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Amamentação na cultura indígena

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AMAMENTAÇÃO NA CULTURA INDÍGENA
Grupo: Claudia Ribeiro, Joviane Schreiner, Magali Soares Flores e Silvana Padia
A amamentação é uma prática natural que beneficia não apenas a saúde do bebê, mas também da mãe, devido às características nutricionais do leite materno e a oportunidade de vínculo-apego entre a dupla mãe e bebê, o que favorece o perfeito crescimento e desenvolvimento da criança, diminuindo a morbimortalidade infantil e beneficiando a saúde pública.
Os povos indígenas apresentam suas particularidades em costumes, crenças, idioma e vivência no meio ambiente. Acredita-se que no Brasil vivem atualmente cerca de 896,9 mil índios distribuídos em 505 áreas. Essas áreas representam 12% do território brasileiro. Desse total de indígenas, cerca de 42,3% vivem fora das aldeias, em zonas urbanas (dados do IBGE de 2000).
A população indígena do município de Chapecó segundo dados do polo base, é de 1530 pessoas distribuídas em duas aldeias: 680 na Aldeia Chimbanguê (etnia Kaingang) e 850 na aldeia Kondá (etnia Kaingang). A atenção à saúde indígena em Chapecó é baseada no cuidado integral, garantindo o respeito às especificidades. A atenção básica dessa população é articulada entre a SESA/polo base e a Secretaria de Saúde de Chapecó. Além das duas equipes de atenção básica instaladas nas Aldeias Condá e Toldo Chimbangue, as comunidades indígenas contam com o suporte da Rede de Atenção à Saúde do município para a atenção especializada e hospitalar.
O SISVAN (Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional) é um programa que visa o acompanhamento nutricional das gestantes, crianças indígenas e o aleitamento materno. Segundo levantamentos feitos pelo SISVAN, na época do descobrimento o aleitamento materno era muito valorizado culturalmente e só em casos extremos de doença grave, morte ou nos casos interditados pela cultura não se observava o aleitamento. Vale ressaltar que naquela época os índios se alimentavam muito bem e raramente tinham defasagem nutricional.
Na cultura indígena a média da amamentação é de até um ano, diferentemente do que acontecia antigamente, em que crianças até os 5 anos ainda eram amamentadas. 
Também diferente da população urbana, o uso de chupeta e sucção do dedo não são comuns entre os indígenas. No entanto, o uso da mamadeira vêm sendo observado demostrando que, aos poucos, a comunidade indígena vai sendo influenciada por outras não indígenas, já que este hábito não é tradição. Essa situação é preocupante, uma vez que, o uso da mamadeira está associado ao desmame precoce.
Atualmente, há uma tentativa de estimular o aleitamento materno indígena e acabar com a desnutrição infantil. A IBFAN (Rede Internacional do Direito de Amamentar) por meio do Projeto Povos indígenas e Aleitamento Materno propôs a elaboração de cartilhas bilíngues sobre "Aleitamento Materno e introdução de novos alimentos: sua importância" nas línguas português/guaraní-kaiowá, kadwéu e terrena, em parceria com a FUNASA (Fundação Nacional de Saúde), com o objetivo de incentivar o aleitamento materno até o segundo ano de vida por meio de material educativo que retrata os hábitos alimentares e costumes indígenas. 
Os agentes de saúde indígena entregam a cartilha e orientam as mulheres sobre como amamentar o bebê, a importância do aleitamento materno, os riscos para a criança que não mama no peito e a introdução de novos alimentos aos bebês. Foi também distribuído leite em pó pela FUNASA e considerado que a cultura indígena sofreu mudanças pela proximidade com a área urbana o que reflete na amamentação.
Referências:
 
Plano de Saúde de Chapecó. Disponível em:
<https://secsaude.chapeco.sc.gov.br/uploads/o.../2/plano-de-saude-ii-ed-13052015.pdf>. Acesso em: 23 de setembro de 2017.
 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretarias de Política de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil. Brasília: Ministério da Saúde, 2002.
 
Ministério da Saúde, Portal Saúde. Disponível em: 
http://portalsaude.saude.gov.br/dicas-de-saude Acesso em: 23 de setembro de 2017.
 
SISVAN. Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional. Disponível em:
< http://dabsistemas.saude.gov.br/sistemas/sisvanV2/> Acesso em: 24 de setembro de 2017.

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