Buscar

Biblioteca 1124919

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

DIREITO PENAL III 
FIC/ESTÁCIO – Profa. BRUNA SOUZA 
CRIMES CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL 
 
 
Constrangimento ilegal 
Art. 146 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver 
reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou 
a fazer o que ela não manda: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. 
Aumento de pena 
§ 1º - As penas aplicam-se cumulativamente e em dobro, quando, para a execução do crime, se 
reúnem mais de três pessoas, ou há emprego de armas. 
§ 2º - Além das penas cominadas, aplicam-se as correspondentes à violência. 
§ 3º - Não se compreendem na disposição deste artigo: 
I - a intervenção médica ou cirúrgica, sem o consentimento do paciente ou de seu representante 
legal, se justificada por iminente perigo de vida; 
II - a coação exercida para impedir suicídio. 
 
ART. 146 – CONSTRANGIMENTO ILEGAL 
1. BEM JURÍDICO TUTELADO: LIBERDADE INDIVIDUAL DAS PESSOAS 
2. SUJEITO ATIVO: Crime comum – qualquer pessoa. 
* Funcionário Público – art. 350 ou Lei 4.898/65 – Abuso de Autoridade 
3. SUJEITO PASSIVO: Qualquer pessoa. Com Discernimento. 
4. CONDUTA: CONSTRANGER. MEIOS DE EXECUÇÃO: 
VIOLÊNCIA OU 
GRAVE A AMEAÇA OU 
QUALQUER OUTRO MEIO CAPAZ DE REDUZIR A RESITÊNCIA DA VÍTIMA 
* Mal justo – legítimo: art. 345, CP 
5. TIPO SUBJETIVO: dolo + fim específico 
(FAZER O QUE A LEI PROÍBE OU DEIXAR DE FAZER O QUE A LEI MANDA) 
6. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA: No momento que a vítima age ou deixa de agir. 
7. CAUSA DE AUMENTO: § 1º - EMPREGO DE ARMA OU REUNIÃO DE + 3 PESSOAS 
* Arma: potencialidade lesiva. Própria ou Imprópria. Arma de Brinquedo. Arma desmuninciada. Arma quebrada. 
OBS.: CANCELAMENTO DA SÚMULA 174, STJ. 
8. EXCLUSÃO DO CRIME: § 3º. 
OBS¹: CDC – ART. 71 – COBRANÇA DE DÍVIDAS 
OBS²: LEI DE TORTURA – OBTER INFORMAÇÕES, DECLARAÇÃO OU CONFISSÃO 
OBS³: ESTATUTO DO IDOSO – ART. 107 - IDOSO 
TIPO DE AÇÃO: PÚBLICA INCONDICIONADA 
 
Ameaça 
Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio 
simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave: 
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. 
Parágrafo único - Somente se procede mediante representação. 
 
ART. 147 – AMEAÇA 
1. BEM JURÍDICO TUTELADO: LIBERDADE INDIVIDUAL AMEAÇADA PELA PROMESSA DE REALIZAÇÃO DE UM MAL 
INJUSTO GRAVE. Potencialidade Intimidativa. 
2. SUJEITO ATIVO: Crime comum – qualquer pessoa. * Funcionário Público 
3. SUJEITO PASSIVO: PESSOA FÍSICA - CERTA E DETERMINADA – CAPAZ DE FATO – de entender o mal prometido. Deve 
entender o mal – exclui os menores, ébrios, loucos – pessoa jurídica. 
4. CONDUTA: PROMESSA DE CAUSAR MAL INJUSTO E GRAVE 
Crime de ação livre. Ameaça pode ser: explícita, implícita, direta, indireta, incondicional ou condicional. 
* Mal justo (legítimo). E crível. 
5. TIPO SUBJETIVO: intenção de amedrontar a vítima. Intenção maléfica. Mesmo que não queira produzir o mal 
declarado. 
6. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA: Crime formal – no momento que a vítima toma conhecimento do mal prometido – 
mesmo que este não se concretize. Tentativa; forma escrita. 
* CDC – art. 71, Lei 8.078/90. 
TIPO DE AÇÃO: PÚBLICA CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO 
 
Seqüestro e cárcere privado 
Art. 148 - Privar alguém de sua liberdade, mediante seqüestro ou cárcere privado: 
Pena - reclusão, de um a três anos. 
§ 1º - A pena é de reclusão, de dois a cinco anos: 
I - se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro do agente ou maior 
de 60 (sessenta) anos; 
II - se o crime é praticado mediante internação da vítima em casa de saúde ou hospital; 
III - se a privação da liberdade dura mais de 15 (quinze) dias. 
IV - se o crime é praticado contra menor de 18 (dezoito) anos; 
V - se o crime é praticado com fins libidinosos. 
§ 2º - Se resulta à vítima, em razão de maus-tratos ou da natureza da detenção, grave 
sofrimento físico ou moral: 
Pena - reclusão, de dois a oito anos. 
 
ART. 148 – SEQUESTRO E CÁRCERE PRIVADO 
1. BEM JURÍDICO TUTELADO: LIBERDADE DE IR E VIR 
2. SUJEITO ATIVO: Crime comum – qualquer pessoa. * Funcionário Público. 
3. SUJEITO PASSIVO: Qualquer pessoa. 
* Consentimento da vítima – exclui o crime. 
4. CONDUTA: PRIVAÇÃO DA LIBERDADE DE ALGUÉM – POR MEIO DE SEQUESTRO OU CÁRCERE PRIVADO. Crime de 
execução livre: violência, grave ameaça ou fraude. 
SEQUESTRO CÁRCERE PRIVADO 
Não há confinado – a vítima tem mobilidade. Ex.: 
Sítio; ilha 
Recinto fechado, enclausurado, confinado. 
 
5. TIPO SUBJETIVO: DOLO – intenção de privar a liberdade da vítima (não há fim especial) 
* Pela finalidade, poderá ser outro tipo penal, extorsão mediante sequestro. 
6. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA: Com a privação da liberdade. Crime permanente. 
*Tempo: 1ªC) Irrelevante. 2ªC) Tempo juridicamente relevante – privação momentânea é tentativa. 
7. QUALIFICADORAS: §§1º e 2º 
Obs.: Fins libidinosos – antigo crime de rapto – NÃO houve abolitio criminis. 
Obs.: Maus-tratos (privação de alimentos); Detenção (trancada em sala escura e insalubre) 
 
TIPO DE AÇÃO: PÚBLICA INCONDICIONADA 
 
ART. 149 – REDUÇÃO CONDIÇÃO ANÁLOGA À DE ESCRAVO 
1. BEM JURÍDICO TUTELADO: LIBERDADE INDIVIDUAL 
* Competência: Justiça Estadual – Federal (violação da organização do trabalho) 
2. SUJEITO ATIVO: Crime comum – qualquer pessoa. 
3. SUJEITO PASSIVO: Qualquer pessoa. 
4. CONDUTA: SUJEIÇÃO DE UMA PESSOA AO DOMÍNIO DE OUTRA. OBJETO. TIPO MISTO ALTERNATIVO. 
FORMAS: 
A. SUBMETER A VÍTIMA A TRABALHOS FORÇADOS OU JORNADA EXAUSTIVA 
B. CONDIÇÕES DEGRADANTES 
C. RESTRINGIR SUA LOCOMOÇÃO EM RAZÃO DE DÍVIDA CONTRAÍDA COM O EMPREGADOR OU PREPOSTO 
D. CERCEAR O MEIO DE TRASNPORTE POR PARTE DO TRABALHADOR, COM O FIM DE RETÊ-LO NO LOCAL DE 
TRABALHO 
E. VIGILÂNCIA OSTENSIVA 
Obs: Liberdade é bem disponível, todavia inalienável quando fere a DPH. 
5. TIPO SUBJETIVO: DOLO 
Fim (§1º, I e II) – “com o im de retê-lo no local de trabalho” 
6. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA: efetiva redução da vítima a condição análoga à escravo. Crime material e 
permanente. 
7. MAJORANTE: § 2o A pena é aumentada de metade, se o crime é cometido: I – contra criança ou 
adolescente; II – por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem. 
 
TIPO DE AÇÃO: PÚBLICA INCONDICIONADA 
 
ART. 150 – VIOLAÇÃO DE DOMICÍLIO 
Violação de domicílio 
Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita 
de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências: 
 Pena - detenção, de um a três meses, ou multa. 
 § 1º - Se o crime é cometido durante a noite, ou em lugar ermo, ou com o emprego de violência ou 
de arma, ou por duas ou mais pessoas: 
 Pena - detenção, de seis meses a dois anos, além da pena correspondente à violência. 
 § 2º - Aumenta-se a pena de um terço, se o fato é cometido por funcionário público, fora dos casos 
legais, ou com inobservância das formalidades estabelecidas em lei, ou com abuso do poder. 
 § 3º - Não constitui crime a entrada ou permanência em casa alheia ou em suas dependências: 
 I - durante o dia, com observância das formalidades legais, para efetuar prisão ou outra diligência; 
 II - a qualquer hora do dia ou da noite, quando algum crime está sendo ali praticado ou na 
iminência de o ser. 
 § 4º - A expressão "casa" compreende: 
 I - qualquer compartimento habitado; 
 II - aposento ocupado de habitação coletiva; 
 III - compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade. 
 § 5º - Não se compreendem na expressão "casa": 
 I - hospedaria, estalagem ou qualquer outra habitação coletiva, enquanto aberta, salvo a restrição 
do n.º II do parágrafo anterior;II - taverna, casa de jogo e outras do mesmo gênero. 
 
1. BEM JURÍDICO TUTELADO: LIBERDADE PRIVADA 
Conceito de casa: §4º(positivo) e §5º (negativo) 
2. SUJEITO ATIVO: Crime comum – qualquer pessoa. 
3. SUJEITO PASSIVO: Qualquer pessoa. 
* Princípio melior est conditio prohibentis 
4. CONDUTA: ENTRAR OU PERMANECER 
* Casa vazia ou desabitada: art. 161, CP 
5. TIPO SUBJETIVO: DOLOSA 
6. CONSUMAÇÃO: ENTRE NA CASA (instantâneo) ou PERMANCER (permanente) 
7. QUALIFICADORA: “§ 1º - Se o crime é cometido durante a noite, ou em lugar ermo, ou com o emprego de violência 
ou de arma, ou por duas ou mais pessoas” 
 
OBS: §2º - REVOGADO PELA LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE. 
OBS: §3º - § 3º - Não constitui crime a entrada ou permanência em casa alheia ou em suas dependências: 
 I - durante o dia, com observância das formalidades legais, para efetuar prisão ou outra diligência; 
 II - a qualquer hora do dia ou da noite, quando algum crime está sendo ali praticado ou na iminência de o ser. 
 
 
TIPO DE AÇÃO: PÚBLICA INCONDICIONADA 
Atualização legislativa: 
ART. 149-A – TRÁFICO DE PESSOAS 
Art. 149-A. Agenciar, aliciar, recrutar, transportar, transferir, comprar, alojar ou acolher pessoa, 
mediante grave ameaça, violência, coação, fraude ou abuso, com a finalidade de: 
I - remover-lhe órgãos, tecidos ou partes do corpo; 
II - submetê-la a trabalho em condições análogas à de escravo; 
III - submetê-la a qualquer tipo de servidão; 
IV - adoção ilegal; ou 
V - exploração sexual. 
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. 
§ 1o A pena é aumentada de um terço até a metade se: 
I - o crime for cometido por funcionário público no exercício de suas funções ou a pretexto de 
exercê-las; 
II - o crime for cometido contra criança, adolescente ou pessoa idosa ou com 
deficiência; 
III - o agente se prevalecer de relações de parentesco, domésticas, de coabitação, de 
hospitalidade, de dependência econômica, de autoridade ou de superioridade hierárquica 
inerente ao exercício de emprego, cargo ou função; ou 
IV - a vítima do tráfico de pessoas for retirada do território nacional. 
§ 2o A pena é reduzida de um a dois terços se o agente for primário e não integrar organização 
criminosa. 
 
ART. 154-A – INVASÃO DE DISPOSITIVO INFORMÁTICO 
Invasão de dispositivo informático 
Art. 154-A. Invadir dispositivo informático alheio, conectado ou não à rede de computadores, 
mediante violação indevida de mecanismo de segurança e com o fim de obter, adulterar ou 
destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo ou 
instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita: 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. 
§ 1o Na mesma pena incorre quem produz, oferece, distribui, vende ou difunde dispositivo ou 
programa de computador com o intuito de permitir a prática da conduta definida 
no caput. 
§ 2o Aumenta-se a pena de um sexto a um terço se da invasão resulta prejuízo 
econômico. 
§ 3o Se da invasão resultar a obtenção de conteúdo de comunicações eletrônicas privadas, 
segredos comerciais ou industriais, informações sigilosas, assim definidas em lei, ou o 
controle remoto não autorizado do dispositivo invadido: 
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa, se a conduta não constitui crime 
mais grave. 
§ 4o Na hipótese do § 3o, aumenta-se a pena de um a dois terços se houver divulgação, 
comercialização ou transmissão a terceiro, a qualquer título, dos dados ou informações 
obtidos. 
§ 5o Aumenta-se a pena de um terço à metade se o crime for praticado contra: 
I - Presidente da República, governadores e prefeitos; 
II - Presidente do Supremo Tribunal Federal; 
III - Presidente da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Assembleia Legislativa de 
Estado, da Câmara Legislativa do Distrito Federal ou de Câmara Municipal; ou 
IV - dirigente máximo da administração direta e indireta federal, estadual, municipal ou do 
Distrito Federal. 
Ação penal 
Art. 154-B. Nos crimes definidos no art. 154-A, somente se procede mediante representação, 
salvo se o crime é cometido contra a administração pública direta ou indireta de qualquer dos 
Poderes da União, Estados, Distrito Federal ou Municípios ou contra empresas 
concessionárias de serviços públicos. 
 
QUESTÕES DE CONCURSO 
1. (OAB.FGV) Ares, objetivando passear com a bicicleta de Ártemis, desfere contra esta um soco. Ártemis 
cai, Ares pega a bicicleta e a utiliza durante todo o resto do dia, devolvendo-a ao anoitecer. Considerando 
os dados acima descritos, assinale a alternativa correta. 
 a) Ares praticou crime de roubo com a causa de diminuição de pena do arrependimento posterior. 
 b) Ares praticou atípico penal. 
 c) Ares praticou constrangimento ilegal. 
 d) Ares praticou constrangimento legal com a causa de diminuição de pena do arrependimento posterior. 
 
GABARITO. 
1. c

Continue navegando