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Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. §1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno. (majorante) §2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa. (privilegiado) §3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico. (furto de energia) Furto qualificado §4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido: I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa; II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza; III - com emprego de chave falsa; IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas. §5º - A pena é de reclusão de três a oito anos, se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior. SUJEITO ATIVO: qualquer pessoa (crime comum) SUJEITO PASSIVO: qualquer pessoa (crime comum). OBJETO JURÍDICO: propriedade, posse e a detenção legítima TIPO OBJETIVO: subtrair: retirar. TIPO SUBJETIVO: dolo direto (animus furandi ou rem sibi habendi), com o fim especial de agir CONSUMAÇÃO: com a subtração da coisa alheia. Amotio: dá-se a consumação quando a coisa subtraída passa para o poder do agente, independentemente de deslocamento ou posse mansa e pacífica. Adotada pelo STJ/STF. TENTATIVA: cabível (Crime material) AÇÃO PENAL: pública incondicionada,. §1º: majorante (causas de aumento de pena) 1/3 A pena é aumentada de 1/3 se o crime é praticado durante o repouso noturno (é o período em que, à noite, as pessoas se recolhem para o descanso diário). Não se reconhece a majorante: 1 - furto qualificado 2 – estabelecimento comercial aberto 3 – em caso de residência onde está ocorrendo uma festa §2º: furto privilegiado: “causa especial de diminuição de pena”. Também é chamado de furto mínimo. Preenchidos os requisitos (criminoso primário e furto de pequeno valor), o juiz DEVE: substituir a pena, diminuí-la de 1/3 a 2/3 ou aplicar somente a pena de multa. Requisitos: a)subjetivo: criminoso primário. Primariedade: para o STF significa não reincidente, mesmo que tenha várias condenações no passado. b) objetivo: pequeno valor da coisa furtada: até um salário mínimo. Esses dois requisitos são cumulativos. §3º: cláusula de equiparação: Equipara-se a coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico (genética, mecânica, térmica e radioatividade). Ex: Energia Genética: sêmen de um animal. I – com destruição ou rompimento de obstáculo: a violência deve incidir sobre a coisa que está entre o agente e a coisa visada. OBS: se a violência incide sobre a coisa visada não há qualificadora. O rompimento do obstáculo deve ocorrer antes, durante ou após a subtração, mas sempre antes da consumação Obs.: Se o rompimento do obstáculo ocorre após a consumação: furto + dano Art. 155 - Abuso de confiança Art. 168 – Apropriação indébita O agente não tem a posse, tem mero contato com a coisa. O agente exerce a posse em nome de outrem. Dolo antecedente à posse. Dolo superveniente à posse. Art. 155 – Furto mediante Fraude Art. 171 – Estelionato O agente emprega a fraude para facilitar a subtração da coisa (finalidade retirar a vigilância). O agente emprega fraude para fazer com que a vítima lhe entregue a coisa espontaneamente. (A vítima enganada entrega a posse desvigiada). Coisa sai da vítima e vai para o agente de forma unilateral. Vítima distraída. Coisa sai da vítima e vai para o agente de forma bilateral (agente e vítima querem alterar a posse). Vítima induzida II - Escalada ou Destreza: Escalada: é o uso de via anormal para ingressar no local em que se encontra a coisa visada. OBS: não importa se é subindo ou cavando túneis. A jurisprudência exige não só a via anormal, como também o desforço incomum do agente. Destreza: é a peculiar habilidade física ou manual permitindo ao agente praticar o crime sem que a vítima perceba que está sendo despojada de seus bens. Ex: batedores de carteiras. III - Com emprego de chave falsa. Chave falsa: é todo instrumento com ou sem forma de chave destinado a abrir fechadura. Ex: mixa (gazua), arame, grampo, etc. Questões importantes: A chave verdadeira obtida mediante fraude é chave falsa? R: Prevalece que não é chave falsa. OBS: chave falsa pode ser tanto cartão para entrar em quarto de hotel; dispositivo magnético para abrir carro. IV - Mediante concurso de duas ou mais pessoas: concurso de pessoas é gênero, do qual são espécies co-autores e partícipes. Logo, computa-se o partícipe (esta corrente é a que prevalece); OBS: nesse número mínimo de pessoas, consideram-se inimputáveis e eventuais pessoas desconhecidas (não identificadas). Questão importante: Se o crime for praticado por associação criminosa, eu não aplico a qualificadora? R: prevalecia que não, sob pena de incidir bis in idem. A quadrilha ou bando já está consumado. §5º qualificadora: subtração de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior. (reclusão: 03 a 08 anos). Para incidir esta qualificadora é indispensável que o veículo ultrapasse os limites de um Estado ou do nosso país. ART. 156 – FURTO DE COISA COMUM SUJEITO ATIVO: condôminos, coerdeiros ou sócios (crime próprio) SUJEITO PASSIVO: condôminos, coerdeiros ou sócios (crime próprio). OBJETO JURÍDICO: propriedade, posse e a detenção legítima TIPO OBJETIVO: subtrair: retirar. TIPO SUBJETIVO: dolo com o fim especial de agir – para si ou para outrem. CONSUMAÇÃO: com a subtração da coisa comum. Amotio: dá-se a consumação quando a coisa subtraída passa para o poder do agente. TENTATIVA: cabível (Crime material) §2º: Exclusão do crime – coisa fungível com valor não excedente a fração ideal. AÇÃO PENAL: pública condicionada à representação – artigo 156, §1º.
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