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6a. Aula de TGE Estado Laico e disponibilizado

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FACULDADE DE DIREITO
Profª Bernadete Bacellar do Carmo Mercier
Ciência Política
6ª Aula de TGE
Estado Laico, Regimes Políticos e Teoria da Democracia
Estado Laico
Estado Laico – do latim laicus = leigo – oposto ao Estado Religioso. Também conhecido como Estado Secular.
É o Estado neutro no que tange a opção religiosa, é indiferente às diversas crenças ou religiões. É aquele que não possui uma religião oficial, se mantém imparcial aos temas religiosos. Não há perseguição religiosa.
O Estado e a Igreja são distintos e separados, e o Estado garante a liberdade de organização religiosa. Todas as religiões são permitidas e seu culto, doméstico ou não, é livre.
O Estado Laico deve favorecer a boa convivência entre os credos e religiões, combatendo o preconceito e discriminação religiosa, através de ações e normas jurídicas.
A liberdade religiosa faz parte não só do direito individual de liberdade como também reafirma o de igualdade, uma vez que ninguém pode ser considerado superior por ser dessa ou daquela crença.
Historicamente muitos foram os conflitos tidos (ou ditos como tal) em razão da religião (religião perseguindo religião), mas também se deram muitos casos de ideologia perseguindo religião (ex.: URSS e China- Comunismo contra todas as religiões, O nazismo contra o judaísmo).
Politicamente podemos dividir os países em duas categorias, os laicos e não laicos, em que nos países politicamente laicos a religião não interfere diretamente na política, e garante liberdade religiosa. Países não laicos são teocráticos, e a religião tem papel ativo na política e até mesmo na constituição, como é o caso do Irã e do Vaticano, entre outros. São também não laicos os Estados Ateus que proibem e perseguem qualquer prática religiosa.
O Estado Democrático – verdadeiramente – é laico. 
Na Constituição Federal do Brasil o Estado Laico está garantido, especialmente no art. 5º e no art. 150:
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
...........................
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei
...........................
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
............................
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;”
	“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
.....................................................
VI - instituir impostos sobre:
.............................................
b) templos de qualquer culto;”
Entretanto, alguns Autores afirmam que nem todos os Estados legalmente seculares são completamente seculares na prática.
Mesmo no Brasil, por exemplo, um Estado Democrático que garante liberdade religiosa, “alguns feriados são católicos - o mais notável sendo o de Nossa Senhora Aparecida, a padroeira do país - sendo oficiais para os funcionários públicos. E no preâmbulo da nossa Constituição Federal vem previsto que ela é promulgada sob a proteção de Deus, o que alguns consideram discriminatório às religiões que denominam ou consideram o criador de outra forma ou aos ateus.”
PREÂMBULO
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
“Alguns países, como é o caso do Reino Unido, são considerados seculares quando na verdade o termo não pode ser aplicado completamente de fato. No caso do Reino Unido, quando uma pessoa assume o cargo de chefe de Estado, é necessário que jure fidelidade à fé anglicana. O cargo de chefe de Estado e da igreja oficial pertencem à mesma pessoa - a Rainha Elizabeth II. O Estado também garante que vinte e seis membros do clero da Igreja da Inglaterra sejam membros da câmara alta do parlamento. Por esses e outros motivos o Reino Unido não pode ser considerado um estado secular.
O Estado secular se difere do Estado ateu - como era a extinta URSS - porque no último o estado se opõe a qualquer prática de natureza religiosa”.�
REGIMES POLÍTICOS E TEORIA DA DEMOCRACIA 
	
	Dalmo de Abreu Dallari�
	José Afonso da Silva�
	Regime de Governo
	“estrutura global da realidade política com todo seu complexo institucional e ideológico.”
	“Complexo estrutural de princípios e forças políticas que configuram determinada concepção do Estado e da sociedade, e que inspiram seu ordenamento jurídico.” “Configura a estrutura global da realidade política com todo o seu complexo institucional e ideológico." Determina a forma de aquisição e exercício do poder
Cita Jorge Xifras: conceito amplo que se baseia numa semelhança de ideologia e instituições, envolvendo sistemas de governo (presidencialismo, parlamen- tarismo, etc.), forma de Estado (unitário e federal) e de governo (república e monarquia), mostrando a síntese integradora das instituições das forças e das idéias que operam numa sociedade.” (Autocrático ou Democrático) 
José Afonso da Silva
Regime Político é um complexo estrutural de princípios e forças políticas que confirmam determinada concepção do Estado e da sociedade, e que inspiram seu ordenamento jurídico. Determina a forma de Aquisição e Exercício do Poder. Existem autocracias e democracias.
Regimes Autocráticos – estruturados de cima para baixo – soberania do governante. Recusam guarida aos direitos fundamentais - tolhem-lhes a realização.
Regimes Democráticos – organizados de baixo para cima – soberania do povo. Garantem os direitos fundamentais – servem de instrumentos para sua realização.
 Por isso a intima relação entre direitos fundamentais e regimes políticos. 
Dalmo de Abreu Dallari
Estado Moderno e Democracia
	 A idéia moderna de Estado Democrático tem raízes no séc. XVIII, o que remete à idéia da existência de valores fundamentais da pessoa humana, como também em uma organização e funcionamento do Estado que objetive a proteção desses mesmos valores, e ainda que o Poder Soberano pertence ao Povo.
	
	Podemos concluir que em todo séc. XIX e na primeira metade do séc. XX os sistemas políticos foram meras tentativas de realizar as aspirações do séc. XVIII. (muda pós Guerras e reflexões trazidas pela ONU).
	A base do conceito de Estado Democrático é revelada pela própria etimologia - DEMOS=POVO KRATO= AUTORIDADE - o governo do povo. 
	
	Para entendê-lo devemos estudar como se chegou à preferência pelo governo popular e quais as instituições do Estado foram geradas para que possibilitassem sua existência.
	A idéia moderna de democracia guarda relação com a idéia de democracia grega apenas no que se refere à noção de governo do povo, contudo divergem quanto à noção de que povo deveria governar. 
 Pois para Aristóteles dizia que os governos podem caber a um só indivíduo, a um grupo ou a todo povo. Contudo, dizia que como cidadão só era consideradoaquele que tivesse parte na autoridade deliberativa e judiciária, mas esclarece que essa virtude política (que é a sabedoria de mandar e obedecer) só pertence àqueles que não têm necessidade de trabalhar para viver (não aos artesãos ou mercenários�) - 
	Essa concepção restrita de povo não cabia na definição de democracia do séc. XVIII, quando o poder político estava com a monarquia, mas que estava prestes a ser suplantada pela burguesia que detinha o poder econômico. Assim, embora possa ter influenciado (a concepção antiga) no desejo de um governo do povo, pretendeu (a concepção moderna) que nesse se incluísse uma parcela muito maior dos habitantes do Estado. 
	A afirmação dos princípios democráticos era o caminho para enfraquecer o absolutismo monárquico e para a ascensão política da burguesia. O Estado Democrático moderno nasceu das lutas contra o absolutismo especialmente pela defesa dos direitos naturais da pessoa humana (influência dos jusnaturalistas) e se concretizou pelos movimentos deflagrados dessa luta (Revolução Inglesa, Revolução Francesa e a Revolução Americana).
	Esses movimentos e idéias determinaram as diretrizes na organização do Estado a partir de então. Consolidou a ideia de Estado Democrático como o ideal supremo. Uma síntese de princípios que passaram a nortear os Estados com exigências da democracia:
 Supremacia da vontade popular- que suscitou o problema da participação popular no governo (como se daria) – especialmente quanto à extensão do direito de sufrágio e os sistemas eleitorais e partidários.
 Preservação da liberdade – compreendia poder fazer tudo que não incomodasse o próximo, como também poder dispor de si e de seus bens sem interferência do Estado.
 Igualdade de Direitos – entendida como a proibição de distinção no gozo dos direitos, especialmente não permitida discriminação entre classes sociais. 
	As transformações do Estado, durante o séc. XIX e a primeira metade do séc. XX, tiveram como principal preocupação a participação do povo na organização do Estado, na formação e na atuação do governo, por considerar que o povo, expressando livremente sua vontade soberana, saberá resguardar a liberdade e a igualdade. 
Supremacia da vontade popular (Soberania Popular), Liberdade e Igualdade.
Darcy Azambuja
Democracia.
	Para esse Doutrinador para que um Regime possa ser considerado democrático o Estado deve ter os seguintes elementos:
a) uma Constituição - sendo a Lei Suprema do Estado - nada nem ninguém pode contrariá-la, especialmente os governantes, pois as regras inerentes ao processo democrático não podem ficar a mercê do arbítrio dos governantes, nem dos interesses dos partidos ou das paixões individuais. 
Sendo, portanto, indispensável para que o Estado seja Democrático, que se imponha a lei fruto da vontade do povo porque feita por seus representantes, para que ele próprio (Estado) atenda em sua atuação a vontade popular (Soberania Popular) - Constitucionalismo nascido no Estado Liberal.
b) previsão de direitos individuais – liberdade civil e política. A democracia é a causa e o efeito da liberdade e uma não existe sem a outra. (lembrar do conceito de direitos indivisíveis)
c) governantes eleitos periodicamente por sufrágio universal e livre – a liberdade civil e política é que torna possível esse elemento essencial: designação dos governantes. É pela eleição que o poder do povo fica demonstrado – se afirma a Soberania Popular (c/ total liberdade de escolha - pluralismo político). 
	As eleições são periódicas e os mandados eletivos são por prazos determinados e relativamente curtos para que o povo avalie seu voto podendo o governante ser reconduzido ou não ao cargo caso não tenha agradado seus eleitores. 	
	Para esse Autor também são necessários: 
A Divisão e limitação do Poder (Legislativo, Executivo e Judiciário – Distribuição de Competência e Sistema de freios e contrapesos - é a forma pela qual os três poderes se fiscalizam, a fim de evitar abusos). Previsão Constitucional.
O Pluralismo Político ou A Pluralidade de Partidos. A oposição é um elemento salutar no regime democrático. É natural também que dentre uma sociedade relativamente desenvolvida se formem diversas correntes de opinião, que se organizam em partidos, desde que ponderáveis e viáveis. Além disso, a competição entre partidos contribui para ativar o instinto político dos indivíduos e estabelece o diálogo com os governantes.
	Assim, afirma que em uma democracia, para garantir o bem público (e a soberania popular), uma Constituição assegura os direitos fundamentais, a eleição periódica dos governantes por sufrágio universal (soberania popular), a divisão e a limitação dos poderes e a pluralidade dos partidos. 
José Afonso da Silva
Como Regime de governo - a democracia - é um processo de convivência social em que o poder emana do povo, e há de ser exercido, direta ou indiretamente, pelo povo, em proveito do povo. 
	Garante a participação popular no governo, através de eleição para as funções políticas. É o regime que garante os direitos individuais e assegura as liberdades públicas. É o famoso governo do povo, pelo povo e para o povo.
Princípios Fundamentais:
Soberania Popular - o povo é única fonte de poder – todo poder emana do povo .
Participação, direta ou indiretamente (p/ representantes), do povo no poder - p/ governo que seja a expressão da vontade popular .
Diz ser o Regime de garantia geral para a realização dos Direitos Fundamentais não só os de individuais de igualdade e de liberdade.
	Assim a democracia – governo do povo, pelo povo e para o povo – aponta para a realização dos Direitos Políticos (com isso garante o Pluralismo Político), “que também apontam para a realização dos Direitos Econômicos e Sociais, que garante a realização dos Direitos Individuais, de que a liberdade é a expressão mais importante (para a Democracia). Os direitos econômicos e sociais são de natureza igualitária, sem os quais os outros não se efetivam realmente. É nesse sentido que também se pode dizer que os direitos humanos fundamentais são valores da democracia” E que ela deve existir para realizá-los, para concretizar a justiça social.
Democracia aponta p/ D.Políticos apontam D.Econômicos e Sociais (buscam igualização) asseguram os D.Individuais (liberdade e igualdade) Democracia
	
	Diz ser um equívoco pensar que há pressupostos para a democracia e que somente após a educação do povo esse estará capacitado ao exercício da democracia (visão elitista). Também não se pressupõe que todos sejam instruídos, cultos, educados, perfeitos, para poder exercer seus direitos políticos, mas que visem buscar governantes capazes de distribuir a todos: instrução, cultura, educação, aperfeiçoamento, vida digna. 
	A Constituição estrutura um regime democrático prevendo esses objetivos de igualização por via dos direitos sociais e da universalização de prestações sociais.
	A democracia é um processo e um processo dialético, “que vai rompendo os contrários, as antíteses, para, a cada etapa da evolução, incorporar conteúdo novo, enriquecendo novos valores.”
(Falar sobre o vetor da Democracia – um regime que a minoria influencia no resultado vetorial.) 	
	
	A forma de participação do povo no poder dá origem a três tipos de democracia: 
Democracia Direta: o próprio povo exerce os poderes governamentais: fazendo leis, administrando e julgado (reminiscência histórica). 
Democracia Indireta: chamada Democracia Representativa – onde o povo é fonte primária do poder, diante da impossibilidade de dirigir diretamente (extensão territorial, densidade demográfica e da complexidade de problemas sociais) outorga tais funções de governo aos seus representantes (por eleições periódicas). 
Democracia Semidireta: é a Democracia Representativa com alguns institutos de participação direta do povo nas funções de governo, que integram a democraciaparticipativa. (plebiscito, referendo, iniciativa popular, ação popular, dentre outras). 
Soberania Popular – Participação (direta e indireta) – Pluralismo Político – Direitos Fundamentais
 
 Poder - Exercício, Limites, Divisão, Competência – Periodicidade de mandatos e eletividade garantido o sufrágio universal – Pluralismo Político.
Constituição Princípios - Elaboração e Interpretação de 
 Normas
	 Direitos Fundamentais 
DIREITOS POLÍTICOS E SUFRÁGIO
O direito democrático de participação do povo no governo, por seus representantes, acaba exigindo a formação de um conjunto de normas legais permanentes, que recebera a denominação de direitos políticos, que consistem na disciplina dos meios necessários ao exercício da soberania popular.
 Conjunto de normas que regula a atuação da soberania popular.
 Tais normas constituem o desdobramento de princípio democrático (regras eleitorais e as normas sobre partidos políticos).
 As instituições fundamentais dos direitos políticos positivos são: o direito de sufrágio e os sistemas e procedimentos eleitorais.
 
Sufrágio e voto – expressões que são empregadas comumente como sinônimas 
Modalidades de direito sufrágio: direito de voto nas eleições, direito de ser votado, direito de voto nos plebiscitos (consulta prévia) e referendos (consulta posterior),e outros direitos de participação popular (como direito de iniciativa popular, direito de organizar e participar de partidos políticos e de propor ação popular). 
 
Sufrágio do latim sufragium = aprovação, apoio. (direito de escolha) – É o direito subjetivo de natureza política que tem o cidadão de eleger, ser eleito e participar da organização e atividade do poder estatal. - Instituição Fundamental da democracia representativa– é pelo seu exercício que o eleitorado outorga legitimidade aos governantes. Assim o sufrágio é direito, voto é ato de seu exercício. 
Formas de Sufrágio: (o Regime Político condiciona a forma de sufrágio)
No Regime Democrático o sufrágio é universal.
Universal - Coincidência entre eleitor e nacional de um país.
 (desde que preencha os requisitos: idade, capacidade , e alistamento)
Quanto à Extensão 
 Restrito – direito de votar conferido a alguns – Antidemocratico 
 Censitário -(qualificação econômica)
 ou
 Capacitário -capacidades especiais de natureza intelectual (ex. proibição aos analfabetos)
 Igual – cada eleitor dispõe de número igual de votos. A cada eleitor um voto (mesmo peso político)
Quanto à Igualdade 
 Desigual – dá a alguns eleitores o direito de votar mais de uma vez ou de dispor de mais de um voto para prover o mesmo cargo. Técnica Antidemocrática.
 Múltiplo- votar mais de uma vez em mais de uma circunscrição eleitoral;
	 Plural - votar mais de uma vez em uma única circunscrição eleitoral;
 Familiar – o pai de família dispõe de um ou mais votos em função do número dos membros dessa. Contrário ao voto feminino.
Sahid Maluf 
Partidos Políticos 
	A Democracia Representativa consiste numa organização estatal fundada na existência de partidos políticos – “que são órgãos de coordenação e manifestação da vontade popular”. “São peças necessárias” “vigas mestras” para construção política e jurídica do Estado Democrático, pois não se “pode conceber esse sistema político sem a pluralidade de partidos políticos”.
Natureza puramente social – são agremiações sociais de fins políticos
		
	 Jurídica – institutos de direito público interno e condicionam-se à disciplina traçada pelo Estado.
 Social e Jurídica – Concepção mais moderna - são agremiações sociais e instituições de direito público interno, disciplinadas pela direito estatal.
Prof. Pinto Ferreira – “o partido político é uma associação de pessoas que tendo a mesma concepção de vida sobre a forma ideal da sociedade e do Estado, se congrega para a conquista do poder político a fim de realizar um determinado programa.”
	Os partidos políticos tiveram sua origem na Inglaterra (1680), que foi precursora do constitucionalismo também. Na França se formaram no decorrer da ordem Liberal implantada pela Revolução Francesa (1789). Nos Estados Unidos esboçou-se o primeiro partido com a Convenção da Filadélfia (1787 – P. Democrático). Na Alemanha em 1848 as primeiras formações partidárias, como Conservador e Liberal. No Brasil os dois primeiros partidos em 1838 foram o Conservador e o Liberal. Em 1870 constitui-se o P. Republicano. Depois com as novas teorias socialistas, criaram-se partidos extremistas de esquerda e de direita, como também os centristas, que buscavam conciliar a ordem democrática e verdades das doutrinas coletivistas.
Hoje no Brasil
 
 A Constituição de 1988 - consagrou o regime democrático, com pluripartidarismo – assegurando liberdade de criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos. Com limites apenas no resguardo da Soberania Nacional, do regime democrático, dos direitos fundamentais e do próprio pluripartidarismo. Existem 35 partidos registrados no TSE. 
Os partidos adquirem personalidade jurídica – na forma da lei civil e registrarão seus estatutos no TSE. (art. 17, § 2º).
Lei n. 9096/95 e alterações – é a Lei Orgânica dos Partidos Políticos. 
 
Questões:
Defina Estado Laico.
O Estado Democrático é laico ou não laico?
Defina Regime de Governo ou Regime Político.
Quais tipos de Regimes Políticos existentes?
A Idéia de Estado Democrático tem suas raízes no séc XVIII ou na antiguidade? Porque? Quais a diferença essencial entre as duas democracias (da antiguidade e do Estado Moderno)? 
Os Movimentos Revolucionários do séc. XVIII e suas idéias determinaram diretrizes de organização aos Estados Modernos . Quais foram?
O que Darcy Azambuja acredita ser necessário para um Estado ser realmente Democrático?
O que afirma José Afonso sobre os princípios do Estado Democrático e dos direitos que deve garantir?
Quais são os tipos de Democracia?
Quais são as instituições fundamentais dos direitos políticos?
O que é sufrágio? Quais as suas principais modalidades de exercício?
A forma de sufrágio está condicionada ao tipo de Regime Político? Quais são suas formas?
O que são partidos políticos? São essenciais ao Regime Democrático?
O que ficou consagrado pela Constituição Federal com relação a partidos políticos? E qual sua limitação?
� Wikipédia
� Elementos de Teoria Geral do Estado – pág. 224 e segs.
� Curso de Direito Constitucional Positivo – pág: 98, 102,124,
� Soldado que trabalha em troca de soldos (pagamentos) sem ligações patrioticas, ideais ou fidelidade.�
 	ANO LETIVO 2017