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Trabalho de Estágio Supervisionado Básico I em Psicologia

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Estágio Supervisionado Básico I em Psicologia
Prof.ª Denise Amorim Rodrigues
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
ILHA DO GOVERNADOR/NOITE
2014
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Disciplina: Estágio Supervisionado Básico I em Psicologia
Prof.ª Denise Amorim Rodrigues
Alunas: Eliane de Oliveira,
 Lena Potascheff,
 Rosane Vicente Lima
ABORDAGEM:
HUMANISTA
ABORDAGEM CENTRADA NA PESSOA
Carl Ransom Rogers, americano, nascido no dia 8 de janeiro de 1902 em Oak Park, Chicago nos Estados Unidos. Faleceu em 4 de fevereiro de 1987 em La Jolla, na Califórnia.
Pertencia a uma família cristã com princípios religiosos fundamentalistas. Contribuiu com a consolidação dos princípios da Psicologia Humanista e fundou a Abordagem Centrada na Pessoa.
Rogers fundamentou-se nos conceitos filosófico da teoria existencialista, acreditando na liberdade do ser humano e no seu potencial para escolher como mudar e atualizar o seu próprio futuro.
A intervenção psicoterapêutica realizada na perspectiva da ACP é fundamentada em três princípios básicos: a consideração positiva incondicional, a compreensão empática e a autenticidade ou congruência.
Nos atendimentos com o cliente, o terapeuta utiliza em sua prática esses princípios como fundamento teórico que consistem em:
a) Aceitação: “É quando o terapeuta considera não somente o material positivo e negativo, o ativo e o passivo, trazido pelo cliente, mas também a configuração particular que esse material apresenta no momento da entrevista”.
b) Empatia: “Significa penetrar no mundo perceptual do outro e sentir-se totalmente à vontade dentro dele. Requer sensibilidade constante para com as mudanças que se verificam nesta pessoa em relação aos significados que ela percebe, ao medo, à raiva, a ternura, à confusão ou ao que quer que ele/ela esteja vivenciando”.
c) Autenticidade ou congruência ou acordo interno, Rogers (1957) define como sendo: o acordo interno e integrado a experiência psíquica da pessoa, esta é indissociável de sua experiência organísmica; a congruência é a consciência que a pessoa tem em relação a sua própria vivência, de seu próprio vivido; a congruência é uma qualidade que só existe na relação intersubjetiva.
Para Carl Rogers a dificuldade do ser humano encontrar uma saída para o problema enfrentado vem das pessoas reconhecerem o seu poder pessoal, o poder que existe em cada um de nós e que se utiliza da capacidade de nos auto compreendermos, de mudarmos nossos conceitos sobre nós mesmos, sobre as pessoas e sobre a vida e de modificarmos nossa forma de estar nas nossas relações e por que não dizer, no mundo.
Cintando Roger: “estar com o outro desta maneira significa deixar de lado, neste momento, nossos próprios pontos de vista e valores, para entrar no mundo do outro sem preconceitos. Num certo sentido, significa pôr de lado nosso próprio eu, o que pode ser feito apenas por uma pessoa que esteja suficientemente segura que não se perderá no mundo possivelmente estranho ou bizarro do outro e que poderá voltar sem dificuldades ao seu próprio mundo quando assim desejar”.
Cintando Tassinari: “O maior desafio na Abordagem Centrada na Pessoa é deixar o mapa lá fora e andar no terreno desconhecido do mundo do outro, sem mapa, para não dirigir mesmo.”
É uma abordagem não-diretiva. De acordo com Rogers e Kinget (1977), o conceito de não diretividade está atrelado à ausência das diversas formas de direção no processo terapêutico, tais como perguntas, interpretações, conselhos, entre outros, os quais são geralmente reconhecidos como constituintes do papel legítimo do terapeuta. O terapeuta não se preocupa em que lugar parou a conversa anterior, se o cliente voltar ao assunto, é porque é importante para ele. 
Quem sabe o tempo de duração da terapia é o cliente, é ele quem governa a terapia. Na relação com o cliente, o terapeuta deve oportunizar que o mesmo expresse livremente seus sentimentos e escolha como e quando expressá-los sem julgamentos ou preocupações do terapeuta em saber para onde estas reflexões estão se encaminhando.
ENTREVISTA COM PSICÓLOGO
NOME: DINÁ BARROS
FORMAÇÃO:
ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS
PSICOLOGIA – UERJ 1998
7 PÓS GRADUAÇÕES
MESTRADO 
ABORDAGEM:
HUMANISTA
GESTALT TERAPIA
ÁREA DE ATUAÇÃO:
CLÍNICA
HOSPITALAR – 19 ANOS (Hospital da Força Aérea do Galeão)
FORENSE – GOVERNO DO RIO DE JANEIRO
Púbico alvo:
Adulto, Casais e Adolescente.
escolas que influenciaram:
Freud
Humanismo 
ESCOLHA DA ABORDAGEM HUMANISTA:
PELO TEMPO DE DURAÇÃO DO TRATAMENTO SER MAIS RÁPIDO QUE A PSICANÁLISE
Resistências mais comuns a terapia:
Conscientização da queixa
Técnicas utilizadas na terapia: 
Hipnose
Relaxamento
objetivoS da terapia para o existencialista:
A busca do sujeito pelo seu eu, 
conheCER a tI mesmo, 
tornaR-se pessoa consciente dos seus atos.
Características mais IMPORTANTES:
percepção, 
semelhança fazendo associação o tempo todo,
Psicoterapia com fechamento.
facilidades e as dificuldades DENTRO DA ABORDAGEM:
facilidades por recompensa – feedback DO PACIENTE APÓS A TERAPIA
Dificuldades - preconceito e intolerância por parte de OUTROS profissionais 
sua escolha hoje mudaria?
Não mudaria,
apaixonada pela psicologia, 
CONSCIENTE DA NECESSIDADE DE aprender.
o comportamento ético do terapeuta que escolhe essa abordagem?
Dificilmente a ética na vida do terapeuta tem uma dualidade, se ele é ético na vida dele secular, na sua profissão certamente será ético.
http://www.youtube.com/watch?v=FhPNcYvGkIQ
http://www.youtube.com/watch?v=w0HFvNA8P5U&index=8&list=PL07B5AD322E50CFD9
ACP- ABORDAGEM CENTRADA NA PESSOA 
Por psicólogo Geofilho Ferreira Moraes
CRP-12/10.011
Data 16 de setembro de 2011
Como eu compreendo a abordagem centrada na pessoa: apresentando os fundamentos básicos da psicoterapia desenvolvida por Carl Rogers
Nesta página apresento a fundamentação teórica que utilizo nos atendimentos psicológicos que realizo, seja presencial ou online, a ACP: Abordagem Centrada na Pessoa.
Utilizo essa abordagem como uma teoria que orienta as minhas intervenções como psicólogo, mas não lido com teorias como verdades absolutas, pois compreendo que teorias são formas sistematizadas que estudiosos criam para compreender e explicar um determinado fenômeno.
É importante lembrar que, toda teoria é questionável e passível de mudanças, a palavra chave para mim do conhecimento são as “mudanças”, a possibilidade de mudar é que possibilita a ampliação do conhecimento, a cristalização de teorias é que nos impede conhecer o fenômeno como este se apresenta, pois compreendo o mundo sob o ponto de vista fenomenológico.
Como disse anteriormente, não lido com teorias como “verdades absolutas”, escolhi para trabalhar com a abordagem desenvolvida por Carl Rogers por ter pensamentos semelhantes aos desse autor. Não adoto o adjetivo terapeuta rogeriano, pois parece que quem se denomina ou é denominado rogeriano, freudiano, etc., querem dar ou passam a impressão de que pensam exatamente como esses autores. Não penso exatamente como Carl Rogers, utilizo seus fundamentos para orientar meu aprendizado e me desenvolver como psicólogo de acordo com minha experiência de vida.
Nesta página irei disponibilizar artigos, capítulos de livros sobre a ACP, você pode acessar esses demais textos pelo menu principal da mesma.
Você profissional que tenha escrito textos sobre a ACP e queira publicar nesta página, é só entrar em contato comigo pelo e-mail:geo.psicologia@yahoo.com.br.
Sempre que escrever sobre a ACP falarei da mesma sem compará-la com outras abordagens, como já li alguns autores fazerem essa disputa entre psicanálise e ACP.
Para se falar de teoria A ou B, não é preciso menosprezar a forma como cada uma destas tem de compreender o fenômeno psicológico, penso que estas teorias buscam ajudar as pessoas a compreender seus sofrimentos. O importante para mim na psicologia é não se ter um conhecimento ou técnicas de intervençãoque unifiquem o conhecimento, o tornando absoluto.
Sobre o psicólogo americano Carl Ransom Rogers, este profissional estudioso contribuiu com a consolidação dos princípios da Psicologia Humanista e fundou a ACP.
Nascido no dia 8 de janeiro de 1902 em Oak Park, Chicago nos Estados Unidos, Rogers pertencia a uma família cristã com princípios religiosos fundamentalista.
Rogers contrário aos conceitos do determinismo, fundamentou-se nos conceitos filosófico da teoria existencialista, acreditando na liberdade do ser humano e no seu potencial para escolher como mudar e atualizar o seu próprio futuro.
Rogers faleceu em 4 de fevereiro em La Jolla, na Califórnia (EVANS, 1979; HIPÓLITO, 1999). (abaixo foto de Carl Rogers)
A intervenção psicoterapêutica realizada na perspectiva da ACP é fundamentada em três princípios básicos: a consideração positiva incondicional, a compreensão empática e a autenticidade ou congruência; além da tendência atualizante que é o pilar da teoria de Carl Rogers onde circulam esses demais conceitos.
Nos atendimentos com o cliente, o terapeuta utiliza em sua prática esses princípios como fundamento teórico que consistem em:
a) Aceitação: “É quando o terapeuta considera não somente o material positivo e negativo, o ativo e o passivo, trazido pelo cliente, mas também a configuração particular que esse material apresenta no momento da entrevista” (ROGERS, 1997, p. 137).
b) Empatia: “Significa penetrar no mundo perceptual do outro e sentir-se totalmente à vontade dentro dele. Requer sensibilidade constante para com as mudanças que se verificam nesta pessoa em relação aos significados que ela percebe, ao medo, à raiva, a ternura, à confusão ou ao que quer que ele/ela esteja vivenciando” (ROGERS, 1977, p.73).
c) Autenticidade ou congruência ou acordo interno, Rogers (1957) define como sendo: o acordo interno e integrado a experiência psíquica da pessoa, esta é indissociável de sua experiência organísmica; a congruência é a consciência que a pessoa tem em relação a sua própria vivência, de seu próprio vivido; a congruência é uma qualidade que só existe na relação intersubjetiva (apud GOBBI, MISSEL, 1998).
d) A tendência à atualização, se refere ao crescimento do organismo humano, falarei adiante mais detalhadamente dessa tendência.
A ACP é compreendida por Rogers como uma abordagem não-diretiva. De acordo com Rogers e Kinget (1977), o conceito de não diretividade está atrelado à ausência das diversas formas de direção no processo terapêutico, tais como perguntas, interpretações, conselhos, entre outros, os quais são geralmente reconhecidos como constituintes do papel legítimo do terapeuta.
Na relação com o cliente, o terapeuta deve oportunizar que o mesmo expresse livremente seus sentimentos e escolha como e quando expressá-los sem julgamentos ou preocupações do terapeuta em saber para onde estas reflexões estão se encaminhando.
Para Rogers e Kinget (1977), a não-direção demarcou o caráter particular da ACP durante um longo período de tempo, favorecendo com que muitos apresentem a psicoterapia desenvolvida por Rogers como estando ancorada na idéia de não-direção. Os autores pontuam que embora a abstenção, por parte do terapeuta, do uso de diretivas seja, sem dúvidas, uma das manifestações fundamentais deste tipo de psicoterapia, quando é realizada de forma pura e simples, nada produz de importante em qualquer campo humano.
Rogers (1992) aponta que o terapeuta que tenta utilizar a Abordagem Centrada na Pessoa como um “método” está fadado ao insucesso, a não ser que este método apresente uma concordância genuína com as atitudes pessoais do mesmo.
Tal concepção está sustentada na percepção de que “o importante nesta psicoterapia não é a ausência de diretivas, mas a presença, no terapeuta, de certas atitudes em face do cliente e de uma certa concepção das relações humanas” (ROGERS; KINGET, 1977, p.29).
Rogers afirma que a essência da Abordagem Centrada na Pessoa consiste mais em um modo de ser do que em um modo de agir, sendo que é necessário que o terapeuta expresse atitudes e convicções que façam parte de sua personalidade para que o mesmo possa desencadear no cliente processos de atualização de si e de crescimento pessoal.
Rogers (1997) aponta que para provocar significativos processos de transformação no outro é preciso se lançar na relação. Para o autor, a essência de algumas partes mais profundas da terapia parece ser uma unidade de vivência, onde o cliente e o terapeuta devem ser capazes de vivenciar com igual liberdade os sentimentos e compreensões oriundos destes, sem inibições, precauções intelectuais e barreiras emocionais e/ou cognitivas.
O diagnóstico não é fundamental para a atuação do terapeuta centrado na pessoa. Embora seja considerado, seus aspectos não são norteadores do processo psicoterapêutico, pois os elementos essenciais para o crescimento e desenvolvimento estão na relação entre cliente e terapeuta.
Rogers (1997, p.230) afirma que entra na relação com o cliente “não como um cientista, não como um médico que procura diligentemente o diagnóstico e a cura, mas como uma pessoa que se insere numa relação pessoal”.
Para promover o crescimento do cliente, ajudá-lo a ampliar sua congruência, de acordo com a teoria de Carl Rogers, o terapeuta deve estabelecer condições para o desenvolvimento de uma relação de mudança construtiva de personalidade.
É necessário que o terapeuta desenvolva postura de empatia, aceitação e autenticidade para que a pessoa consiga perceber sua dinâmica e que perceba esta dinâmica no mundo. É preciso facilitar a reflexão da pessoa para que ela compreenda sua responsabilidade nas suas ações, para que ela consiga se aceitar e aprenda a ser autêntica (ROGERS, 1977).
Nos atendimentos, o terapeuta deve manter uma postura incondicional, apresentando sentimentos de consideração incondicional para com a pessoa, valorizando as experiências do modo organísmico, permitindo e favorecendo a preservação e a valorização desta pessoa.
Quando a pessoa sente que está sendo compreendida pelo terapeuta, ela possivelmente compreenderá que está em condições necessárias para avaliar suas diversas experiências, refletindo sobre o valor destas para a preservação e a revalorização total de seu organismo (ROGERS, KINGET, 1977, p. 177-178 apud GOBBI, MISSEL, 1998).
Quando o terapeuta consegue facilitar o crescimento do cliente, a pessoa que está em terapia consegue construir uma simbolização, passando a considerar sua experiência, começando a perceber as necessidades internas do seu próprio organismo, favorecendo o seu crescimento, promovendo a tendência atualizante (GOBBI, MISSEL, 1998).
Sobre a tendência atualizante
 Rogers (1977) define a tendência à atualização como a capacidade inata de desenvolvimento do organismo humano, sendo universal e inerente a todos os organismos, esta tendência opera tanto na ordem ontogenética (desenvolvimento do indivíduo) como na ordem filogenética (desenvolvimento da espécie).
A hipótese da tendência a atualização da teoria de Rogers não tem de modo algum o seu ponto de partida no desenvolvimento físico do organismo humano, Rogers estabelece um paralelo entre esse desenvolvimento e o desenvolvimento da personalidade.
A tendência a atualização regula o exercício das funções físicas e das funções experienciais do organismo humano.
A tendência a atualização constantemente desenvolve no organismo humano as potencialidades da pessoa assegurando sua conservação e seu enriquecimento.
Para a tendência a atualização se desenvolver de modo saudável no indivíduo é preciso que haja possibilidades e limites no meio social em que a pessoa está inserida, que essas possibilidades e limites funcionem como facilitadoras no crescimento da mesma.
   Rogers concebe o organismo não apenas a partir da concepção tradicional médica que, exclusivamente esta considera o organismo o conjunto das funções e tecidos físicos. Para Rogers o organismo humano a qual ele se refere não se limita apenas “aos aspectos ditos “corporais”. A pesquisa, tantomédica quanto psicológica, revela cada vez mais a interpenetração e a inseparabilidade dos aspectos físicos e psíquicos do organismo” (ROGERS, 1977, p. 41).
Para Rogers:
“o comportamento se produz tanto em função da bioquímica do Indivíduo, como em função de sua experiência - No caso do ser humano, não somente o comportamento exterior, observável, mas também o pensamento, as atitudes e os sentimentos sofrem a influência dos fatores ditos corporais —- e isto numa medida provavelmente maior do que a que suspeitamos no estado atual dos conhecimentos neurológicos e endocrinológicos” (ROGERS, 1977, p. 41).
Rogers deixa claro em sua compreensão sobre o desenvolvimento humano, para ele o ser humano se desenvolve e é constituído a partir de fatores biopsicossociais, e que estes fatores tanto físicos/biológicos/psicológicos são inseparáveis.
O desenvolvimento morfológico e o funcionamento fisiológico do organismo (humano ou não) operam de acordo com as leis genéticas próprias de cada espécie, de fato não há fatores perturbadores graves, este desenvolvimento se orienta em direção ao crescimento do ser humano à espécie adulto.
Rogers compara o processo de organização da experiência humana na sua orientação ao processo de desenvolvimento físico, se a experiência pode se organizar na ausência de fatores perturbadores graves, esta organização da experiência incluindo sua expressão no comportamento se efetuará para o sentido da maturidade e do funcionamento adequado para o organismo, no sentido de um comportamento racional, social, de modo subjetivo, satisfatório e de modo objetivo e eficaz (ROGERS, 1977).
“O indivíduo, sua tendência ‘a atualização e sua noção do “eu” fazem parte de um mundo fenomenológico. Por isso, o que importa não é o caráter intrinsecamente positivo das condições, é a percepção destas condições pelo indivíduo” (ROGERS, 1977, p. 42).
Rogers concebe o “eu” como uma estrutura perceptual, “um conjunto organizado e mutável de percepções relativas ao próprio indivíduo” (ROGERS, 1977, p. 43).
Essas percepções são características psíquicas da pessoa, atributos, qualidades, capacidades e limites, valores e relações que a mesma “reconhece como descritivos de si mesma e que percebe como constituindo sua identidade” (ROGERS, 1977, p. 43). Esta estrutura perceptual engloba todas as experiências vividas pela pessoa em cada momento de sua existência.
A conjugação da tendência à atualização, que é o fator dinâmico e fornece energia ao organismo humano e a noção do eu, que é o fator regulador, que orienta a direção para este organismo, determina o comportamento humano (ROGERS, 1977).
Para Rogers (1977, p. 43):
“A tendência à atualização do eu age constantemente e busca, também constantemente, a conservação e o enriquecimento do eu. Isto significa que ela se opõe a tudo o que compromete o eu, seja no sentido da diminuição, da desvalorização ou da contradição. Contudo, o sucesso ou eficácia desta ação depende não da situação “real”, “objetiva”, mas da situação tal como o indivíduo a percebe. {...}. De tal modo que é a noção do eu que, em última análise, determina a eficácia ou a Ineficácia da tendência atualizante.” (ROGERS, 1977, p. 43).
   Rogers conclui que, a eficácia da tendência à atualização do eu depende do caráter realista da noção do eu que a pessoa possui, esta noção do indivíduo sobre o eu é realista quando há congruência entre os atributos que ela acredita possuir e os que de fato se possui.
Rogers conclui sua teoria sobre o desenvolvimento humano dizendo:
“Quando a tendência atualizante pode se exercer sob condições favoráveis, isto é, sem entraves psicológicos graves, o indivíduo se desenvolverá no sentido da maturidade. Sua percepção de si mesmo e de seu ambiente — e o comportamento que se articula de acordo com estas percepções — se modificarão constantemente num sentido de uma diferenciação e de uma autonomia crescentes, típicas do progresso em direção à idade adulta. A personalidade representará, portanto, a atualização máxima das potencialidades do “organismo”. Mais concretamente, a personalidade se desenvolve segundo um modelo que pode ser comparado ao desenvolvimento físico, e este é, também, determinado pela tendência atualizante, que se exerce num nível mais elementar, no qual ela rege a diferenciação das funções e órgãos característicos da maturidade física (ROGERS, 1977, p. 52).
A teoria de Rogers sobre o desenvolvimento do organismo humano reinsere o indivíduo no seu meio sócio-histórico- cultural; para esta teoria o ser humano é um ser indissociável de sua própria circunscrição (GOBBI, MISSEL, 1998).
REFERÊNCIAS
EVANS, Richard Isadore. Carl Rogers: o homem e suas idéias. São Paulo: Martins Fontes, 1979.
GOBBI, Sérgio Leonardo, MISSEL, Sinara Tozzi (Org.). Abordagem centrada na pessoa: vocabulário e noções básicas. Tubarão: Ed. UNISUL, 1998. 271 p.
HIPÓLITO, João. Biografia de Carl Rogers. Revista de Estudos Rogerianos: a pessoa como centro, v.1, n.3, mai. 1999. Disponível em: http://www.rogeriana.com/biografia.htm. Acesso em: 14 set. 2011.
ROGERS, C. Ranson. A tendência à atualização. In: _____. Psicoterapia e Relações Humanas. Interlivros, 1977. Vol 1. Cap. 2.
 ROGERS, Carl R. Uma maneira negligenciada de ser: a maneira empática. In: ROGERS, Carl R.; ROSENBERG, Rachel L. (Org.). A pessoa como centro. São Paulo, EPU, ed. da universidade de São Paulo, 1977.

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