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Aula 2 - Estrutura do Tipo Penal

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ESTRUTURA DO TIPO PENAL
TIPO PENAL
“É a descrição concreta da conduta proibida.” (Welzel)
“O tipo exerce uma função limitadora e individualizadora das condutas humanas penalmente relevantes.”(Cezar Roberto Bitencourt).
Cada tipo possui características e elementos próprios que os distinguem uns dos outros, tornando-os todos especiais, no sentido de serem inconfundíveis, inadmitindo-se a adequação de uma conduta que não lhes corresponda perfeitamente.
TIPICIDADE
Juízo de tipicidade: operação intelectual 
Decorrência natural do Princípio da Legalidade (forma e utilidade)
Tipicidade é a conformidade do fato praticado pelo agente com a moldura abstratamente descrita na lei penal.
Adequação típica imediata: quando o fato se subsume imediatamente no modelo legal (Ex: matar alguém – art. 121 do CP)
Adequação típica mediata (exceção): ampliação da abrangência da figura típica por norma secundária. Ex: tentativa e participação.
TIPICIDADE
Tentativa (art. 14, II, do CP): Diz-se o crime tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente (ampliação temporal da figura típica).
Participação: o partícipe realiza uma atividade secundária que contribui, estimula ou favorece a execução da conduta proibida (art. 29 do CP - ampliação espacial e pessoal da conduta tipificada ). Ex. roubo.
FUNÇÕES DO TIPO PENAL
Indiciária: a adequação do fato ao tipo faz surgir o indício de que a conduta é antijurídica, e essa presunção somente cederá ante a configuração de uma causa de justificação.
Garantia: expressão da segurança decorrente do princípio da reserva legal. Tudo o que não corresponder a um determinado tipo de injusto será penalmente irrelevante. 
ESTRUTURA GERAL
Título do crime (nomen iuris): nome pelo qual um delito é “batizado” pelo legislador (Ex.: Furto, art. 155 do CP).
Preceito Primário: descrição da conduta proibida (Ex: “Subtrair para si ou para outrem, coisa alheia móvel”)
Preceito Secundário: estabelece a sanção penal (Ex.: “Pena – reclusão. De 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa” )
ELEMENTOS ESTRUTURAIS DO TIPO
Objetivos (descritivos): todos aqueles que não exigem nenhum tipo de valoração ou interpretação, identificáveis pela simples constatação sensorial (Ex. matar alguém).
Normativos: circunstâncias que implicam em juízos de valoração (Ex.: art. 233, crime de ato obsceno).
Subjetivos: todos os elementos relacionados à vontade e à intenção do agente (finalidades específicas). Ex.: Art. 159 do CP, Extorsão mediante seqüestro, “com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate”).
COMPOSIÇÃO DOS TIPOS PENAIS
Núcleo: verbo que descreve a conduta proibida. Há tipos uninucleares (Ex: art.184 – violar direito autoral) e plurinucleares (Ex: art. 271, corromper ou poluir água potável - alternativo, e art. 208 do CP - cumulativo).
Sujeito ativo: é a pessoa que pratica a conduta descrita pelo tipo penal (consciência, vontade e capacidade de compreensão).
Sujeito passivo: é o titular do bem jurídico protegido pelo tipo penal incriminador, que foi violado. 
Formal (constante): é sempre o Estado.
Material (eventual): é o titular do bem jurídico diretamente lesado.
COMPOSIÇÃO DOS TIPOS PENAIS
Objeto do Crime: é o bem jurídico que sofre as conseqüências da conduta criminosa.
Objeto Material: é o bem, de natureza corpórea ou incorpórea, sobre o qual recai a conduta criminosa.
Objeto Jurídico: é o interesse protegido pela norma penal, como a vida, o patrimônio, a fé pública e etc. .
FURTO – ART. 155 DO CP
“ Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel.”
No caso do furto de um veículo:
Sujeito ativo: pessoa que subtraiu o carro;
Sujeito passivo: o proprietário do automóvel (sendo sujeito passivo formal o Estado);
Objeto material: o veículo;
Objeto jurídico: o patrimônio.
CLASSIFICAÇÃO DO TIPO
Tipo fechado e tipo aberto: o primeiro contém somente elementos descritivos (Ex.: art. 121); o segundo contém elementos normativos ou subjetivos (Ex.: art. 134 – expor ou abandonar recém-nascido, para ocultar desonra própria).
Tipo básico e tipo derivado: o primeiro é a conduta nuclear com seus indispensáveis complementos (Ex.: art. 163 - dano); o segundo é composto pelas circunstâncias especiais que envolvem a prática do delito, trazendo conseqüências na esfera de aplicação da pena (Ex.: art. 163, parágrafo único).
Tipo simples e tipo misto: o primeiro é composto de uma única conduta punível; o segundo por mais de uma conduta punível (mais de um verbo no tipo / alternativo ou cumulativo)
DEBATE
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em Lei.
§ 5º A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurídica, estabelecerá a responsabilidade desta, sujeitando-a às punições compatíveis com sua natureza, nos atos praticados contra a ordem econômica e financeira e contra a economia popular.
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados, aplicando-se relativamente os crimes contra o meio ambiente, o disposto no art. 202, parágrafo 5º.
RESPONSABILIDADE PENAL DA PESSOA JURÍDICA
Lei nº. 9.605/98 (Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências)
Art. 3º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade. (teoria da realidade)
        Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato. (dupla imputação)

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