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Sistema respiratório

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Tutoria 5-módulo 4
1)Anatomia so sistema respiratório:
A função do sistema respiratório é facultar ao organismo uma troca de gases com o ar atmosférico, assegurando permanente concentração de oxigênio no sangue, necessária para as reações metabólicas, e em contrapartida servindo como via de eliminação de gases residuais, que resultam dessas reações e que são representadas pelo gás carbônico.
Este sistema é constituído pelos tratos (vias) respiratórios superior e inferior. O trato respiratório superior é formado por órgãos localizados fora da caixa torácica: nariz externo, cavidade nasal, faringe, laringe e parte superior da traqueia. O trato respiratório inferior consiste em órgãos localizados na cavidade torácica: parte inferior da traqueia, brônquios, bronquíolos, alvéolos e pulmões. As camadas da pleura e os músculos que formam a cavidade torácica também fazem parte do trato respiratório inferior. O intercâmbio dos gases faz-se ao nível dos pulmões, mas para atingi-los o ar deve percorrer diversas porções de um tubo irregular, que recebe o nome conjunto de vias aeríferas.
Funcionalmente, o sistema respiratório consiste em duas partes: a parte condutora- séries de cavidades e tubos interconectados, tanto fora quanto dentro dos pulmões. Esses incluem o nariz, a faringe, a laringe, a traqueia, os brônquios, os bronquíolos e os bronquíolos terminais; sua função é filtrar, aquecer e umedecer o ar, conduzindo-o para dentro dos pulmões. A parte respiratória consiste em tecidos dentro dos pulmões nos quais ocorrem as trocas gasosas. Esses incluem os bronquíolos respiratórios, os ductos alveolares, os sacos alveolares e os alvéolos; estes são os principais locais de troca gasosa entre ar e sangue.
As vias aeríferas podem ser divididas em: NARIZ, FARINGE, LARINGE, TRAQUEIA, BRÔNQUIOS e PULMÕES.
NARIZ 
O nariz é uma protuberância situada no centro da face, sendo sua parte exterior denominada nariz externo e a escavação que apresenta interiormente conhecida por cavidade nasal.
O nariz externo tem a forma de uma pirâmide triangular de base inferior e cuja a face posterior se ajusta verticalmente no 1/3 médio da face.
As faces laterais do nariz apresentam uma saliência semilunar que recebe o nome de asa do nariz.
O ar entra no trato respiratório através de duas aberturas chamadas Narinas. Em seguida, flui pelas cavidades nasais direita e esquerda, que estão revestidas por mucosa respiratória. O septo nasal separa essas duas cavidades. Os pelos do interior das narinas filtram grandes partículas de poeira que podem ser inaladas. Além disso, a cavidade nasal contém células receptoras para o olfato. As estruturas interiores da parte do nariz, além filtrar, umedecer (muco produzido pelas células caliciformes umedece e prende as partículas, assim como a drenagem dos lacrimais), aquecer (o ar rodopia em torno das conchas e meatos e é aquecido pelos sangue dos capilares) e detectar estímulos olfatórios (epitélio respiratório), também é responsável pela modificação das vibrações da fala, à medida que passam pelas grandes câmaras ocas de ressonância. Ressonância refere-se ao prolongamento, amplificação ou modificação do som, por meio de vibração.
A cavidade nasal é a escavação que encontramos no interior do nariz, ela é subdividida em dois compartimentos um direito e outro esquerdo. Cada compartimento dispõe de um orifício anterior que é a Narina, e dentro delas há o vestíbulo e um posterior denominado Coana. As Coanas fazem a comunicação da cavidade nasal com a faringe. É na cavidade nasal que o ar se torna condicionado, ou seja, é filtrado, umedecido e aquecido.
Na parede lateral da cavidade nasal encontramos as Conchas Nasais (cornetos) que são divididas em Superior, Média e Inferior.
 
O esqueleto ósseo do nariz é formado pelo osso frontal, ossos nasais e maxilares.
A cavidade nasal contém várias aberturas de drenagem, pelas quais o muco dos seios paranasais é drenado, também há os ductos lacrimonasais que drenam as lágrimas, também se abrem na cavidade interna do nariz. Os Seios Paranasais compreendem os seios maxilares, frontal, etmoidal e o esfenoidal.
 FARINGE
A faringe é um tubo que começa nas coanas e estende-se para baixo no pescoço. Ela se situa logo atrás das cavidades nasais e logo a frente às vértebras cervicais. Sua parede é composta de músculos esqueléticos e revestida de túnica mucosa. A faringe funciona como uma passagem de ar e alimento. É dividida em três regiões anatômicas: Nasofaringe, Orofaringe e Laringofaringe.
A porção superior da faringe, denominada parte nasal ou Nasofaringe, tem as seguintes comunicações: duas com as coanas, dois óstios faríngeos das tubas auditivas e com a orofaringe. A tuba auditiva se comunica com a faringe através do óstio faríngeo da tuba auditiva, que por sua vez conecta a parte nasal da faringe com a cavidade média timpânica do ouvido.
A parte intermediária da faringe, a Orofaringe, situa-se atrás da cavidade oral e estende-se do palato mole até o nível do hioide. A parte da orofaringe tem comunicação com a boca e serve de passagem tanto para o ar como para o alimento. Possui apenas uma abertura, as fauces, a abertura da cavidade oral, tonsilas palatinas e linguais.
A Laringofaringe estende-se para baixo a partir do osso hioide, e conecta-se com o esôfago (canal do alimento) e anteriormente com a laringe (passagem de ar). Como a parte oral da faringe, a laringofaringe é uma via respiratória e também uma via digestória.
 
A laringe é uma estrutura triangular constituída principalmente de cartilagens, músculos e ligamentos.
A parede da laringe é composta de nove peças de cartilagens. Três são ímpares (Cartilagem Tireóidea, Cricoidea e Epiglótica) e três são pares (Cartilagem Aritenoidea, Cuneiforme e Corniculada).
A Cartilagem Tireóidea (pomo-de-Adão) consiste de cartilagem hialina e forma a parede anterior e lateral da laringe, é maior nos homens devido à influência dos hormônios durante a fase da puberdade. As margens posteriores das lâminas apresentam prolongamentos em formas de estiletes grossos e curtos, denominados cornos superiores e inferiores. O ligamento que conecta a cartilagem tireóidea ao hioide é chamado de membrana tíreo-hióidea. 
A Cartilagem Cricoide localiza-se logo abaixo da cartilagem tireoide e antecede a traqueia.
A Epiglote se fixa no osso hioide e na cartilagem tireoide. A epiglote é uma espécie de “porta” para o pulmão, onde apenas o ar ou substâncias gasosas entram e saem dele. Já substâncias líquidas e sólidas não entram no pulmão, pois a epiglote fecha-se e este dirige-se ao esôfago. A glote consiste em um par de pregas vocais (pregas vocais verdadeiras), na laringe e em um espaço entre elas, chamado de rima da glote.
A Cartilagem Aritenoide articula-se com a cartilagem cricoide, estabelecendo uma articulação do tipo diartrose. As cartilagens aritenoides são as mais importantes, porque influenciam as posições e tensões das pregas vocais (cordas vocais verdadeiras).
A Cartilagem Corniculada situa-se acima da cartilagem aritenoide.
A Cartilagem Cuneiforme é muito pequena e localiza-se anteriormente à cartilagem corniculada correspondente, ligando cada aritenoide à epiglote.
As estruturas de produção da voz- A túnica mucosa da laringe forma dois pares de pregas: um par superior, chamado de pregas vestibulares (pregas vocais falsas) e um par inferior, chamado de pregas vocais (pregas vocais verdadeiras). O espaço entre as pregas vestibulares é conhecido como rima do vestíbulo. O ventrículo da laringe é uma expansão lateral da parte média da cavidade da laringe, inferior às pregas vestibulares e superior às pregas vocais.
TRAQUEIA
A traqueia é um tubo de 10 a 12,5 cm de comprimento e 2,5 cm de diâmetro. Constitui um tubo que faz continuação à laringe, penetra no tórax e termina se bifurcando nos 2 brônquios principais. Ela se situa medianamente e anterior ao esôfago, e apenas na sua terminação, desvia-se ligeiramente para a direita.
O arcabouço da traqueia é constituído aproximadamente por 20 anéis cartilagíneosincompletos para trás, que são denominadas cartilagens traqueais.
Internamente a traqueia é forrada por mucosa, onde abundam glândulas, e o epitélio é ciliado, facilitando a expulsão de mucosidades e corpos estranhos.
Inferiormente a traqueia se bifurca, dando origem aos 2 brônquios principais: direito e esquerdo.
A parte inferior da junção dos brônquios principais é ocupada por uma saliência anteroposterior que recebe o nome de carina da traqueia, e serve para acentuar a separação dos 2 brônquios.
 
BRÔNQUIOS
Os brônquios principais fazem a ligação da traqueia com os pulmões, são considerados um direito e outro esquerdo. A traqueia e os brônquios extrapulmonares são constituídos de anéis incompletos de cartilagem hialina, tecido fibroso, fibras musculares, mucosa e glândulas.
O brônquio principal direito é mais vertical, mais curto e mais largo do que o esquerdo. Como a traqueia, os brônquios principais contém anéis de cartilagem incompletos.
Os brônquios principais entram nos pulmões na região chamada HILO. Ao atingirem os pulmões correspondentes, os brônquios principais subdividem-se nos Brônquios Lobares.
Os brônquios lobares subdividem-se em Brônquios Segmentares, cada um destes distribuindo-se a um segmento pulmonar.
Os brônquios dividem-se respectivamente em tubos cada vez menores denominados Bronquíolos. As paredes dos bronquíolos contêm músculo liso e não possuem cartilagem.
Os bronquíolos continuam a se ramificar, e dão origem a minúsculos túbulos denominados Ductos Alveolares.
Estes ductos terminam em estruturas microscópicas com forma de uva chamados Alvéolos.
Os alvéolos são minúsculos sáculos de ar que constituem o final das vias respiratórias. Um capilar pulmonar envolve cada alvéolo.
A Função dos Alvéolos é trocar oxigênio e dióxido de carbono através da membrana capilar alvéolo-pulmonar.
	HEMATOSE – TROCA DE GASES
	
SEGMENTOS PULMONARES – VISTA ANTERIOR
 
PULMÕES
Os pulmões são órgãos essenciais na respiração. São duas vísceras situadas uma de cada lado, no interior do tórax e onde se dá o encontro do ar atmosférico com o sangue circulante, ocorrendo então, as trocas gasosas (HEMATOSE). Eles estendem-se do diafragma até um pouco acima das clavículas e estão justapostos às costelas. O pulmão direito é o mais espesso e mais largo que o esquerdo. Ele também é um pouco mais curto pois o diafragma é mais alto no lado direito para acomodar o fígado. O pulmão esquerdo tem uma concavidade que é a incisura cardíaca. Cada pulmão têm uma forma que lembra uma pirâmide com um ápice, uma base, três bordas e três faces.
Ápice do Pulmão: Está voltado cranialmente e tem forma levemente arredondada. Apresenta um sulco percorrido pela artéria subclávia, denominado sulco da artéria subclávia. No corpo, o ápice do pulmão atinge o nível da articulação esterno-clavicular
Base do Pulmão: A base do pulmão apresenta uma forma côncava, apoiando-se sobre a face superior do diafragma. A concavidade da base do pulmão direito é mais profunda que a do esquerdo (devido à presença do fígado).
Margens do Pulmão: Os pulmões apresentam três margens: uma Anterior, uma Posterior e uma Inferior.
Bordas do Pulmão: A borda anterior é delgada e estende-se à face ventral do coração. A borda anterior do pulmão esquerdo apresenta uma incisura produzida pelo coração, a incisura cardíaca. A borda posterior é romba e projeta-se na superfície posterior da cavidade torácica. A borda inferior apresenta duas porções: (1) uma que é delgada e projeta-se no recesso costofrênico e (2) outra que é mais arredondada e projeta-se no mediastino
Peso: Os pulmões têm em média o peso de 700 gramas.
Altura: Os pulmões têm em média a altura de 25 centímetros.
Faces: O pulmão apresenta três faces:
a) Face Costal (face lateral): é a face relativamente lisa e convexa, voltada para a superfície interna da cavidade torácica.
b) Face Diafragmática (face inferior): é a face côncava que assenta sobre a cúpula diafragmática.
c) Face Mediastínica (face medial): é a face que possui uma região côncava onde se acomoda o coração. Dorsalmente encontra-se a região denominada hilo ou raiz do pulmão.
Divisão: Os pulmões apresentam características morfológicas diferentes.
O Pulmão Direito apresenta-se constituído por três lobos divididos por duas fissuras. Uma fissura obliqua que separa lobo inferior dos lobos médio e superior e uma fissura horizontal, que separa o lobo superior do lobo médio.
O Pulmão Esquerdo é dividido em um lobo superior e um lobo inferior por uma fissura oblíqua. Anteriormente e inferiormente o lobo superior do pulmão esquerdo apresenta uma estrutura que representa resquícios do desenvolvimento embrionário do lobo médio, a língula do pulmão.
Cada lobo pulmonar é subdividido em segmentos pulmonares, que constituem unidades pulmonares completas, consideradas autônomas sob o ponto de vista anatômico.
Pulmão Direito
* Lobo Superior: apical, anterior e posterior
*Lobo Médio: medial e lateral
* Lobo Inferior: apical (superior), basal anterior, basal posterior, basal medial e basal lateral
Pulmão Esquerdo
* Lobo Superior: apicoposterior, anterior, lingular superior e lingular inferior
* Lobo Inferior: apical (superior), basal anterior, basal posterior, basal medial e basal lateral
Pleuras:
A superfície externa de cada pulmão e a parede interna da caixa torácica são revestidos por uma membrana serosa dupla, chamada pleura. A membrana na superfície externa de cada pulmão é denominada Pleura Visceral, e a que reveste a parede da cavidade torácica é chamada Pleura Parietal.
Entre as pleuras visceral e parietal encontra-se um pequeno espaço, a Cavidade Pleural, que contém pequena quantidade de líquido lubrificante, secretado pelas túnicas. Esse líquido reduz o atrito entre as túnicas, permitindo que elas deslizem facilmente uma sobre a outra, durante a respiração.
Hilo do Pulmão:
A região do hilo localiza-se na face mediastinal de cada pulmão sendo formado pelas estruturas que chegam e saem dele, onde temos: os Brônquios Principais, Artérias Pulmonares, Veias Pulmonares, Artérias e Veias Bronquiais e Vasos Linfáticos.
Os brônquios ocupam posição caudal e posterior, enquanto que as veias pulmonares são inferiores e anteriores. A artéria pulmonar ocupa uma posição superior e mediana em relação a essas duas estruturas. A raiz do pulmão direito encontra-se dorsalmente disposta à veia cava superior. A raiz do pulmão esquerdo relaciona-se anteriormente com o Nervo Frênico. Posteriormente relaciona-se com o Nervo Vago.
HISTOLOGIA
Dividido em porção condutora (fossas nasais, nasofaringe, laringe, traqueia, brônquios e bronquíolos) e porção respiratória (bronquíolos resp, ductos alveolares e alvéolos). 
EPITÉLIO RESPIRATÓRIO: a maior parte da porção condutora é revestida por epitélio ciliado pseudoestratificado colunar com muitas células caliciformes.
- tipo mais abundante é a celular colunar ciliada
- o segundo tipo é célula caliciformes, com muco composto por glicoproteínas
- demais são células em escova (receptores sensoriais)
- células basais (pequenas e arredondas que não se estendem até a superfície do epitélio)são células tronco que se multiplicam e originam tipos de célula do epitélio resp. 
- célula granular = células basais, só que sem grânulos (maior na parte central)
FOSSAS NASAIS: 
- Vestíbulo: é a porção mais dilatada, é continuação da pele do nariz, porém perde a queratina e o tecido conjuntivo da origem à lamina própria da mucosa. Os pelos curtos e a secreção das glândulas sebáceas e sudoríparas existentes no vestibulo contituem uma barreira a penetração de partes grosseiras
- Área respiratória: fossas nasais (epitélio pseudoestratificado colunar ciliado e células caliciformes), muco produzido pelas glândulas mistas (serosa e mucosa) e pelas células caliciformes prende micro-organismos e partículas inertes.
- Área olfatória: superior as fossas nasais, sendo responsável pela sensibilidade. Contem quimiorreceptores da olfação, neuroepitélio colunar formado por células de sustentação,células basais (tronco) e células olfatórias (neurônios bipolares/ quimiorreceptores excitáveis pelas substancias odoríferas).
SEIOS PARANASAIS: cavidades nos ossos frontal, maxilar, etmoide e esfenoide revestidas por epitélio do tipo respiratório. Se comunicam com as fossas nasais por meio de orifícios. O muco produzido nessa região é drenado para as fossas nasais pela atividade dos cílios. 
NASOFARINGE: separada da orofaringe pelo palato mole, é revestido por epitélio resp. Na orofaringe epitélio estratificado pavimentoso.
LARINGE: tubo de forma irregular que une a faringe à traqueia. Suas paredes contem peças cartilaginosas irregulares, unidas entre si por tecido conjuntivo fibroelástico (cartilagem mantem lúmen sempre aberto). A epiglote é um prolongamento que se estende da laringe na direção da faringe. Possui 2 pares de pregas: pregas vestibulares e prega vocal (quando o ar passa através da laringe, esses músculos podem contrair-se, modificando a abertura das cordas vocais e condicionando a produção de sons com diferentes tonalidades.
TRAQUEIA: continuação da laringe que se divide em 2 brônquios e é revestido por epitélio respiratório. A lâmina própria é de tecido conjuntivo frouxo, rico em fibras elásticas e contem glândulas seromucosas. O muco é levado em direção a faringe para remover partículas de pó. Contem barreira linfocitária de função imunitária (linfócitos isolados e acumulo linfocitário rico em plasmocitos). Possui cartilagem hialina em C e são ligadas por lig, fibroelásticoas e feixe muscular liso. Os ligamentos impedem a excessiva distinção do lúmen, e os feixes musculares possibilitam sua regulação (contração do músculo ligado a tosse).
ARVORE BRONQUICA: traqueia se divide em 2 brônquios (bronquíolos primários) que penetram o pulmão pelo hilo. Brônquio primário se divide em 3 brônquios no lado direito e 2 no esquerdo (brônquios lobares); esses dividem e são chamados de bronquíolos, que se ramifica em bronquíolos terminais (5 a 7). Bronquíolo terminal origina bronquíolos respiratórios, os quais marcam a transição para a porção respiratória que compreende os ductos alveolares, sacos alveolares e alvéolos. A traqueia e brônquio principal tem mesma estrutura, com a ramificação vai simplificando e ficando mais fino.
- Brônquios: igual a traqueia (ramos menos cilíndricos simples), lamina própria rica em fibras elásticas, camada muscular lisa (externamente a elas gl seromucosas), cartilagem envolvida por tecido conjuntivo rico em fibras elásticas (como da adventícia).
- Bronquíolos: não apresentam cartilagem glândulas ou nódulos linfáticos; epitélio cilíndrico simples ciliado passa para cúbico simples ciliado ou não. Diminui numero de células caliciformes, possui corpos neuroepiteliais (grânulos de secreção e recebem terminações nervosas colinérgicas – quimiorreceptores que reagem às alterações na composição dos gases que penetram no pulmão).
- Bronquíolos terminais: parede mais delgada que a dos bronquíolos, possui células de Clara (não ciliadas, que apresentam grânulos secretores de proteínas que protegem o revestimento bronquiolar contra poluentes e inflamações).
- Bronquíolos respiratórios: transição entre a porção condutora e a respiratória. Semelhante ao bronquíolo terminal, exceto pela existência de numerosas expansões saculiformes constituídas por alveolos, onde ocorrem trocas de gases. 
- Ductos Alveolares: possui uma matriz rica em fibras elásticas e reticulares (suporte). As elásticas são importantes porque se distendem durante a inspiração e se contraem passivamente na expiração. Já as reticulares servem de suporte para os capilares sanguíneos interalveolares e para a parede dos alvéolos, impedindo a distensão excessiva e lesões dessas estruturas.
- Alvéolos: ducto alveolar encontrados nos sacos alveolares, ductos alveolares e bronquíolos respiratórios. São responsáveis pela estrutura esponjosa do parênquima pulmonar. Paredes são constituídas por uma camada epitelial fina que se apoia em um tecido conjuntivo delicado, no qual há uma rica rede de capilares sanguíneos. Essa parede alveolar é comum a dois alvéolos adjacentes, constituindo uma parede/septo interalveolar. Esse septo consiste em duas camadas de pneumócitos separadas pelo interstício de tecido conjuntivo com fibras reticulares e elásticas e a rede de capilares sanguíneos (mais rica do organismo). O ar alveolar é separado do sangue capilar por quatro estruturas: citoplasma do pneumócitos tipo I, lamina basal dessa célula, lamina basal do capilar e o citoplasma da célula endotelial. Geralmente, as duas lâminas basais se fundem e forma uma membrana basal única. O O2 passa para o sangue capilar através das membranas citadas, o CO2 difunde-se em direção contrária. A liberação do CO2 a partir de H2CO3 é catalisada pela anidrase carbônica das hemácias. A parede interalveolar é formada por três tipos celulares principais: células endoteliais dos capilares, pneumócitos tipo I e II. As células dos capilares são mais numerosas, têm o núcleo mais alongado, endotélio do tipo contínuo e não fenestrado. O pneumócito tipo I, ou célula alveolar pavimentosa, tem núcleos achatados e separados uns dos outros, citoplasma é muito delgado, exceto na região perinuclear. Apresentam zônulas de oclusão, que impedem a passagem de fluidos do espaço tecidual para o interior dos alvéolos, sua principal funças é constituir uma barreira de espessura mínima para possibilitar as trocas de gases e ao mesmo tempo impedir a passagem de liquido. Os pneumócitos tipo II (células septais) formam desmossomos e junçoes unitivas com os tipo I. São células arredondadas que ficam sempre na membrana basal do epitélio alveolar, núcleo maior e mais vesicular, citoplasma não se adelgaça e aparece vacuolizado no microscópio. Tem reticulo endoplasmático granuloso desenvolvido e microvilos na superfície livre. 
Corpos multilaminares são sintetizados e liberados pela porçao apical dos pneumócitos II e formam a camada extracelular nos alvéolos – surfactante pulmonar (hipofase aquosa e proteica coberta por uma camada monomolecular de fosfolipídeos, composta principalmente de dipalmitoilfosfatidilcolina e fosfatidilglicerol. Sua função mais evidente é reduzir a tensão superficial dos alvéolos, o que reduz também a força necessária para a inspiração. Além disso, os alvéolos entrariam em colapso sem ele, durante a expiração). A camada de surfactante não é estática, é renovada constantemente: as moléculas de lipoproteínas são continuamente removidas pelos dois tipos de pneumócitos porpinocitose e pelos macrófagos alveolares.
Liquido broncoalveolar: auxilia na remoção de partículas e substancias prejudicadas que possam penetrar com o ar inspirado (através de enzimas).
- Poros alveolares: estão nos septos alveolares, comunicando dois alvéolos adjacentes. Equalizam a pressão do ar nos alvéolos e possibilitam a circulaçao colateral doar, quando um bronquíolo é obstruído.
- Macrófagos alveolares (células de poeira): são encontrados no interior dos septos interalveolares e na superfície dos alvéolos. Os que ficam na camada surfactante limpam a superfície do epitélio alveolar e são transportados para a faringe, de onde são deglutidos.
VASOS SANGUINEOS DOS PULMOES: nutridores (sistêmicos) e funcionais (pulmonares). A circulação funcional é representada pelas artérias e veias pulmonares. As artérias são do tipo elástico, de paredes delgadas, porque nelas há baixa pressão. Elas transportam sangue venoso para ser oxigenado nos alvéolos. Dentro do pulmão, as artérias se ramificam acompanhando a árvore brônquica; os ramos arteriais são envolvidos pela adventícia dos brônquios e bronquíolos. Da rede capilar se origina as vênulas.
Os vasos nutridores são artérias e veias brônquicas, que levam sangue com nutrientes e oxigênio para todo o parênquima pulmonar. 
VASOS LINFATICOS DOS PULMOES: acompanham os brônquios e os vasos pulmonares; são encontrados também nos septos interlobulares, dirigindo-se todos eles para os linfonodos da região do hilo (rede profunda); rede superficial:linfáticos existentes na pleura visceral. 
PLEURA: serosa. Formada por dois folhetos, o parietal e o visceral, que são constituídos na região do hilo do pulmão. Ambos os folhetos são formados por mesotélio e uma fina camada de tecido conjuntivo, que contém fibras colágenas e elásticas. Os dois folhetos delimitam, para cada pulmão, uma cavidade independente e inteiramente revestida pelo mesotélio. É virtual, contendo apenas uma película de liquido que age como lubrificante, tornando possível o deslizamento suave dos dois folhetos durante os movimentos respiratórios e impossibilitando o atrito entre o mesotélio visceral e o parietal.
	
2)Fisiologia
Ventilação Pulmonar
Objetivos da respiração: prover 02 aos tecidos e remover CO2. Portanto pode ser dividida em 4: (1) ventilação pulmonar, que significa o influxo e o efluxo de ar entre a atmosfera e os alveólos pulmonares; (2) difusão de O2 e CO2 entre os alvéolos e o sangue; (3) transporte de O2 e CO2 no sangue e líquidos corporais e suas trocas com as células de todos os tecidos do corpo; e (4) regulação da ventilação e outros aspectos da respiração. 
Mecânica da ventilação pulmonar
Os pulmões podem ser expandidos e contraídos de duas maneiras: (1) por movimentos de subida e descida do diafragma para aumentar ou diminuir a cavidade torácica e (2) pela elevação e depressão das costelas para aumentar e diminuir o diâmetro ântero-posteior da cavidade torácica. Sendo que a respiração normal é feita quase inteiramente pelo primeiro método. 
Durante a inspiração, a contração diafragmática puxa as superfícies inferiores dos pulmões para baixo. Depois, durante a expiração, o diafragma simplesmente relaxa, e o recuo elástico dos pulmões, parede torácica e estruturas abdominais comprime os pulmões e expele o ar. Durante a respiração vigorosa, as forças elásticas não são poderosas o suficiente para produzir a rápida expiração necessária, sendo necessária a contração da musculatura abdominal.
O segundo método é elevar a caixa torácica. Quando ela é elevada, há um aumento no diâmetro ântero-posterior em cerca de 20% durante a inspiração, comparado com a expiração. Os músculos mais importantes que elevam a caixa torácica são os intercostais externos, esternocleidomastóideos, que elevam o esterno; serráteis anteriores, que elevam as costelas e escalenos, que elevam as duas primeiras costelas.
Os músculos que puxam a caixa torácica para baixo durante a expiração são principalmente o reto abdominal, puxa as costelas inferiores, ao mesmo tempo que, com os músculos abdominais, comprimem o conteúdo abdominal para cima contra o diafragma, e os intercostais internos.
Movimentos do ar para dentro e para fora dos pulmões e as pressões que causam o movimento
Não há conexões entre os pulmões e as paredes da caixa torácica, exceto onde ele está suspenso no hilo a partir do mediastino. Em vez disso, o plmão flutua na cavidade torácica, cercado pou uma fina camada de líquido pleural que lubrifica o movimento dos pulmões dentro da cavidade. A sucção contínua do excesso de líquido para o interior dos canais linfáticos mantém uma leve tração entre a superfície visceral da pleura pulmonar e a superfície parietal da pleura da cavidade torácica.
Pressão pleural e suas mudanças
Pressão pleural é a pressão do líquido no estreito espaço entre a pleura visceral e parietal. Há uma leve sucção entre os folhetos, o que significa uma discreta pressão negativa. A pressão normal no início da inspiração é de -5cm de água, com a expansão da caixa torácica esse valor pode diminuir para -7,5, aumentando o volume pulmonar em 0,5L. Na expiração esses valores são revertidos.
Pressão alveolar
É a pressão de ar dentro dos alvéolos. Quando a glote está aberta e não há fluxo de ar para dentro ou para fora, as pressões de todas as partes respiratórias é igual a atmosférica, sendo considerada 0 cm de pressão de água. Na inspiração, a pressão nos alvéolos deve cair para -1 cm de água para se ter o influxo de ar, essa pressão é suficiente para puxar 0,5L de ar para os pulmões em cerca de 2s. Durante a expiração a pressão aumenta para +1 para ter a saída do ar, 0,5L em 2 a 3s.
Pressão transpulmonar
É a diferença entre a pressão alveolar e a pleural, sendo uma medida das forças elásticas nos pulmões que tendem a colapsá-los a cada instante de respiração, a chamada pressão de recuo.
Complacência pulmonar
É a extensão na qual os pulmões se expandirão por cada unidade de aumento na pressão transpulmonar (se um tempo suficiente for permitido para atingir o equilíbrio). Sempre que a pressão transpulmonar aumentar 1 cm de água, o volume pulmonar, após 10 a 20s, expandirá 200ml.
Diagrama de complacência dos pulmões
As duas curvas são denominadas, curva de complacência inspiratória e curva de complacência expiratória, e o diagrama inteiro é chamado de diagrama de complacência pulmonar. As características desse diagrama são determinadas pelas forças elásticas dos pulmões. Estas podem ser divididas em duas partes: força elástica do tecido pulmonar propriamente dito e forças eláticas causadas pela tensão superficial do líquido que reveste as paredes internas dos alvéolos e outros espaços aéreos pulmonares.
As forças elásticas do tecido pulmonar são determinadas principalmente pelas fibras de elastina e colágeno entrelaçadas com o parênquima pulmonar. Nos pulmões relaxados elas estão contraídas e dobradas, quando se expandem elas se esticam e desdobram. 
As forças elásticas causadas pela tensão superficial são muito mais complexas. Quando os pulmões são preenchidos com ar, há uma interface entre o líquido alveolar e o ar no interior do alvéolo. No caso dos pulmões preenchidos por uma solução salina, não há interface ar-líquido; portanto, o efeito de tensão superficial não está presente- apenas as forças elásticas dos tecidos. 
As forças elásticas teciduais que tendem a provocar o colapso do pulmão preenchido com ar representam apenas cerca de um terço da elasticidade total pulmonar, enquanto as forças de tensão superficial líquido-ar nos alvéolos representam cerca de dois terços. Essas últimas também aumentam tremendamente quando a substância chamada surfactante não está presente no líquido alveolar.
Surfactante, tensão superficial e colapso alveolar
Princípio da tensão superficial- quando a água forma uma superfície de contato com o ar, as moléculas da água na superfície têm uma atração especialmente forte umas pelas outras. Como resultado, a superfície da água está sempre tentando se contrair. Vamos reverter esses princípios e ver o que acontece nas superfícies internas do alvéolo. Aqui a superfície da água também está tentando se contrair. Isso resulta numa tentativa de forçar o ar para fora do alvéolo através do brônquio e, ao fazer isso, induz o colapso do alvéolo. O efeito geral é causar uma força contrátil elástica de todo o pulmão, que é chamada de força elástica de tensão superficial.
O surfactante e seus efeitos na tensão superficial- o surfactante é um agente ativo de superfície na água, o que significa que ele reduz bastante a tensão superficial da água. É secretado pelas células epiteliais especiais secretoras de surfactante chamadas de células epiteliais alveolares tipo 2, que constituem cerca de 10% da área de superfície alveolar. Elas são granulares, contém inclusões lipídicas que são secretadas no surfactante dentro dos alvéolos. 
O surfactante é uma mistura complexa de vários fosfolipídeos, proteínas e íons. Os componentes mais importantes são o fosfolipídeo dipalmitoilfosfatidilcolina, apoproteínas surfactantes e íons cálcio. A primeira reduz a tensão superficial, pois não se dissolve uniformemente no líquido que recobre a superfície alveolar.
Pressão em alvéolos ocluídos causada pela tensão superficial- no caso de obstrução, a tensão superficial do alvéolo tende a colapsá-lo. Isso cria uma pressão positiva alveolar, tentando empurrar o ar para fora. A quantidade de pressão gerada dessa maneira no alvéolo pode ser calculada a partir da seguinte fórmula: 
Pressão= 2xtensão superficial / raio do alvéolo
Para o alvéolo de tamanho médio com um raio de cerca de 100 micrômetros e revestido com surfactante normal, calcula-se que a pressão seja de aproxidamente de 4 cm de pressão de água.
Efeito do raio alveolar na pressão causada pela tensão superficial- a partir da fórmula nota-se que a pressão gerada como resultado da tensão superficial alveolar é inversamente afetada pelo raio do alvéolo, o que significa que qquanto menor o alvéolo, maior a pressão alveolar causada pela tensão superficial.
Efeito da caixa torácica na expansibilidade pulmonar
Complacência torácica e pulmonar combinadas- a complacência de todo o sistema pulmonar é medida durante a expansão dos pulmões de uma pessoa totalmente relaxada ou paralisada.
O trabalho da respiração- a contração dos músculos ocorre durante a inspiração, na expiração ocorre um processo passivo causado pelo recuo elástico dos pulmões e da caixa torácica. Portanto o trabalho existe somente na inspiração. E este pode ser dividido em 3 fases: (1) aquela nessária para expandir os pulmões contra as forças elásticas dos pulmões e do tórax, chamada de trabalho de complacência ou trabalho elástico; (2) aquela necessária para sobrepujar a viscosidade pulmonar e das estruturas da parede torácica, chamada de trabalho de resistência tecidual; e (3) aquela necessária para sobrepujar a resistência aérea ao movimento do ar para dentro dos pulmões, chamada de trabalho de resistência das vias aéreas. 
Volumes e capacidades pulmonares
Espirometria- registro do movimento do volume de ar para dentro e para fora dos pulmões. O espirômetro consiste num cilindro invertido sobre uma câmara de água, com o cilindro contrabalançado por um peso. O interior do cilindro está preenchido com um gás respiratório, geralmente ar ou oxigênio; um tubo conecta a boca com a câmara de gás. Quando se respira para dentro e para fora da câmara, o cilindro sobe e desce, e um registro apropriado é feito em uma forma de papel que se move. 
Tambor= cilindro
Volumes pulmonares
Estão listados 4 volumes pulmonares que, quando somados, são iguais ao volume máximo que os pulmões podem expandir. O significado de cada um desses volumes é o seguinte:
O volume corrente é o volume de ar inspirado ou expirado em cada respiração normal, 500ml normal.
O volume de reserva inspiratório é o volume extra de ar que pode ser inspirado acima do volume corrente normal quando uma pessoa inspira com força total, cerca de 3.000ml.
O volume de reserva expiratório é o máximo volume extra de ar que pode ser expirado numa expiração forte após o final de uma expiração corrente normal, cerca de 1.100ml.
O volume residual é o volume de ar que fica nos pulmões após a expiração mais forçada; cerca de 1.200ml.
Capacidades pulmonares- às vezes é necessário considerar dois ou mais volumes combinados. Tais combinações são chamadas de capacidades pulmonares. As mais importantes:
A capacidade inspiratória é igual ao volume corrente mais o volume de reserva inspiratório, distendendo os pulmões na capacidade máxima. (cerca de 3.500ml)
A capacidade residual funcional é igual ao volume de reserva expiratório mais o volume residual. É a quantidade de ar que permanece nos pulmões após uma expiração normal. (cerca de 2.300ml)
A capacidade residual funcional é igual ao volume de reserva expiratório mais o volume corrente mais o volume de reserva expiratório. É a quantidade máxima de ar que uma pessoa pode expelir, inspirando ao máximo e expirando ao máximo, cerca de 4.600ml. 
A capacidade pulmonar total é o volume máximo que os pulmões podem ser expandidos com o maior eforço (cerca de 5.800ml); é a capacidade vital mais o volume residual. 
Todos os volumes e capacidades pulmonares nas mulheres são cerca de 20 a 25% menores nas mulheres que nos homens, e maiores em pessoas atléticas e com maior massa muscular.
A capacidade pulmonar total é medida somando a capacidade inspiratória com a residual funcional
Volume residual: capacidade residual funcional+ volume de reserva expiratório
Capacidade pulmonar total: capacidade residual funcional+ capacidade inspiratória
Ventilação-Minuto: quantidade total de ar novo movido para o interior das vias respiratórias a cada minuto: é igual ao volume corrente multiplicado pela FR por minuto. Normalmente o primeiro é 0,5L e a FR é 12, portanto a ventilação minuto é cerca de 6L/min 
Ventilação alveolar
“Espaço morto” e seu efeito na ventilação alveolar- uma parte do ar que uma pessoa respira nunca alcança as áreas de trocas gasosas porque simplesmente preenche as vias respiratóriasonde estas trocas nunca ocorrem, tais como o nariz, faringe e a traqueia. Este ar é chamado de ar do espaço morto porque ele não é útil.
Espaço morto versus fisiológico- o método descrito para medida do espaço morto mede o volume de todos os espaços, excetuando-se os alvéolos e outras áreas de trocas gasosas; esse espaço é chamado de espaço morto anatômico. Quando o espaço morto alveolar é incluído na medida total do espaço morto, ele é chamado de espaço morto fisiológico. Em uma pessoa normal, os dois espaços tem praticamente o mesmo valor.
Taxa de ventilação alveolar- a ventilação alveolar por minuto é o volume total de ar novo que entra nos alvéolos e áreas adjacentes de trocas gasosas a cada minuto. É igual a frequência respiratória vezes a qantidade de ar novo que entra nessas vias respiratórias.
Va= Freq x (Vc-Vm) 
Vc- volume corrente Vm- volume do espaço morto fisiológico
Funções das vias respiratórias
Parede muscular dos brônquios e bronquíolos- em todas as áreas da traqueia e brônquios não ocupadas por placas cartilaginosas, as paredes são compostas principalmente de músculo liso. Somente o bronquíolo terminal ou respiratório é constituído principalmente de epitélio pulmonar e tecido fibroso subjacente mais algumas fibras musculares lisas.
Resistência ao fluxo aéreo na árvore brônquica- a razão para essa resistência é que há relativamente poucos brônquios maiores em comparação com aproximadamente 65.000 bronquíolos terminais paralelos, nos quais uma quantidade mínima de ar deve passar.
Controle neural e local da musculatura bronquilar- a estimulação diretamente nervosa tem pouco efeito, por ter poucas fibras que penetram as porções centrais dos pulmões. Em contrapartida, a epinefrina e norepinefrina jogadas na circulação sg pelas glândulas adrenais se ligam aos receptores betadrenérgicos, causando a dilatação da árvore brônquica.
Constrição parassimpática dos bronquíolos- poucas fibras parassimpáticas derivadas do nervo vagopenetram no parênquima pulmonar. Secretam acetilcolina para a constrição leve e moderada dos bronquíolos, quando já há uma obstrução, essa ação nervosa pode piorar a situação.
Fatores secretores locais frequentemente causam constrição bronquiolar- duas dessas substâncias são a histamina e a substância de reação lenta de anafilaxia. Ambas são liberadas pelos mastócitos dos tecidos pulmonares durante reações alérgicas. 
3) Caracterizar a hematose.
Alvéolos ventilados com ar fresco oxigênio se difunde dos alvéolos para o sangue . A moléculas se difundem de um lado para o outro, mas é essencial na respiração a velocidade com que essa difusão ocorre. 
Base molecular da difusão gasosa: necessária uma fonte de energia que nesse caso é a energia cinética das moléculas, que se movimentam aleatoriamente umas entre as outras. A difusão efetiva de um gás de uma câmara para outra se dá pela diferença de pressão, ou seja, pela quantidade de moléculas de uma substância em um canto e outro da câmara, sendo as velocidades proporcionais às pressões. 
A pressão parcial de um gás se dá pelo choque constante que determinadas substâncias causam entre si. Assim a pressão é proporcional a concentração de casa uma dessas substâncias. A pressão parcial equivale à porcentagem daquele gás na mistura*a pressão total da mistura. 
A pressão parcial de um gás dissolvido é determinada pela concentração do gás e pelo coeficiente de solubilidade do mesmo (CO² tem atraçãopor água, ou seja, é mais solúvel). Pressão = [gás dissolvido] / coeficiente de solubilidade. 
Difusão dos gases da fase gasosa nos alvéolos para a fase líquida no sangue = a velocidade com que se difundem para o alvéolo é diretamente proporcional à pressão parcial que exercem no sangue. O sentido predominante vai se dar pela diferença das pressões parciais de cada gás. A pressão de vapor de água se dá pelo constante escape de moléculas do meio líquido para o meio alveolar. Embora a difusão ocorra da área de alta pressão para a de baixa, algumas moléculas podem se mover aleatoriamente no sentido contrário, assim o saldo da difusão vai ser as que se moveram do mais para o menos – aquelas que se moveram no sentido contrário. 
Fatores que influem na velocidade de difusão: solubilidade de gás no líquido; área de seção transversa no líquido; distância através do qual o gás tem que se difundir; peso molecular do gás; temperatura do líquido (constante no corpo humano). 
V = ∆P *A*S / d * √PM. (coeficientes de difusão dos gases: O2=1; CO2=20,3;CO=0,81; N2=0,53; He=0,95.)
Para a difusão através dos tecidos os gases possuem uma alta solubilidade em lipídeos. 
O ar alveolar não possui a mesma concentração do ar atmosférico, porque a cada ciclo apenas uma parte do ar é trocado pelo ar atm; o O2 está constantemente sendo absorvido do ar alveolar; e o CO2 está sempre se difundindo doa capilares para o alvéolo; o ar atm é umidificado quando passa pelos alvéolos (os líquidos que recobrem as vias aéreas umidificam o ar que entra para diluir os gases e assim reduzir as pressões parciais). 
Sabendo que a acapacidade residual funcional dos pulmões é de 2300mL e que apenas 350 mL são trazidos de ar fresco aos alvéolos em cada ciclo respiratório, sendo necessários muitos ciclos respiratórios para que todo ar seja substituído. Numa ventilação alveolar normal, metade do gás é removido em 17s. a lenta substituição é importante para não haver mudanças bruscas nas concentrações sanguíneas de gases. A pressão do oxigênio nos alvéolos é controlada pela velocidade com que esse é absorvido pelo sangue e pela ventilação (PO2 máx. é de 149mmHg). Já a pressão de CO2 aumenta conforme a velocidade e excreção aumenta e a PCO2 guarda relação inversa com a ventilação alveolar. A composição do ar expirado é dada pela parcela de ar alveolar e pela parcerla de ar do espaço morto (expirado). 
Difusão dos gases pela membrana respiratória: camadas que compõem a membrana respiratória são líquido surfactante (reduz a tensão superficial no alvéolo); epitélio alveolar; membrana basal do epitélio; espaço intersticial; membrana basal do capilar; endotélio capilar. A área total da membrana respiratória é de 70m². Por terem diâmetro muito pequeno, as hemácias passam bem apertadas por eles, entrando em contato muitas vezes com o endotélio capilar. 
O que influencia na velocidade de difusão dos gases através da membrana respiratória é: a espessura da membrana (aumenta quando ocorre acúmulo de líquido de edema no espaço intersticial o aumento na espessura causa uma maior dificuldade na difusão fibrose); área da membrana (diminuição na área leva a menor difusão enfisema); coeficiente de difusão do gás depende da solubilidade e do peso molecular da substância); diferença de pressões parciais entre os dois lados da membrana (medida de tendência dominante). 
A capacidade de difusão da membrana é calculada como o volume de gás que se difunde através da membrana a cada minuto, para uma diferença de pressão de 1 mmHg. Para o O2= 21mL/min/mmHg * PO2=11mmHg = 230mL por min durante os exercícios, por haver maior fluxo sanguíneo e maior ventilação pulmonar, a capacidade de difusão do O2 aumenta devido a dilatação de capilares e melhor emparelhamento entre ventilação e perfusão. Para o CO2 a capacidade é de 450mL/min/mmHg. Capacidade de O2=1,23 capacidade do CO. 
Relação ventilação perfusão na concentração dos gases alveolares: há áreas que ventilam mais, mas circulam menos e áreas que ventilam menos e circulam mais. Quando a ventilação é nula, mas a perfusão é normal, a relação é nula; porém se a perfusão for nula, a relação tem valor infinito. Num alvéolo que há perfusão, mas não a ventilação, o ar nos alvéolos entra em equilíbrio com a concentração sanguínea. Quando o alvéolo não perfunde, o ar alveolar se torna idêntico ao ar inspirado umidificado. Quando as trocas ocorrem normalmente, o PO2 é de 104 e a de O2 é de 40mmHg. 
Shunt fisiológico é aquela situação em que a perfusão está normal, mas a ventilação não, o que leva a oxigenação incompleta (relação menor que o normal). Já o espaço morto fisiológico é quando a ventilação está normal, mas a perfusão não, levando a um “desperdício” de oxigenação. Nos ápices pulmonares há baixa perfusão e baixa ventilação, mas o fluxo sanguíneo é ainda menor (surgimento de espaço morto fisiológico); já nas bases há uma maior circulação e maior ventilação, porém, a ventilação é menor (aparecimento de shunt fisiológico). No caso de DPOC há uns lugares em que se acentua o shunt e outros o espaço morto, reduzindo muito a capacidade de trocas gasosas dos pulmões.
4)Caracterizar a oxigenação dos tecidos e da Hb.
Transporte de O2 e CO2 pelos líquidos corporais: o oxigênio depois de se difundir dos alvéolos é transportado nos sangue, principalmente ligado à Hb (aumenta em cerca de 100 vezes a quantidade de O2 transportada). Deferente do que ocorre nos pulmões, a PO2 no sangue que chega aos tecidos é maior daquela que se encontra neles, portanto o oxigênio se difunde do sangue para os tecidos. Por outro lado, como fruto do metabolismo celular, a PCO2 é maior nos tecidos que no sangue, e esse se difunde então para os capilares para ser eliminado do organismo. 
PO2 que sai dos capilares pulmonares=104; PO2 que chega aos capilares pulmonares=40mmHg. Remoção de O2 do sangue pelos tecidos. No caso do exercício, decido a um aumento no débito cardíaco, o tempo que o sangue fica nos capilares é menor, mesmo que novos capilares se abram para reduzir a pressão; o sangue já está quase todo saturado no primeiro terço do capilar pulmonar. Ao chegar no átrio esquerdo parte do sangue oxigenado se mistura com sangue shuntado advindo da circulação brônquicasangue bombeado pela aorta tem PO2=95mmHg. Nos tecidos a PO2 cai para 40mmHg se igualando a PO2 dos tecidos periféricos e retornando ao coração. Dependendo da intensidade do fluxo sanguíneo há maior ou menor oxigenação tecidual (maior fluxo=maior oxigenação), se houver maior metabolismo celular tecidual, haverá maior produção de CO2 e também maior necessidade de O2. A PO2 intracelular está sempre abaixo da PO2 capilar. 
Já o CO2 é oriundo do metabolismo celular tecidual, portanto o CO2 se difunde sempre em sentido oposto ao do oxigênio. PCO2 intracelular=45mmHg; PCO2 intersticial=46mmHg; PCO2 que chega aos tecidos=40; PCO2 que sai dos tecidos= 45mmHg. Quanto maior o metabolismo tecidual, maior será a difusão de CO2 para os capilares. 
O transporte de oxigênio no sangue é feito 97% por ligação com a hemoglobina das hemácias enquanto 3% andam dissolvidos no plasma. A ligação do oxigênio com a hemoglobina (porção heme) se dá de forma reversível. A curva de saturação da hemoglobina (ou curva de dissociação) mostra o aumento progressivo na porcentagem de hemoglobina que se combina com o oxigênio à medida que a PO2 sanguínea aumenta. No sangue arterial a saturação é de 97% (representa cerca de 20mL de oxigênio) enquanto que no venoso é de 75%. (14,4mL de O2) = assim 5mL de oxigênio passam para os tecidos. No caso de exercícios extenuantes, a quantidade de O2 transportada para os tecidos chega a 15mL. O coeficiente de utilização é a porcentagem de sangue que cede seu oxigênio ao passar pelos capilares. 
A hemoglobina atua como tamponante da PO2, pois quando são cedidos cerca de 5mL de O2 para os tecidos a PO2 fica em torno de 40mmHg, possibilitando que a Hb libere O2 para os tecidos. Quando se dá o exercício intenso, os tecidos ficam com uma PO2 em torno de 15mmHg, aumentando a difusãodesse gás para os tecidos. Quando a concentração de O2 na atmosfera diminui, a capacidade tamponante da Hb mantém quase constante a PO2 nos tecidos. 
Existem fatores que alteram a curva de dissociação de hemoglobina como: variações de pH (pH cai=curva para esquerda=maior dissociação; pH sobe=curva para direita=menor dissociação); aumento da concentração de CO2; aumento da temperatura do sangue; aumento da concentração de 2,3-difosfoglicerato (DPG). 
O desvio da curva para acompanhar as alterações de hidrogênio e CO2 no sangue são chamados de Efeito Bohr. Quando o sangue passa pelos pulmões, o CO2 sai para os alvéolos reduzindo a PCO2 e reduzindo assim a concentração de H2CO3 e consequentemente a concentração de íons hidrogênio, assim desloca-se a curva para a esquerda, saturando o máximo de Hb possível com O2; o contrário ocorre nos tecidos, quando o CO2 entra no sangue e proporciona a dissociação do O2 da Hb, deslocando a curva para a direita. 
O efeito do DPG é: a concentração normal deixa a curva sempre desviada um pouco para a direita; em caso de hipóxia a concentração de DPG aumenta dissociando mais ainda o oxigênio da hemoglobina. 
Nas células, quando a PO2 é de 1mmHg a concentração de O2 não é mais considerada limitante, sendo o ADP agora o limitante. O consumo de O2 diminui caso a distância entre os capilares e os tecidos aumente muito. O fluxo sanguíneo também limita ou aumenta a PO2 nos tecidos. Cada decilitro de sangue transporta 0,17mL de O2 dissolvidos no plasma. 
A ligação da Hb com o monóxido de carbono: o CO se liga a Hb no mesmo lugar que o oxigênio, mas com uma estabilidade muito maior. Uma pressão alveolar de PCO=0,4mmHg permite ao CO competir pelo sítio da Hb com o O2. Paciente intoxicado por CO pode ser tratado com O2 puro, pois altas pressões de O2 deslocam o monóxido de carbono da Hb. 
O transporte de CO2 se dá sob a forma dissolvida e sob a forma de bicarbonato. Dentro das hemácias o CO2 reage com a água sob efeito da anidrase carbônica e se torna bicarbonato e H+(se combina à hemoglobina). O bicarbonato de difunde para o plasma enquanto íons cloreto se difundem para dentro da hemácia. A carbaminoemoglobina é o CO2 ligado a hemoglobina e às proteínas plasmáticas, composto instável. 
No momento que o oxigênio se liga à hemoglobina, o CO2 é liberado, efeito esse que leva o nome de Haldane. A combinação do O2 com a hemoglobina torna essa um ácido mais forte, o que, por deixa-la mais ácida, tem menos tendência a se ligar com o CO2. 
O sangue arterial é mais básico (7,41) e o venoso é mais ácido (7,37) pelo aumento na concentração de CO2. O quociente respiratório corresponde a taxa de eliminação de dióxido de carbono/captação de hidrogênio (em média 0,825 numa dieta normal). Uma pessoa que se alimente mais de lipídeos o oxigênio se liga formando água e não CO2, por isso o quociente respiratório é menor que a média. 
5) Compreender os volumes e capacidades de pulmão. 
Volumes:
A ventilação pulmonar consiste no fluxo de ar para dentro e para fora dos pulmões a cada ciclo respiratório, que é composto de inspiração e expiração; é um processo que ocorre em consequência da força gerada pelos músculos respiratórios, que operam como uma bomba aerodinâmica. De fato, para realizar captação de oxigênio e eliminação de gás carbônico, uma provisão fresca de gás deve ser trazida, repetidamente, às unidades de troca gasosa (alvéolos) pela bomba respiratória. 
A complacência pulmonar determina os volumes pulmonares. São reconhecidos 4 volumes pulmonares:
• VRI: Volume de Reserva Inspiratória -> corresponde ao máximo de ar que é possível inspirar ao fim de uma inspiração normal. 
• VC: Volume Corrente -> volume de ar mobilizado normalmente a cada ciclo respiratório. 
• VRE: Volume de Reserva Expiratória -> máximo de ar que pode ser exalado a partir da posição de repouso respiratório (fim de uma inspiração normal). 
• VR: Volume Residual -> volume de ar que permanece no pulmão ao fim de uma expiração máxima. 
1. Capacidade Vital (CV) 
2. Capacidade Inspiratória (CI) 
3. Capacidade Residual Funcional (CRF) 
4. Capacidade Pulmonar Total (CPT) 
CV: É capacidade vital do pulmão completamente cheio de gás; portanto, é a somatória de 3 volumes: VRI + VC + VRE 
CI: Capacidade Inspiratória, que é a soma de: VRI + VC 
CRF: Capacidade Residual Funcional, somatório de: VRE + VR 
CPT: Capacidade Pulmonar total, somatório de: VRI + VC + VRE + VR ou CV + VR 
Nível do final da inspiração. O fim da fase de inspiração corrente é chamado de nível inspiratório corrente ou de repouso (por ausência de fluxo aéreo, mas sem repouso mecânico). 
Nível do final da expiração. O fim da fase expiratória é chamado de nível expiratório de repouso, pela ausência de fluxo aéreo e de esforço muscular (em condições de normalidade). Corresponde a CRF. Nível inspiratório máximo. 
Nível ao final de uma inspiração voluntária plena. Corresponde à CPT. 
Nível expiratório máximo. Nível de final de expiração voluntária completa, após a exalação do VER. Corresponde ao VR.
6) CENTRO CONTROLE DA RESPIRAÇÃO
CENTRO RESPIRATÓRIO: se compõe por diversos grupos de neurônios localizados bilateralmente no bulbo e na ponte.Se divide em três agrupamentos principais de neurônios: 1) grupo respiratório dorsal, responsável pela inspiração 2) grupo respiratório ventral, encarregado da respiração 3) centro pneumotáxico, encontrado na porçao dorsal superior da ponte, incumbido do controle da frequência e da amplitude respiratória.
- Grupo Respiratório Dorsal de Neurônios: se situa no interior do núcleo do trato solitário (NTS). O NTS corresponde à terminação sensorial dos nervos vago e glossofaríngeo, que transmitem sinais sensoriais para o centro respiratório a partir de quimiorreceptores periféricos, baroreceptores e varios tipos de receptores no pulmão.
- Descargas Inspiratórias Rítmicas do Grupo Respiratório Dorsal: o ritmo básico respiratório é gerado no grupo respiratório dorsal de neurônios, principalmente. Mesmo quando todos os nervos periféricos que entram no bulbo foram seccionados e o tronco cerebral foi transeccionado, esse neurônio ainda gera surtos repetitivos de potenciais de ação neuronais inspiratórios. Não se conhece a causa, mas acredita-se na existência de rede similar de neurônios no ser humano, toda localizada no bulbo; essa rede provavelmente envolve as ares adjacentes do bulbo (além do grupo respiratório dorsal).
O sinal nervoso, transmitido para os músculos inspiratórios (diafragma), não representa surto instantâneo dos potenciais de ação. Na respiração normal esse sinal exibe início débil com elevação constante, na forma de rampa por cerca de 2 segundos. Então o sinal apresenta interrupção abrupta durante aproximadamente durante os próximos 3 segundos, o que desativa a excitação do diafragma e permite a retração elástica dos pulmões e da parede torácica, produzindo a expiração. Em seguida, o sinal inspiratório se reinicia em outro ciclo – sinal em rampa. Vantagem: indução de aumento constante do volume dos pulmões durante a inspiração, e não golfadas inspiratórias. Duas qualidades:
1) Controle da velocidade do aumento do sinal em rampa: durante respiração mais intensa a rampa aumenta com rapidez e promove a rápida expansão dos pulmões.
2) Controle do ponto limítrofe da interrupção súbita da rampa: método usual de controle da FR. Quanto mais precocemente a rampa for interrompida, menor será a duração da inspiração. Isso também reduz a duração da expiração. Consequentemente, aumento da FR.
- O Centro Pneumotáxico Limita a Duração da Inspiração e Aumenta a Frequencia Respiratoria: o centro pneumotáxico, situado no núcleo parabranquial da parte superior da ponte, transmite sinais para a área inspiratória. Efeito primário: controlar o ponto de desligamento da rampa inspiratória e assim a duração da fase de expansão do ciclo pulmonar. Quando esse sinal é intenso, a inspiração pode promover apenas leve expansão dos pulmões; por sua vez quando esse sinal é fraco,a inspiração pode prosseguir e encher os pulmões com excesso de ar. A função do centro pneumotáxico é limitar a inspiração, o que apresenta efeito secundário de aumento na FR.
- Grupo Respiratório Ventral de Neurônios: situado em cada lado do bulbo, em posição rostral no núcleo ambíguo, rostral e caudalmente no núcleo retroambiguo. Funções:
1) Respiração induzida apenas por sinais inspiratórios repetitivos provenientes do grupo respiratório dorsal transmitidos principalmente para o diafragma, e a expiração resulta da retração elástica dos pulmões e da CT.
2) Os neurônios parecem não participar da oscilação rítmica básica responsável pelo controle da respiração.
3) Quando o impulso respiratório tende para que o aumento na ventilação pulmonar fique acima da normal, os sinais respiratórios se propagam para os neurônios respiratórios ventrais, do mecanismo oscilatório básico da área respiratória dorsal. Consequentemente, a área respiratória ventral contribui para o controle da respiração extra. 
4) Neuronios contribuem tanto para inspiração como para expiração. Eles são especialmente importantes na provisão de sinais expiratórios vigorosos para os músculos abdominais. Portanto, essa área atua mais ou menos como mecanismo suprarregulatório durante atividade física intensa. 
-Sinais de Insuflação Pulmonar Limitam a Inspiração (Reflexo de Hering-Breuer): existem receptores situados nas porções musculares das paredes dos bronquios e dos bronquíolos, em todo o parênquima pulmonar, responsáveis pela transmissão de sinais pelos nervos vagos para o grupo respiratório dorsal de neurônios, quando os pulmões são excessivamente distendidos. Esses sinais influenciam a inspiração – feedback: receptores de estiramento desativam a rampa inspiratória. Esse evento recebe o nome de Reflexo de insuflação de Hering-Breuer. Ele também aumenta a FR. Ele não é ativado ate que o volume corrente aumente para valor superior a três vezes o normal (evita insuflação pulmonar excessiva).
CONTROLE QUIMICO DA RESPIRAÇÃO: o excesso de CO2 ou de íons de H no sangue atua de forma direta sobre o centro respiratório, gerando aumento na intensidade dos sinais motores inspiratórios e expiratórios para os músculos respiratórios. O O2 atua quase que exclusivamente sobre os quimiorreceptores periféricos, que transmitem sinais neurais adequados ao centro respiratório.
- Controle Químico Direto da Atividade do Centro Respiratório pelo COS e pelos íons H: a área quimiossensível é influenciada pelas variações da concentração sanquinea de CO2 e de íons de H, ela estimula outras porções do centro respiratório.
-Excitação dos Neurônios Quimiossensíveis pelos Íons Hidrogênio como o Provável Estimulo Primário: acredita-se que esses íons possem representar o único estimulo direto relevante para esses neurônios. Contudo, eles não atravessam a barreira hematoencefálica com facilidade, por isso as alterações da concentração sanguínea de tais íons tem efeito consideravelmente menos na estimulação dos neurônios quimiossensiveis, em comparação com as alterações de CO2 sanguineo, embora se acredita que o CO2 estimule esses neurônios, de forma secundaria, por meio da variação da concentração de íon H.
- O Dióxido de Carbono Estimula a Area Quimiossensível: esse função ocorre mediante reação com H2O dos tecidos, de modo a formar o acido carbônico que se dissocia em íons H e bicarbonato. Os íons H exercem intenso efeito estimulatorio sobre a respiração. 
A excitação do centro respiratório pelo CO2 é notável nas primeiras horas após o aumento dele no sangue, mas declina gradativamente em 1 a 2 dias subsequentes. Parte desse declínio se origina do reajuste renal da concentração de íon H no sangue circulante de volta à normalidade, após a elevação da sua concentração resultante do aumento inicial pelo CO2. Os rins aumentam o bicarbonato sanguíneo que se une aos íons H, no sangue e no liquido cefalorraquidiano, para reduzir a concentração desse íon. Os íons bicarbonato se difundem através das barreiras hematoencefálica e hematoliquórica e se combinam diretamente com os íons H adjacentes aos neurônios respiratórios, reduzindo o montante dos íons H a nível próximo da normalidade. Portanto, a variação da concentração sanguínea de CO2 exerce potente efeito agudo mas fraco efeito crônico sobre a atividade respiratória.
- Efeitos Quantitativos da PCO2 e da Concentração Sanguinea dos Ions H sobre a Ventilação Alveolar: 
SISTEMA QUIMIRRECEPTOR PERIFÉRICO PARA O CONTROLE DA ATIVIDADE RESPIRATÓRIA – O PAPEL DO OXIGENIO NO CONTROLE RESPIRATORIO: 
Em diversas áreas externas do cérebro existem os quimiorreceptores, que transmitem sinais neurais para o centro respiratório encefálico, para ajudar a regular a atividade respiratória. Grande parte dos quimiorreceptores está situada nos corpos carotídeos. Entretanto, alguns deles também se encontram nos corpos aórticos. Os corpos carotídeos estão localizados bilateramente nas bifurcações das artérias carótidas comuns. As fibras nervosas aferentes desses corpos cursam pelos nervos de Hering e, em seguida, para os nervos glossofaríngeos e para a área respiratória do bulbo. Os corpos aórticos estão situados ao longo do arco da aorta; as fibras aferentes neurais desses corpos cursam pelos nervos vagos, também rumo à área respiratória dorsal do bulbo. Cada um dos corpos quimiorreceptores recebe sua própria irrigação sanguínea, por meio da artéria diminuta, diretamente a partir do tronco arterial adjacente. A porcentagem de O2 removido do fluxo sanguíneo é virtualmente zero, isso significa que os quimiorreceptores sempre são expostos ao sangue arterial, e não ao sangue venoso, e sua PO2 é PO2 arterial.
- Redução do O2 arterial estimula os quimiorreceptores: a frequência dos impulsos é particularmente sensível às alterações de PO2 arterialsituadas entre 60 a 30 mmHg, faixa de variação onde a saturação de hemoglobina com o O2 diminui.
- Aumento da Concentração de CO2 e Ions H Estimula os Quimiorreceptores: intensifica indiretamente a atividade respiratória. Existe diferença entre os efeitos periféricos e centrais do CO2: a estimulação, por meio dos quimiorreceptores periféricos ocorre com rapidez cinco vezes maior que a estimulação central, assim esses quimiorreceptores podem ser particularmente importante no aumento da velocidade da resposta do CO2, no inicio da atividade física. 
- Mecanismo Básico de Estimulação dos Quimiorreceptores pela Deficiência de O2: os corpos carotídeos tem múltiplas células de tipo altamente glandular-like características = células glomosas, que fazem sinapse direta ou indireta com as terminações nervosas. Alguns pesquisadores acreditam que essas células possam atuar como quimiorreceptores e então estimular as terminações nervosas. Outros estudos propõem que as terminações nervosas, por si só, são diretamente sensíveis à PO2 baixa. 
- O efeito da PO2 arterial baixa estimular a ventilação alveolar quando as concentrações arteriais de CO2 e íons de H permanecem normais: estado ativo, apenas, do controle ventilatório decorrente do efeito do baixo teor de O2 sobre os quimiorreceptores. Efeito quase nulo sobre a ventilação. Pelo fato de a hipóxia, na ventilação, ser modesta para PO2, maiores que 60 a 80 mmHg, a PCO2 e a resposta do íon H são sobretudo as responsáveis pelo regulação da ventilação em seres humanos saudáveis no nível do mar.
- Estimulação ainda maior da respiração pela inalação crônica de baixos níveis de oxigênio – Aclimatação: ao escalar montanha lentamente, durante dias e não horas, a respiração fica muito mais profunda e consegue suportar concentrações bem mais baixas de O2 atm, se comparar com a escalada rápida. Causa: dentro de 2 ou 3 dias, o centro respiratório no tronco cerebral perde cerca de 80% de sua sensibilidade às alterações da PCO2 e dos íons H. Em decorrência, a eliminação ventilatória do excesso de CO2 que inibiria o aumento da FR, em condições normais não ocorre e, consequentemente, baixos teores de O2 podem conduzir o sistema respiratório a níveis muito mais altosde ventilação alveolar do que sob condições agudas. Em vez do possível aumento de 70%, na ventilação, após a exposição aguda a baixos teores de O2, a ventilação alveolar frequentemente aumenta poor 400% a 500%, depois de 2 a 3 dias de redução dos níveis desse gás; isso por sua vez colabora imensamente co o suprimento adicional de O2 aos alpinistas. 
- Efeitos Mistos da PCO2, do pH e da PO2 sobre a Ventilação Alveolar: curvas vermelhas representam os efeitos combinados da PCO2 e da PO2 alveolares sobre a ventilação.
REGULAÇAO DA RESPIRAÇÃO DURANTE O EXERCÍCIO FÍSICO: a ventilação alveolar, no atleta saudável, costuma aumentar quase que proporcionalmente à elevação do nível do metabolismo de O2. A PO2, a PCO2 e o pH arteriais permanecem normais. 
Causa do aumento da ventilação na atividade física: elevações sanguíneas do CO2 e dos íons H, somadas à redução do O2 sanguineo. Isso é questionável, pois as medidas de PCO2, PO2 e pH arteriais revelam que nenhum desses valores se altera de forma significativa durante a atividade física; assim nenhum deles fica suficientemente anormal para estimular a respiração de modo tão vigoroso como observado durante exercícios vigorosos. Acredita-se que o encéfalo, durante a transmissão de impulsos nervosos para os músculos participantes da atividade física, transmita ao mesmo tempo impulsos colaterais para o tronco cerebral, para estimular o centro respiratório. É provável que a maior parte do aumento da respiração se origine de sinais neurogênicos, transmitidos diretamente ao centro respiratório do tronco cerebral ao mesmo tempo que sinais neurais se dirigem aos músculos corporais para promoção da contração muscular.
- Correlação entre fatores químicos e neurais no controle da respiração, durante exercício físico: ocasionalmente, os sinais de controle respiratorio neural são muito intensos ou muito débeis. Nesse caso, os fatores químicos desempenham papel significativo na realização do ajuste final da respiração., necessário para manter as concentrações de O2, CO2 e íons H dos líquidos corporais o mais próximo possível da normalidade. No inicio da atividade física, a ventilação alveolar aumenta quase instantaneamente, sem elevação inicial da PCO2 arterial. Esse aumento costuma ser amplo o suficiente a ponto de diminuir efetivamente a PCO2 arterial abaixo da normal. O sistema nervoso central realiza estimulação “antecipatória” da respiração, no inicio da atividade física, provocando ventilaçao alveolar extra antes de ela ser necessária. Contudo, após cerca de 30 a 40 segundos, a quantidade de CO2 liberada no sangue a partir dos músculos ativos se iguala aproximadamente ao aumento da frequência da ventilação, e a PCO2 arterial retorna basicamente à normal mesmo com o prosseguimento da atividade física. 
A curva inferior da figura ao lado revela o efeito de diferentes níveis de PCO2 arterial sobre a ventilação alveolar, quando o corpo se encontra em repouso. A curva superior exibe o desvio aproximado dessa curva ventilatória, causado pelo controle neurogênico do centro respiratório que ocorre durante atividade física intensa. Os pontos demonstram a PCO2 arterial primeiro no estado de repouso e depois no estado ativo. Em ambos os casos a PCO2 permanece no nível normal de 40 mmHg = o fator neurogênico desvia a curva por cerca de 20 vezes na direção ascendente, assim a ventilação quase se iguala à velocidade de liberação do CO2, mantendo a PCO2 arterial próxima a seu valor normal. A curva superior mostra que, se durante atividade física, a PCO2 arterial não se alterar, ocorrerá efeito estimulatorio extra sobre a ventilação, em PCO2 maior que o normal, em PCO2 maior que 40 mmHg e efeito depressor em PCO2 menor que 40 mmHg.
- Controle neurogênico da ventilação durante o exercício físico pode ser, em parte, uma resposta aprendida: experimentos sugerem que a capacidade do encéfalo de desviar a curva de resposta ventilatória durante a prática de exercícios, seja pelo menos em parte aprendida. Ou seja, em períodos repetidos de atividade física, o cérebro fica progressivamente mais apto a produzir os sinais apropriados e necessários para manter a PCO2 sanguinea normal. Alem disso, existem experimentos que comprovam o envolvimento do córtex cerebral: bloqueiam somente o córtex e a resposta aprendida também é bloqueada.
OUTROS FATORES QUE INFLUENCIAM A RESPIRAÇÃO:
-Controle voluntario: curtos períodos. Possiveis atividades de hiperventilaçao e hipoventilação, capazes de provocar sérios distúrbios da PCO2, pH e PO2 no sangue.
- Efeito de receptores irritativos as vias aeras: os epitélios traqueal, brônquico e bronquiolar são inervados por terminações nervosas (receptores irritativos pulmonares), quando estimulados provocam tosse, espirro e constrição bronquica.
- Receptores J: estão em justaposição aos capilares pulmonares, nas paredes alveolares. São estimulados especialmente em casos de congestão dos capilares pulmonares ou de ocorrência de edema pulmonar (insuficiência cardíaca congestiva).
- Edema cerebral deprime o centro respiratório: tecidos cerebrais ficam tumefatoa, o que comprime as artérias cerebrais contra a abóboda craniana e, consequentemente, provoca bloqueio parcial da irrigação sanguínea cerebral. Pode ser aliviada com injeção intravenosa de soluções hipertônicas, pois elas promovem a remoção osmótica de certa quantidade de liquido cerebral, aliviando a pressão intracraniana e reestabelecendo a respiração dentro de alguns minutos.
- Anestesia
- Respiração Periódica: respiração profunda por um curto intervalo de tempo e, em seguida, apresenta respiração superficial ou ausente por intervalo adicional, com repetição frequente desse ciclo (respiração de Cheyne-Stokes: movimento respiratório lento crescente e decrescente, que ocorre a cada 40/60 segundos) 
- Apneia do sono: obstrução das vias aéreas superiores ou comprometimento do controle respiratório do SNC.
TOSSE: Os brônquios, traqueia, laringe e Carina são sensíveis a leve toque. Bronquíolos terminais e alvéolos são sensíveis a estímulos químicos corrosivos. Impulsos neurais aferentes passam das vias respiratórias, principalmente pelo nervo vago, até o bulbo, onde sequencia automática de eventos é desencadeada por circuitos neuronais locais, causando o efeito: Primeiro, há uma rápida inspiração. Segundo, a epiglote se fecha e as cordas vocais são fechadas com firmeza para aprisionar o ar no interior dos pulmões. Terceiro, os músculos abdominais se contraem com força e consequentemente, a pressão nos pulmões aumenta rapidamente. Quarto, as cordas vocais e a epiglote subitamente se abrem de forma ampla, e o ar sob alta pressão nos pulmões explode em direção ao exterior. Fundamentalmente, a forte compressão dos pulmões colapsa os brônquios e a traqueia, ao fazer com que as partes não cartilaginosas se invaginem, de forma que o ar explosivo passe pelas fendas brônquica e traqueal. O ar carrega qualquer material estranho que esteja presente nos brônquios e na traqueia. 
8) MECANISMO DA FALA: a fala envolve o sistema respiratório, centros específicos de controle no córtex cerebral, centros de controle respiratórios no cérebro e estruturas de articulação e ressonância na boca e cavidades nasais. Ela é composta de duas funções mecânicas: 
1) Fonação: a laringe é adaptada para agir com vibrador. Os elementos vibradores são as pregas vocais (cordas vocais), elas protraem-se das paredes laterais da laringe em direção ao centro da glote, são estiradas e posicionadas por diversos músculos específicos da própria laringe. Durante a respiração as cordas estão muito abertas para facilitar a passagem de ar. Durante a fonação, as cordas se movem juntas, de forma que a passagem de ar entre elas cause vibração. 
2)Articulação e Ressonância: lábios, língua e palato mole – articulação. Boca, nariz e seios paranasais – ressonância: responsável pela mudança da voz quando a pessoa tem resfriado grave que bloqueia a passagem de ar para esses ressonadores. 
FEBRE: A temperatura do corpo é regulada quase que inteiramentepor mecanismos de feedback neurais e quase todos esses mecanismos operam por meio de centros regulatórios da temperatura, no hipotálamo. Para que esses mecanismos ocorram deve haver detectores de temperatura para determinar quando a temperatura está alta ou baixa: área pré-optica-hipotalamica anterior, receptores na pele e nos tecidos corporais profundos. 
Febre significa temperatura corporal acima da faixa normal de variação, pode ser causada por anormalidades no cérebro ou por substancias toxicas que afetam os centros reguladores da temperatura. 
 
9) PNEUMONIA: além da presença de leucócitos (neutrófilos) no local onde anteriormente havia ar ocorre o edema da mucosa: oclusão parcial do brônquios e alvéolos, com uma resultante diminuição da pressão de oxigênio alveolar - Hipoventilação ocorrendo desequilíbrio da ventilação-perfusão - Hipoxemia arterial.
PNEUMONIA LOBAR: afeta 1 ou mais lobos pulmonares, consolidando todo o lobo afetado
DERRAME PLEURAL: é o acúmulo anormal de líquido na cavidade pleural, que é o espaço virtual entre as pleuras visceral e parietal, as quais deslizam uma sobre a outra, separadas por uma fina película de líquido.
10)Quais os exames do sistema respiratório?
RX de tórax:
O mediastino é delimitado superiormente pela região cervical, inferiormente pelo diafragma, anteriormente pela parede torácica, posteriormente pela coluna vertebral e lateralmente pela pleura mediastinal. Estão presentes no mediastino as seguintes estruturas: coração, pericárdio, aorta e ramos, artéria pulmonar, esôfago, traqueia e brônquios principais, veia cava superior e suas tributárias, segmento proximal da veia cava inferior, linfonodos e vasos linfáticos, nervos, tecido adiposo. Nas radiografias simples (fig. 11B) são observados os contornos mediastinais em relação aos pulmões. As estruturas mediastinais, com exceção da traqueia e brônquios principais que estão preenchidos por ar, têm densidade semelhante à da água. A gordura mediastinal é vista frequentemente nos ângulos cardiofrênicos.
CAMPOS PULMONARES (1). 
A transparência deve ser igual entre os dois lados, nem mais branca ou mais escura entre ambos.
HILOS PULMONARES (2-3). Os hilos devem ser côncavos e semelhantes. O hilo direito deve ser ligeiramente mais baixo que o esquerdo menos que 2,5cm. 
TRAQUEIA (4). A traquéia é levemente desviada pata a direita.
ARCO AÓRTICO (5). 
DIAFRAGMA (6-7). A cúpula frênica direita 
deve ser um pouco mais alta que a esquerda não mais que 3 cm.
SEIOS COSTOFRÊNICOS (8). Os ângulos costofrênicos devem ser agudos. Opacidades ou velamentos deles significam geralmente derrame pleural. 
CORAÇÃO (9). 
O diâmetro máximo da área cardíaca deve ser menor que a metade do diâmetro transtorácico. ESTÔMAGO (10). 
Logo abaixo da cúpula frênica esquerda encontra-se a bolha gástrica. (D) Lado direito. 
Espirometria
A espirometria permite medir o volume de ar inspirado e expirado e os fluxos respiratórios, sendo especialmente útil a análise dos dados derivados da manobra expiratória forçada. É possível analisar os volumes e capacidades pulmonares. O volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) é a quantidade de ar eliminada no primeiro segundo da manobra expiratória forçada. É a medida de função pulmonar mais útil clinicamente. Os resultados espirométricos devem ser expressos em gráficos de volume-tempo e fluxo-volume. É essencial que um registro gráfico acompanhe os valores numéricos obtidos no teste. Curvas volume-tempo e fluxo-volume.
– Capacidade Vital Forçada (CVF) – volume expirado com esforço máximo e o mais rapidamente possível, a partir de uma inspiração máxima. Durante sua realização, são medidos os fluxos instantâneos (FEF25, FEF50 e FEF75) e o FEF25-75.
 – Capacidade Vital Lenta (CVL) – volume máximo que pode ser eliminado após inspiração máxima, no entanto, sem exigência de esforço rápido e intenso. A CVL costuma ser igual à CVF, salvo nos pacientes que apresentem obstrução severa, quando a CVF pode tornar-se inferior à CVL, devido ao alcaponamento de ar que pode ocorrer na expiração forçada. 
– Volume Expiratório Forçado no primeiro segundo (VEF1) – volume expirado no primeiro segundo da CVF. É a variável funcional mais usada na prática, particularmente nas doenças obstrutivas. 
– Pico do Fluxo Expiratório (PFE) – fluxo máximo obtido logo após o início da CVF (geralmente ao final de 0,2 segundo). Como é estritamente dependente da vontade, é um indicador do grau de colaboração do paciente. – Fluxo Médio-Expiratório Forçado (FEF25-75%) – fluxo entre 25% e 75% da CVF. Os fluxos FEF25%, FEF50% e FEF75% medem o fluxo expiratório instantâneo nas marcas dos 25%, 50% e 75% da curva fluxo-volume da CVF. Esses fluxos não são essenciais na interpretação da espirometria em virtude de sua variabilidade em diferentes medidas. A relação FEF25- 75% / CVF diminui essa variabilidade e pode auxiliar na detecção de distúrbio ventilatório obstrutivo quando os outros parâmetros forem normais (VEF1, CVF, VEF1 / CVF) e houver quadro clínico sugestivo. 
Recomendado para: diagnóstico, avaliação da incapacidade, quantificação do distúrbio, analise pré-operatória.
Paciente não deve usar broncodilatadores, evitando café, chá, álcool e, principalmente, cigarro.
Tomografia do tórax
Tomografia computadorizada é um exame não invasivo que combina equipamentos especiais de raios X com computadores programados para produzir imagens dos órgãos internos.
As imagens mostram secções transversais da área estudada, como se o corpo fosse cortado em fatias para expor todos os órgãos da região. A técnica costuma ser comparada ao pão de forma: quando as fatias de imagem são reagrupadas pelo software de computador, o resultado é uma visão muito detalhada e multidimensional dos órgãos internos. As fatias ou cortes podem chegar à espessura mínima de 0,6 mm. [relacionados]
Indicações : 
Examinar anormalidades encontradas na radiografia de tórax convencional.
Diagnosticar as causas dos sinais clínicos ou sintomas de doenças do peito, como tosse, falta de ar, dor no peito ou febre.
Detectar e avaliar a extensão dos tumores que surgem no peito, ou tumores que se espalharam para lá de outras partes do corpo.
Avaliar se os tumores estão respondendo ao tratamento.
Planejamento de Radioterapia.
Avaliar o ferimento no peito, incluindo o coração, vasos sanguíneos, pulmões, costelas e coluna vertebral.
Avaliar anormalidades do peito encontrados em exames de ultra-som fetal.
Além de demonstrar várias doenças pulmonares, tais como:
Câncer de pulmão.
Pneumonia.
Tuberculose.
Enfisema e doença pulmonar obstrutiva.
Bronquiectasias.
Inflamação ou outras doenças da pleura, o revestimento dos pulmões.
Anormalidades Congênitas.

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