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Lo gís tic a e Di str ibu içã o Au la 13 - Fle xib ili da de s L og íst ica s 78Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno uvb Aula Nº 13 – Flexibilidades Logísticas Objetivo da Aula O objetivo desta aula é fazer com que você tenha acesso a mais esta moderna ferramenta que tem sido utilizada com o propósito de aumentar a competitividade das organizações: as Flexibilidades Logísticas. Introdução Na aula anterior, estudamos os conceitos principais sobre o Controle de Estoques, sua importância, algumas técnicas utilizadas e o conceito Just- In-Time, importado, diretamente, das linhas de produção japonesas. Nesta aula, você terá a oportunidade de conhecer o moderno conceito das Flexibilidades Logísticas como estratégia de ganho de competitividade neste mercado tão globalizado. 1. Estratégias para o Incremento da Vantagem Competitiva Segundo Slack (2002), existem cinco estratégias que as organizações podem utilizar para competir por meio da Logística. Essas estratégias geram vantagens capazes de fazer a diferença. Empresas concorrentes, muitas vezes, encontram-se em patamares praticamente iguais em relação à qualidade, ao preço, à propaganda, à distribuição, entre outras. Desse modo, torna-se necessária a adoção de novas estratégias, capazes de fazer com que a empresa se destaque e conquiste “seu lugar ao sol”,ou seja, o coração de seus clientes. Lo gís tic a e Di str ibu içã o Au la 13 - Fle xib ili da de s L og íst ica s 79Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno uvb As cinco maneiras de se competir por meio da logística, tal como descreve Slack, são: qualidade, velocidade, tempestividade, custo e as flexibilidades. 2. A Vantagem da Qualidade A Vantagem da qualidade consiste em se realizar processos em toda a cadeia de suprimentos para que o produto “faça o que deve fazer”. Em todo o processo, deve ser mantido um padrão de qualidade capaz de fazer com que o produto final atenda às expectativas daquele que será um potencial comprador: o cliente. Seja ele, final ou intermediário, sempre deve ter suas expectativas e necessidades atendidas, e a qualidade é o aspecto mais visível do sucesso da cadeia de suprimento, sendo considerada do ponto de vista do cliente. Indisponibilidade do produto no mercado, defeitos e entregas com atraso são exemplos de sintomas da falta de qualidade na cadeia de suprimento de uma organização. 3. A vantagem da Velocidade Imagine que você está para adquirir um determinado produto pela internet. Diversos sites, com a mesma credibilidade, vendem o mesmo produto, com o mesmo preço e o mesmo frete. Navegando, você detecta algo que acaba sendo crucial para que você chegue a uma decisão final: o tempo de entrega, ou seja, quanto tempo levará para que o produto chegue a suas mãos, depois de a compra ser concretizada. A vantagem da velocidade pode ser decisória no processo de compra. Inclusive, a velocidade gera valor para quem a adota como estratégia. Um apartamento na planta sempre custa menos do que um já pronto. O custo do tempo de espera mais o risco envolvido na transação são cruciais nessa relação. Um apartamento pronto atende a uma necessidade imediata e minimiza os riscos. Por isso, vale mais. Produtos de uso imediato, como Lo gís tic a e Di str ibu içã o Au la 13 - Fle xib ili da de s L og íst ica s 80Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno uvb pasta de dentes, devem ter tempo zero de espera. Devem estar disponíveis nas prateleiras de qualquer supermercado. Você compraria uma pasta de dentes pela internet? Isso só aconteceria se fosse um creme dental muito especializado, como para um tratamento específico. Creio que essas ilustrações foram suficientes para você compreender o “poder da velocidade”. Você já havia parado para pensar nisso? 4. A Vantagem da Tempestividade A tempestividade trata de disponibilizar o produto ou serviço no momento exato em que o cliente necessita e na qualidade prometida. Representa o cumprimento do que foi prometido ao cliente, no que diz respeito à disponibilidade e à qualidade. A tempestividade agrega valor ao produto e faz com que ele possa ter um valor de mercado superior, porém aceito pelos clientes. Um bom exemplo são os postos de conveniência. Voltando do trabalho, tarde da noite, você lembra que deveria comprar um litro de leite para ser consumido em sua casa. Ainda existem alguns mercados abertos, mas o “tal” posto de conveniência fica bem na rua, no caminho de sua casa. Mesmo custando cerca de 25% (hipótese) a mais, você acaba comprando lá mesmo. A tempestividade dessa loja foi crucial em sua decisão de compra. 5. A Vantagem do Custo A vantagem de custo pode ser obtida quando um produto tem seu preço final baixo (competitivo), quando este tem as margens de lucro altas ou quando ambos ocorrem em conjunto.Trata-se da eficiência do produto. Como exemplo, podemos citar os produtos que levam as marcas dos supermercados que os comercializam. São produzidos em fábricas que, muitas vezes, não investem em divulgação e ainda não são conhecidas, mas que, por usarem o nome e a marca do mercado que as vendem, ganham credibilidade e competitividade. Lo gís tic a e Di str ibu içã o Au la 13 - Fle xib ili da de s L og íst ica s 81Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno uvb A vantagem de custo pode ser obtida, também, por meio do esforço colaborativo na cadeia de suprimentos. 6. A Vantagem da Flexibilidade Consiste na capacidade de se modificar o que já está feito ou realizado (planejado). Pode ser dividida, basicamente, em: a. Flexibilidade de Produto: mede a rapidez com que um novo produto pode ser lançado; b. Flexibilidade de MIX: mede o tempo que leva para trocar, entre diferentes produtos, uma determinada variedade; c. Flexibilidade de Volume: mede o tempo que leva para responder a aumentos ou diminuições da demanda geral; d. Flexibilidade de Entrega: mede a capacidade de se modificar as entregas, aumentando-as ou retendo-as. 7. Flexibilidade de Produto A flexibilidade de produto resulta da capacidade de a empresa reagir diante da necessidade de se lançar um produto no mercado. Um bom exemplo foi o que ocorreu com as fábricas de discos de vinil. Com a progressiva substituição do vinil pelo CD, as fábricas tiveram que se adequar a essa nova tecnologia. Aquelas que não conseguiram fazer isso a tempo, iniciaram um processo de falência desastroso. Cada vez que uma empresa lança um produto no mercado, as suas concorrentes devem reagir, imediatamente, para que continuem a ser competitivas. O conceito de “benchmarking” parte desse pressuposto. As boas idéias devem ser “copiadas”, porém a liderança de mercado, geralmente, está nas mãos daqueles que geram as idéias inovadoras primeiro. Os que copiam sempre estarão um passo atrás. Produtos que são lançados por meio de idéias exclusivas, em princípio, Lo gís tic a e Di str ibu içã o Au la 13 - Fle xib ili da de s L og íst ica s 82Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno uvb serão mais “lucrativos” do que os produtos “copiados” apenas. Ainda assim, os “copiados” são necessários para que a empresa possa continuar competindo no mercado. A flexibilidade de produto, tanto inédito como “copiado”, garante isso. 8. Flexibilidade de Mix A Flexibilidade de mix é obtida quando a empresa é capaz de, em uma gama de diversos produtos que desempenham a mesma função, escolher os mais adequados às suasnecessidades imediatas. Isso ocorre, por exemplo, com um supermercado que vende diversos tipos de tinturas para cabelo. A compra e a disponibilidade desses produtos nas prateleiras pode e deve variar em razão do que os clientes estão buscando, dos preços dos fornecedores, da divulgação feita por eles, dos lançamentos feitos no mercado, entre outros. 9. Flexibilidade de Volume Ocorre quando, em razão da demanda, uma empresa consegue responder, em termos de produção, às necessidades de seus clientes. Imagine que, no inverno, faça um calor imprevisto e que uma empresa fabricante de sorvetes, produtora das maiores quantidades apenas no verão, não se preparou para eventuais surpresas. Desse modo, não reagiu às necessidades de sua demanda e apenas seus concorrentes, mais preparados, abocanharam essa fatia de mercado. Empresas capazes de responder, no que se refere a volume produzido, a demandas surpresas, podem ser agraciadas, também, com lucros surpresas. Para isso, as empresas devem estar preparadas para suportarem esse aumento de demandas com estratégias, tais como: contratação de pessoal extra, terceirização de algumas de suas atividades, entre outras. 10. Flexibilidade de Entrega Ocorre quando a empresa, por algum motivo estratégico, altera seu Lo gís tic a e Di str ibu içã o Au la 13 - Fle xib ili da de s L og íst ica s 83Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno uvb planejamento em relação à entrega de itens já produzidos. Imagine que uma fábrica de jornais planejou entregar em bancas de diversos bairros. De madrugada, surge uma notícia relacionada a um desses bairros de grande interesse para esta comunidade, mas que, para outros bairros, não terá muito relevância. Desse modo, a empresa poderá atrasar um pouco sua entrega de jornais, intencionalmente, naquele bairro, até que a matéria de grande interesse para aquela comunidade tenha sido inserida. A entrega nos outros bairros poderá ser antecipada para facilitar a distribuição no bairro em questão. Síntese Nesta aula, você aprendeu um pouco mais sobre as Flexibilidades Logísticas e sua importância como estratégia para que se obtenha uma maior competitividade. Na próxima aula, estudaremos sobre a Cadeia de Valor, uma visão sistêmica relativa ao sucesso do processo logístico de uma organização. Até lá! Referências Básicas BALLOU, Ronald H. Logística Empresarial. São Paulo: Atlas, 1993. NOVAES, Antonio Galvão N. ; ALVARENGA, Antonio Carlos. Logística Aplicada: suprimento e distribuição física. São Paulo: Pioneira, 1994. VALENTE, M. G. Gerenciamento de transportes e frotas. São Paulo: Pioneira, 1997. Referências Complementares CHING, Hong Yuh. Gestão de estoques na cadeia de logística integrada. São Paulo: Atlas, 2001. Dias, Marco Aurélio P. Transportes e distribuição física. São Paulo: Atlas, Lo gís tic a e Di str ibu içã o Au la 13 - Fle xib ili da de s L og íst ica s 84Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno uvb 1987. SLACK, Nigel. Vantagem Competitiva em Manufatura. São Paulo: Atlas, 2002.
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