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Resumo - Afecções de intestino delgado

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AFECÇÕES DE INTESTINO DELGADO
ILEUS 
ÍLEO PARALÍTICO
ÍLEO ADINÂMICO
Definição 
Diz-se da atonia e/ou hipomotilidade do segmento intestinal. 
Obstrução funcional de qualquer segmento intestinal. 
Não é uma afecção propriamente dita, e sim um sinal clínico que merece maiores considerações.
Etiologia 
Ocorre frequentemente como sequela de afecções como:
Peritonite 
Pós-cirúrgico (manipulação de alças)
Distensão intestinal prolongada 
Desequilíbrio eletrolítico e ácido-básico
Desidratação
Patogenia 
A distensão ou lesão de qualquer segmento intestinal gera como reflexo a atonia de outros segmentos intestinais.
Reflexo íleogástrico
Dor abdominal, desidratação, etc.
Distensão intestinal
Estase da digesta
Redução/ ausência da motilidade intestinal
Sinais clínicos 
Dor abdominal (intensidade variável) 
Hipomotilidade/atonia 
Refluxo gástrico em grande quantidade 
Sinais clínicos melhoram após sondagem 
Alças de ID podem ser palpáveis à palpação retal 
Desidratação (calculo de fluido)
Tratamento 
Resolução da causa primária 
Descompressão (sondagem – manter-lo por mais de 24 horas) 
Fluidoterapia 
Reposição = com Ringer Lactado
% desidratação x peso
 100
Manutenção : adulto – 50ml/kg, potro 100ml/kg, neonato 150 ml/kg
AINES (controle da dor): não fazer nada oral se ainda houver refluxo
Promotores da motilidade (associar todos os farmacos)
Metoclopramida (Blasil – ajuda no esvaziamento gastrico)
Colinomimética/antidopaminérgica 
Atua na motilidade anterior, possui efeito mínimo sobre o cólon (estomago e começo do ID)
Podem ocorrer efeitos extrapiramidais 
0,04mg/Kg/h infusão contínua 
1 ampola IM 1/1h 
Lidocaína (anestesico local)
Inibição simpática 
Diminui a motilidade
Estímulo direto sobre a musc. lisa do ID 
1,3 mg/kg IV diluído em solução cristalóide bolus/5’ 
Em seguida: 0,05mg/Kg/min infusão contínua (até o restabelecimento da motilidade) 
Neostigmina (usar com cuidado!! Obstrução pode romper a alça – deixar para ultimo solução)
Inibidor da colinesterase (↑ Acetil Coa = ↑ motilidade)
Induz contrações incoordenadas, colica
0,022mg/kg, SC ou IV cada 2hs 
Cálcio 
Aumenta a força de contração da musculatura lisa 
10-20 mL/L sol. infusão contínua
DUODENOJEJUNITE PROXIMAL 
ENTERITE ANTERIOR
Definição e Etiologia 
Inflamação necrosante do ID principalmente duodeno e jejuno. 
Etiologia - Ainda não está bem compreendida 
Acredita-se que possa estar relacionada a: 
Clostridium perfringens 
Salmonella sp.
Stress, mudanças de manejo
Patogenia 
Inflamação e edema do duodeno e/ou jejuno 
Desprendimento e atrofia das vilosidades intestinais 
Ileus e falha na absorção 
Acúmulo de líquidos, eletrólitos no 3º espaço 
Desidratação, acidose metabólica, dor, endotoxemia, febre, ruptura, choque
Sinais clínicos 
Dor abdominal de intensidade variável 
Depressão  Desidratação 
Taquicardia
Desidratação
Depressão
TPC 
Febre
Ileus 
Refluxo 
Alcalino, Fétido, Sanguinolento, Grande volume 
Palpação retal 
ID algumas vezes pode ser palpado
Diagnóstico 
Sinais clínicos 
Hemograma – desidratação 
Avaliação do líquido peritoneal (liquido turvo) 
Diferencial 
Lesão por obstrução mecânica do intestino delgado 
Tratamento 
Descompressão gástrica (sondar, medir a quantidade de liquido por dia está saindo, se o liquido é acido ou basico-ID)
Correção do desequilíbrio hidroeletrolítico e ácido-básico
Ringer lactato 
AINES - Alívio da dor, prevenção da laminite 
Fenilbutazona ou Meloxicam 
Flunixim meglumine – 0,25mg/kg IV TID (dose antiendotoxêmico) 
Agentes promotores da motilidade
Metoclopramida 0,02mg/kg/h – IM 
Antibioticoterapia
Penicilina + gentamicina
Penicilina + endofloxacina
Complicações 
Laminite – endotoxemia Uso de Flunixim meglumine; colocar no gelo por 3 dias durante o dia inteiro, na fase inicial.
Ruptura estomacal com peritonite difusa
PERITONITE
Etiologia 
Em geral é secundária a agressões infecciosas ou parasitárias. 
Pode ocorrer como sequela de Garrotilho (garrotilho bastado), Rodococose (abcessosna cavidade peritoneal), Strongylus vulgaris, dilatação gástrica ou cecal, entre outros. 
Importante complicação pós-cirúrgica. 
Peritonite difusa superaguda 
Peritonite crônica (mais raro)
Patogenia 
Agressão 
Dor abdominal, íleo paralítico, acúmulo de exsudato 
Toxemia, septicemia e choque 
Formação de aderências
Sinais clínicos 
Febre (pode ser intermitente)
Taquicardia, taquipneia 
Fezes escassas
Hipomotilidade ou atonia (redução da fezes)
Episódios de dor (cólica) 
Parede abdominal tensa (teste de rebote)
Diagnóstico 
Patologia clínica 
Peritonite aguda – leucopenia (esta reduzido porque as bacterias migram para cavidade abdominal), neutropenia com DE degenerativo.
Peritonite crônica – Leucocitose, neutrofilia com DE degenerativo. 
Paracentese – coleta de líquido peritoneal
Grande volume de líquido peritoneal;
Característica do líquido, citologia, microbiologia.
Tratamento 
Detectar e tratar a causa inicial 
Antibióticos de amplo espectro 
Penicilina + Gentamicina + Metronidazol (gram +, gram -, anaerobica)
Penicilina potássica: 20.000 a 40.000 UI/kg – IV – QID
Gentamicina: 6,6 mg/kg – IV – SID
Metronidazol: 15 a 25 mg/kg – IV ou VO – QID
Fluidoterapia intensa 
AINES 
Fenilbutazona: 2,2 a 4,4 mg/kg – IV – BID
Flunixim meglumine: 0,25mg/kg – IV – BID 
Lavagem peritoneal
Solução cristalóide + ATB (gentamicina) [iodopovidona não é recomendado] Puncionar a cavidade por cima do lado esquerdo a sonda com soro uma unica vez, e embaixo outra sonda pra retirada do liquido. Caminhar com o animal. Em potro em media de 7 litros e em adultos em media 10 litros.
Pode ser colocado na cavidade abdominal gentamicina com heparina logo apos do soro.
Heparina (colocada na cavidade abdominal ela reduz a aderencia)

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