientador(a) Claudia Horbilon Alves Vasconcelos Fagundes, do Centro Universitário Estácio FIC.
2 FRAUDE NAS LICITAÇÕES
Como sendo licitações públicas, faz necessário que seu procedimento seja público, não podendo haver sigilo. Portanto, para a garantia dessa prerrogativa temos como principio das licitações a publicidade.
Na maioria dos processos licitatórios para assegurar as fraudes, não são publicadas no Diário Oficial, nem mesmo em editais de convocação, para que possa haver concorrência e devida escolha da melhor oferta para o Poder Público.
Destarte, as fraudes são mais comuns, primeiramente, o superfaturamento, ou seja, a cobrança de preços superiores aos de mercado. Por exemplo, quando o governo paga R$ 18 por um remédio vendido em qualquer farmácia por menos de R$ 7. O superfaturamento geralmente é acompanhado do direcionamento ou dispensa da licitação e pode também ser consequência de acordo prévia entre os concorrentes.
Essa fraude pode ser observada ainda quando a convocação de licitação não é publicada no Diário Oficial. Em compras de menor valor, o responsável pela licitação também pode escolher sempre as mesmas empresas ou chamar duas que não conseguirão competir com o fornecedor beneficiado pelo acordo.
Outra fraude encontrada nos processos é a inexigibilidade de licitação. Recurso que só pode ser usado quando não existe possibilidade de competição, isto é, quando existe somente um fornecedor de produto ou serviço, desde que ele apresente atestado de exclusividade. Há casos de pessoas que se aproveitam dessa brecha na legislação para direcionar e superfaturar uma compra ilegalmente. A inexigibilidade também pode ser usada para a contratação de artistas e especialistas comprovadamente reconhecidos pela sociedade.
  FAZZIO (2002):
 A fraude licitatória, espécie de improbidade administrativa, é causadora de lesão ao erário (art. 10, da Lei nº8.492/92). Quem frauda não respeita o princípio licitatório, principalmentepor não observar os princípios da impessoalidade e publicidade. 
 GASPARINI (2011):
Como significado de enganar, baldar, tornar inútil, nesse contexto, o caráter competitivo da licitação. Um exemplo colocado pelo referido autor seria quando o servidor, em razão do ajuste efetivado determinado concorrente, prevê no edital exigência que poucos podem satisfazer, ou fixa no instrumento convocatório prazo legal para a apresentação das propostas de técnica e preço incompatível com sua complexidade de elaboração.
a)    Firmar em contrato condições essenciais não estampadas no procedimento licitatório, caracterizando ilegalidade, pois essa inexistência inibe e restringe a participação de concorrentes.
b)    A licitante declarada vencedora desatende às condições de habilitação e apresentação da proposta, sendo irrelevante se o objeto do certame já está homologado e adjudicado, inclusive com o fornecimento do material e pagamento dos valores contratuais, bem como não afasta a anulação a alegação de caráter de urgência da contratação, se não caracterizada diante da leitura do cronograma de fornecimento exibido pelo edital.
c)     Também ocorre fraude na competitividade da licitação quando a publicação de mudança do endereço para a entrega dos envelopes de habilitação e proposta ocorre em veículo não adequado ao alcance dos eventuais interessados.
 Duas modalidades muito comuns de fraude lesiva ao patrimônio público são o superfaturamento (superestimação) e a contratação de serviços fantasmas, ou seja, inexistentes.
A superestimação existe quando é cobrado sobre preço ilegal, de forma que a Administração Pública pague pela obra ou serviço mais do que realmente devesse. Fato esse que pode ser comprovado quando se compara o valor pago e os valores concorrentes no mercado.
Serviços fantasmas são aqueles existentes apenas no papel. Como é o caso da contratação de obra que já se encontra concluído ou de uma que nunca será realizada. Em todos esses casos, tanto o contrato quanto as respectivas despesas são ilegais, uma vez que a obra ou só existe no documento ou já se encontrava finalizada.
Outro ponto a ser considerado se refere à contratação mediante licitação sem previsão orçamentária que destine dotação para esse fim. Se o procedimento ultrapassou o exercício financeiro e no orçamento para o ano seguinte não existe reserva de verba para cobrir a despesa com a aquisição do bem objeto da concorrência, é ilícito à Administração declarar extinto o certame. A inexistência de reserva orçamentária é mais que um justo motivo para que a licitação seja revogada por traduzir um impedimento absoluto.
2.1 Definições de Fraude
Em Direito Penal, fraude é o crime ou ofensa de deliberadamente enganar outros com o propósito de prejudicá-los, usualmente para obter propriedades ou serviços dele ou dela injustamente.
Fraude é um ato ilícito ou de má-fé que visa à obtenção de vantagens indevidas ou majoradas, para si ou para terceiros, geralmente através de omissão, inverdades, abuso de poder, quebra de confiança, burla de regras, dentre outros.
De forma ampla, pode-se entender a fraude como qualquer meio usado com a finalidade de obter vantagem injusta sobre outra pessoa.
Na fraude há sempre um conceito de má-fé e de intencionalidade.
Essa vantagem pode ser por ação ou omissão, por meio de conduta intencional ou má-fé.
Constitui fraude tanto o ato de fazer, quanto o ato de deixar de fazer a fraude.
Artigo 90 – Frustrar ou fraudar competição em licitação
A infração penal disposta no art. 90 da Lei 8.666/93 viola de maneira frontal a finalidade da licitação (possibilitar a igualdade de oportunidades em competição entre terceiros para contratar com a Administração Pública, evitando apadrinhamentos, favoritismos e perseguições). Portanto, aquele que frustra ou frauda, mediante ajuste, combinação ou qualquer outro expediente, o caráter competitivo do procedimento licitatório, com o intuito de obter, para si ou para outrem, vantagem decorrente da adjudicação do objeto da licitação, pratica crime e está sujeito à pena de detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
Artigo 93 – Atentar contra ato do procedimento licitatório
 Impedir, perturbar ou fraudar a realização de qualquer ato de procedimento licitatório também configura crime, com pena de detenção, de 06 (seis) meses a 02 (dois) anos, e multa. Lembre-se que todos os que participam do procedimento licitatório tem o direito público subjetivo à fiel observância deste procedimento e que qualquer cidadão pode acompanhar o seu regular desenvolvimento (art. 4º da Lei 8.666/93).
Artigo 96 - Fraude à licitação 
Art. 96. Fraudar, em prejuízo da Fazenda Pública, licitação instaurada para aquisição ou venda de bens ou mercadorias, ou contrato dela decorrente: 
I - elevando arbitrariamente os preços; 
II - vendendo, como verdadeira ou perfeita, mercadoria falsificada ou deteriorada; 
III - entregando uma mercadoria por outra; 
IV - alterando substância, qualidade ou quantidade da mercadoria fornecida; 
V - tornando, por qualquer modo, injustamente, mais onerosa a proposta ou a execução do contrato: Pena - detenção, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa". A prática de qualquer um destes atos equivale à fraude à licitação e são notoriamente atos que atentam contra o interesse público.
Artigo 98 - Frustrar a participação em licitação
 Veja como o delito disposto no art. 98 afronta a finalidade da licitação de possibilitar a todos a contratação com a Administração Pública: "Art. 98. Obstar, impedir ou dificultar, injustamente, a inscrição de qualquer interessado nos registros cadastrais ou promover indevidamente a alteração, suspensão ou cancelamento de registro do inscrito." Por isso, quem pratica este crime deve ser punido com detenção, de 06 (seis) meses a 02 (dois) anos, e multa. 
Artigo 99 - A multa. 
Todos os crimes descritos pela Lei nº 8.666/93 são apenados com detenção e multa. A pena de multa consiste no pagamento de quantia fixada na sentença e calculada em índices percentuais, cuja base deve corresponder ao valor da vantagem efetivamente obtida ou potencialmente auferível pelo agente. Deve-se ter em mente ainda que: - Os índices percentuais não podem ser inferiores a 2% (dois por cento), nem superiores a 5% (cinco por cento) do valor do contrato licitado ou celebrado com dispensa ou inexigibilidade de licitação; - O produto da arrecadação da multa deve sempre ser revertido conforme o caso, à Fazenda Federal, Distrital, Estadual ou Municipal.
Conforme Oriá Filho (2011):
Em uma pesquisa realizada em 2004 com 1.000 empresas mostra que a
maior parte dos responsáveis por fraudes são: funcionários (58%); prestadores de serviços (18%); fornecedores (14%); cliente (8%).
Segundo Oriá Filho (2011) Os fraudadores têm as seguintes características:
Conhece bem os serviços;
Avocam a si atribuições de colegas, quebrando a segregação de funções;
Conquistam a confiança e a simpatia de superiores, colegas, subordinados e clientes; 
São prestativos, resolvem todos os problemas;
São assíduos e muitas vezes, comparecem ao local de trabalho mesmo durante as férias para auxiliar nos serviços;
Permanece muito tempo nas mesmas funções, por falta de rodízio.
Resistem a mudança, invocando o interesse dos serviços;
Descumprem instruções sob pretexto de agilizar a execução dos serviços, ou melhorar o atendimento aos clientes.
2.2 Tipos de Fraudes
Após um estudo que identificou os seis tipos de fraudes mais comuns em processos licitatórios.
Em primeiro lugar está o superfaturamento, que corresponde à cobrança de preços superiores aos praticados pelo mercado. Essa fraude, na grande maioria das vezes, está acompanhada da dispensa de licitação, geralmente resultante de um acordo prévio entre os concorrentes. Também é comum neste processo de fraude o direcionamento. Por meio dele é usada como estratégia a exigência de qualificações técnicas muito específicas para a compra do produto ou serviço que será prestado. Dessa forma,beneficia-se apenas um dos concorrentes, justamente o que propositadamente possui tais especificidades. A falta de publicação no Diário Oficial é o fator que mais identifica esse tipo de fraude.
Outro aspecto que facilita a realização de fraudes em licitações é o responsável ter o direito de escolher sempre as mesmas empresas, quando o serviço ou produto é de valor menor. Neste caso, também pode ser chamado duas outras prestadoras que não conseguirão competir com o fornecedor previamente beneficiado pelo acordo.
A inexigibilidade de licitação também é frequentemente sinônimo de fraude. Esse recurso só deve ser usado quando não há outra possibilidade de competição, ou seja, quando existe apenas um único fornecedor de produto ou serviço. Neste caso, o próprio fornecedor deve apresentar o atestado de exclusividade. Artistas e especialistas notadamente reconhecidos pela sociedade também podem ser contratados por meio da dispensa de licitação. Também dispensam licitação compras de valores muito baixos ou em casos específicos, como urgência, calamidade pública ou guerra; assim como aquisição para as Forças Armadas ou quando houver comprometimento da segurança nacional.
A lista de tipos de fraudes é complementada ainda com o acordo prévio e a contratação de fundações e ONGs. O primeiro pode ser feito entre o responsável pela licitação e um dos concorrentes, ou até entre os próprios concorrentes. Assim, uma das empresas recebe informações privilegiadas para alcançar facilmente a vitória. No caso das ONGs e fundações, é permitida por lei a dispensa de licitação, desde que estejam vinculadas diretamente à pesquisa, ao desenvolvimento institucional, científico ou tecnológico. Entretanto, na prática, as fundações prestam qualquer serviço com dispensa de licitação, como fornecimento de refeições ou manutenção de elevadores.
Figura 1. Charge Comissão de Licitações
2.2.1 Pregões
Essa modalidade de licitação também abre brechas para irregularidades. Em pregões presenciais, por exemplo, pode ser feito um acordo antecipado entre os participantes. Já nos eletrônicos, foram verificadas situações em que um ou dois participantes oferecem lances muito baixos para forçar a desistência de empresas com preços maiores e de acordo com o mercado.
Figura 2. Metaprocesso de Aquisição Pública
2.2.2 Fatores de Riscos
As fontes do risco são os chamados fatores de risco que podem influenciar a rentabilidade de determinado projeto de infraestrutura. A grande questão em projetos complexos é determinar como esses riscos serão abordados. Tal questão 
assume relevo sobremodo em projetos organizados sob a forma de Project Finance e mais especificamente em projetos de Parcerias Público Privadas. Não por menos, o artigo 5 da lei 11.794/04 determina que os contratos das PPPs devem, explicitamente dispor sobre a partilha de riscos. Alocar riscos, portanto, passa a ser um elemento crucial para o sucesso de determinado projeto. É importante lembrar, no entanto que alocar risco não é a mesma coisa que alocar valor porque a alocação do risco para uma parte não necessariamente significa reduzir o interesse da parte sobre o valor do projeto. 
Uma vez delineado o perfil dos fornecedores e identificados os fatores de risco que estes consideram mais importantes na transação, far-se-á a classificação destes em grupos quanto ao risco. A prevalência de fornecedores pertencentes ao grupo de risco moderado. 
Fontes idôneas de Pesquisas:
Homepage: http://www. http://exame.abril.com.br/edicoes/
Homepage: https://admjamil.jusbrasil.com.br/artigos
Homepage: http://www.osbrasil.org.br/backup/informativo/15.pdf
Homepage: http://www.lexml.gov.br/urn/urn:lex:br:rede.virtual.bibliotecas
Homepage: http://www.gestaodesegurancaprivada.com.br/conceito-de-fraude-o-que-e-definicao.
3 LICITAÇÃO PÚBLICA -  MODALIDADES
As licitações serão efetuadas no local onde se situar a repartição interessada, salvo por motivo de interesse público, devidamente justificado.
 Poderão se habilitar a licitação, interessados residentes ou sediados em outros locais.
3.1 Modalidades da Licitação
Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.
Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas.
Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial.
Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação. 
Na hipótese da modalidade convite, existindo na praça mais de 3(três) possíveis interessados, a cada novo convite, realizado para objeto idêntico ou assemelhado, é obrigatório o convite a, no mínimo, mais um interessado, enquanto existirem cadastrados não convidados nas últimas licitações.  
Quando, por limitações do mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, for impossível a obtenção do número mínimo de 3(três) licitantes, essas circunstâncias deverão ser devidamente justificadas no processo, sob pena de repetição do convite.
É vedada a criação de outras modalidades de licitação ou a combinação das referidas neste artigo.
3.1.1 Dos Avisos e Editais da Modalidade de Concorrência
Os avisos contendo os resumos dos editais das concorrências, das tomadas de preços, dos concursos e dos leilões, embora realizados no local da repartição interessada, deverão ser publicados com antecedência, no mínimo, por uma vez: 
a) no Diário Oficial da União, quando se tratar de licitação feita por órgão ou entidade da Administração Pública Federal e, ainda, quando se tratar de obras financiadas parcial ou totalmente com recursos federais ou garantidas por instituições federais; 
b) no Diário Oficial do Estado, ou do Distrito Federal quando se tratar, respectivamente, de licitação feita por órgão ou entidade da Administração Pública Estadual ou Municipal, ou do Distrito Federal; 
c) em jornal diário de grande circulação no Estado e também, se houver, em jornal de circulação no Município ou na região onde será realizada a obra, prestado o serviço, fornecido, alienado ou alugado o bem, podendo ainda a Administração, conforme o vulto da licitação utilizar-se de outros meios de divulgação para ampliar a área de competição.  
3.2 Prazos das Propostas
As licitações serão efetuadas no local onde se situar a repartição interessada, salvo por motivo de interesse público, devidamente justificado.
Poderão se habilitar a licitação, interessados residentes ou sediados em outros locais.
O prazo mínimo até o recebimento das propostas ou da realização do evento será de: 
3.2.1 Prazo para recebimento das propostas para Licitação
- 45 (quarenta e cindo dias) para a modalidade de licitação concurso e para a modalidade de licitação a concorrência, quando o contrato a ser celebrado contemplar o regime de empreitada integral ou quando a licitação for do tipo “melhor técnica” ou “técnica e preço”; 
- 30 (trinta dias) para a modalidade de licitação concorrência, nos casos não especificados da modalidade de licitação concurso, e da modalidade de licitação concorrência em relação ao contrato celebrado for ao regime de empreitadaintegral ou quando a licitação for do tipo “melhor técnica” ou “técnica e preço”.
- 30 (trinta dias) para a modalidade de licitação tomada de preços, quando a licitação for do tipo “melhor técnica” ou “técnica e preço”; 
-15 (quinze dias) para a modalidade de licitação tomada de preços, sem abranger o tipo “melhor técnica” ou "técnica e preço, ou leilão; 
- 5 (cinco dias) úteis à modalidade de licitação convite
3.2.2 Contagem dos Prazos para apresentação das propostas
Os prazos serão contados a partir da última publicação do edital resumido ou da expedição do convite, ou ainda da efetiva disponibilidade do edital ou do convite e respectivos anexos, prevalecendo à data que ocorrer mais tarde. 
Qualquer modificação no edital exige divulgação pela mesma forma que se deu o texto original, reabrindo-se o prazo inicialmente estabelecido, exceto quando, inquestionavelmente, a alteração não afetar a formulação das propostas.
3.2.3 Limites de valor de Contratação na Licitação
As modalidades de licitação concorrência, tomada de preços e convite serão determinadas em função dos seguintes limites, tendo em vista o valor estimado da contratação:
3.2.4 Para Obras e Serviços de Engenharia
Nas obras e serviços de engenharia na modalidade de licitação convite – o valor estimado e até R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais); 
Na modalidade de licitação tomada de preços até R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais).
Na modalidade de licitação concorrência acima de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais).
3.2.5 Para Compras e Serviços
Na modalidade de licitação convite  até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais), tomada de preços até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais), concorrência  acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais).  
3.2.6 Parcelamento em relação à Licitação
As obras, serviços e compras efetuadas pela Administração serão divididos em tantas parcelas quantas se comprovarem técnica e economicamente viáveis, procedendo-se à licitação com vistas ao melhor aproveitamento dos recursos disponíveis no mercado e à ampliação da competitividade sem perda da economia de escala.  
Na execução de obras e serviços e nas compras de bens, parceladas nos termos do parágrafo anterior, a cada etapa ou conjunto de etapas da obra, serviço ou compra, há de corresponder licitação distinta, preservada a modalidade pertinente para a execução do objeto em licitação.   
Figura 3. Modalidades de Licitações.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
No presente trabalho de conclusão de curso, entende-se que o objetivo geral, foi alcançado porque foi aplicada metodologia suficiente para verificar se as várias notícias que tratavam de fraudes em licitações para a aquisição de bens por parte da administração pública e toda a fundamentação teórica escrita auxiliaram na resposta as dúvidas que se tinham ao início deste. 
Ao término desse trabalho foi possível definir, uma revisão bibliográfica a cerca do certame, diante da doutrina pátria predominante, aspectos estes relacionados aos tipos de fraudes em licitações no setor público.
Uma vez que o ordenamento jurídico brasileiro consagrou a licitação como regra para contratação, conclui-se que em se tratando de contrato administrativo, a dispensa e a inexigibilidade devem se constituir em exceções, ocorrendo apenas nos restritos casos elencados na lei. A Administração Pública, tendo em vista o gerenciamento do interesse público, àquele pertencente à coletividade, passou a receber serviços e produtos de terceiros, utilizando-se de contratos administrativos, os quais, em sua maioria, precedem de um procedimento denominado licitação pública para sua celebração.
Em todos os entes da federação veem-se, não raro, regras Constitucionais e do Direito Administrativo sendo descumpridas. Dentre elas destacam-se as fraudes de licitações que trazem enormes prejuízos aos cofres públicos, lesando direitos coletivos. 
Na licitação do tipo menor preço, é imprescritível que em alguns casos a Administração analise condições de qualidade e rendimento de alguns materiais, o que impõe a modificação do art. 46, caput, com o propósito de estender a adoção de outros tipos de licitação para a aquisição material. Registramos aqui, diante do presente estudo que as autoridades competentes, em suas respectivas competências, atentem para a importância de um catalogo de material unificado, o qual será fundamental para a implantação de um cadastro de fornecedores e, quiçá, de um sistema de registro de preços.
Feitas tais considerações, tem-se como certo que a habilitação, no seu conceito mais amplo, constitui o conjunto de condições a serem observados em cada caso, por todos que desejem participar de certame licitatório instaurado pela Administração Pública. 
Seja em qualquer aspecto da licitação, deve-se atentar para o fato de que as exigências de qualificação técnica e econômica serão apenas as indispensáveis á garantia do cumprimento das obrigações individuais em cada procedimento. Esta, aliás, é uma preocupação inscrita no próprio texto constitucional em vigor ao referir-se ao principio de licitação no art. 37, inciso XXI. Não há autorização legal em nenhuma hipótese para exigências genéricas, exageradas e dissociadas da realidade vivenciada pela Administração em cada caso. Tudo em função das exigências da lei.
Esses os comentários que entendemos pertinentes tecer quanto aos tipos de licitação admitidos na legislação atual, a Lei nº 8.666, de 1993.
Constantes em todas as esferas governamentais, muitos administradores não tomam consciência da necessidade de bem tutelar o erário público, aproveitando-se dos poderes que lhe são conferidos, por meio de lacunas na legislação, desviando recursos, concedendo favores e aquisição de bens e serviços sem o devido procedimento licitatório, deixando assim de proteger o interesse público e toda a coletividade. Muita coisa ainda precisa mudar, em especial, as falhas que propiciam a ocorrência de fraudes precisam acabar.
Constantes em todas as esferas governamentais, muitos administradores não tomam consciência da necessidade de bem tutelar o erário público, aproveitando-se dos poderes que lhe são conferidos, por meio de lacunas na legislação, desviando recursos, concedendo favores e aquisição de bens e serviços sem o devido procedimento licitatório, deixando assim de proteger o interesse público e toda a coletividade. Muita coisa ainda precisa mudar, em especial, as falhas que propiciam a ocorrência de fraudes precisam acabar.
5 REFERÊNCIAS
ANGELICO, João. Contabilidade Pública. São Paulo: Atlas, 1994 
Revista EXAME.com Disponível em 
<http://www. http://exame.abril.com.br/edicoes/>. Edição 1133. Ano 51. Nº 5. em 15 de mar. 2017.
FAZZIO Júnior, Waldo Fundamentos de direito administrativo. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
GASPARINI, Diogenes. Crimes na Licitação. 4 ed. São Paulo: Editora NDJ, 2011.
Oriá Filho (pesquisa realizada em 2004), 2011 http://www.gestaodesegurancaprivada.com.br/conceito-de-fraude-o-que-e-definicao/
FARIA, E. R. Desempenho, Risco e Funcionalidade do Pregão Eletrônico no Setor Público. 2009. 76 f– Programa de Pós-Graduação em Administração, Universidade de Viçosa, 2009.
WIKIPEDIA. Disponível em < http://pt.wikipedia.org/wiki>. Acessado em 18 de Abr. 2017.

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