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Revisão para a AV1

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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO – REVISÃO PARA A AV1
PROFESSOR: ROBERTO GIRÃO
AUSÊNCIA DO RECLAMANTE E DO RECLAMADO NAS AUDIÊNCIAS
Na reclamação trabalhista, apesar de existir o princípio do “JUS POSTULANDI” (de as partes terem a capacidade de se representar na audiência, sem a presença do advogado), as partes tem a obrigação de comparecerem a audiência. Tanto o reclamante quanto o reclamado – independente de estarem com advogados ou não – tem que estar presentes na audiência.
- Se o RECLAMANTE faltar à audiência:
Na 1ª ausência, o processo é arquivado. Gera a extinção do processo SEM a resolução de mérito, isto é, NÃO faz coisa julgada. A parte pode novamente entrar com o processo.
Na 2ª ausência, o processo é novamente arquivado, SEM a resolução de mérito. Nesse caso passa a existir a chamada PEREMPÇÃO PROVISÓRIA, isto é, a parte deverá ficar 6 meses sem poder ajuizar uma nova reclamação.
Obs1: Existe o artigo 5º, XXXV da CF/88 que diz: “A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”. Esse artigo vem afastando a perempção provisória.
Obs2: Como o STF ainda não se posicionou a respeito do assunto, predomina / prevalece o art. 732,CLT (Na mesma pena do artigo anterior, 6 meses, incorrerá o reclamante que, por duas vezes seguidas, der causa ao arquivamento de que trata o art. 884).
- Se o RECLAMADO faltar à audiência: REVELIA
Se ele apresenta a contestação e falta a audiência ocorre a revelia do mesmo jeito. Isto não significa que ele perdeu o processo; presume-se verdadeiro os fatos alegados pelo reclamante.
Essa presunção é RELATIVA, isto é, admite prova em contrário.
PRINCÍPIO DO JUS POSTULANDI
O Princípio do Jus Postulandi encontra-se previsto no art. 791.
Art. 791, CLT: CLT “Os empregados e empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar suas reclamações até o final”.
CONCEITO: É a capacidade que as partes tem de se auto representarem no Processo do Trabalho, mas não é absoluto.
Ocorre que a presunção do princípio do Jus Postulandi é RELATIVA. A SÚMULA 425,TST prevê algumas situações excepcionais em que o advogado é indispensável:
Mandado de Segurança
Ações dirigidas ao TST, STJ e STF
Tanto a petição inicial (que é mais simples que no processo civil) quanto à contestação podem ser verbais/orais ou escritas.
A contestação é em 1ª instância e podem ser verbais.
Se o reclamante vai sem advogado, não é preciso a fundamentação jurídica, pois o mesmo não é obrigado a conhecer o Direito; ele apenas contará os fatos. Se o reclamante estiver representado pelo advogado, aí será preciso a fundamentação jurídica.
A CLT não coloca como obrigatório o valor da causa, mas é preciso para poder identificar o rito.
REPRESENTAÇÃO E SUBSTITUIÇÃO
1. REPRESENTAÇÃO: É a situação na qual um terceiro, estranho ao processo, intervém diretamente, atuando em nome da parte e defendendo o direito da parte (reclamante ou reclamado). 
Ex: Advogado
Obs1: Mesmo a parte estando representada por um advogado, ela tem que comparecer as audiências. O representante NÃO substitui a parte, vai somente auxiliá-la.
2. SUBSTITUIÇÃO: É a situação na qual um terceiro, estranho ao processo, intervém diretamente, atuando em seu próprio nome, entretanto, defendendo interesse da parte.
Ex: Sindicato (está no processo em seu próprio nome, mas defendendo interesse da categoria)
Obs2: No caso da substituição, os empregados NÃO precisam comparecer nas audiências, pois são substituídos.
Obs3: O sindicato NÃO precisa da autorização dos empregados para substituí-los. Se o empregado não quiser ser substituído, o mesmo pede a sua exclusão. O sindicato tem a chamada Legitimidade Extraordinária.
PROCURAÇÃO: Documento do advogado para representa-lo. Ela não precisa ser escrita, pode ser tácita. Se a parte comparece ao audiência com o seu advogado, presume-se que o advogado pertence aquela parte; independentemente da procuração nos autos.
Obs4: A procuração tácita NÃO tem os mesmos poderes da procuração escrita. Os poderes especiais para praticar atos comuns no decorrer do processo precisam necessariamente de uma procuração escrita.
CASO CONCRETO – SEMANA 02
O sindicato da categoria profissional dos bancários celebrou coma categoria econômica correspondente - sindicato dos bancos - convenção coletiva de trabalho fixando o reajuste salarial para os bancários no patamar de 8%, dentre outros benefícios .Já o sindicato da categoria profissional dos professores teve frustrada a tentativa de negociação coletiva junto ao sindicato dos estabelecimentos de ensino, o que resultou na propositura do Dissídio Coletivo perante o Tribunal Regional do Trabalho daquela localidade. Diante dos casos apresentados, indique e explique qual foi o método de solução dos conflitos coletivos utilizado pelo sindicato dos bancários e pelo sindicato dos professores.
R – Sindicato dos bancários: Norma Coletiva (Um exemplo de autocomposição, pois foi celebrado entre as partes).
Sindicato dos Professores: Dissídio Coletivo (Se trata de uma ação judicial, portanto, será uma forma de hetero composição, pois necessitará de uma decisão judicial).
NULIDADES
1. CONCEITO É a sanção determinada pela lei, que priva o ato jurídico de seus efeitos normais, em razão do descumprimento das formas mencionadas na norma jurídica. 
2. TIPOS: As nulidades podem ser ABSOLUTAS ou RELATIVAS
2.1) NULIDADE ABSOLUTA
São aquelas que não permitem nenhum tipo de correção. Os erros são insanáveis;
São matérias de Ordem Pública. Podem ser conhecidas de OFÍCIO pelo próprio juiz;
Possuem efeitos EX-TUNC (Retroage para a data da nulidade);
Sempre causam prejuízo ao processo.
Ex: Ausência de notificação para a parte se defender, incompetência de matéria (Na Justiça do Trabalho você entrar com uma ação de reconhecimento de contrato civil). O juiz não tem autoridade =>É de competência da Justiça Estadual.
2.2) NULIDADE RELATIVA
São aquelas que permitem a correção. Os erros são sanáveis; 
Tem que ser arguídas pela parte. O juiz NÃO pode reconhecer de ofício;
Possuem efeitos EX-NUNC (para frente);
Podem causar prejuízo ou não ao processo;
Ex: incompetência territorial (se o reclamante ajuizar uma reclamação trabalhista que não for no foro de seu domicílio ou no foro de sede/filial da empresa, o juiz aceitar e a parte não arguir, a competência será prorrogada)
PRINCÍPIO DA TRANSCENDÊNCIA ou do PREJUÍZO
Está previsto no art.794 da CLT e afirma que somente será decretada, que somente haverá nulidade do processo, se houver prejuízo para alguma das partes. Esse princípio só se aplica às nulidades relativas, visto que, nas nulidades absolutas, sempre haverá prejuízo.
PRINCÍPIO DA PRECLUSÃO
Está previsto no art. 795 da CLT e afirma que a incompetência relativa deverá ser arguída no 1º momento (sob pena de preclusão) após o conhecimento da parte. Esse princípio também só se aplica às nulidades relativas, visto que as nulidades absolutas podem ser reconhecidas a qualquer momento do processo.
COMPETÊNCIA
1. CONCEITO: É a delimitação do órgão ou julgador competente para conhecer, apreciar e julgar o dissídio trabalhista/demanda, seja estes de natureza individual ou coletiva. Quando se fala em competência, refere-se a quem caberá o julgamento do processo o qual estamos submetendo ao Estado.
2. TIPOS
Existem dois tipos de competência: a material e a territorial.
2.1) COMPETÊNCIA MATERIAL
Gera a nulidade absoluta;
2.2) COMPETÊNCIA TERRITORIAL
Gera a nulidade relativa;
Em regra, o território competente para julgar a demanda trabalhista é o foro onde está localizada a sede/filial da empresa prestadora de serviços. Lá estão as provas a serem produzidas.
Em regra secundária: foro de domicílio do empregado.
2.2.1) REGRAS ESPECIAIS
Se o empregado é viajante ou representante comercial, ele deverá ajuizar reclamação trabalhista na agência/sede/filial da empresa ou em seu domicílio. Fica ao seu critério.
Ex: Um empregado trabalhavano Eusébio, mora em Fortaleza, mas ajuizou sua reclamação trabalhista em Aracati. O Juiz de Aracati não pode se declarar incompetente, pois trata-se de uma competência relativa. A parte terá que provocar. Se a parte não arguir, essa competência será prorrogada. A parte deverá alegar na sua defesa.
CASO CONCRETO – SEMANA 04
O viajante comercial Saulo pretende mover ação trabalhista em face da sua empregadora Empresa Delta Ltda, por entender que o seu gerente cometeu ato ilícito que lhe feriu a honra e boa fama, postulando indenização por danos morais a ser arbitrada pelo juiz diante da extensão e complexidade do dano, cumulada com pedido de pagamento de diferenças de comissões ajustadas no valor de R$ 10.000,00. 
Diante do caso exposto, responda de forma fundamentada:
A) Segundo as regras contidas em legislação própria quanto à competência territorial, informe aonde a ação deve ser proposta. Fundamente.
R – Em regra, a ação deve ser ajuizada no foro da localidade em que a empresa prestadora de serviços. Saulo deverá mover a ação trabalhista na cidade onde está localizada a Empresa Delta Ltda. O local da prestação de serviços é o local onde estão as provas, as quais vão ser produzidas. Em regra secundária, poderá ajuizar no local de domicílio do empregado.
B) O Judiciário Trabalhista possui competência para apreciar e julgar a presente ação? É possível pleitear que o juiz arbitre o montante da postulada indenização por 
danos morais?
R – Sim. De acordo com a Súmula Vinculante nº 22 do STF, a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de indenização por danos morais.
SENTENÇA
1. CONCEITO: É o ato processual pelo qual o juiz decide ou não o mérito da postulação. Não é qualquer ato, mas o ato de natureza processual. Julga o mérito e cabe recurso. 
O art.203,§1º do CPC dispõe que sentença é pronunciamento por meio do qual o juiz põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução. A sentença nem sempre põe fim ao processo, pois dela cabe recurso.
2. OUTROS ATOS DO JULGADOR
2.1) DESPACHOS: São atos de mero seguimento processual. Não tem caráter decisório, por isso não cabe recurso.
2.2) DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS: É o ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve questão incidente, sem pôr fim ao processo. Se o juiz põe fim ao processo, a decisão não é interlocutória, mas de mérito. Também não cabe recurso.
2.3) ACÓRDÃO: É a decisão colegiada proferida pelos tribunais. Isso ocorre tanto em relação aos TRT’s, como quanto aos Tribunais Superiores, como TST e o STF.
3. NATUREZA JURÍDICA: A natureza jurídica da sentença é a afirmação da vontade da lei, declarada pelo juiz, como órgão do Estado, aplicada a um caso concreto a ele submetido.
4. TIPOS / EFEITOS DA SENTENÇA
4.1) DECLARATÓRIAS: São sentenças que vão declarar a existência ou não da relação jurídica. O único intuito é declarar algo.
Ex: Declaração que reconhece a existência de vínculo empregatício, estabilidade, tempo de serviço, horário de trabalho etc.
4.2) CONDENATÓRIAS: São sentenças que implicam obrigação de dar, fazer ou não fazer alguma coisa, dando ensejo à execução. O intuito é a condenação da outra parte.
Ex: sentença que manda o empregador pagar as verbas rescisórias, horas-extras, anotar a CTPS, recolher o FGTS etc.
4.3) CONSTITUTIVAS: É um conjunto formado pelas duas anteriores (Declaração + Condenação).
5. ESPÉCIES / CLASSIFICAÇÃO DAS SENTENÇAS
5.1) TERMINATIVAS: São as decisões em que se extingue o processo SEM a resolução de mérito. NÃO faz coisa julgada.
5.2) DEFINITIVAS: São as sentenças que definem ou resolvem o conflito. Extingue-se o processo COM resolução de mérito. Faz coisa julgada.
6. ESTRUTURA DA SENTENÇA
6.1) RELATÓRIO: É o resumo das declarações dos fatos do reclamante e do reclamado.
No rito ordinário (comum) o relatório é obrigatório.
O juiz deverá indicar as principais ocorrências existentes no processo: o nome das partes, a identificação do caso, o resumo do pedido e da contestação etc.
O relatório deve mostrar que o juiz leu o processo e consistirá num resumo, numa síntese dos atos nele ocorridos.
A decisão não será motivada no relatório e nem haverá o trânsito em julgado deste, pois a decisão do processo deve ficar para a fundamentação.
6.2) FUNDAMENTAÇÃO: É o convencimento jurídico. A fundamentação jurídica levará o magistrado a decidir a demanda, de acordo com os fatos, doutrinas, jurisprudências e leis. 
6.3) DISPOSITIVO: O juiz acolherá ou rejeitará o pedido do autor, no todo ou em parte. Consistirá o dispositivo num resumo, numa síntese do decidido, vindo ao final da sentença.
7. TIPOS DE JULGAMENTO
Quando ocorre algum erro / vício na decisão.
7.1) ULTRAPETITA: Ocorre quando o juiz julga MAIS do que se pede.
Ex: O reclamante pede o levantamento do INSS. O juiz, além de julgar esse pedido, ainda concede os 40%.
Existem 2 correntes:
1ª) É vedada a sentença ultrapetita;
2ª) É permitida a sentença ultrapetita, desde que seja favorável ao empregado.
7.2) EXTRAPETITA: Ocorre quando o juiz julga ALGO DIFERENTE do que fora pedido.
Ex: O processo pede o atraso de rescisão e o juiz julga danos morais.
Existem 2 correntes:
1ª) É vedada a sentença extrapetita;
2ª) É permitida a sentença extrapetita, desde que seja favorável ao empregado.
7.3) CITRAPETITA: Ocorre quando o juiz julga MENOS do que foi pedido.
Ex: No pedido é feito o pagamento de horas-extras, os 40% e o recolhimento do FGTS; e o juiz so julga os dois primeiros.
Não existe mais de uma corrente: É VEDADO!!!

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