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MpMagEst SATPRES Civil MarcusRios Aula02 280213 CarlosEduardo

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MpMagEst 
Direito Civil 
Marcus Vinicius Rios Gonçalves 
Data: 28/02/2013 
Aula 02 
 
MpMasEst – 2013 
Anotador(a): Carlos Eduardo de Oliveira Rocha 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
RESUMO 
 
SUMÁRIO 
 
1. Introdução 
2. Posse 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Princípios: 
 
Princípios dos direitos reais Princípios dos direitos Pessoais 
Princípio da taxatividade – numerus clausus Princípio da autonomia da vontade numerus apertus 
Princípio da tipicidade 
 
Uma vez que os direitos reais são absolutos e devem ser respeitados por todos, só a lei pode criar 
direitos reais. Princípio da Taxatividade (Art. 1.225 cc.) 
 
Não só a lei cria direitos reais, mas também ela deve descrever precisamente como os direitos reais 
devem ser – princípio da tipicidade. 
 
Em relação aos direitos pessoais, rege o princípio da autonomia da vontade, portanto sendo lícito o 
objeto, as partes podem celebrar o contrato que quiserem. 
 
2. POSSE (Art. 1.196) 
 
“Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o 
exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à 
propriedade.” 
Teoria subjetiva da posse (Savigny) 
 
Existem relações que uma pessoa tem com uma coisa que merecem proteção, e outra que não 
merecem tal proteção. 
Para alguém ter posse é necessário que se tenha dois requisitos: 
 
a) Quem tem contato físico com coisa – Corpus 
 
b) Deve ter o ânimo de dono – aminus. A pessoa deve acreditar intimamente que é dona da coisa. 
 
A soma desses dois fatores é que resultaria a posse. Se a pessoa tem só o corpus ela tem apenas a 
detenção da coisa (não gera ação possessória, nem usucapião) 
 
Logo, para Savigny o cerne da questão para provar a posse é o pensamento de proprietário da coisa. 
 
 
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Teoria objetiva da posse (Ihering) 
 
Formulou duas críticas a teoria subjetiva da posse: 
 
a) O elemento que subjetivo é de difícil constatação e aferição 
 
b) A exigência do pensamento como animo de dono, restringe as hipóteses de posse. 
 
Para Ihering, para ter posse é preciso ter poder de fato sobre a coisa. É o poder de utilizar, explorar e 
influir sobre uma determinada coisa. Corpus. Veja-se que o poder de fato sobre a coisa não exige 
contato, como na teoria subjetiva da posse. 
Logo essa teoria parte de uma presunção: quem tem poder de fato, tem posse da coisa, 
independentemente do que a pessoa pensa. Contudo, a Lei Civil do país pode criar exceções a essa 
presunção. 
Cabe alei desqualificar as situações de fato que não caracterizam posse. 
 
O Brasil adotou a Teoria objetiva da posse. 
 
“Art. 1.198. Considera-se detentor aquele que, achando-se em 
relação de dependência para com outro, conserva a posse em 
nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas. 
Parágrafo único. Aquele que começou a comportar-se do modo 
como prescreve este artigo, em relação ao bem e à outra pessoa, 
presume-se detentor, até que prove o contrário. 
 
Ex.: um caseiro de um determinado sítio tem poder de fato sobre a coisa, mas a utiliza em 
cumprimento de ordem e instruções de terceiros. 
Esta situação abarca, empregados e prepostos, mas não a figura do locatário. 
 
“Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou 
tolerância assim como não autorizam a sua aquisição os atos 
violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a violência ou a 
clandestinidade”. 
 
Nas situações de mera permissão e tolerância, apesar da pessoa ter poder de fato sobre a coisa ela 
não tem posse, e sim detenção. 
 
Não autorizam a aquisição da posse atos violentos ou clandestinos. Durante a violência a pessoa não 
adquire posse, mas mera detenção. A detenção vai perdurar enquanto não cessar a violência, surgindo 
daí a posse injusta. 
 
2.1. Classificação da posse. 
 
2.1.1. Posse direta e posse indireta: 
 
Posse no Brasil é um fenômeno desmembrável e a produção desse desmembramento se 
dá por força de um contrato ou de um direito real quando houvera entrega temporária de 
um bem. Quem entrega temporariamente um bem fica com a posse indireta, logo, que 
recebe esse bem possui a posse direta. Ex.: contrato de locação (contrato) e usufruto 
(direito real). 
 
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O possuidor indireto é sempre proprietário do bem? Não. Ex.: Nu-proprietário, 
usufrutuário, locador e sublocador. O possuidor direto é o sublocatário, todos os demais 
da cadeia são possuidores indiretos e nem todos são proprietários dos bens.

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