Buscar

protocolo de morte encefalica

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

PROTOCOLO DE MORTE ENCEFÁLICA
‹#›
MORTE ENCEFÁLICA
A Morte Encefálica (ME) é estabelecida pela perda definitiva e irreversível das funções do encéfalo por uma causa conhecida, comprovada e capaz de provocar o quadro clínico. 
Só existe ME após a perda definitiva e irreversível de todas as funções do tronco cerebral.
‹#›
FISIOPATOLOGIA DA MORTE ENCEFÁLICA
  A morte encefálica geralmente decorre da associação do aumento da pressão intracraniana, diminuição do fluxo sanguíneo cerebral e hipóxia do tecido encefálico porque a maioria das causas de morte encefálica induzem a descompensação do equilíbrio entre os componentes intracranianos (cérebro, líquor e sangue) responsáveis pela manutenção da pressão intracraniana. 
‹#›
DIAGNÓSTICO DE MORTE ENCEFÁLICA
Para o diagnóstico de ME é essencial que todas as seguintes condições sejam observadas: 
1) Pré-requisitos – diagnosticar a presença e  causa da lesão encefálica responsável pelo quadro atual e sua irreversibilidade, excluindo possíveis causas reversíveis que simulem o mesmo quadro; 
2) Exame Clínico - determinar a ausência de função do tronco cerebral em todos os seus níveis;  
3) Teste de Apneia - confirmar a ausência de movimentos respiratórios após estimulação máxima dos centros respiratórios com hipercapnia de 55 mmHg;  
4) Exames Complementares - determinar a ausência de função do encéfalo através da realização de exames complementares ou como uma complementação ao exame clínico, nos casos em que parte dele não possa ser realizado;  
5) Repetição do Exame Clínico - confirmar a persistência da ausência de função do tronco cerebral após um período mínimo de observação.  
‹#›
CRITERIO DE ABERTURA DE PROTOCOLO
‹#›
ABERTURA DE PROTOCOLO 
Notificação compulsória;
O protocolo deve ser aberto para todo paciente com suspeita de morte encefálica;
Resolução do Conselho Federal de Medicina(CFM)nº1480, de 21 de agosto de 1997;
Lei nº 3.268/57 Decreto nº 44.045/58;
Lei nº 9.434/97 Art 3º.
‹#›
EXAMES FÍSICOS 
‹#›
RESOLUÇÃO CFM nº 1.480/97
  Art. 5º. Os intervalos mínimos entre as duas avaliações clínicas necessárias para a caracterização da morte encefálica serão definidos por faixa etária, conforme abaixo especificado:
a) de 7 dias a 2 meses incompletos - 48 horas
b) de 2 meses a 1 ano incompleto - 24 horas
c) de 1 ano a 2 anos incompletos - 12 horas
d) acima de 2 anos - 6 horas
‹#›
TESTE DE APNÉIA 
Etapas que devem ser seguidas para sucesso do teste: 
1.Oxigenar o paciente com O² a 100% por 10 minutos - garantindo a saturação completa da hemoglobina circulante e diminuindo o risco de hipóxia; 
2. Coletar gasometria arterial inicial- deve demonstrar hiperóxia e pCO² entre 35 e 45 mmHg; 
3. Desconectar o ventilador e inserir um cateter de oxigênio com fluxo de 6-8l/min na traqueia ao nível da Carina; 
4. Observar atentamente a presença de movimentos respiratórios por 10 minutos; 
5.Coletar a gasometria arterial final- deve demonstrar pCO², igual ou acima de 55 mmHg; 
6. Reconectar o paciente à ventilação mecânica. 
‹#›
EXAMES COMPLEMENTARES
  Resolução CFM nº 1.480/97
  Art. 6º. Os exames complementares a serem observados para constatação de morte encefálica deverão demonstrar de forma inequívoca:
a) ausência de atividade elétrica cerebral ou,
b) ausência de atividade metabólica cerebral ou,
c) ausência de perfusão sangüínea cerebral.
‹#›
EXAMES COMPLEMENTARES
Arteriografia cerebral ; 
Eletroencefalograma ; 
Cintilografia Cerebral; 
Outros exames: -Ultrassonografia por Doppler Transcraniano , 
Monitorização de PIC. 
‹#›
CONDUTA APÓS O TÉRMINO DO PROTOCOLO
‹#›
CONDUTA MÉDICA
 Seguir os protocolos estabelecidos tradicionalmente;  
 Preencher o Termo de Declaração de Morte Encefálica (DME) em 3 vias: 
 1ª via deverá ser arquivada no prontuário do paciente; 
 2ª via deverá ser encaminhada à Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos – CNCDO(Lei 9.434/97, Art. 13). 
 3ª via deverá ser encaminhada ao Instituto Médico Legal, em casos de morte violenta. 
 A Declaração de Óbito (DO) deverá ser preenchida pelo médico legista nos casos de morte violenta confirmada ou suspeitada (acidente, suicídio ou homicídio).  
‹#›
DOAÇÃO DE ORGÃOS
Autorização da família;
Entrevista familiar;
Avaliação do potencial doador;
Cuidados basicos na manutenção do doador:
Garantia de acessos vasculares;
Tratamento de hipotensão;
Ventilação ;
Controle de hipotermia .
Entre outros.
‹#›
17
RETIRADA DE ÓRGÃOS
  De um mesmo doador, é possível retirar vários órgãos para o transplante. Em geral, as cirurgias mais recorrentes são as de coração, pulmões, fígado, pâncreas, intestino, rins, córnea, vasos, pele, ossos e tendões. Com isso, inúmeras pessoas podem ser beneficiadas com os órgãos de um mesmo doador. Os órgãos que duram menos tempo uma vez fora do corpo são retirados antes.  
‹#›
PAPEL DO ENFERMEIRO
  Considerando que o processo de doação de órgãos e tecidos para transplante se inicia no hospital que notificou a morte encefálica, a Resolução COFEN nº 292/2004, diz que ao Enfermeiro incumbe planejar, executar, coordenar, supervisionar e avaliar os procedimentos de enfermagem prestados aos doador de órgãos e tecidos, através dos seguintes procedimentos: 
‹#›
PAPEL DO ENFERMEIRO
 a) Notificar as Centrais de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos-CNNCDO, a existência de potencial doador; 
 b) Entrevistar o responsável legal do doador, solicitando o consentimento livre e esclarecido por meio de autorização da doação de órgãos e tecidos, por escrito; 
 c) Garantir ao responsável legal o direito de discutir com a família sobre a doação, prevalecendo o consenso familiar; 
 d) Aplicar a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) no processo de doação de órgãos e tecidos;  
e) Documentar, registrar e arquivar o processo de doação/transplante no prontuário do doador, bem como, do receptor.  
‹#›
BIBLIOGRAFIA
Etapas do processo de doação de orgãos-
http://www.brasil.gov.br/saude/2016/06/entenda-as-etapas-do-processo-de-doacao-de-orgaos 
Manual UTI-http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/CET/Manual.UTI.PDF
Resolução CFM nº1.480/97-
http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/CFM/1997/1480_1997.htm
Morte encefálica-
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/146morte_encefalica.html 
‹#›
21

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando