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Estudo Dirigido Neuro

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Estudo Dirigido
Fundamentos da Neuroanatomia
Diferenciação de variação anatômica de anomalia
 Variação Anatômica – Padrão do corpo do indivíduo, que ocorre na maioria dos casos e é mais frequente estatisticamente;
Anomalia – Variações morfológicas que acarretam prejuízo funcional;
Monstruosidade – Anomalia acentuada incompatível com a vida.
Em que situação uma alteração anatômica é considerada monstruosidade?
R: Quando essa variação tende a comprometer o sujeito, correndo risco de morte.
Planos de secção e divisão
Plano sagital ou mediano; divide o corpo em metades simétricas direita e esquerda.
Plano frontal; um plano que passa pelo corpo de cima a baixo, situado em ângulo reto com o sagital, dividindo o corpo em partes anterior e posterior.
Plano transversal ou horizontal; divide os corpo em metades inferior e superior.
Terminologias anatômicas e função
É a linguagem própria da anatomia, ou seja, conjunto de termos empregados para designar e descrever o organismo ou suas partes.
Posição Anatômica
Indivíduo em posição ortostática e ereta, com a face voltada para a frente, o olhar dirigido para o horizonte, membros superiores estendidos, aplicados ao tronco e com as palmas voltadas para frente, membros inferiores unidos, com as pontas dos pés dirigidas para frente.
Células que compõem o sistema nervoso e funções
Neurônios
Os neurônios são as células mais importantes no cérebro. Eles são responsáveis pela recepção e transmissão dos estímulos do meio (internos e externos), possibilitando ao organismo a execução de respostas adequadas. Ao contrário de muitos outros tipos de células que podem crescer e se dividirem para reparar os danos causados por uma lesão ou uma doença, os neurônios param de se dividir cerca de um ano após o nascimento. 
Células Gliais
No cérebro existem outros tipos de células além dos neurônios, as chamadas células gliais que têm a função de sustentar, proteger, isolar e nutrir os neurônios. As células gliais podem se tornar cancerígenas e crescer formando um tumor cerebral. Os tumores que se desenvolvem nas células gliais são denominados gliomas.
Células Neuroectodérmicas
As células neuroectodérmicas são células primitivas, provavelmente remanescentes das células embrionárias, e encontradas em todo o cérebro. O tumor mais comum destas células no cerebelo é o meduloblastoma.
Meninges
As meninges são três membranas de tecido conjuntivo que revestem e protegem o cérebro medula espinhal. Apesar de sua função protetora, as meninges podem ser alvo de patologias importantes, como tumores benignos, meningiomas e as conhecidas meningites.
Plexo Coroide
O plexo coroide é a área do cérebro localizada dentro dos ventrículos que produz o líquido cefalorraquidiano (LCR) para nutrir e proteger o cérebro.
Axônio: prolongamento único de calibre regular, especializado na condução de impulsos que transmitem informações do neurônio a outras células (musculares ou glandulares). Sua porção final é muito ramificada e termina na célula seguinte do circuito, por meio de botões terminais, que fazem parte da sinapse. 
Ependimárias: células que envolvem o canal medular e os ventrículos encefálicos, preenchidos por liquor. Atapetam os ventrículos cerebrais.
Oligodendrócitos: células responsáveis pela formação e manutenção das bainhas de mielina dos axônios, no sistema nervoso central, função em que no sistema nervoso periférico é executada pelas células de Schwann. Apresentam menor número de prolongamentos, podendo ocorrer associados ao corpo celular ou ao axônio. Neste, os prolongamentos enrolam-se, formando uma bainha de mielina do SNC. Ocorrem tanto na substância branca como na cinzenta.
Micróglia: células macrofágicas que apresentam região central alongada e pequena, de onde partem muitas ramificações curtas, com numerosas saliências, o que lhe dá aspecto espinhoso. São células responsáveis pela fagocitose no tecido nervoso, ocorrendo tanto na substância branca como na cinzenta.
Sistema Nervoso Central e Periférico
O sistema nervoso central (SNC), no homem, está formado pelo encéfalo e medula espinhal. O SNC se comunica com as diversas partes do corpo através do sistema nervoso periférico (SNP), constituído por nervos cranianos (12 pares) e raquidianos (31 pares) e também pelos gânglios nervosos.
Sistema Nervoso Somático: regula as ações voluntárias, ou seja, que estão sob o controle da nossa vontade bem como regula a musculatura esquelética de todo o corpo.
Sistema Nervoso Autônomo: atua de modo integrado com o sistema nervoso central e apresenta duas subdivisões: o sistema nervoso simpático, que estimula o funcionamento dos órgãos, e o sistema nervoso parassimpático que inibe o seu funcionamento.
De maneira geral, esses dois sistemas têm funções contrárias.Enquanto o sistema nervoso simpático dilata a pupila e aumenta a frequência cardíaca, o parassimpático, por sua vez, contrai a pupila e diminui os batimentos cardíacos.
Enfim, a função do sistema nervoso autônomo é regular as funções orgânicas, para que as condições internas do organismo se mantenham constantes.
divisão
componentes
funções
sistema nervoso central
- SNC -
encéfalo
cérebro
processamento e integração de informações
cerebelo
bulbo raquidiano
medula espinhal
sistema nervoso periférico
- SNP -
nervos
cranianos (12 pares)
condução de informações entre órgãos receptores de estímulos, o SNC e órgãos efetuadores (músculos, glândulas etc)
raquidianos (31 pares)
gânglios
simpáticos
parassimpáticos
Divisão anatômica e funcional
Divisão Anatômica são as estruturas, onde são localizadas.
A parte funcional seria as funções, pra quê servem, como funcionam, etc.
Origem e desenvolvimento embrionário do sistema nervoso
O Ectoderma é o folheto embrionário que dará origem ao SN. Ele irá sofrer um espeçamento de onde mais tarde irá passar por uma invaginação e formará um sulco, logo depois esse sulco se aprofundará formando a goteira neural que irá unir suas extremidades, dando início ao tubo neural e as cristas que irão formar todo o sistema nervoso.
Medula Espinhal
Localização: cavidade vertebral, abaixo do bulbo, entre C1 e L2.
Função: Sua função é estabelecer a comunicação entre o corpo e o sistema nervoso, e agir também nos reflexos, protegendo o corpo em situações de emergência em que é preciso que haja uma resposta rápida.
A região interna da medula, em forma de “H”, é chamada de substância cinzenta devido à grande concentração de corpos celulares dos neurônios que lhe dão essa coloração. Enquanto a parte mais externa contêm mais dendritos e axônios e fica mais esbranquiçada, sendo denominada substância branca.
A área da pele inervada por axônios sensitivos de cada raiz nervosa, que corresponde a um segmento medular é chamada de dermátomo.
O conjunto de fibras musculares inervadas por axônios motores de cada raiz nervosa, de cada segmento medular, é chamada de miótomo.
Cornos
9.1 – Cornos posteriores: Local principal de terminação das fibras aferentes. Ela inclui a substância gelatinosa, que tem participação importante na transmissão de impulsos nociceptivos para o encéfalo.
9.2 – Cornos anteriores: Corpos celulares dos neurônios motores inferiores, que inervam os músculos estriados.
9.3 – Cornos laterais: Neurônios pré-ganglionares simpáticos. De T1 a L2 e parte sacral.
Tronco Encefálico
Localização: Superior ao diencéfalo, anterior ao cerebelo
constituído pelo bulbo, ponte de Varólio e mesencéfalo – existem núcleos de células nervosas (neurônios), de onde partem prolongamentos chamados fibras nervosas. Os prolongamentos, revestidos pela substância branca (mielina), e os corpos celulares, com sua coloração característica, formam igualmente no tronco cerebral as típicas substâncias branca e cinzenta.
O tronco encefálico se divide em: bulbo, situado caudalmente, mesencéfalo, e a ponte situada entre ambos. Possui ainda uma cavidade, denominada de IV ventrículo.
Funcionalmente o tronco encefálico serve para conduzir tractos, fascículos
ou lemniscos do encéfalo para a periferia, bem como da periferia para a porção central do sistema nervoso central. O tronco possui diversos núcleos responsáveis por controles reflexos, como respiração, frequência cardíaca, tônus vascular, tônus intestinal e vesical, dentre outros.
Mesencéfalo:
 É a menor parte do tronco encefálico. Interpõe-se entre a ponte e o diencéfalo. É atravessado por um estreito canal, o aqueduto cerebral, que une o III ao IV ventrículo. Na face anterior encontra uma depressão que separa o mesencéfalo da ponte chamada de sulco pontino superior. Na face posterior do mesencéfalo distingue-se uma lâmina quadrigêmea, os colículos. Os colículos superiores recebem informações visuais e os colículos inferiores fazem parte da via auditiva. O mesencéfalo é responsável por algumas funções como a visão, audição, movimento dos olhos e movimento do corpo.
Ponte:
Situa-se entre o bulbo e o mesencéfalo. É uma grande massa ovoide. É cortada por longos feixes de fibras orientadas transversalmente, a fibra transversal da ponte. A ponte participa de algumas atividades do bulbo. Interfere no controle da respiração, é um centro de transmissão de impulsos para o cerebelo e atua ainda, como passagem para as fibras nervosas que ligam o cérebro à medula.
Bulbo:
É também conhecido por bulbo raquídeo ou medula oblonga. Tem a forma de um cone e é a parte mais caudal do tronco encefálico. Sua parte inferior está ligada à medula espinhal e a parte superior à ponte. Seu limite superior se encontra no nível do sulco bulbo-pontino (margem inferior da ponte) e seu limite inferior se encontra no nível do forame magno. O Bulbo recebe informações de vários órgãos do corpo, controlando as funções autônomas, chamadas de vida vegetativa, como: batimentos cardíacos, respiração, pressão do sangue, reflexos de salivação, tosse, espirro e o ato de engolir.
Acidentes Anatômicos: Sulco Basilar, Pedúnculo Cerebelar Médio
Nervos cranianos encontrados: 3º ao 12º
Tronco Encefálico
Acima do tronco encefálico
O diencéfalo e o telencéfalo formam o cérebro, que corresponde ao prosencéfalo. O cérebro é a parte mais desenvolvida do encéfalo e ocupa cerca de 80% da cavidade craniana. O diencéfalo é uma estrutura ímpar que só é vista na porção mais inferior de cérebro. Ao diencéfalo compreendem as seguintes partes: tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo, todas relacionadas com o III ventrículo.
Tálamo
O tálamo serve como uma estação intermediária para a maioria das fibras que vão da porção inferior do encéfalo e medula espinhal para as áreas sensitivas do cérebro. O tálamo classifica a informação, dando-nos uma ideia da sensação que estamos experimentando, e as direciona para as áreas específicas do cérebro para que haja uma interpretação mais precisa.
 Funções do Tálamo:
 Sensibilidade;
 Motricidade;
 Comportamento Emocional;
 Ativação do Córtex;
 Desempenha algum papel no mecanismo de vigília, ou estado de alerta.
Hipotálamo
É uma área relativamente pequena do diencéfalo, situada abaixo do tálamo, com funções importantes principalmente relacionadas à atividade visceral.
O hipotálamo é parte do diencéfalo e se dispõe nas paredes do III ventrículo, abaixo do sulco hipotalâmico, que separa
o tálamo. Apresenta algumas formações anatômicas visíveis na face inferior do cérebro: o quiasma óptico, o túber cinéreo, o infundíbulo e os corpos mamilares. Trata-se de uma área muito pequena (4 g) mas, apesar disso, o hipotálamo, por suas inúmeras e variadas funções, é uma das áreas mais importantes do sistema nervoso.
Corpos Mamilares: são duas eminências arredondadas de substância cinzenta evidentes na parte anterior da fossa interpeduncular.
Quiasma Óptico: localiza-se na parte anterior do assoalho ventricular. Recebe fibras mielínicas do nervo óptico, que ai cruzam em parte e continuam nos tratos óptico que se dirigem aos corpos geniculados laterais, depois de contornar os pedúnculos cerebrais.
Túber Cinéreo: é uma área ligeiramente cinzenta, mediana, situada atrás do quiasma e do trato óptico, entre os corpos mamilares. No túber cinéreo prende-se a hipófise por meio do infundíbulo.
Infundíbulo: é uma formação nervosa em forma de um funil que se prende ao túber cinéreo, contendo pequenos prolongamentos da cavidade ventricular, o recesso do infundíbulo. A extremidade superior do infundíbulo dilata-se para constituir a eminência mediana do túber cinéreo, enquanto a extremidade inferior continua com um processo infundibular, ou lobo nervoso da hipófise. A hipófise esta contida na sela túrcica do osso esfenoide.
 Funções do Hipotálamo:
 Controle do sistema nervoso autônomo;
 Regulação da temperatura corporal;
 Regulação do comportamento emocional;
 Regulação do sono e da vigília;
 Regulação da ingestão de alimentos;
 Regulação da ingestão de água;
 Regulação da diurese;
 Regulação do sistema endócrino;
 Geração e regulação de ritmos circadianos.
Epitálamo
Situado superior e posterior do diencéfalo. Contém formações endócrinas e não endócrinas.
- Não endócrinas: núcleos da habênula, comissura das habênulas e estrias medulares (pertencem ao sistema límbico e regulam o comportamento emocional) e comissura posterior.
As estrias medulares contêm fibras principalmente da área septal e terminam no núcleo da habênula ipsi ou contra-lateral (cruzam na comissura das habênulas)
Os núcleos da habênula ligam-se ao núcleo interpeduncular do mesencéfalo pelo fascículo retroflexo conectando o sistema límbico ao mesencéfalo.
A comissura posterior marca o limite entre mesencéfalo e diencéfalo, constituída de fibras variadas. Destacam-se fibras pré-tectal de um lado que cruzam para o núcleo de Edinger Westphal oposto intervindo no reflexo consensual. Tumores no corpo pineal podem abolir o reflexo consensual e permanecer o reflexo fotomotor direto.
Meninges
As meninges são três membranas que envolvem o encéfalo e a medula espinhal, protegendo-os.
Dura-máter
A dura-máter é a meninge localizada mais externamente, formada por um tecido conjuntivo denso, contínuo com o perióstio dos ossos da caixa craniana. Já a dura-máter que envolve a medula espinhal, é separada do perióstio das vértebras, originando entre ambos, o chamado espaço epidural, onde são encontradas algumas estruturas como: veias, tecido conjuntivo frouxo e tecido adiposo. A parte da dura-máter que está em contato com a aracnóide é um local de fácil clivagem, onde em algumas situações patológicas, pode haver o acúmulo de sangue externamente à aracnóide, no chamado espaço subdural. Este, por sua vez, não existe em condições
Aracnóide
A aracnóide é uma membrana sem vascularização que se divide em duas partes: uma em contato com a dura-máter e sob a forma de membrana, e a outra formada por traves que conecta a aracnóide com a pia-máter. Os espaços entre as traves dão origem ao espaço subaracnóide, onde está presente o líquido cefalorraquidiano, protegendo o sistema nervoso central contra traumatismos. Nesta membrana, existem saliências formadas devido à expansão da aracnóide que perfuram a dura-máter, recebendo o nome de vilosidades. Estas estruturas possuem a função de transferir o líquido cefalorraquidiano para o sangue. Este líquido atravessa a parede da vilosidade e a do seio venoso, até chegar à corrente sanguínea.
Pia-máter
A pia-máter é extremamente vascularizada e encontra-se aderida ao tecido nervoso, contudo não está em contato com as células ou fibras nervosas. Entre esta membrana e os elementos nervosos encontram-se prolongamentos dos astrócitos, que formando uma camada muito fina, unem-se à face interna da pia-máter. Os vasos sanguíneos entram no tecido nervoso através de túneis revestidos por esta membrana, chamados de espaços perivasculares. Antes destes vasos se transformarem em capilares, a pia-máter desaparece.
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
O sistema nervoso periférico é a parte do sistema nervoso formada por nervos e gânglios e que está relacionada com a transmissão de informações para o SNC
e para órgãos periféricos.
Localizados a partir do SNC para todo o corpo, os nervos são cordões formados por fibras nervosas dispostas paralelamente e envoltas por tecido conjuntivo. Essas estruturas são responsáveis por unir o sistema nervoso central aos órgãos do nosso corpo, conduzindo, pelas fibras, os impulsos nervosos. As fibras que conduzem o estímulo até o SNC são chamadas de sensitivas, e aquelas que trazem a resposta são chamadas de motoras.
Sinapse
É o processo pelo qual o impulso nervoso passa de um neurônio para outra célula, esta pode ser um neurônio ou um órgão efetor. O órgão efetor pode ser um músculo ou uma glândula, e os músculos pode ser liso cardíaco ou esquelético.
Neurotransmissores
Neurotransmissores são mensageiros químicos que transportam, aumentam e modulam sinais entre neurônios e outras células no corpo.
Neurotransmissores excitatórios: Estes tipos de neurotransmissores têm efeitos excitatórios sobre o neurônio; eles aumentam a probabilidade de o neurônio disparar um potencial de ação.Alguns dos principais neurotransmissores excitatórios incluem epinefrina e norepinefrina.
Neurotransmissores inibitórios: Estes tipos de neurotransmissores têm efeitos inibitórios sobre o neurônio; eles diminuem a probabilidade de o neurônio disparar um potencial de ação. Alguns dos principais neurotransmissores inibidores incluem serotonina e GABA.
Cavidades
Cavidade craniana
A cavidade craniana consiste principalmente de cérebro, meninges e líquido cefalorraquidiano.
Cavidade vertebral
Cavidade espinhal é o canal através do qual a medula espinhal se estende. Mesmo como o nosso cavidade craniana, a cavidade medular é também envolvida por meninges. 
Cavidade Torácica
Cavidade torácica é constituída por uma parede torácica que protege o coração e os pulmões que são os órgãos importantes do nosso corpo.
Cavidade Abdominal
Cavidade abdominal está localizada abaixo da cavidade torácica e inclui principalmente os órgãos importantes tais como rins, estômago, fígado, o intestino delgado, intestino grosso, vesícula biliar, baço e pâncreas.
Cavidade pélvica
Cavidade pélvica consiste principalmente dos órgãos reprodutivos, do reto e da bexiga urinária. O trato digestivo inferior e o sistema reprodutivo constituem a cavidade pélvica.

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