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Aula de Direito Empresarial III 2017 TEORIA GERAL DO DIREITO CAMBIÁRIO

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Profa. Michelle Gonçalves de Araújo Jorge 	 	 Disciplina: Direito Empresarial III
 7º período- DIREITO- ESTÁCIO/FAL		
( DIREITO CAMBIÁRIO
I. TEORIA GERAL DO TÍTULO DE CRÉDITO
1) Aspectos Conceituais: 
			Crédito. Título. Obrigações representáveis. 
Costuma-se dividir o direito cambiário em quatro períodos históricos distintos, a saber:
1º Período: Italiano (até 1650)
2º Período: Francês (de 1650 até 1848)
3º Período: Alemão (de 1848 até 1930)
4º Período: Uniforme (iniciou em 1930)
2) Conceito de Título de Crédito
Segundo Cesare Vivante: “Título de credito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e autônomo, nele mencionado”.
Tal conceito foi adotado pelo Código Civil em seu art. 887 que dispõe: “o título e crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei”.
Para Fábio Ulhoa Coelho Título de crédito “é um documento formal, com força executiva, representativo de dívida líquida e certa, de circulação desvinculada do negócio que o originou”.
Emissão e seus efeitos. 
OBS.: Negociabilidade e Executividade
3) Regulamentação dos títulos de crédito no direito brasileiro
Coexistem no Direito Cambiário brasileiro as leis nacionais e a Convenção de Genebra para a uniformização das letras de câmbio e notas promissórias. Em regra, a lei posterior (Lei Uniforme de Genebra) prevalece. Entretanto,quando ocorre colidência entre a LUG e as leis nacionais, deve-se verificar a existência de reserva do legislador pátrio.
Assim, os títulos de crédito abaixo são regulamentados no direito brasileiro através das seguintes legislações:
CHEQUE: Decreto n. 57.595, de 7 de janeiro de 1966 e Lei n. 7.357, de 2 de setembro de 1985.
DUPLICATA MERCANTIL E DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS: Lei n. 5.474, de 18 de julho de 1968, com alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n. 436, de 27 de janeiro de 1969, e pela Lei n. 6.458, de 3 de novembro de 1977.
LETRA DE CÂMBIO: Decreto n.2.044, de 31 de dezembro de 1908 (art.1º), alterado pelo Decreto 57.663, de 24 de janeiro de 1966 (Lei Uniforme). 
NOTA PROMISSÓRIA: Decreto n.2.044, de 31 de dezembro de 1908 (art.1º), alterado pelo Decreto 57.663, de 24 de janeiro de 1966 (Lei Uniforme, arts. 75-78). 
NOTA PROMISSÓRIA RURAL: Decreto-Lei n. 167, de 14 de fevereiro de 1967.
WARRANT: Decreto n. 1102, de 21 de novembro de1903 (art. 15).
Vale ressaltar que, o Título VIII do Código Civil de 2002 (arts. 887-926) é alvo de críticas da doutrina porque não rege os títulos de crédito submetidos a lei especial, isto é, todos os existentes quando da entrada em vigor do Código Civil.
O regramento oferecido pelo legislador civilista restringe-se aos títulos criados a partir da entrada em vigor do Código Civil, se outra regência não lhes for determinada pela lei especial que os modelar.
4) Requisitos Gerais e Específicos dos Títulos de crédito
Agente Capaz
Objeto lícito, possível e determinável
Emissão lícita
Forma prescrita em lei
Data de emissão
Para a 3ª e 4ª Turmas do STJ: 
“ a data de emissão da nota promissória configura requisito essencial à sua validade como título executivo”.
Data de vencimento
Precisão dos direitos conferidos
Assinatura
Entende a 4ª Turma do STJ que “aos títulos de crédito, assim reconhecidos em lei, dispensa-se a formalidade exigida aos contratos particulares, de assinatura de duas testemunhas, para que adquiram executoriedade”.
Local
Art. 889,§2º CC- domicílio do emitente.
O STJ já pacificou o entendimento de que “a ausência da data e do local da emissão na nota promissória constitui irregularidade formal do título, a impedir a cobrança do valor respectivo pela via executiva”.
SEMANA 1
CASO CONCRETO: Augusto e Bernardo, em virtude de dívida contraída por aquele em favor deste, resolveram criar um documento que pudesse representar tal obrigação. Dessa forma, questionam você, famoso advogado dessa área: 1 - De que maneira o título de crédito se distingue dos demais tipos representativos de obrigação, quanto à cobrança e circulação do crédito? R: Os títulos de créditos tem a características principais que são negociabilidade, orabilidade e executoriedade enquanto os títulos representativos das demais obrigações ( carnê, cartão de credito, contrato, confissão de credito e etc....)não tem estas características.
2 - Porque o título de crédito é considerado, fundamentalmente, um título de apresentação? R: Porque o devedor somente poderá pagar a divida àquele que o apresentar o titulo (cartula), mesmo que saiba quem é o credor originário, sob o risco de ter que pagar duas vezes.
QUESTÃO OBJETIVA: As principais características de um título de crédito cambial são: 
A) literalidade, forma, causa. 
B) forma, causa, abstração. 
C) negociabilidade, autonomia e literalidade. 
D) modelo, cártula, autonomia
5) Princípios dos títulos de crédito
5.1 Princípio da Cartularidade (Documentabilidade)
- A questão da cópia fotográfica de documento, conferida por tabelião. 
. A 4ª Turma do STJ, no Recurso Especial 296.796/ES decidiu que:
 
“a execução de contrato firmado em escritura pública pode ser aparelhada mediante cópia autenticada do instrumento. Hipótese que não se equipara à execução de cambial, cujo original deve ser exigido em face do princípio da circulação da letra. Precedentes do STJ (REsp n.º 11.725-RN e 57.365-3/MG).” 
- Exigência do original
“ a exigência da via original do título executivo extrajudicial como requisito à propositura do processo de execução visa atender duas finalidades: primeiro, certifica a autenticidade do título, e, segundo, afasta a possibilidade de ter a cártula circulando (STJ, RE 337.822/RJ)”.
EXEMPLO DE CÁRTULA
A desmaterialização dos títulos de crédito
Art. 889,§ 3º do CC, “o título poderá ser emitido a partir de caracteres criados em computador ou meio técnico equivalente e que constem da escrituração do emitente, observados os requisitos mínimos previstos neste artigo”.
5.2 Princípio da Literalidade
. A 4ª Turma do STJ, no Recurso Especial 707.460/MS decidiu que:
 
“Por gozarem os títulos de crédito de literalidade, eventual quitação destes, no caso, da nota promissória, deve necessariamente constar no próprio contexto da cártula ou eventualmente em documento que inequivocadamente possa retirar-lhe a exigibilidade, liquidez e certeza....” 
5.3 Princípio da Autonomia
5.3.1 Subprincípio da Abstração e da Inoponibilidade das exceções pessoais ao terceiro de boa-fé 
A perda da autonomia decorrente da prescrição do título.
Direito comercial e processual civil. Agravo no agravo de instrumento. Embargos à ação monitória. Nota promissória prescrita. Propositura de ação contra o avalista. Necessidade de se demonstrar o locupletamento. Precedentes. 0,,,,,,,,,
 - Prescrita a ação cambial, desaparece a abstração das relações jurídicas cambiais firmadas, devendo o beneficiário do título demonstrar, como causa de pedir na ação própria, o locupletamento ilícito, seja do emitente ou endossante, seja do avalista. Agravo não provido (STJ, AgRg no AG 549924/MG, Relator Ministra Nancy Andrighi, DJ 05.04.2004, p. 260).
O STF, quando ainda tinha atribuição para apreciar a matéria, assim se posicionou: “É da lei, da doutrina e jurisprudência pacífica que o beneficiário de um título cambiário pode promover ação contra qualquer dos obrigados, ou contra todos conjuntamente. Este arbítrio deriva da autonomia das obrigações nos títulos cambiais. Cada signatário do título cambiário é um devedor autônomo e independente, que nada tem a ver com os demais. De forma que a execução pode ser movida contra qualquer deles ou contra todos ao mesmo tempo” (Do voto do min. Cunha Peixoto, rel. do ac. un. Da 1ª T. do STF, no RE 87.542-PI).
A inoponibilidade dasexceções pessoais ao terceiro de boa-fé está assegurada pelo art.17 da Lei Uniforme, segundo o 
Art. 17 – Dec. 57.663/66. As pessoas acionadas em virtude de uma letra não podem opor ao portador as exceções fundadas sobre as relações pessoais delas com o sacador ou com os portadores anteriores, a menos que o portador ao adquirir a letra tenha procedido conscientemente em detrimento do devedor. 
No mesmo sentido, dispõe o art.916 do CC que “as exceções fundadas em relação de devedor com os portadores precedentes, somente poderão ser por ele opostas ao portador, se este, ao adquirir o título tiver agido de má-fé”.
6) Classificação dos Títulos de Crédito.
COMO SE CLASSIFICAM OS TÍTULOS DE CRÉDITO?
6.1 QUANTO À FORMA DE TRANSFERÊNCIA OU CIRCULAÇÃO
Ao portador
Nominal - à ordem e não à ordem
Nominativo
ENDOSSO X CESSÃO
COOBRIGAÇÃO: ENDOSSO X CESSÃO
COOBRIGAÇÃO: ENDOSSO X CESSÃO 
6.2 QUANTO AO MODELO
De modelo livre
De modelo vinculado
6.3 QUANTO À ESTRUTURA
Ordem de pagamento
Promessa de pagamento
6.4 QUANTO ÀS HIPÓTESES DE EMISSÃO
Causais
Não causais (abstratos)
6.5 QUANTO À ESSÊNCIA CREDITÍCIA
TÍTULOS DE CRÉDITO PRÓPRIOS
TÍTULOS DE CRÉDITO IMPRÓPRIOS
SEMANA 2
CASO CONCRETO: Antônio emitiu uma nota promissória em favor de Bernardo, que circulou através de diversos endossos até chegar ao atual portador, que decidiu executar um dos endossantes, face à inadimplência do devedor original. Uma vez executado, o endossante apresentou exceção de pré-executividade, para demonstrar sua total incapacidade processual, já que que ele teve o título transferido de um incapaz, o que prejudicaria a cadeia de endossos. 
1. A defesa deve ser acolhida pelo Juiz da causa? Não, pois as obrigações são autônomas. 
Não merece ser acolhida a defesa apresentada, tendo em vista que ao lançar sua assinatura no título o endossante vincula sua obrigação de pagar como garantidor, sendo que as obrigações são autônomas e independentes.
2. Determine o princípio cambiário aplicável ao caso em tela. Principio da autonomia; aplicáveis a espécie os princípios da autonomia , em que cada obrigação é autônoma com relação as demais , independentemente da situação do obrigado e o da inoponibilidade das exceções pessoais, cuja relação pessoal com qualquer dos obrigados não pode ser alegada como defesa ( art. 7 e 17 LUG 57663/1966).
QUESTÃO OBJETIVA: Assinale a assertiva correta sobre títulos de crédito. 
A) Pelo princípio da abstração, os direitos decorrentes do título são independentes do negócio que deu lugar ao seu nascimento, a partir do momento em que ele é posto em circulação; 
B) Pelo princípio da abstração, os direitos decorrentes do título de crédito não se vinculam ao negócio que deu lugar ao seu nascimento, independentemente de sua circulação; 
C) Pelo princípio da autonomia, o cumprimento da obrigação assumida por alguém no título não está vinculado a outra obrigação, a menos que o título tenha circulado. 
D) Pelo princípio da autonomia, vale nos títulos somente o que neles está escrito.
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