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caderno penal II

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Página
1
Concurso de crimes 
- quanto o sujeito pratica dois ou mais crimes haverá concurso de crimes.
Espécies:
A) Concurso material (art. 69 CP)
B) Concurso formal (art. 70 CP)
C) Crime continuado ou continuidade delitiva (art. 71 CP)
		Obs. Não se pode confundir concurso material de crimes com crime material pois este é classificação doutrinária para indicar os crimes que tem resultado naturalista e o mesmo é relevante para análise do fato típico. Podemos citar como exemplo os crimes contra a vida que depende do resultado morte para sua consumação. 
	Obs. Não se pode confundir concurso formal de crimes com crime formal pois este constitui classificação doutrinária para indicar os crimes que, apesar de terem resultado naturalístico, o mesmo é irrelevante para análise do fato típico tratando-se de mero exaurimento do crime, tendo em vista que a consumação é antecipada. Por exemplo o crime de extorsão mediante sequestro em que o pagamento do resgate é mero exaurimento. 
	Obs. Crime continuado ≠ crime permanente ≠ crime habitual. 
	 Crime continuado é uma espécie de concurso de crime que não se confunde com o crime permanente, pois este é crime único com a característica especial da conduta se prolongar ao longo do tempo. Exemplo artigo 148, 159, 229 CP. Importante frisar que ambos não se confundem com que a doutrina classifica em crime habitual, que são os crimes que exigem para sua tipificação uma conduta frequente, com a habitualidade. Exemplos artigo 229, 282, 284 CP. 
Concurso formal:
Sempre que o sujeito pratica dois ou mais crimes mediante uma única conduta (ação ou omissão) haverá um concurso de crimes.
A doutrina divide o concurso formal em:
 	1) Perfeito, próprio, propriamente dito (artigo 70 caput primeira parte CP)
	2) Imperfeito ou impróprio (art. 70 caput segunda parte CP) desígnio autônomo
- Se a conduta for culposa não há dúvida que estar-se-á diante de um concurso formal perfeito.
-Se a conduta for dolosa mas não houver desígnio autônomo entre os resultados, a hipótese constituirá também concurso formal perfeito, entretanto se houver desígnio autônomo entre os resultados, o concurso formal será imperfeito.
Art. 70
 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra do art. 69 deste Código.
No concurso formal perfeito adota-se o critério da exasperação, ou seja, se as penas forem idênticas (concurso homogêneo) o juiz julgará qualquer uma dela, se forem diferente (concurso Heterogêneo) utilizará da pena maior e em qualquer caso aumentará a pena de 1/6 até 1/2 levando-se sempre em consideração o número de crimes cometidos. Importante frisar que a exasperação visa beneficiar o condenado (vide parágrafo, art. 70 CP)
No concurso formal imperfeito o critério adotado será em qualquer caso o do cúmulo das penas, ou seja, as mesmas serão somadas e aplicadas ao condenado cumulativamente.
	Obs. A doutrina e a jurisprudência divergem quando ao que se entende por desígnio autônomo entre os resultados.
1º posicionamento – Só haverá D. A. se houver dolo direto entre os resultados.
2º posicionamento – Haverá D. A. quando houver dolo em mais de um dos resultados, independentemente se o dolo é direto ou eventual.
		Culpa (homicídio Culposo) ex. atropelamento 1 morto e 1 lesionado
Conduta Culposa 
		Culpa (lesão corporal)
	Art. 70, caput, 1ª parte 
		Dolo direto		ex. atirou num alvo e acerto em + 1 outro.
Conduta Dolosa	
		Culpa
	Art. 70, caput, 1ª parte
		Dolo direto		ex. atirou num alvo assumindo ser provável Conduta Dolosa			acertar outro.
		Dolo eventual
DIVERGÊNCIA Art. 70, caput, 1ª parte 
		ou Art. 70, caput, 2ª parte.
		Dolo direto		ex. matou várias pessoas.
Conduta Dolosa
		Dolo direto
	 Art. 70, caput, 2ª parte.
Exasperação no concurso formal perfeito. 
Pena maior acrescida de (1/6 até 1/2). Majorante que favorece o réu. 
Concurso material crime continuado: 
	Quando o sujeito mediante duas ou mais condutas pratica dois ou mais crimes em regra aplicar-se-á o cúmulo das penas, consoante determina o artigo 69 CP (concurso material), salvo se estiverem presentes os requisitos do artigo 71 do CP, pois nesse caso adota-se o critério da exasperação na proporção de 1/6 até 2/3 podendo chegar até o triplo nos casos do parágrafo único.
O crime continuado é uma ficção jurídica criado pelo legislador afim de beneficiário condenado. 
	
A doutrina e a jurisprudência divergem quando ao que se entende por crimes da mesma espécie:
	1º posicionamento: somente os idênticos são da mesma espécie. 
	2º posicionamento: São da mesma espécie todos os que atingirem o mesmo bem jurídico tutelado ainda que não sejam idênticos, como por exemplo, os crimes contra a vida, contra o patrimônio, contra fé pública, etc.
A súmula 605 do STF é anterior a inclusão do parágrafo único ao artigo 71 do CP e portanto após a inclusão do mesmo está ficou inaplicável. 
	Obs. O anteprojeto do novo código penal prevê expressamente a inaplicabilidade do art. 71 do CP nos crimes contra a vida e crimes sexuais. 
	Obs. O artigo 72 do CP determina que independentemente da espécie de concurso de crimes aplicar-se-á sempre o critério da cumulação na pena de multa.
Art. 71
 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subseqüentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços. 
Parágrafo único - Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo, observadas as regras do parágrafo único do art. 70 e do art. 75 deste Código.
Art. 69
 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa-se primeiro aquela. 
§ 1º - Na hipótese deste artigo, quando ao agente tiver sido aplicada pena privativa de liberdade, não suspensa, por um dos crimes, para os demais será incabível a substituição de que trata o art. 44 deste Código.
§ 2º - Quando forem aplicadas penas restritivas de direitos, o condenado cumprirá simultaneamente as que forem compatíveis entre si e sucessivamente as demais.
Art. 72
 - No concurso de crimes, as penas de multa são aplicadas distinta e integralmente. 
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Erro na execução 
24/02/14
Sanção Penal
Hoje são duas as espécies de sanção penal: 
As penas e as medidas de segurança.
Espécies de Penas:
Pena Privativa de Liberdade (PPL)
Pena Restritiva de Direitos (PRD)
Pena de multa ou pecuniária.
DAS PENAS
Função
- As penas têm tripla função: preventiva, punitiva e ressociativa.
Princípios Norteadores
Principio da legalidade das penas. ( art.1º CP e Art.5, XXXIX da CRFB).
Assim como não há crime sem lei anterior que o defina, também não haverá pena sem prévia cominação legal, desta forma o juiz não poderá aplicar uma pena ao condenado que não esteja previamente prevista na lei.
Princípio da proporcionalidade da pena.Este princípio preconiza que a pena deve ser proporcional a gravidade do delito.
Princípio da humanidade, de humanidade ou humanitário. (arts 5, XLVII CRFB)
Tendo em vista que o Brasil é signatário de tratados e convenções internacionais, como por exemplo o pacto de San Jose da Costa Rica, que impede penas desumanas como a de morte, banimento, trabalhos forçados, cruéis, perpétuas, o legislador não poderá cominar ao crime penas dessa natureza.
Princípio da dignidade da pessoa humana.
Alguns doutrinadores tratam este princípio como sinônimo de princípio humanitário. É bem verdade que eles estão interligados mas não são sinônimos, apesar de tênue há diferença entre eles. O princípio humanitário será observado pelo legislador impedindo que ele comine ao crime penas desumanas, enquanto que o princípio da dignidade da pessoa humana deve ser observada quando da execução da pena.
 
Princípio da individualização das penas. (art.5, XLVI CRFB)
Este princípio possui duas vertentes:
1ª – Impede que o legislador possa vedar de maneira generalizada formas de execução de penas.
2ª – Este princípio impede a aplicação de penas coletivas, ou seja, mesmo que o crime tenha sido praticado em concurso de pessoas, o juiz deverá calcular a pena de cada um dos concorrentes individualmente.
Princípio da personalidade, pessoalidade ou intranscendência da pena. (art.5, XLV CRFB)
De acordo com este princípio a pena jamais poderá passar da pessoa do condenado, sendo assim, ninguém poderá cumprir a pena no lugar de outrem. Caso o condenado, réu ou acusado morra, estará extinta a punibilidade. (Art. 107, I do CP)
Princípio da inderrogabilidade da pena.
Este princípio impede que o juiz deixe da aplicar a pena ao condenado que praticou fato típico, ilícito e culpável (culpabilidade). Este princípio não é absoluto, pois excepcionalmente a lei penal prevê a possibilidade de o juiz deixar de aplicar a pena ao sujeito que pratica fato típico, ilícito e culpável. (Ex. Nas hipóteses do §5º art. 121 CP e § 1º do art. 140 CP.).
Espécies de Penas 
Pena Privativa de Liberdade. (PPL)
Pena Restritiva de Direitos. (PRD)
Pena de Multa ou Pena Pecuniária. 
Pena Privativas de Liberdade.
Reclusão
Detenção
Prisão simples
Diferenças:
1ª – Art. 1º LICP 
– A reclusão e a detenção são aplicáveis aos crimes, já a prisão simples só se aplica as contravenções penais.
2ª– Art. 33 caput do CP e art. 6º LCP (decreto-lei 3688/41) 
- A reclusão é a única que pode começar a ser cumprida em regime fechado. A detenção e a prisão simples nunca começarão em regime fechado, podendo a detenção durante sua execução passar pelo regime fechado.
Regime fechado.
Art. 33, § 2º CP e Art2 § 1º da Lei 8072/90 – crimes hediondos.
Condenação p/crime hediondo ou equiparado (começa em regime fechado)
Condenado reincidente – art.59, III do CP
		Condenado primário.
Art. 33§ 2º CP.	Art. 59,III CP.
Reclusão		Detenção
Pena > 8 anos – fechado		pena > 4 anos – semi-aberto
Pena > 4 anos e ≤ 8 anos – semi-aberto		pena ≤ 4 anos – aberto
Pena ≤ 4 anos – aberto
Obs. Os condenados por crimes hediondos e assemelhados, independentemente das penas aplicadas deverão iniciar a pena em regime fechado. Nos demais casos se o condenado for reincidente não há controvérsia, o juiz deverá sempre observar as circunstâncias judiciais elencadas no artigo 59 CP, consoante determina o inciso II. 
No caso de condenado primário parte entende que o juiz fica vinculado a determinação do parágrafo 2º art. 33 do CP, outra parte entende que esse parágrafo não é vinculativo devendo o juiz em qualquer caso observar as circunstâncias do art. 59.
 No caso de prisão simples, independentemente de reincidente ou primário, o juiz determinará o regime inicial de comprimento da PPL observando as circunstancias do artigo 59 CP.
Dos Regimes de Cumprimento da PPL.
Semelhanças e diferenças
Art. 33 § 1º CP
Regras dos regimes
No regime aberto o condenado sai durante o dia para trabalhar e estudar devendo retornar a noite à casa de albergado. Durante os fins de semana e feriados não poderá deixar a casa de albergado pois lá serão ministradas palestras educativas.
No regime fechado, bem como no semiaberto o condenado não pode sair do estabelecimento penal salvo se autorizado.
Remição da pena;
- T
rata-se de um direito público subjetivo do condenado de remir, reduzir da pena o tempo trabalho e de estudo (vide arts. 
126 a
 130 LEP – lei 7.210)
Limites das penas
Art
. 75 caput CP – pena em Abstrato
Art. 75 § 1º CP – pena em concretoNos regimes fechado e semiaberto será oferecido ao preso um trabalho interno (dentro do estabelecimento penal). O trabalho externo é possível em obras públicas desde de que a mão-de-obra de presos não ultrapasse 10% da mão-de-obra total para evitar o aproveitamento de mão-de-obra barata. O trabalho interno deverá levar em conta as aptidões do condenado. O trabalho será sempre remunerado, não podendo ser inferior a ¾ do salário mínimo. O trabalho não pode exceder as 8 horas diárias e o preso terá no mínimo uma folga por semana e conta para efeitos previdenciários.
17/03/14
No regime fechado bem com no regime semiaberto é possível conseguir autorização	 de saída (art. 120 a 125 da LEP).
São duas as espécies de autorização de saída: permissão de saída que se aplica a ambos os regimes, e a saída temporária que se aplica no regime semiaberto.
No regime fechado exame criminológico é obrigatório, enquanto que nos outros fica a critério do juiz.
Progressão e regressão do regime
Progressão do regime
Trata-se da possibilidade do condenado que está cumprindo a PPL em um regime mais rigoroso ser transferido para um menos rigoroso.
Discute-se se a progressão de regime é um direito público subjetivo do condenado ou mera faculdade do juiz. A maioria intende que se trata de um direito público subjetivo do condenado, portanto, uma vez preenchidos os requisitos o juiz da execução não poderá negar a progressão.
Requisitos - regra (art. 112 da LEP).
# exceção (art.2º§2º da lei 8072/90)
A) objetivo - ter cumprido parte no regime anterior (PPL)
Regra.	Exceção	primário 2/5
1/6	 		reincidente 3/5
B) subjetivos => mérito do condenado.
Questões controversas a respeito da progressão
A- sumula 715 STF
B- falta de vaga no regime menos rigoroso
Neste caso há três correntes, a saber;
Se não há vaga o juiz deve negar a progressão de regime
Mantem-se o condenado no estabelecimento onde se encontra separado dos demais presos, aplicando-se desde logo as regras do novo regime até que surja vaga para sua transferência.
A falta de vaga é um problema exclusivamente estatal, portanto, qualquer tipo de adaptação deverá ser melhor para o condenado. Desta forma não havendo vaga o preso deverá ser colocado em prisão domiciliar sob monitoramento eletrônico sempre que possível, até que surja uma vaga para sua transferência.
C) progressão por salto ou per salto.
Trata-se da possibilidade do condenado progredir do regime fechado diretamente para o aberto sem passar pelo semiaberto. A priori isso não é admitido primeiramente porque a lei exige o cumprimento de parte da pena no regime anterior; secundariamente porque uma das funções da progressão e a concessão da liberdade aos poucos, visando sua ressocialização. Entretanto o STF já admitiu progressão per salto quando PR culpa exclusiva do Estado houve morosidade na concessão do benefício.
D) exigência de exame criminológico para concessão de progressão de benefício.
Para os condenados por crimes hediondos e assemelhados aplica-se a parte final da súmula vinculante n° 26. Para os demais condenados a questão ainda é controversa sendo majoritário a letra da súmula n° 349 STJ.
E) Progressão para o semiaberto e pretende progredir para o aberto quando o condenado cumpriu parte da pena.
Obs. 1ª parte da súmula vinculante n 26 do STF .
1990	 2006		 2007
 	 	 
Lei 8072	 Adin		 L.11464
	 	 
Veda progressão	 STF declara 	altera a lei
De regime	 a vedação	 	8072/90
	InconstitucionalEfeito ExTunc	 primário	reincidente
		 	 2/5	 3/5
	Cumpre 1/6
2) regressão de regime. (art. 118)
Trata-se da remoção do preso que está cumprindo pena em regime menos rigoroso para um mais rigoroso. Apesar de causar sofrimento ao condenado não se classifica como sanção disciplinar (vide art.53 de LEP).
De acordo com o artigo 118 da LEP é possível a regressão por salto entretanto minoritariamente entende-se que esta possibilidade é inconstitucional, pois estaria ferindo o princípio da dignidade humana.
3) regime disciplinar diferenciado (RDD)
Trata-se de uma sanção disciplinar (art.53,V da LEP). É a única sanção disciplinar que depende de autorização judicial, pois as demais podem ser aplicadas diretamente pelo diretor do estabelecimento prisional.
Alguns doutrinadores defendem a inconstitucionalidade do RDD baseando-se nos princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana e da não culpabilidade (presunção de inocência ou estado de inocência. Entretanto o STF já se pronunciou pela constitucionalidade do RDD pois toda sanção, ainda que de natureza disciplinar que causar sofrimento nem por isso fere a dignidade da pessoa humana. O fato de basear-se apenas em indícios para a sua aplicabilidade, não fere o princípio da não culpabilidade, pois está sanção não é penal.
4) detração penal
Trata-se de um direito público subjetivo que o condenado tem de detrair de sua pena. O tempo que ficou sob custódia do estado durante o curso do processo.
Obs. Discute-se quando é possível detrair de um processo em outro processo.
2 crimes 	1 ano	absolvição	 
	1 ano	 condenação outro crime (há detreção)
Cond. 10 anos (há defração) 10-1 = 9 anos
Majoritariamente entende-se que isto só será possível se houver conexão ou cominância entre os crimes. (Vide art.76 a 82 do CPP). 
24/03/14
B) Penas restritivas de direito (PRD)
 
- Penas alternativas X medidas alternativas
As penas alternativas são todas e quaisquer penas que não sejam privativas de liberdade, ou seja, toda pena que não é reclusão, detenção ou prisão simples é uma pena alternativa, conclui-se, portanto que, as penas restritivas de direito, bem como as multas são penas alternativas.
 As medidas alternativas são institutos de natureza processual que visão impedir o processo e consequentemente impedir aplicação de sanção penal, como por exemplo a transação penal e a suspensão condicional do processo (sursis processual) previstos respectivamente nos arts. 76 e 89 da lei nº9099/95.
As penas alternativas podem ser diretas ou substitutivas, vicarianti. Serão diretas quando cominadas ao tipo penal incriminador e serão substitutivas ou vicarianti quando substituírem a PPL.
 
Podemos citar como exemplo de pena alternativa direta os arts. 302 e 303 CTB e Art. 131 CP.
Espécies de PRD (art. CP 43).
Inciso I
Vide art. 45 §§ 1º e 2º CP => prestação pecuniária 	 ≠ 	pena pecuniária.
	
	Estado	PRD	FPN ou FAD		Multa
Prestação pecuniária 	=> propriamente dita (§1º).
	=>inominada (§2º).
Para alguns doutrinadores como Damásio de Jesus, a prestação pecuniária inominada fere o princípio da legalidade, portanto, o §2º do art.45 CP seria inconstitucional, entretanto o STF se posiciona contrário a este entendimento, pois o juiz estaria limitado a aplicar uma pena de natureza de pecúnio previamente autorizado por lei.
Obs.: Prestação pecuniária inominada e o princípio da legalidade.
Inciso II
Vide 	art. 45,§3º CP	X	Art.91,I CP
-Trata-se de uma pena restritiva de direitos	-Trata-se de um efeito secundário da 		condenação.
-Neste caso o condenado perde bens 	-Neste caso o condenado perde bens e e valores lícitos, ou seja, conquistados	valores ilícitos, ou seja, conquistado honestamente.		como produto ou proveito do crime.
-Esta perda de bens e valores	-Independentemente da vontade do
poderá substituir a PPL, portanto o	condenado ou da pena que lhe fora 
condenado pode preferir cumprir a PPL	aplicada, perderá tudo que conquistou
		com prática criminosa.
Inciso IV
 vide art. 46 CP
Art. 46 § 4º CP e o princípio da proporcionalidade.
Inciso V
Vide art. 47 CP
Art. 47, III c/c 57 CP			 
24/03/14
	Até 1997				após o CTB (1997)
Art. 129 § 6º CP	art.121 § 3º CP	 art. 302	 art. 303
		
Detenção		detenção	após 97	 det. + s/hab.	 Det. + s/hab.
Art. 47, III CP	art. 47, III CP	s/hab. + s/hab. s/hab. + s/hab.
					= art. 47, III em desuso.
Inciso VI
Vide art. 48 CP
Requisitos para que a PPL seja substituída por pena alternativa (PRD e Multa).
Art. 44, caput CP.
Objetivos (art.44, I CP)
Subjetivo (art.44, II e III CP)
Art. 44, II c/c §3º CP
Condenado primário => pode.
Condenado reincidente em crime culposo=> pode
Cond. reincidente em crime doloso específico =>não pode.
Cond. Reincidente em crime doloso não específico.
	
-Se for socialmente recomendável.	-Se não for socialmente recomendável.
 Obs.; São dois os posicionamentos:
1ª – art. 44, § 2º CP X	art.60, § 2º CP
art.60, § 2º CP		art. 44, § 2º CP 	
PPL aplicada		 PPL aplicada	 PPL aplicada
≤6 meses		 > 6 meses ≤ 1 ano	 > 1 ano
Multa substitutiva	1 PRD ou multa substitutiva 2 PRD 
Ou vicarianti		Ou vicarianti			
- Majoritariamente entende que o § 2º do art. 60 foi tacitamente revogado pelo § 2º do art. 44 CP (em azul), entretanto, apesar de minoritário alguns entendem que não houve revogação, devendo o juiz combinar os parágrafos desses artigos (comparar o que está em azul e em preto).
2º -		 art.44, §§ 4º e 5º CP
1 ano det. Ou Reclusão	 p. simples		1 ano det.
												2 meses
1 ano PSC	 30 dias 1 dia	 1 ano PSC
11 m 29 d.				10 m. ( nova cond.)
11 m 29 d.
c) Pena de multa ou pena pecuniária (arts. 49 a 52 CP).
=> critério do dias-multa (art. 49 caput e § 1º CP)
Nº de dias multa X valor de cada dia-multa = valor da multa
De 10 a 360		1/30 do SM a 5 x SM
Dosimetria do valor e nº de dias-multa.
Tendo em vista que a lei é omissa, há 4 posicionamento doutrinário e jurisprudencial quanto ao critério que deverá ser observado pelo magistrado para dosar o número de dias multa e o valor de cada multa diante do caso concreto.
1ª corrente => O juiz deverá levar em consideração apenas a condição econômica e financeira do condenado.
2ª corrente => Além da condição econômica e financeira o juiz deverá observar as circunstâncias judiciais previstas no art. 59 CP.
3ª corrente => Além da condição econômica e financeira, além das circunstancias judiciais previstas no art. 59 CP, o juiz também deverá levar em consideração agravantes e atenuantes do crime.
4ª corrente => Além da condição econômica e financeira, além das circunstancias judiciais previstas no art. 59 CP, além das agravantes e atenuantes, juiz também deverá levar em consideração as causas de aumento e diminuição de pena (majorantes e minorantes), nos exatos termos do art 68 CP. Trata-se de uma analogia pois o art. 68 CP traz o critério de dosimetria da PPL.
	31/03/14
Art. 49
 - A pena de multa consiste no pagamento ao fundo penitenciário da quantia fixada na sentença e calculada em dias-multa. Será, no mínimo, de 10 (dez) e, no máximo, de 360 (trezentos e sessenta) dias-multa. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2º -
 O valor da multa será atualizado, quando da execução, pelos índices de correção monetária. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Pagamento da multa
Art. 49, §2º CP. 
O parágrafo 2º do art, 49 CP, minoritariante entende que foi revogado tacitamente na década de 80 com a lei que extinguiu a correção monetária no Brasil. Entretanto, o posicionamento que prevalece é de que não houve revogação pois a mesma lei que extinguiu a correção monetária criou novos índice para atualização.
- A doutrina e a jurisprudência diverge quando aotermo inicial (dia a quo) da incidência de correção.
Posicionamento – de acordo com STF será o tempo do crime,
Posicionamento – a partir da sentença condenatória recorrível.
Posicionamento – a partir do transito em julgado da sentença penal condenatória.
Posicionamento – a partir da citação para pagamento da multa.
Posicionamento – a partir do 11º dia subsequente a citação para pagamento da multa (vide art. 50, caput do CP).
CP - Decreto Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940
Art. 50 - A multa deve ser paga dentro de 10 (dez) dias depois de transitada em julgado a sentença. A requerimento do condenado e conforme as circunstâncias, o juiz pode permitir que o pagamento se realize em parcelas mensais. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 
PF X 
MP
 VFP X 
VEP
 CTN X 
LEP
Procuradoria da Fazenda.
Vara de Fazenda Pública.
Código Tributário Nacional
.De acordo com o art. 5 do CP o não pagamento da multa não pode converter-se em privação de liberdade. Se o condenado não paga a multa ela vira dívida de valor, portanto, vai para a dívida ativa, nesse momento a pena de multa passa também a ter natureza tributária, o que gera controvérsia quanto a competência de sal execução.
De acordo com o artigo 52 CP a doença mental suspende a execução da pena de multa mas não suspende a prescrição. Quanto ao prazo prescricional antes da dívida de valor aplica-se o artigo 144 CP. Após converter-se a multa em dívida de valor, quanto ao prazo prescricional a dois posicionamentos:
Parte endente que continua-se aplicando o art.144 do CP;
Parte entende que, assim como os tributos, prescreverá em 5 anos. (prescrição Quinquenal) Vide art. 51 CP, parte final.
Dosimetria da PPL
Sistema Trifásico
PENA DEFINITIVA
Majorante 
E 
Minirante
PENA INTERMEDIÁRIA
Atenuantes 
E 
Agravantes
PENA BASE
Art. 59 CP
Circunstâncias judiciais 1ª fase		 2ª fase			3ª fase
PENA BASE
12 anos
Pena de reclusão 12 a 30 anosEX.: Tentativa de homicídio por motivo torpe contra vítima menor de 14 anos de idade.
Elementares.		Circunstanciais.
- matar		- motivo torpe
- alguém		- tentativa
			- vítima menor de 14 anos
PENA INTERMEDIARIA
12 anosFase => Simples ou qualificado? 
Qualificado: motivo torpe. 
Fase => Agravante ou atenuante? 
PENA DEFINITIVA 8 anos 
12 + 1/3 12 (agravante)=12 + 4
 = 16 anos
16 – ½ 16 (minorante)
 
= 16 
–
 8
 = 8 anosFase => Majorante ou minorante? 
Majorante: vítima menor de 14 anos de idade
Majorante: motivo torpe. (não aplicável – non bis in idem).
Minorante: tentativa.
Obs¹- 	Qualificadora ≠ 	Agravante ≠ 	Majorante
		
		Pena > caput	> a pena		> pena em fração
				Atenuante ≠	Minorante
				< a pena		< pena em fração
Obs²- 	Sempre será observado o princípio non bis in idem.
Obs³ - 	Na 1ª e na 2ª fase a pena não pode ficar a quem do mínimo e nem 		além do máximo (vide art.59, II CP e súmula nº 231 STJ).
1ª fase – PENA BASE (art.59 CP – circunstâncias Jurídicas)
Culpabilidade – intensidade do dolo e intensidade da culpa, ou seja, “grau de culpabilidade”;
Personalidade do agente – analise da pessoa do condenado;
Antecedentes – vida pregressa criminal do condenado. Hoje em razão das súmulas 241 e 444 do STJ o juiz só poderá considerar como maus antecedentes sentenças condenatórias transitado e julgado que não tenham gerado reincidência;
Conduta social – vida social do condenado;
Motivos do crime;
Circunstâncias do crime;
Consequências do crime;
Comportamento da vítima.
2ª Fase – PENA INTERMEDIÁDIA
			Genéricas (arts. 61 e 62 CP)
AGRAVANTES
			Específicas (art.43 lei 6368/78; art.298 lei 9503/97 CTB)
			Genéricas (arts. 65 e 66 CP)
ATENUANTES
			Específicas
	Obs¹.	As agravantes são taxativas, ou seja, numerus clausus portanto não 		admitem analogia nem interpretação extensiva (princípio da 			taxatividade). As atenuantes não são taxativas e sim meramente 		explicativas conforme art.66 do CP.
Agravantes:
Art. 61,I - reincidencia.
Vide art. 63 e 64 CP; art.7 lei 3688/41.
Art.63 CP c/c art. 7 lei 3386/41.
Crime 		art. 63 CP		=> crime;
Cont. penal	art. 7 LCP		=> cont. penal;
Crime		art. 7 LCP		=> cont. penal;
Cont. penal	art. 63 CP		=> crime.
	Obs.²	Para a lei penal de duas uma, ou o réu e primário ou é reincidente, 		portanto para a lei primario é aqule que não é reincidente. 			Entretanto, a doutrina e a jurisprudência criou uma figura 			intermediária chamada de “tecnicamente primário”, que é aquele 		que não é reincidente mas tem maus antecedentes.
	Obs³.	No art. 64, inciso I encontra-se a prescrição quinquenal da 			reincidência, uma vez prescrita discuti-se na doutrina e na 			jurisprudência se o sujeito volta a ser primário oe tecnicamente 		primário.
		No inciso II encontram-se crimes que não geram reincidência.
		O crime militar próprio é aquele que está previsto no COM como 		exemplo deserção, abandono de posto, insubordinação. Importante 		frisar que o crime militar próprio não gera reincidência na justiça 		comum, mas gera reincidência na justiça militar. Quanto ao crime 		político há controversia:
	
1ª corrente – pelo princípio da legalidade não há no Brasil tipificado esse tipo de crime, portanto ainda não existe crime político no Brasil.
2ª corrente – crimes políticos são aqueles previstos na lei de segurança nacional.
3ª corrente – crime político é toda e qualquer crime/violência contra a pessoa com fim político.
	Obs. 	Quando a reincidência é pelo mesmo crime a doutrina chama de 		reincidência específica
 Atenuantes: 
Art.65 CP;
Inciso I => na 1ª parte dele encontramos a chamada menoridade relativa, ou seja, se ao tempo do crime o condenado tinha 18, 19 ou 20 anos a pena será atenuada. Na 2ª parte deve-se levar em consideração a idade até o transito em julgado da sentença condenatória.
Art. 67 CP;
A atenuante da menoridade relativa é a que tem maior peso. Entre as demais agravantes e atenuantes aplica-se o art. 67 CP.
3ª Fase – PENA DEFINITIVA
			Genéricas (EX. art. 71 CP)
MAJORANTES
			Específicas (EX art. 121, §4º CP)
 
			Genéricas (EX. arts. 16; 14 P Ú do CP)
MINORANTES
			Específicas (EX. art. 121 §1º CP)
	
	Obs¹.	Nessa fase a pena pode vir aquém do mínimo ou além do máximo.
	Obs².	Conflito ou concurso entre minorantes e majorantes:
Se ambas forem da parte geral juiz tem que aplicar todas na ordem que ele quiser;
Se ambas forem da parte especial ou de leis específicas ver art. 68, P. Ú CP);
CP - Decreto Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940
Art. 68 - A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 deste Código; em seguida serão consideradas as circunstâncias atenuantes e agravantes; por último, as causas de diminuição e de aumento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único
 - No concurso de causas de aumento ou de diminuição previstas na parte especial, pode o juiz limitar-se a um só aumento ou a uma só diminuição, prevalecendo, todavia, a causa que mais aumente ou diminua. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Concurso materialSe uma for da parte geral e outra da parte especial, o juiz aplica primeiro esta e depois aquela.
				
- Prazo decadencial 6 meses.
A contar do conhecimento da autoria.
Art. 10228/04/14
Art.225 caput
Art.147 P.Ú
Art.156 §
 
1
º
Art. 129, I CRFB
			Incondicional
	Pública		condicionada	A representação do ofendido	(MP=>denuncia) 			A requisição do M. da Justiça 
Ação Penal
Art.145 P.Ú	de natureza:			Não há prazo
Privada				Réu = Querelado
Art.103		(ofendido=>queixa crime)	Autor = Querelante
Exclusiva		Personalíssima	Subsidiária		Concorrente
Aplica-se o art. 31 CPP e art. 10
0
 § 4º CP
.
Súmula
 nº 714 STF
Funcionário pública
Calúnia, injuria e difamação
Art.138 a 140 CP
Não se aplica o art. 31 CPP e o art. 100 § 4º CP.
Art.236 CP único personalíssimo.
Art. 5,LIXda CRFB;
 arts. 100 § 3º e 29 CPP.
Vide art. 46 CPP.
Somente se procede mediante queixa
NOTITIA CRIMINUS
OU
DELATIO CRIMINIS
noticia o crime na delegacia
Para o STF o funcionário escolhe;
MP
FP
A.P. P
ública
Queixa crime concorrente
Conduz à representação do funcionário
Obs¹: De acordo com o art. 102 CP a retratação da representação do ofendido só será admitida caso o MP ainda não tenha oferecido a demúncia. Quanto s possibilidade da retratação da retratação há dois posicionamanetos.
Não é admitida pois poderia corroborar com uma vingança privada.
Enquanto não ocorrer a decadência do direito de representar ou tiver sido oferecida denúncia, o ofendido poderá se retratarndanretratação quantas vezes quiser.
Obs²: Não cabe retratação do Ministro da Justiça.
Obs³: Havendo indício mínimo da autoria e a comprovação da materialidade (existência do crime) na ação penal de natureza pública, presente as condições exigidas por lei, o MP é obrigado a oferecer denúncia, haja vista o princípio da obrigatoriedade. Já na ação penal de natureza privada vige o princípio da oportunidade, o que significa que o ofendido não é obrigado a iniciar a ação. (oferecer queixa crime)
Obs⁴: Na ação penal de natureza pública ou de natureza privada subsidiária e concorrente vige o princípio da indisponibilidade (vide art. 29 CPP e art. 42 CPP).
Obs⁵: Na ação penal de natureza exclusiva e personalíssima vige o princípio da disponibilidade, ou seja, o querelante poderá a qualquer tempo desistir de continuar na ação (vide art. 60 CPP- perempção).
Obs⁶: A ação penal em qualquer caso é indivisível (princípio da indivisibilidade da ação penal). O MP não pode escolher a quem oferecerá queixa, deve fazê-lo igualmente a todos os réus.
		Penal (arts. 77 a 82 CP)
SURSIS
		Processual ( art. 89 da lei 9099/95) 
Sursis Penal 
	Natureza Jurídica
Corrente => Direito público subjetivo do condenado.
Corrente => Mera forma de execução da pena privativa de liberdade. (PPL)
	Requisitos (cumulativos)
				Regra: art. 77 caput (pena ≤ 2anos PPL)
Objetivo: pena aplicada
				Exceções: art77§2º CP (≤4 anos PPL) 
				e art. 16 lei 9605/97 (≤ 3 anos PPL)
Art. 77, III c/c 80 CP
			Art.77,I c/c §1º CP
Subjetivo
			Art. 77, II CP
		Período da Prova
Regra (2 a 4 anos)	Exceção (4 a 6 anos)
Art.77 caput CP		art.77 §2º CP
	
Espécies
Simples
Etária		 art. 77, §2º CP
Humanitária
	Condições
		Obrigatório (art. 78 § 1º CP)	
Legais
		Facultativa (art.78 §2º CP)
Judiciais	(art.79 CP)
Indiretas	(art. 81 caput e §1º CP)
Revogação
Obrigatória (art.81, caput CP)
Facultativa (art.81 § 1°º CP)
Obs: Oitiva do condenado.
Obs: Efeitos da revogação (obrigatória na renovação facultativa)
Audiência Admonitória ( art.160 LEP) – Juiz explicará os procedimentos da condenação. 
Art. 81 § 2º CP X art. 82 CP – é automático se condição do art. 81 § 2º CP não impedir.
Livramento Condicional - LC (Arts. 83 a 90 CP)
≠ Liberdade provisória
≠ Sursis penal
 	Natureza jurídica
Corrente => Direito público subjetivo do condenado
Corrente => Mera forma de execução da pena privativa de liberdade – PPL
Requistos
Objetivos: 	Pena aplicada (art.83, caput CP)
			Ter cumprido parte da condenação ( art. 83, I, II e iV CP)
	Obs: Não reincidente em crime doloso com maus antecedentes. Majoritariamente deve cumprir ½.
Subjetivos:	(art. 83, III, IV e §Ú CP)
	Período da prova 
O tempo que restar da condenação – 10 anos -> cumpriu 5 -> período de prova 5.
			Cabe pelo princípio da dignidade da pessoa humana.
Obs: LC humanitário
			Não cabe por falta de provisão.
	Condições
			Obrigatórias (art.132, § 1º LEP)
Legais
			Facultativa (art. 132 §2º LEP)
Judiciais (art.85 CP)
Indiretas (art.86 e 87CP)
	Revogação:		a) Obrigatória (art. 86 CP)
			b) Facultativa (art. 87 CP)
Descumpriu uma condenaçãoObs: efeitos da revogação (Art. 88 CP) 		Art.89 CP X Art.90 CP
 i	 2 anos		i	2 anos	 i	 2 anos	i	
Crime	LC = 8 anos	Crime	 LC = 8 anos		 LC = 8 anos
8 anos
Não desconta
2 anos
Nova LC
8 
Anos + Nova cond.
Nova LC
(8-2) + nova cond.	Transitado em julgado.
05/05/14
Medida de segurança 	
Características
A) aplicada aos inimputáveis da art. 26 caput CP e excepcionalmente aos semi-imputáveis do art. 26 parágrafo único. 
B) meramente preventiva
C) vige por prazo indeterminado?
A doutrina e a jurisprudência diverge quanto ao prazo da medida de segurança. 
1º posição - por analogia ao art. 75 caput e § 1º do CP, assim como as medidas de segurança não poderão ultrapassar o prazo máximo de 30 anos.
2º posição - tendo em vista que a medida de segurança não tem caráter punitivo e sim preventivo, durará tempo necessário para fazer cessar a periculosidade ainda que ultrapasse 30 anos. 
3º posição - a medida de segurança durará pelo prazo máximo da pena máximo aplicada ao crime.
4º posição - para saber o prazo máximo de duração da medida de segurança o juiz deverá calcular a PPL. 
Espécies ( art.96CP)
Art. 97, caput CP
Prazo mínimo (art.97§1º CP). 
Obs: art. 42 CP
Exame de verificação da cessação de periculosidade (vide art. 97, §2º CP
Desinternação ou liberação condicional (art.99CP)
Art. 97, 4º CP
Art.41 CP
A doutrina e a jurisprudência diverge se o artigo 41 CP determina ou não a conversão da PPL em medida de segurança:
1ª corrente - no houve conversão portanto a internação no hospital de custódia durará no máximo o tempo que restar da PPL e caso a mesma se torne desnecessária antes do tempo que rastear da PPL, o condenado retornará ao estabelecimento penal para cumprir o diferença. 
2ª corrente - sim houve conversão portanto deixou de ser PPL passando a ser medida de segurança não se considerando mais para efeito desta a que restar daquela.
3ª corrente - o art. 46CP não está determinado a conversão da PPL em medida de segurança entretanto o Estado é responsável pela integridade física e mental do sujeito que está sob sua custódia. Desta forma se o tratamento psiquiátrica cessar antes do prazo que reta para cumprir a PPL, volta a cumprir, mais se no final do prazo o tratamento for necessário será mantido pois o Estado não pode devolver o condenado ao convívio em sociedade ainda necessitando de tratamento. 
Doença mental		Doença mental 	Doença mental
 		 	Surge no curso da ação 	Surge durante
			Antes do tempo. 		Ação penal 				(processo). 		Execução da PPL
Inimputável. 
Absolvição imprópria 	Art. 152. C P. 	Art. 41 CP 
Medida de segurança (art.96 e segs.)
Causas de extinção da punibilidade ou escusas absolvitórias
- art. 107 CP -> rol exemplificativo
- art. 107, I CP 
* princípio da personalidade da pena
* pena de multa e prestação pecuniária. 
Se o sujeito condenado morrer antes da conversão da multa em dívida de valor a mesma não vai ser cobrada no espólio do de cujos. Entretanto se a morte ocorrer depois da conversão da multa em dívida de valor (art. 51 CP), discute-se na doutrina e na jurisprudência em razão da multa, nesse caso também de natureza tributária, se ela poderia ser cobrada no espólio do de cujos.
A prestação pecuniária quando se reverte em favor da vítima ou seus beneficiários tem dupla natureza jurídica (vide art. 45 §1º CP), a saber:
Penal, pois continua pena;
Cível, pois tem natura indenizatória.
Por esse motivo discute-se na justiça e jurisprudência se com a morte do condenado a prestação pecuniária poderia ou não ser cobrada no espólio.
Atestado falso de óbito
Quando o réu ou o condenado morre está extinta sua punibilidade. No direito penal a única forma de se comprovar a morte do agente é através do atestado de óbito. O problema surge quando se descobre a uma falsidade de um atestado de óbito. Se o Estado descobre afalsidade do atestado antes do transito em julgado da sentença de extinção da punibilidade, além de processar o sujeito pelo crime de falso, poderá reverter a sentença. Entretanto se a descoberta da falsidade ocorrer depois do transito em julgado da sentença extintiva da punibilidade discute-se a possibilidade ou não de reverte-la:
1ª corrente - a única forma de se desfazer a coisa julgada penal é através da ação de revisão criminal. Desta forma o MP deverá ingressar com essa ação afim de reverter a ação extintiva de punibilidade que se baseou em atestado falso.
2º corrente - realmente a única forma de se desfazer a coisa julgada penal é através da ação de revisão penal, entretanto, de acordo com o art. 621 CPP só admite para beneficiar o réu ou condenado. Desta forma nada mais poderá ser feito.
3º corrente - para o STF a sentença extintiva da punibilidade pela morte do agente só faz coisa julgada formal, não faz coisa julgada material, podendo o mérito ser rediscutido a qualquer tempo.
Art.107, II CP
-> anistia (ao crime). X. Graça e indulto (a pessoa)
-> vide arts. 48 a 82 CRFB
-> vide art. 187 e segs. LEP
Graça (presidente da república) é um indulto individual, que precisa ser pedida.
Na anistia extinguem- se os efeitos principais e secundários penais da condenação, persistindo entretanto os efeitos secundários extra penais da condenação
No indulto, seja ele individual (graça)ou coletivo extingue-se somente o efeito principal da condenação não extinguindo nenhum dos efeito secundaria.
Art. 107, III CP
-> abolitio criminis
-> efeitos (vide art. 2º do CP
 Principal 
 Efeito. 	Penal * 
 Secundário 		Genérico *
 		Extra penal
 		 Especifico*
* Ex. Reincidente perde livramento - perda de sursis.
* perda direito político (art.15, III), perda do produto do crime (art. 9 do CP).
 * perda de função pública ou cargo públicos.
Art. 107, IV CP
-> decadência -art. 103 CP
-> perempção - art. 60 CPP
-> prescrição - arts. 109 ao 119 CP
Art. 107, V CP
A renúncia pode ser do direito de queixa ou do direito de representação do ofendido e ocorre antes do início da ação e independe da aceitação do acusado (vide art.104 CP)
O perdão do ofendido só é possível na ação penal de natureza privada exclusiva e na personalíssima haja vista o princípio da disponibilidade.
O perdão ocorre depois de iniciada a ação e depende da aceitação do querelado para extinguir sua punibilidade (vide arts. 105 e 106 CP). Importante frisar que pelo princípio da indivisibilidade da ação penal a renúncia ou o perdão a um dos acusados se estenderá a todos os demais.
Art.107 VI CP
-> retratação do réu ou querelado (ex. Art.143 CP)
Art. 107, IX CP
-> vide art. 120 CP (ex. Art. 121 §5º, art. 140 §1º CP, ...)
-> vide súmula nº 185 STJ.
12/05/14
Prescrição
Art. 107, IV CP
Art. 5º, XLII e XLIV CRFB
Espécies:
Prescrição da pretensão punitiva (PPP)
Propriamente dita - art.109 caput CP;
Intercorrente ou superveniente – art. 110 §1º CP;
Art. 109.
 A prescrição, 
antes de transitar em julgado
 a sentença final, salvo o disposto no § 1o do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se: (Redação dada pela Lei nº 12.234, de 2010).
I 
- em 
vinte anos
, se o máximo da pena é 
superior a doze
;Virtual ou antecipado.
Obs. PPP retroativa ( art.110,§2º CP)
Prescrição da pretensão executória (PPE)
Art. 110, caput CP
EXEMPLO : Cálculo da prescrição.
Art. 111
 - A prescrição, 
antes de transitar em julgado
 a sentença final, começa a correr: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - do dia em que o crime se 
consumou
;Art. 121, Caput CP -> Pena: 6 a 20 anos.	Art. 109, I CP.
Praticado no dia 10/03/98.		Art. 111, I CP.
Consumado no dia 20/03/98.
Denúncia foi oferecida no dia 03/03/99.	Art. 117, I CP.
Denúncia foi recebida no dia 20/03/99.
Pronuncia ocorreu no dia 20/03/01.	Art. 117, II CP.
Decisão confirmatória da pronúncia no dia 20/03/03.	Art. 117, III CP.
Sentença no dia 01/03/09.	 Art. 117, IV, 1ª p. CP condenado a 6 anos de reclusão (art.109, III CP).
Sentença pública em 20/03/09.
Acórdão no dia 01/03/12.		Art. 117, IV, 2ª p> CP pena mantida 6 anos reclusão
Acórdão publicado em 20/03/12.	 2ª estância. 			(art.109, III CP).
Pena de 6 anos prescreve em 12 anos (art.109, II CP)
Não houve PPP retroativa
1 ano	2 anos	2 anos	6 anos	3 anos
ᴓ...................ᴓ.......................ᴓ....................ᴓ..........................ᴓ.			
|__________|____________|___________|_____________|___________| 2ª estância
20/03/98	20/03/99	 20/03/01	 20/03/03	20/03/09	20/03/12
			
Se o MP recorrer e o seu recurso não foi improvido.
Se o MP não recorrer ou for julgado improvido
NÃO HOUVE PPP PROPRIAMENTE DITA									
Art. 117
 - O curso da prescrição interrompe-se:
 I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa;
 II - pela pronúncia;
 III - pela decisão confirmatória da pronúncia;
 IV - pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis;
 V - pelo início ou continuação do cumprimento da pena;
 VI - pela reincidência.
 § 1º - Excetuados os casos dos incisos V e VI deste artigo, a interrupção da prescrição produz efeitos relativamente a todos os autores do crime. Nos crimes conexos, que sejam objeto do mesmo processo, estende-se aos demais a interrupção relativa a qualquer deles. 
 § 2º - Interrompida a prescrição, salvo a hipótese do inciso V deste artigo, todo o prazo começa a correr, novamente, do dia da interrupção.
Houve transito em julgado para a acusação
Não houve PPP intercorrente ou superveniente
 6 anos recl.
-
4 anos recl.
Art. 113 CP
2 anos 
(art. 109,VI CP)
- 1 ano e 6m.
6 meses recl.
 
(art.109, VI CP)
Antes 5/05/10
 
depois 5/05/10
2 anos
 
3 anos
20/03/99 ------------------ 2014 15 anos e 2meses
Por economia processual o juiz declara extinta a punibilidade pela 
PPP virtual ou antecipada
.
Art. 117, I a IV = 
PPP
Art. 117, V e VI = 
PPE
Observar art. 115 CP
fazer aula 9 e 10
02/06/2014
Art. 148 - Privar alguém de sua liberdade, mediante sequestro ou cárcere privado: 
É CRIME PERMANENTE, A CONDUTA DE SEQUESTRAR SE PROLONGA NO TEMPO.
A PRESCRIÇÃO DOS CRIMES PERMANENTES SÓ COMEÇA A CORRER NO MOMENTO EM QUE CESSA A PERMANÊNCIA.
A SÚMULA 711 DO STF: QUANDO A LEI PENAL MUDA APLICA-SE A LEI PENAL VIGENTE, APLICA-SE A LEI PENAL DO MOMENTO EM QUE CESSOU A PERMANÊNCIA AINDA QUE ELA SEJA MAIS GRAVOSA.
 É UM CRIME COMUM, PODE SER PRATICADO POR QUALQUER PESSOA, NÃO EXIGE QUALIDADE ESPECIAL DO SUJEITO ATIVO, O SUJEITO PASSIVO PODE SER QUALQUER PESSOA QUE TENHA LIBERDADE. SE UMA PESSOA JÁ PRESA É VÍTIMA DE ARREBATAMENTO E NÃO DE SEQUESTRO.
NÃO EXIGE UM DOLO ESPECIFICO (FIM DE AGIR). SE FOR COM O FIM DE OBTER VANTAGEM ECONÔMICAOU PATARIMONIAL DEIXA DE SER 148 E PASSA A SER O 159.
        Pena - reclusão, de um a três anos.
        § 1º - A pena é de reclusão, de dois a cinco anos: CIRCUNSTÂNCIAS QUALIFICADORAS
        I – se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro do agente ou maior de 60 (sessenta) anos; É TAXATIVO, NUMERO CLAUSOS, NÃO ADMITE ANALOGIA NEM INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA.
        II - se o crime é praticado mediante internação da vítima em casa de saúde ou hospital;
        III - se a privação da liberdade dura mais de quinze dias. 16 DIAS OU MAIS
        IV – se o crime é praticado contra menor de 18 (dezoito) anos; 
        V –se o crime é praticado com fins libidinosos.  CRIME FORMAL, A COOONSUMAÇÃOINDEPENDE DA PRÁTICA DE ATOS LIBIDINOSOS
        § 2º - Se resulta à vítima, em razão de maus-tratos ou da natureza da detenção, grave sofrimento físico ou moral:CIRCUNSTÂNCIAS QUALIFICADORAS. Ex.: MANTER A VÍTIMA COM RATOS, BARABAS ETC.
        Pena - reclusão, de dois a oito anos.
        Redução a condição análoga à de escravo
        Art. 149. Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto:  FOI ALTERADO EM 2003, QUE ATÉ ENTÃO ERA INCONSTITUCIONAL. ERA MUITO RESTRITO E PODIA SER DADA QUALQUER INTERPRETAÇÃO. CRIOU-SE CAPUT E VÁRIOS PARÁGRAFOS. AGORA TEM COMO ADEQUAR CONDUTAS A TIPOS PENAIS INCRIMINADORES. Ex. Pessoas que trabalham o dia inteiro por 25 centavos. O problema é encontrar o sujeito ativo. O direito penal não pune pessoa jurídica. Tem que encontrar quem dentro da pessoa jurídica pratica a conduta.
        Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa, além da pena correspondente à violência. 
        § 1o Nas mesmas penas incorre quem: 
        I – cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho; 
        II – mantém vigilância ostensiva no local de trabalho ou se apodera de documentos ou objetos pessoais do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho.
        § 2o A pena é aumentada de metade, se o crime é cometido: 
        I – contra criança ou adolescente; 
        II – por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem. 
 
SEÇÃO II
DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DO DOMICÍLIO
        Violação de domicílio. O artigo 5º da CF diz que a casa é asilo inviolável não podendo nela entrar ou permanecer sem o consentimento de quem de direito.
NUCLEOS DO TIPO PENAL: ENTRAR E PERMANECER. NÃO PODER SER USADOS SIMULTANEAMENTE.
A MODALIDADE PERMANECER EXIGE UMA ENTRADA LÍCITA.
O OBJETO MATERIAL É A CASA ALHEIA E SUAS DEPENDÊNCIAS
 
 
        Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências:
        Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.
        § 1º - Se o crime é cometido durante a noite, ou em lugar ermo, ou com o emprego de violência ou de arma, ou por duas ou mais pessoas: CIRCUNSTÂNCIAS QUALIFICADORAS
NOITE: PARTE ENTENDE QUE É DAS 18 HORAS ATÉ AS 6 HORAS
PARTE ENTENDE QUE DO POR DO SOL AO NASCER DO SOL (MAJORITÁRIO)   PARA MANTER O PRINCÍPIO DA ISONOMIA DOS ESTADOS BRASILEIROS EM FUNÇÃO DO HORÁRIO E VERÃO ETC.
LUGAR ERMO É UM LUGAR DESERTO COM POUCA OU NENHUMA MOVIMENTAÇAO: FACILITA O CRIME.
LUGAR NÃO É ERMO MAS ESTAVA ERMO NO MOMENTO DA VIOLAÇÃO
A VIOLÊNCIA PRA MAIORIA PODE SER CONTRA A PESSOA OU CONTRA A COISA.
EMPREGO DE ARMA (IDEM AO CONSTRANGIMENTO ILEGAL)
CONCURSO DE PESSOAS
        Pena - detenção, de seis meses a dois anos, além da pena correspondente à violência.
        § 2º - Aumenta-se a pena de um terço, se o fato é cometido por funcionário público, fora dos casos legais, ou com inobservância das formalidades estabelecidas em lei, ou com abuso do poder. MAJORANTE OU CAUSA DE AUMENTO DE PENA   - 1940
    
  
 ART 150 § 2º CP                X                 LEI 4898/65 ART 3º, b
       ****************************************************************************
      LEI 4898/65 ART 3º, b
Art. 3º. Constitui abuso de autoridade qualquer atentado:
b) à inviolabilidade do domicílio;
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PARTE ENTENDE QUE A LEI 4898/65 AB-ROGOU O PARAGRAFO 2º DO 150 CP   TODA VIOLAÇÃO PRATICADA POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO É ABUSO DE AUTORIDADE.
 A MAIORIA ENTENDE QUE HOUVE DERROGAÇÃO DO PARÁGRAGO 2º   REVOVAÇÃO PARCIAL OU SEJA.
 Ex.: SE O FUNCIONÁRIO PÚBLICO ESTÁ FORA DA FUNÇÃO MAS VIOLA O DOMICILIO EM FUNÇÃO DELA = ART. 50 CP COM AUMENTO DE PENA,
SE ELE ESTÁ NO EXERCÍCIO DA FUNÇÃO = ABUSO DE AUTORIDADE
ABUSO DE AUTORIDADE
        § 3º - Não constitui crime a entrada ou permanência em casa alheia ou em suas dependências: SITUAÇÕES QUE EXCLUEM A ILICITUDE DO ARTIGO 150. REPETIU AS HIPÓTES QUE CR USOU PARA MOSTRAR AS EXCEÇÕES DA INVASÃO DE DOMICÍLIO.
 
        I - durante o dia, com observância das formalidades legais, para efetuar prisão ou outra diligência;
        II - a qualquer hora do dia ou da noite, quando algum crime está sendo ali praticado ou na iminência de o ser.
        § 4º - A expressão "casa" compreende: ELEMENTAR DO CRIME. NORMA PENAL INCRIMINADORA INDIRETA OU POR EXTENSÃO. AMPLIA A APLICABILIDADE DO CAPUT.
        I - qualquer compartimento habitado;
        II - aposento ocupado de habitação coletiva;
        III - compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade.
        § 5º - Não se compreendem na expressão "casa":  NORMA PENAL NÃO INCRIMINADORA PERMISSIVA
        I - hospedaria, estalagem ou qualquer outra habitação coletiva, enquanto aberta, salvo a restrição do n.º II do parágrafo anterior;
        II - taverna, casa de jogo e outras do mesmo gênero.
SEÇÃO III
DOS CRIMES CONTRA A
INVIOLABILIDADE DE CORRESPONDÊNCIA
O OBJETO MATERIAL DESTE CRIME É QUALQUER CORRESPONDÊNCIA- SEJA ABERTA OU FECHADA EX.MAIL, WHATS UP ETC
        Violação de correspondência FOI TACITAMENTE SUBSTITUIDO POR OUTRAS LEIS PRINCIPALMENT A 65638/78
        Art. 151 - Devassar indevidamente o conteúdo de correspondência fechada, dirigida a outrem: VIDE ART 40 CAPUT DA LEI 6538/78 (Devassar indevidamente o conteúdo de correspondência fechada dirigida a outrem)
        Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
        Sonegação ou destruição de correspondência
        § 1º - Na mesma pena incorre:
        I - quem se apossa indevidamente de correspondência alheia, embora não fechada e, no todo ou em parte, a sonega ou destrói; VIDE ART 40   § 1º DA LEI 6538/78- (Incorre nas mesmas penas quem se apossa indevidamente de correspondência alheia, embora não fechada, para sonegá-la ou destruí-la, no todo ou em parte.)
        Violação de comunicação telegráfica, radioelétrica ou telefônica
        II - quem indevidamente divulga, transmite a outrem ou utiliza abusivamente comunicação telegráfica ou radioelétrica dirigida a terceiro, ou conversação telefônica entre outras pessoas; VIDE ART 10 DA LEI 9296/96 (Constitui crime realizar interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática, ou quebrar segredo da Justiça, sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.)
        III - quem impede a comunicação ou a conversação referidas no número anterior;
        IV - quem instala ou utiliza estação ou aparelho radioelétrico, sem observância de disposição legal.  VIDE ART 70 DA LEI 4117/62 (Constitui crime punível com a pena de detenção de 1 (um) a 2 (dois) anos, aumentada da metade se houver dano a terceiro, a instalação ou utilização de telecomunicações, sem observância do disposto nesta Lei e nos regulamentos)
        § 2º - As penas aumentam-se de metade, se há dano para outrem. VIDE ART 40 § 2º DA LEI 6538/78 (As penas aumentam-se da metade se há dano para outrem.)
        § 3º - Se o agente comete o crime, com abuso de função em serviço postal, telegráfico, radioelétrico ou telefônico: VIDE ART 43 DA LEI 6538/78 (Os crimes contra o serviço postal, ou serviço de telegrama quando praticados por pessoa prevalecendo-se do cargo, ou em abuso da função, terão pena agravada.)
ERA QUALIFICADOR E PASSOU A SER UMA AGRAVANTE ESPECÍFICA
        Pena - detenção, de um a três anos.
        § 4º - Somente se procede mediante representação, salvo nos casos do § 1º, IV, e do § 3º A PARTE RISCADA NÃO CABE MAIS
 O SUJEITO PASSIVO NA VIOLAÇÃO DE CORRSPONEÊNCIA É O REMENTENTE E O DESTINATÁTIO  DUPLA SUBJETIVIDADE PASSIVA.
        Correspondência comercial        
CRIME DE MÃO PRÓPRIA– O SUJEITO ATIVO ESTÁ RESTRITO A SÓCIO, EMPREGADO DE ESTABELECIMENTO COMERCIAL OU INDUSTRIAL              . O NÚCLEO DO TIPO É ABUSAR MAS EXIGE UM DOLO ESPECÍFICO PARA. MESMO QUE A FINALIDADE NÃO SEJA ALCANÇADA POR SER CRIME FORMAL, A CONSUMAÇÃO OCORRE COM O ABUSO.
        Art. 152 - Abusar da condição de sócio ou empregado de estabelecimento comercial ou industrial para, no todo ou em parte, desviar, sonegar, subtrair ou suprimir correspondência, ou revelar a estranho seu conteúdo:
        Pena - detenção, de três meses a dois anos.
        Parágrafo único - Somente se procede mediante representação. A AÇÃO PENAL É PÚBLICA CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO.
 
SEÇÃO IV
DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DOS SEGREDOS
        Divulgação de segredo
        Art. 153 - Divulgar alguém, sem justa causa, conteúdo de documento particular ou de correspondência confidencial, de que é destinatário ou detentor, e cuja divulgação possa produzir dano a outrem:
SE EU TENHO UMA JUSTA CAUSA, EXCLUI A TIPICIDADE FORMAL DO 153. Ex.  UMA PESSOA QUE ESTÁ SENDO ACUSADA DE UM CRIME, PARA PROVAR SUA INOCÊNCIA, DIVULGA O SEGREDO.
        Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
        § 1º Somente se procede mediante representação. 
        § 1o-A. Divulgar, sem justa causa, informações sigilosas ou reservadas, assim definidas em lei, contidas ou não nos sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública: 
        Pena – detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
        § 2o Quando resultar prejuízo para a Administração Pública, a ação penal será incondicionada.
       Violação do segredo profissional
        Art. 154 - Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência em razão de função, ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem:
PRATICAM O 154 QUALQUER PROFISSIONAL QUE, EM EXERCÍDO DA FUNÇÃO, TENHA ACESSO A SEGREDOS PROFISSIONAIS: FUNCIONÁRIO PÚBLICO, PADRE, ADVOGADO, PSIQUIÁTRA ETC
QUANTO AO FUNCIONÁRIO PÚBLICO TEMOS CONTROVÉRSIA
ART 325: Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação
 SE ELE NÃO FOR MAIS FUNCIONÁRIO PÚBLICO E DUVULGA UM SEGREDO QUE OBTEVE QUANDO ERA 154
SE AINDA É FUNCIONÁRIO PÚBLICO E DIVULGA UM SEGREDO QUE OBTEVE EM EXERCÍCIO DA FUNÇÃO 325.
FUNCIONÁRIO PUBLICO APOSENTADO CONTINUA SENDO FUNCIONÁRIO PÚBLICO
        Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
        Parágrafo único - Somente se procede mediante representação.
Art. 154-A.  Invadir dispositivo informático alheio, conectado ou não à rede de computadores, mediante violação indevida de mecanismo de segurança e com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo ou instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita:   TRATA DE CRIME DE INFORMÁTICA
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.        
§ 1o  Na mesma pena incorre quem produz, oferece, distribui, vende ou difunde dispositivo ou programa de computador com o intuito de permitir a prática da conduta definida no caput.        
§ 2o  Aumenta-se a pena de um sexto a um terço se da invasão resulta prejuízo econômico.       
§ 3o  Se da invasão resultar a obtenção de conteúdo de comunicações eletrônicas privadas, segredos comerciais ou industriais, informações sigilosas, assim definidas em lei, ou o controle remoto não autorizado do dispositivo invadido:        
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa, se a conduta não constitui crime mais grave.        
§ 4o  Na hipótese do § 3o, aumenta-se a pena de um a dois terços se houver divulgação, comercialização ou transmissão a terceiro, a qualquer título, dos dados ou informações obtidos.        
§ 5o  Aumenta-se a pena de um terço à metade se o crime for praticado contra:        
I - Presidente da República, governadores e prefeitos;        
II - Presidente do Supremo Tribunal Federal;        
III - Presidente da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Assembleia Legislativa de Estado, da Câmara Legislativa do Distrito Federal ou de Câmara Municipal; ou        
IV - dirigente máximo da administração direta e indireta federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal.      
Ação penal       
Art. 154-B.  Nos crimes definidos no art. 154-A, somente se procede mediante representação, salvo se o crime é cometido contra a administração pública direta ou indireta de qualquer dos Poderes da União, Estados, Distrito Federal ou Municípios ou contra empresas concessionárias de serviços públicos.     NATUREZA DA AÇÃO PENAL NO CRIME DE INFORMÁTICA. AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO SALVO SE GERAR PREJUÍZO A UNIÃO, ESTADO, AO MUNICÍPIO, NESTE ÚLTIMO CASO PASSA A SER PÚBLIA INCONDICIONADA.

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