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3 Resenha Siqueira

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RESENHA 
SIQUEIRA, Marcos Vinicius; MENDES, Ana Magnólia. Gestão de pessoas no setor público e a reprodução do discurso do setor privado. Brasília: RSP, 2009. 9p.
Aluno(a): Patrik Anderson Menezes Rios Matrícula: 2013942762
	De início já se destaca que a modernização da administração pública é um processo contínuo, num momento em que se fala em redução do Estado e do aumento da iniciativa privada, e fala-se sobre a importância da cidadania para engajamento nas decisões relevantes no lugar onde se vive.
A reforma gerencial foi colocada como necessária, mas com a ressalva de que não seja apenas a transferência de setor privado para o setor público, pois há diferenças no modo em que cada um trata seus servidores. Por outro lado, fala-se que para que haja modernização do Estado, é permitido trazer inspirações técnicas e procedimentos administrativos do setor privado, para que o governo seja eficiente e eficaz, preocupado com o aumento constante da produtividade e obtenção de bons resultados para a população.
O objetivo do artigo foi de analisar o discurso contemporâneo em gestão de pessoas, verificando como o discurso e as práticas gerenciais se reproduzem no setor público. Mesmo defendendo que é necessária e positiva a reforma gerencial, os autores falam que o setor privado serve como modelo. Fala-se em apatia dos servidores que não tem metas participativas, incentivos ou sentido em suas tarefas. Mas, ao mesmo tempo foi defendido o respeito a subjetividade do indivíduo, para servir de modelo para o setor privado, que foi dito anteriormente que seria o modelo para o setor público. 
Através de citações a flexibilização foi tratada como palavra chave para estratégias de competitividade, pois é necessário ser mais adaptável, ajustar-se às transformações do mercado, de modo a responder rapidamente à demanda. Também é essencial a rapidez aliada à eficiência, pois o mercado está continuamente mais enxuto. E, os autores classificaram esses aspectos como perversos, fundada no cálculo e na quantificação, generalizando para todas as grandes empresas da sociedade atual destacando ainda que elas praticam violência coletiva e individual. 
Logo após, inicia-se uma sequência de críticas para as organizações perversas, citando determinadas operações, sem dizer de fato quais são, para seduzir com demonstrações falsas de amor e afetividade o indivíduo, de modo a adequá-lo à proposta da empresa. Depois afirma que quando o interesse da organização for alcançado esse indivíduo será “lançado à fogueira”, perplexo e desorientado. 
Na sequência, abriu-se um tópico sobre os modelos de gestão em ação, citando a gestão da qualidade como exemplo de modelo que submete o indivíduo a um controle absoluto nas organizações, colocando a forma de trabalhar, com menos erros, mais criatividade e mais confiança do funcionário, como um adestramento, porque não há envolvimento no estratégico. 
Mais à frente, fala-se em desenvolver um novo modelo de gestão de pessoas, a partir da realidade encontrada, e definiu-se alguns pressupostos para orientar a realização desse modelo, como o reconhecimento e o respeito das diferentes estruturas de funcionamento do ser humano. Segundo os autores, os servidores devem ter claro que o trabalho visa protegê-los de um sofrimento e que as regras têm várias dimensões.
Nas considerações finais os autores, que inicialmente citaram o setor privado como modelo, falam que é necessário o setor público desenvolva uma lógica diferente do setor privado para evoluir, fomentando a criatividade e a motivação, e não o medo e a coerção. E encerra dizendo que a administração pública não pode ser um espelho do setor privado para motivar mais seus servidores.
O artigo se mostra com um objetivo, pouco claro, de analisar o discurso contemporâneo no que diz respeito a gestão de pessoas, porém mostra apenas um lado da discussão, o das críticas ao setor privado. Há algumas contradições, principalmente ao colocar o setor privado como modelo no início e depois tratá-lo como um mal da sociedade, que pratica violência e perversidades, e cita poucos exemplos, fazendo até generalizações. Por fim, sugere um novo modelo de gestão de pessoas com pressupostos que incluem apenas o âmbito dos direitos humanos do funcionário.
Palavras-chave: Setor Público. Setor Privado. Perverso. Modelo. Organização. Discurso.

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