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LABORATÓRIO DE COMUNICAÇÕES II ENGENHARIA ELÉTRICA RELATÓRIO DEMODULADOR PWM ALUNOS: Bárbara Silva de Souza MAT.: 2012939717 Luis Philipe Antonio de Morais MAT.: 2011048900 INTRODUÇÃO Para a segunda unidade do laboratório de comunicações II foi proposto projetar e implementar um demodulador PWM para recuperar o sinal modulante utilizado na prática do PWM. A demodulação do sinal PWM pode ser realizada de duas formas: 1 – Circuito detector de envoltória com um filtro passa-baixa. Neste processo há uma interferência das bandas laterais, causando interferência que só poderá ser eliminada aumentando a largura de banda. 2- Demodulação indireta. Neste processo consiste em converter um sinal PWM em PAM, e posteriormente realizar uma amostragem com retenção e filtragem passa-baixa. Este processo não necessita aumento de banda, assim sendo mais viável de ser realizado. Este será o método utilizado para implementar o demodulador PWM do projeto. O diagrama de blocos abaixo, figura1, indica quais os principais componentes que constituem o demodulador PWM. Cada bloco será explicado individualmente, ao longo deste relatório, mostrando como foram projetados os sinais teóricos esperados e o resultado obtido em laboratório. Figura 1- diagrama de blocos demodulador PWM GERADOR DE RAMPA Para implementar o gerador de rampa foi utilizado o mesmo método utilizado para gerar o PWM, figura 2. O circuito integrador em paralelo com um diodo com frequência de corte ajustada em 3.4KHz, gerando assim diversas ondas dente de serra. Figura 2- circuito integrador Para projetar os componentes do circuito integrador utilizamos a seguinte formula: 𝑓𝑐 = 1 2 ∗ 𝜋 ∗ 𝑅 ∗ 𝐶 Definimos o valor de fc em 3.4KHz e o capacitor em 1nF, assim encontramos R = 47KΩ. Na saída do integrador encontramos a rampa da figura 3. Figura 3-Saída circuito integrador MONO-ESTÁVEL COM RETARDO Para realizar o circuito mono-estável com retardo, figura 4, utilizamos o mesmo método aplicado para o modulador PPM. Usamos um CI SN74121, que é capaz de gerar um pulso de largura desejada quando detecta a borda de descida de um sinal. Este CI disponibiliza duas saídas onde uma das saídas apresenta o inverso da outra saída. O SN74121 foi ajustado de modo que a sua saída inversora apresentasse pulsos sincronizados com a borda de descida da rampa gerada no circuito anterior. Figura 4- Mono-estável com retardo De acordo com o datasheet do CI, o período de duração do pulso é definido pela seguinte formula: 𝑇 = 0.7 ∗ 𝐶1 ∗ 𝑅1 Para esta implementação definimos um capacitor C1 de 1nF, e com um potenciômetro ajustamos o pulso para a largura desejada. De modo que obtivemos a seguinte forma de onda da figura 5 na saída. Figura 5 - Saída do circuito mono-estável com retardo Ao compor os sinais da rampa e do mono-estável com retardo na mesma tela do osciloscópio, figura 6, podemos constatar que os pulsos gerados pelo 74121 estava devidamente ajustado. Figura 6- composição da rampa com os pulsos SOMADOR O circuito requer a implementação de um somador, para somar os pulsos com a rampa. Para implementar este bloco utilizamos um amplificador somador não-inversor, uma vez que ao utilizar um somador resistivo o sinal somado apresentava baixa amplitude para passar pelo ceifador, assim decidimos implementar um somador amplificador. Para este bloco, utilizamos um AmpOP LF356. Figura 7- amplificador somador não-inversor Vo é determinado pela seguinte formula: Assim, como tínhamos dois sinais a serem somados, então utilizamos os seguintes valores para R1, R2, R e Rf. R = Rf = 100KΩ; R1 = 22KΩ; R2 = 330Ω Na saída do circuito somador obtivemos o sinal da figura 8 e figura 9, a soma da rampa com os pulsos. Figura 8 - Saída do somador Figura 9-Saída do somador CEIFADOR O circuito do ceifador é o mais simples componente de todo o projeto, figura 10. Para implementa-lo é necessário apenas dois diodos em série e um resistor conectado ao terra do circuito. Figura 10 - Circuito Ceifador Utilizamos dois diodos 1N4148 para obter uma queda de tensão de aproximadamente 1.4 V e um resistor de 47KΩ. O ceifador irá permitir a passagem apenas de sinais com amplitude superior a 1.4 V, eliminando todos os outros sinais inferiores a este valor. Na saída do ceifador encontramos a forma de onda presente na figura 11. Figura 11- Saída ceifador AMOSTRADOR COM RETENÇÂO O bloco do amostrador com retenção é necessário implementar para que possamos reconstruir o sinal modulante, este bloco irá reconstruir o sinal de entrada do modulador PWM. Para implementa-lo optamos por utilizar um CI LF 398, este circuito integrado realiza o processo de amostragem num único CI, bastando apenas configura-lo, figura 12, de acordo com o seu datasheet. Figura 12- Configuração Sample and Hold De acordo com o datasheet, o capacitor Ch é quem define o tamanho degrau de aquisição, sendo o capacitor inversamente proporcional ao tempo de aquisição. O fabricante fornece a curva da figura 12, que relaciona os valores de capacitância com o tempo de aquisição. Figura 13- capacitancia x tempo Com base nesta tabela escolhemos o valor de 1nF para o capacitor de aquisição. O CI necessita também de um sinal lógico que varie de 0 a + Vcc para servir como sinal lógico de aquisição, assim para esse sinal utilizamos a o sinal gerado pelo mono-estável com retardo, uma vez que este sinal possui uma frequência 2x maior que o sinal modulante e possui uma variação de 0 para +3.6. Na saída do amostrador com retenção, figura 14, já podemos identificar um sinal bem próximo ao sinal modulante utilizado no PWM. Assim, após este passo necessitamos apenas de um filtro passa- baixa para recuperar nosso sinal. Figura 14 - Saída do amostrador com retenção FILTRO PASSA-BAIXA Este é o bloco final do demodulador PWM. Precisamos implementar um filtro para eliminar sinais indesejados que provocam ruído no sinal modulante. Assim implementamos um filtro passa-baixa com frequência central, fc, em 1KHz. O modelo do filtro escolhido foi um filtro passivo de segunda ordem com a configuração ilustrada na figura 15. 𝑓𝑐 = 1 2 ∗ 𝜋 ∗ 𝑅 ∗ 𝐶 Figura 15- Filtro passa-baixa de terceira ordem Após implementar o filtro, utilizamos o sinal da saída do amostrador com retenção para alimentar o filtro e como saída temos o sinal modulante recuperado de 1KHz, como mostrado na figura 16. Figura 16 - Sínal modulante recuperado CONCLUSÃO Ao final de da implementação do demodulador PWM conseguimos recuperar o sinal modulante aplicado na entrada do modulador PWM. Embora o método utilizado necessita de um extenso circuito com vários CIs, a implementação de todo o demodulador é fácil e o sinal na saída apresenta qualidade. Assim, o método de demodulação indireta é a melhor forma de implementar um demodulador PWM.
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