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Modelo de Apelação Cível

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA Y/UF
PROCESSO Nº XXXXXXXXX
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E ESTÉTICOS
RECORRENTE: SORAIA 
RECORRIDO : ELETRÔNICOS S/A
SORAIA, já devidamente qualificada nestes autos, vem à presença de Vossa Excelência, por meio de sua procuradora que esta subscreve, apresentar tempestivamente APELAÇÃO contra sentença de mérito prolatada nos autos da Ação de indenização por danos morais e Estéticos supra mencionada, que move em face de ELETRÔNICOS S/A,  consoante as razões fáticas e jurídicas declinadas em anexo.
Com efeito, uma vez realizado o juízo de admissibilidade do presente recurso, requer, ato contínuo, sejam os autos remetidos ao Egrégio Tribunal de justiça para fins de reexame da matéria.
Termos em pede e aguarda deferimento.
Cidade Y/UF data.
ADVOGADO
OAB/UF
RAZÕES RECURSAIS
PROCESSO Nº XXXXXXXXX
RECORRENTE: SORAIA 
RECORRIDO : ELETRÔNICOS S/A
Colendo Tribunal,
Ínclitos Julgadores,
1. DO RESUMO DOS FATOS
Trata-se de Ação de Indenização por Danos Morais e Estéticos, movida pela Recorrente em face da Recorrida. No mês de Abril do ano de 2009, a mãe da Recorrente adquiriu aparelho de televisão produzida pela Recorrida. Dois meses após a compra a Recorrente sofreu um acidente quando o aparelho explodiu, danificando permanentemente seu olho direito, de forma que perdeu completamente a visão deste. 
Sete anos depois, exatamente 02 (dois) anos após atingir a maioridade a Recorrente ingressou com a presente ação exigindo condenação da parte contrária em danos morais e estéticos, por conta do defeito apresentado pelo referido produto. 
Foi requerida Prova Pericial para comprovação dos danos, contudo, esta foi indeferido pelo juiz “a quo” quando do despacho saneador. 
Em sede de sentença o Juiz de primeiro grau julgou improcedente a ação, afirmando que a pretensão autoral havia prescrito em razão do prazo de três anos, segundo o determinado pelo Art. 206, § 3º, V do Código Civil. Além disso, arguiu que inexistia relação de consumo entre as partes, de forma que era impossível a aplicação do Código de Defesa do Consumidor, meramente porque a Recorrente não teria sido a compradora do aparelho defeituoso, e sim sua mãe. 
Manifestamente ilegal, a referida sentença deve ser reformada, conforme será disposto abaixo. 
É a síntese.
2. DA TEMPESTIVIDADE DO RECURSO DE APELAÇÃO
        A Recorrente foi intimado da decisão ora combatida no dia (dia) do (mês) de (ano). Logo, na forma do artigo 1009 e seguintes do CPC, o prazo para apresentação do recurso de apelação é de 15 (quinze) dias, se encerra na presente, podendo ser protocolizado até as 24:00 do dia de hoje, dessa forma, o presente Recurso de Apelação é Tempestivo. 
3. DO DIREITO
        Como exposto acima, a presente ação foi julgada improcedente pelo Juiz “a quo” por diversos motivos que não merecem prosperar, pois, não condizem com o ordenamento legal vigente. 
3.1 Do Cerceamento de Defesa
	Conforme narrado, foi indeferida a Prova Pericial pelo Juiz “a quo” no Despacho Saneador, afastando o magistrado prova essencial para a comprovação dos fatos narrados na inicial. 
	Diante disto, temos o disposto pelo Código de Processo Civil pátrio, qual seja, o texto do art. 369:
“Art. 369 As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz. ”(Grifo Nosso)
	Dessa forma, o indeferimento da Prova Pericial, representa claro Cerceamento de Defesa. 
	O cerceamento do direito à produção da prova constitui grave violação dos direitos processuais da parte e insuportável menosprezo aos direitos que, ao mesmo tempo em que são protegidos pela ordem jurídica, estão no cerne da própria concepção do Estado de Direito Democrático. 
	No arcabouço jurídico que fornece os contornos e os fundamentos do Estado Democrático, o Poder, qualquer que seja o plano de manifestação, não se exerce de forma unilateral e autoritária, própria dos regimes autocráticos, mas, sim, com a participação dos destinatários de seus atos, que se expressa por diversos canais e por diversas formas, legitimados pelo ordenamento jurídico positivo. No processo judicial, a manifestação e o exercício democráticos do Poder Jurisdicional requerem a garantia de participação das partes, em simétrica paridade, nas fases preparatórias do provimento.
	O indeferimento da Prova Pericial corrompe os princípios processuais defendidos pelo ordenamento jurídico pátrio, uma vez que impediu a parte Recorrente de comprovar a total extensão da responsabilidade da Recorrida. 
3.2 Da Relação de Consumo
	O Juiz de primeiro grau alegou na Sentença combatida que inexiste relação de consumo, entretanto, não fundamentou sua decisão corretamente. 
	Isso fica mormente evidente quando analisamos a disposição do art. 17 do CDC, que indica que são equiparados a consumidor todas as pessoas, vítimas, do dano causado pelo fato do produto e serviço, por isso, fazem jus à proteção contratual. 
	Portanto, independentemente do fato de a mãe da Recorrente ter sido a compradora do aparelho defeituoso, não é possível afastar a Recorrente da relação de consumo, uma vez que esta foi exposta à ao produto e foi lesionada por este, de forma que a proteção contratual deve ser estendida a esta em sua totalidade de igual maneira. 
3.3 Da Inexistência de Prescrição
	Diferente do disposto pelo douto magistrado que proferiu a sentença de mérito no 1º grau, a pretensão autoral não foi alvejada pela prescrição. Isto porquê conforme determina a legislação de regência, no caso o Código Civil, em especial seu art. 198, I, não corre prescrição contra os absolutamente incapazes. 
	Dessa forma, a prescrição apenas começaria a correr a partir do momento em que a Recorrente se tornou relativamente incapaz. Entretanto, diferente do disposto pelo magistrado o prazo prescricional que deve ser adotado não é o de 03 (três) anos expresso no Código Civil, e sim o de 05 (cinco) anos disposto no Código de Defesa do Consumidor. Isto porque, conforme demonstrado no tópico acima, manifestamente existe relação de consumo entre as partes. 
	Diante de tudo isso, a Recorrente ingressou com a Ação no Quarto ano do prazo, lhe sobrando ainda 01 (um) ano ainda do prazo para propositura. 
4. DO PEDIDO DE PROVIMENTO
	Pelo exposto, o recorrente requer:
I - Que seja conhecido e provido o presente recurso de apelação, conhecendo-se a existência de Cerceamento de Defesa, tornando-se assim nula a Sentença combatida e remetendo-se os autos a primeira instância para que a fase instrutória seja seguida de maneira equânime, com a produção de Prova Pericial a contento da parte Recorrente;
II – Caso se chegue ao entendimento que o afastamento da Prova Pericial não configurou Cerceamento de Defesa, que se afaste o fenômeno da Prescrição da Referida Sentença, reconhecendo-se a Relação de Consumo, e reformando-se a Sentença combatida com o provimento dos pedidos realizados a exordial, quais sejam a condenação a título de danos morais e estéticos no importe de R$100.000,00 (Cem mil Reais);
III - A majoração dos honorários advocatícios sucumbenciais fixados pelo d. juízo a quo, com a finalidade de condenar a Recorrida no pagamento correspondente a 20% (vinte por cento) do valor da causa atualizado.
Termos em que, 
P. Deferimento.
Cidade Y/UF, data.
ADVOGADO
OAB/UF

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