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Aula 4 Tolerância e Autoimunidade

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TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA 
E AUTOIMUNIDADE 
Tamires E. Vital 
MINIREVISÃO 
O que é um 
Antígeno? 
MINIREVISÃO 
• Antígeno 
• Molécula capaz de ser reconhecida/ligada a 
anticorpos específicos ou por linfócitos T. 
• Tipos? 
• Proteínas; 
• Sacarídeos (açúcares); 
• Lipídeos, fosfolipídeos; 
• Ácidos nucléicos (DNA e RNA); 
• Outros. 
Próprio (endógeno) 
ou 
Não-próprio (exógeno) 
TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA 
TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA 
• Cada linfócito tem a sua especificidade antigênica 
• O encontro com o antígeno pode ter dois efeitos: 
• 1) Ativação do linfócito e produção de uma resposta 
imunológica; 
 
• 2) Irresponsividade, que leva a inativação ou eliminação desses 
linfócitos. 
• Imunógeno – antígeno que gera imunidade; 
• Tolerógeno – antígeno que gera tolerância. 
TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA 
• A especificidade é gerada aleatoriamente! 
• Não é influenciado pelo que é do nosso corpo e pelo que não é. 
 
 
• Se é assim, como é que nossos linfócitos 
não reagem contra todos os nossos 
antígenos? 
TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA 
• Mecanismos de controle da reação contra o próprio! 
• Mecanismos de tolerância imunológica; 
• Tolerância Central; 
• Tolerância Periférica; 
• Autotolerância; 
• Indivíduos normais são tolerantes aos seus antígenos (próprios). 
TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA 
• Tolerância ≠ Imunosupressão 
• Tolerância = antígeno específico; 
• Imunosupressão = antígeno inespecífico; 
• Pode ser induzida em indivíduos adultos; 
• Mais facilmente indutível durante a maturação do sistema imunológico; 
• Intra-útero; 
• Primeira infância. 
TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA 
• Tolerância Central X 
Tolerância Periférica 
 
• Acontecem em locais 
diferentes; 
 
• Tem mecanismos e 
efeitos distintos. 
Abbas, Litchman & Pilai, 2013 
Seleção 
Negativa 
TOLERÂNCIA CENTRAL 
• Órgãos linfóides 
primários; 
• Seleção negativa; 
• Ocorre no timo; 
• Maturação dos 
linfócitos T; 
• Destruição ou 
desenvolvimento de 
células T 
reguladoras. 
Abbas, Litchman & Pilai, 2013 
TOLERÂNCIA CENTRAL 
• Seleção negativa 
 
• Linfócitos T reativos aos antígenos próprios são eliminados – deleção 
clonal; 
 
• Linfócitos B reativos aos antígenos próprios podem rearranjar seus 
receptores e escapar da eliminação – edição do receptor; 
 
• LinfócitosB que continuem reativos são eliminados – deleção clonal. 
TOLERÂNCIA CENTRAL 
• Seleção negativa - linfócitos T 
TOLERÂNCIA CENTRAL 
• Seleção negativa - 
linfócitos B 
Abbas, Litchman & Pilai, 
2013 
TOLERÂNCIA PERIFÉRICA 
• Muitos linfócitos que reconhecem antígenos próprios podem 
escapar da seleção negativa; 
• Baixa avidez de ligação; 
 
• Existem mecanismos de indução de tolerância na “periferia”; 
• Diversos tecidos, sangue e fluidos corpóreos. 
TOLERÂNCIA PERIFÉRICA 
• Linfócitos T 
Abbas, Litchman & Pilai, 2013 
TOLERÂNCIA PERIFÉRICA 
• Linfócitos B 
Abbas, Litchman & Pilai, 2013 
AUTOIMUNIDADE 
AUTOIMUNIDADE 
• Agressão do sistema imune dirigida a 
antígenos do próprio corpo, que causa 
lesão tecidual. 
• Específica contra um ou vários antígenos; 
• Reação autoimune é a reação contra o próprio; 
• Doença autoimune é a síndrome provocada pela 
lesão tissular ou alteração funcional desencadeada 
por uma resposta autoimune. 
• Órgão-específico ou sistêmica. 
Artrite reumatóide 
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AUTOIMUNIDADE 
• Mecanismos que dão origem ainda são 
diversos e multifatoriais. 
• Fatores ambientais: forte associação entre 
infecção e surgimento de doenças autoimunes; 
 
• Fatores genéticos: associação com o HLA 
classe II (alguns casos ligado a classe I) – 
modifica a maneira em que o antígeno é 
apresentado para as células T; também ocorre 
por mutações em genes importantes; 
 
• Fatores hormonais: algumas doenças são 
mais frequentes nas mulheres. 
Autoimunidade: multifatorial 
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AUTOIMUNIDADE 
• Falha nos mecanismos da tolerância ao 
próprio; 
 
• Desequilíbrio na ativação de linfócitos e 
no controle das respostas imunológicas 
• Defeitos na Seleção Negativa; 
 
• Números e função defeituosa de linfócitos 
T reguladores; 
• Receptores inibitórios defeituosos; 
• Hiper ativação de APCs; 
• Entre outros. 
 
Abbas, Litchman & Pilai, 2013 
AUTOIMUNIDADE 
• Fatores genéticos 
• Genes não-MHC/HLA associados com doenças autoimunes 
 
• Relacionados ao controle da resposta imunológica; 
 
• Relacionados em respostas a micro-organismos; 
 
• Genes relacionados ao funcionamento de órgão específico 
 
• Ex.: insulina 
AUTOIMUNIDADE 
• Fatores ambientais 
 
• As infecções podem contribuir para o desenvolvimento e exacerbação de 
doenças autoimunes 
 
• Mimetismos molecular – antígenos nos micro-organismos são estruturalmente 
semelhantes a antígenos próprios – reação cruzada; 
 
• Ativação bystander – hiperativação de APCs e infecções persistentes podem induzir 
ativação de linfócitos inespecíficos para o patógeno; 
 
• Ativação de alguns receptores do tipo Toll podem induzir a produção de autoanticorpos 
 
• Ex.: Lúpus eritematoso sistêmico. 
AUTOIMUNIDADE – MECANISMOS DE AGRESSÃO 
• Anticorpos contra antígenos próprios; 
• Doença de Graves; 
• Miastenia gravis; 
• Deposição de imunocomplexos; 
• Lúpus eritematoso sistêmico; 
• Ação citotóxica mediada por células T 
• Diabetes melito insulino-dependente (tipo 1); 
• Doença de Chagas; Glomerulonefrite por deposição de 
imunocomplexos 
AUTOIMUNIDADE – MECANISMOS DE AGRESSÃO 
• Anticorpos contra antígenos próprios; 
Síndrome Antígeno Conseqüência 
Doença de Graves Receptor do TSH Hipertireoidismo 
 
Miastenia gravis 
 
Receptor da acetilcolina 
 
Fraqueza progressiva 
 
Diabetes insulino- 
 
Receptor da insulina 
 
Hiperglicemia 
resistente (antagonista) 
Hipoglicemia Receptor da insulina Hipoglicemia 
(agonista) 
Miastenia gravis 
• Produção de IgG contra componentes celulares 
(DNA, histonas e ribosomas); 
• É uma doença sistêmica (ao contrário de doenças 
órgão específica) pois afeta vários órgãos; 
• Ocorre acúmulo de imunocomplexos no 
glomérulo renal que ocasiona a nefrite (influxo de 
fagócitos e ativação do complemento); 
• Também observa-se a vasculite e artrite. 
Lúpus eritematoso sistêmico 
ABBAS, A. K.; ANDREW, H. L.; SHIV, P. Imunologia celular e molecular. Rio de Janeiro: 7ª Edição. 
2011. 
REFERÊNCIA

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