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TCC desenvolvimento

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O Lúdico na Educação Infantil
Santos, Lucimara Márcia.
RU1063069
Orientador*
RESUMO
A presente pesquisa tem como tema: O Lúdico na Educação Infantil e tem como objetivo de questionar e pensar em soluções para o aprendizado eficaz, diante da seguinte problemática: como o lúdico é capaz de desenvolver habilidades da criança na educação infantil? O objetivo desse trabalho é abordar a importância do lúdico no processo de ensino-aprendizagem, as contribuições do lúdico no processo de desenvolvimento cognitivo na educação infantil dentro espaço escolar, apresenta também uma análise e discursão sobre os principais objetivos dessa prática pedagógica, desde o seu planejamento, organização e aplicabilidade, com o intuito de alcançar resultados positivos e eficientes no desenvolvimento integral das crianças. A metodologia aplicada nesse artigo é a pesquisa bibliográfica, com fundamentação nos principais teóricos e autores referenciados até hoje pela área da pedagogia, como Vygotsky, Piaget, entre outros que abordaram sobre o tema da ludicidade e que a considerava uma prática essencial para estimular a criatividade e a imaginação das crianças na educação infantil.
Palavras Chave: Socialização. Lúdico. Desenvolvimento. Infância.
Introdução
A escola é um espaço de contradições e diferenças, é o espaço privilegiado de produção e socialização do saber. A infância é a fase da vida que todo ser humano está mais suscetível a aprender diante das influências e experiências vividas durante a vida.
A descoberta do ambiente que nos cerca, nos instiga a uma busca incessante pelo saber, descobrir e conhecer. A curiosidade e o interesse são atitudes típicas exercidas durante a infância, pois é através desses mecanismos de ampliação do conhecimento que conseguimos absorver várias informações, desenvolvendo e aprendendo coisas novas. As novas funções para a educação infantil devem estar associadas a padrões de qualidades. Essa qualidade advém de concepções de desenvolvimento que consideram as crianças no seu contexto sociais, ambientais, culturais.
A criança como todo ser humano é um ser social e histórico que nascem com capacidades cognitivas, afetivas e sociais, possuem uma natureza singular, tem desejos de estar próximas a pessoas e é apta a interagir e a aprender com elas. Sua singularidade se caracteriza como um ser ativo e real, na qual amplia constantemente suas relações sociais, interações e forma de comunicação.
Ao brincar a criança é estimulada a interagir e a expressar sua imaginação, suas vontades, sentimentos e curiosidades. O brincar torna-se um convite ao estímulo para práticas sociais e a inserção da realidade. De acordo com a idade cada criança tem uma maneira diferente de explorar e absorver as informações que a cerca. Deve se respeitar a necessidade lúdica das crianças, considerando a criatividade, a noção do espaço e do tempo, das linguagens e de tudo que favoreça o estímulo e o aprendizado.
O presente artigo investiga como o ato do brincar influência diretamente no aprendizado e no desenvolvimento cognitivo durante a infância, de que maneira essa influência acontece e quais são os benefícios no aprendizado que a criança apresenta diante de uma simples brincadeira ou prática lúdica. 
A orientação para realização das práticas lúdicas não se dão ao acaso, devem-se estabelecer metas e objetivos, para que se atinja o resultado esperado, para isso professores e pedagogos, deverão estar comprometidos para desempenhar em seu trabalho, iniciativas pedagógicas que irão agregar à devida importância as brincadeiras propostas durante o ensino infantil.
A proposta desta pesquisa é abordar os meios de inserção das atividades lúdicas na escola, tornando uma prática efetiva e bem elaborada pelos docentes e pedagogos, cujo objetivo principal seja ajudar no desenvolvimento cognitivo infantil, contribuindo para o estímulo e aprendizagem das crianças.
É com base nas referências dos mais renomados autores da área pedagógica que abordam conceitos sobre a importância do lúdico no desenvolvimento infantil, que se fundamentará essa pesquisa, visando promover aos docentes maiores conhecimento sobre as práticas lúdicas além de, incentivar a aplicação desse método no âmbito escolar para potencializar o estímulo, a descoberta e a capacidade de imaginação na fase da infância. Para formação continuada sobre essa abordagem pedagógica.
Brincar e a Criança
Jean Piaget e Vygotsky são dois dos grandes pensadores que revolucionaram as práticas pedagógicas, eles acreditavam na ideia de que a inteligência é construída a partir das relações recíprocas do homem com o meio, portanto todo conhecimento é construído socialmente, através das relações humanas, confirmando assim o papel da sociedade no processo de aprendizado.
Para a criança, brincar, é sinal vital, é sinônimo de vida ativa, sendo assim é possível considerar esta atividade como meio da criança dominar conflitos e experiências cotidianas. 
Compreender a importância do brincar envolve o entendimento sobre o porquê a criança brinca e quais as necessidades e aspectos que envolvem essa atividade lúdica.
Alguns estudiosos defendem que a criança brinca simplesmente por gostar outros atribuem ao brincar uma necessidade que a criança desenvolve para dominar conflitos da vida diária.
Santos (2008, p.111) alega que alguns autores defendem que a
criança brinca por prazer, outros dizem que ela brinca para dominar angústias ou dar vazão à agressividade. Sendo assim, é possível perceber que o desenvolvimento infantil encontra no brincar mecanismos para impulsionar este processo.
Portanto, o brincar se configura como atividade social e cultural da criança e é ação que condiciona o infantil ao mundo real por meio de uma experimentação antecipada dos fatos cotidianos.
A lei garante o direito de brincar a todas as crianças, é um direito garantido no Estatuto da criança e do adolescente (ECA) em seu artigo 16, onde estabelece o direito de brincar, praticar esportes e divertir-se. 
A LDBEN nº 9.394/1996, em seu art. 29, destaca a integração das áreas de desenvolvimento e aprendizagem quando aponta que “a educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade”.
O trabalho pedagógico do professor de educação infantil carrega consigo a responsabilidade de ajudar o desenvolvimento do educando através de novas metodologias e recursos pedagógicos que o auxiliem na significação dos conteúdos
A brincadeira é a alternativa mais simples e prática de inserir a criança na sociedade, pois é através do exercício do brincar que a criança aprende sobre regras, crenças, culturas e costumes do meio em que vive. 
Para Vygotsky (2007), a criança ao nascer já está imersa em um contexto social, e a brincadeira se torna importante para ela justamente na apropriação do mundo, na internalização dos conceitos desse ambiente externo a ela.
Brincando, as crianças constroem seus próprios mundos e dos mesmos fazem um vínculo essencial para compreender o mundo do adulto, ressignificam e reelaboram acontecimentos que estruturam seus esquemas de vivencias, sua diversidade de pensamentos e a gama diversificada de sentimentos (ANTUNES, apud MACEDO, 2004, p. 12).
A criança quando esta brincando, consequentemente estará aprendendo coisas novas, desenvolvendo pensamentos, habilidades, capacidades e raciocínio. O ato do brincar gera, portanto uma gama de conhecimentos vitais para o seu desenvolvimento cognitivo, além de compartilhar suas emoções, vontades, interesses, necessidades e descobertas.
Além do brincar ser sinônimo de vida para a criança é também meio pelo qual esta consegue conhecer, expressar-se e evoluir enquanto ser humano ativo. É nesta perspectiva que Friedman (1998, p. 30) afirma que a brincadeira faz parte do patrimônio lúdico cultural, traduzindo valores, costumes, formas de pensamento e ensinamentos.A autora define o brincar como um direito da criança, pois brincar segundo ela é uma atividade que integra a vida social das mesmas. 
2.2 A ATIVIDADE LUDICA NO CONTEXTO DA EDUCAÇAO
No que se refere ao desenvolvimento infantil brincar oferece contribuição em vários aspectos e a falta desta atividade pode ocasionar graves consequências para o futuro da criança em desenvolvimento. 
As escolas desenvolvem atividades de modo compartimentado: hora para trabalhar coordenação motora, outra para expressões práticas, corpo, raciocínio, linguagem, o brincar sobe orientação, a brincadeira não direcionada. Portanto, é necessário que se promovam condições para que brincar aconteça na vida da criança, sem que esta atividade seja tomada como algum inútil ou “não produtiva” perante a sociedade.
Segundo Friedmann (2012. P. 45):
A possibilidade de trazer essa atividade para o ambiente escolar é uma forma de pensar a educação sob uma perspectiva criativa, autônoma, consciente. Por meio das atividades lúdicas, não somente se abre uma porta para o mundo social e para as culturas infantis, como se encontra uma rica possibilidade de incentivar se desenvolvimento. 
O educador por meio das atividades lúdicas, pode se fazer um diagnostico de comportamento geral ou individual do aluno, descobrir qual estagio de desenvolvimento encontra-se a criança.
Não se pode falar de educação de crianças sem se falar do brincar, este é um “processo” que atua de forma significativa no desenvolvimento da criança. Portanto, o brincar esta associado a escola, principalmente na educação infantil, do contrário estaríamos negando a criança o seu direito de ser quem é, uma criança em desenvolvimento se constrói em meios a ludicidade.
Sendo assim o professor em consonância com a instituição de ensino deve buscar respaldo nas leis que regem a educação infantil, para que consiga traçar metas de ensino adequadas às crianças, procurando pautar o trabalho educacional em um currículo coerente e que atenda as necessidades das mesmas.
Em se tratando da relação entre escola e brincar o Referencial
Curricular Nacional (Brasil, 1998, p.6) aponta:
Metas de qualidade para que as crianças tenham um
desenvolvimento integral de suas identidades, capazes de
crescerem como cidadãos cujos os direitos a infância são
reconhecidos. Visa, também contribuir para que possa realizar, nas
instituições, o objetivo socializador, dessa etapa educacional, em
ambientes que propiciem o acesso e a ampliação pelas crianças ,
dos conhecimentos da realidade social e cultural. 
Nesta perspectiva é necessário que o professor sempre elabore propostas lúdicas, que incluam o brincar em todo processo do trabalho na educação infantil, que através deste, seja possível mediar à aprendizagem e o desenvolvimento da criança, ajudando-a progredir na definição de sua identidade, em meio ao ambiente social que a cerca e nas formas de comunicação e linguagem a serem elaboradas por ela.
Tendo isso em vista, é preciso que o professor assuma um papel de mediador e que consiga auxiliar a criança valorizando o caráter lúdico da educação de modo que este possa levar à criança a construção de um conhecimento significativo.
2.3 O LÚDICO E AS TEORIAS
Os teóricos que influenciaram as práticas pedagógicas através de suas abordagens onde relacionam o lúdico e a educação infantil, tornaram-se ícones no campo da pedagogia. Seus conceitos passaram a teorizar cientificamente sobre o quanto as atividades lúdicas eram importantes na formação da criança. O que de fato o lúdico pode representar para a educação, qual o seu papel no desenvolvimento infantil, são algumas das questões levantadas para aprofundar a pesquisa sobre as influências e as consequências que essa prática pedagógica pode ofertar para a educação infantil.
 Piaget (1998) diz que a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança sendo por isso, indispensável à prática educativa (Aguiar, 1977, 58). 
Jean Piaget o grande pensador que contribuiu muito para os avanços pedagógicos, em um dos seus estudos sobre as crianças descobriu que elas não raciocinavam como os adultos, e foi a partir desta descoberta que ele indicou que fossem adotadas abordagens diferenciadas para educação infantil, uma revolução para pedagogia tradicional. Para ele o desenvolvimento da inteligência resulta da interação do sujeito com o meio ambiente e quanto mais rica é essa experiência, mais probabilidade tem de desenvolver o seu raciocínio lógico e a sua autonomia, ou seja, trata-se de uma aquisição a nível individual. As atividades lúdicas proporcionam essa experiência para as crianças, mais um dos motivos que garantem a sua contribuição para o desenvolvimento integral infantil, devendo ser implantada nas escolas para que desempenhem o seu papel mais valioso que é ensinar e educar através do brincar. 
A ludicidade deve se expandir cada vez mais nas escolas, pois se trata de uma atividade séria e construtora de conhecimentos. Sua valorização nos espaços escolares deve ser promovida constantemente, para que a prática pedagógica se torne uma aprendizagem prazerosa e eficiente. Os resultados dessa prática lúdica desencadeia um desenvolvimento sadio e harmonioso nas crianças, estimulando cada vez mais o prazer e a vontade pelo conhecimento adquirido por meio desta metodologia. 
As práticas lúdicas promovem experiências completas no momento da sua realização, o que torna sua aplicabilidade essencial dentro do espaço escolar, porque acima de tudo é um convite ao estímulo para as crianças construírem sua realidade mediante as concepções manifestadas no decorrer da atividade, formulando ideias, conceitos e principalmente fundamentando o aprendizado. 
Segundo Rau (2012b, p.31), “ensinar por meio da ludicidade é considerar que a brincadeira faz parte da vida do ser humano e que, por isso, traz referencias da vida do próprio sujeito”.
 A observação é mais um dos benefícios que as práticas lúdicas podem oferecer, pois durante a infância se constitui o interesse pelo novo, tudo é novidade, é conhecimento, portanto é mais um incentivo para a criança avançar nas suas descobertas e interesses.
Segundo Vygotsky (1998), para entendermos o desenvolvimento da criança, é necessário levar em conta as necessidades dela e os incentivos que são eficazes para colocá-las em ação. O seu avanço está ligado a uma mudança nas motivações e incentivos.
O lúdico é uma forma diferente de educar, pois inclui elementos do cotidiano associados ao prazer. A criança brinca espontaneamente, expondo suas emoções, necessidades, medos e curiosidades. Quando se associa a brincadeira à prática pedagógica eficiente e focada a conteúdos e objetivos pré-estabelecidos, o conteúdo se torna mais interessante e de fácil compreensão, além de serem momentos de intensa diversão e alegria. 
A ludicidade leva a criança a conhecer novos pontos de vista em relação a sua experiência, possibilitando a modificação da realidade de acordo com seus interesses e gostos. As crianças vivenciam as experiências lúdicas, e por meio delas aprendem a analisar situações e antecipar-se a elas, elaborando estratégias e planejando-as. O lúdico é consideravelmente uma ótima ferramenta que se deve utilizar nas instituições de ensino, pois sua aplicabilidade e representação para a escola só oferece benefícios ao desenvolvimento infantil e potencializa a educação.
O ato de brincar não é apenas um momento de diversão e laser, seu significado vai além desse conceito é, portanto um meio muito importante utilizado para desenvolver a aprendizagem, através de métodos eficientes que devem ser empregados em todas as instituições que atendem a modalidade do ensino infantil, como prática assídua na escola apresentada inclusive nos planejamentos de aula dos professores, que por sua vez seria favorecido ao exercício da prática, caso tivesse em sua formação superior um aperfeiçoamento significativo e relevante para conhecer de fato todas as vantagens que a educação lúdica pode atingir. 
O sentidoreal, verdadeiro, funcional, da educação lúdica estará garantido se o educador estiver preparado para realizá-lo. Nada será feito se ele não tiver um profundo conhecimento sobre os fundamentos essenciais da educação lúdica, condições suficientes para socializar o conhecimento e predisposição para levar isso adiante (ALMEIDA, 2000, p.63).
Quando se explora o elemento lúdico no âmbito escolar a criança tem a oportunidade de desenvolver suas habilidades psíquicas, motoras, físicas e emocionais, além de aguçar a criatividade. As possibilidades criadas com base nas atividades lúdicas são oportunidades que as crianças têm de conhecer melhor a si mesma, como também o meio em que vive. 
A função lúdica na educação: o brinquedo propicia diversão, prazer e até desprazer, quando escolhido voluntariamente a função educativa, o brinquedo ensina qualquer coisa que complete o indivíduo em seu saber, seus conhecimentos e sua apreensão do mundo. O brincar e jogar e dotado de natureza livre típica de uns processos educativos. Como reunir dentro da mesma situação o brincar e o educar. Essa e a especificidade do brinquedo educativo. (KISHIMOTO, 2003, p.37).
Brincar para a criança também é uma possibilidade de resolução de conflitos, que vai além do simples momento de laser, e sim um meio de ter atitude e opinião. 
Segundo Vygotsky é durante a educação infantil que as habilidades conceituais da criança são ampliadas, pois, ao brincar ela imita os mais velhos em suas atividades culturais e sociais, criando oportunidades para o seu próprio desenvolvimento intelectual. (GRANDO, 2004).
Para o autor, o brinquedo tem um grande papel no desenvolvimento da identidade e da autonomia. As brincadeiras fazem com que as crianças amadureçam também a capacidade de socialização, por meio da interação e da utilização de regras e papéis. 
O ato de brincar em si, geralmente não exige um brinquedo, que seja um objeto tangível, pode acontecer como um faz de conta. Mais que ele complementa e amplia as possibilidades da imaginação fluir demasiadamente é uma notável verdade para toda criança. A brincadeira do faz de conta também defendida por Vygotsky que o classificou como uma das funções do brincar.
A criança passa a criar uma situação ilusória imaginária, como forma de satisfazer seus desejos não realizáveis. Esta é, aliás, a característica que define o brinquedo de modo geral. A criança brinca pela necessidade de agir em relação ao mundo mais amplo dos adultos, e não apenas no universo dos objetos a que ela tem acesso. (VYGOTSKY, 1995, p.82)
As crianças tem um jeito particular de conviver com as mudanças que os cercam, apresentar e explorar as práticas corretas de lidar com as adversidades do mundo, é um dos maiores desafios que a educação infantil tem o compromisso de atender, o lúdico nesse contexto tem papel fundamental, pois será por meio dele, que a docência irá se apoiar e se embasar para realizar suas práticas pedagógicas.
É a partir desse contexto que as práticas lúdicas devem está inserida nos conteúdos curriculares da educação infantil das instituições, com objetivos claros e definidos, para que as crianças possam exercer sua capacidade de imaginação e criatividade.
É indispensável que as escolas ofereçam uma diversidade de atividades lúdicas, brinquedos e jogo as crianças, para que se alcance a atenção necessária em função da aprendizagem.
O brincar esta presente em todas as dimensões da existência do ser humano, precisamente nas crianças, que brincam e aprendem institivamente. 
A passagem da atividade espontânea à atividade planejada ocorre graças à existência de um ambiente adequado, no qual a criança possa atender a sua necessidade de movimento, bem como investir na atividade de exploração de jogos, brinquedos e espaço.
2.4 O lúdico no desenvolvimento da criança
Para que entendamos a relação entre a infância, brincadeiras é necessário resgatar o ato de brincar enquanto experiência lúdica. Como instrumento que pode ser utilizado no processo formativo de estudo, o lúdico busca o papel do brincar o acesso a cultura, a incorporação dos valores e apropriação de novos conhecimentos. No entendo compreendemos que a inserção das atividades lúdicas no desenvolvimento da criança é importante para que ela possa alcançar seus objetivos no contexto da educação infantil.
Através do lúdico a criança encontra o equilíbrio entre o real e o imaginário. É na infância que a criança adquire o ato de brincar e buscar experiências com outras crianças. O brincar também envolve atividades físicas, mentas, sociais, comunicativas e emocionais para o desenvolvimento da criança. A brincadeira é um fenômeno da cultura que se configura em um conjunto de praticas.
No brincar casa-se espontaneidade e a criatividade com a progressiva aceitação de regras sociais e morais. Dessa forma o conhecimento destaca o desenvolvimento, identidade e a autonomia. O fato de a criança desde cedo se expressar através de gestos e sons favorece e representa determinado papel na brincadeira. A criança se expressa de maneira natural.
O brinquedo satisfaz as necessidades básicas de aprendizagens das crianças, como por exemplo, as de escolher, imitar, dominar, adquirir competências, enfim de ser ativo em um ambiente seguro, o qual encoraje e consolide o desenvolvimento de nomes e valores sociais (HORN, 2004, p.71) 
Por meio da brincadeira, da musica, do teatro, da conversa , da interatividade a criança tende a compreender a experiência da cultura e dos costumes que favorece a compreensão mais eficaz da criança resgatando o gosto de aprender, tornando a afetividade entre o individuo e o aprender, tornando a aprendizagem mais interessante e prazerosa.
Desse modo todos participam ativamente do processo de aprendizagem onde o lúdico esta presente em todos os momentos. O ato de brincar contribui para um melhor desenvolvimento da criança em todos os aspectos que contribui para uma vida social de todo ser humano, e assim com a brincadeira é que a criança viaja na sua imaginação, se tornando gente grande em alguns momentos.
A lei federal n° 8069/90 mostra que toda criança tem direito de brincar, mostra também que todas as crianças tem direito a vida e a saúde, a liberdade, ao respeito e a dignidade, a convivência familiar e comunitária, a educação a cultura e ao lazer, a proteção ao trabalho...(2004). A compreensão desses assuntos aliados a uma proposta educativa contextualizada poderá contribuir na organização do trabalho pedagógico, tendo em vista o bem estar da criança. A brincadeira é uma atividade necessária e saudável na infância. Por meio da brincadeira ela constrói seu próprio mundo e se projeta no mundo real.
Contudo, a criança com suas potencialidades e necessidades e o educador com suas qualificações profissionais poderão estabelecer relações de afeto e atenção que irão transformar a pratica pedagógica em situações de aprendizagem significativa e prazerosa, contribuindo assim para a formação integral da criança integrando-a na sociedade de forma lúdica e significativa.
3. FUNDAMENTAÇÃO METODOLOGICA
A metodologia empregada nesse artigo foi baseada em pesquisas bibliográficas, realizadas por meio de consultas aos livros, publicações e sites relacionados ao tema proposto A pesquisa bibliográfica tem a finalidade de ampliar o conhecimento do pesquisador sobre o tema investigado, através de uma nova perspectiva e abordagem.
Com base nos teóricos que mais influenciaram as práticas pedagógicas, se estrutura todo o contexto desta pesquisa, para investigar a função do lúdico como recurso pedagógico. A pesquisa pretende conscientizar os educadores para o aperfeiçoamento das suas práticas lúdicas, aprimorando o processo de ensino aprendizagem, por meio do diferencial que a ludicidade oferta para a educação infantil nas escolas.
A pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituindo principalmente de livros e artigos científicos. Embora em quase todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho destanatureza, há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas. (GIL, 1999, p. 65) 
	O levantamento bibliográfico cujo objetivo principal é fundamentar os conceitos sobre as contribuições da ludicidade para o desenvolvimento cognitivo infantil no âmbito escolar, possibilita um maior conhecimento sobre a importância que as práticas lúdicas fornecem para educação das crianças. 
O procedimento utilizado como critério para escolha das obras que fundamentam a pesquisa foi considerar a relevância e a veracidade das informações, a aplicabilidade das teorias apresentadas para realização da prática lúdica e acessibilidade das obras consultadas.
4. REFERENCIAS
SANTOS, Santa Marli Pires dos. Brinquedo e Infância: um guia para pais e educadores em creche. 9. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2008. 
MACEDO, L. Faz-de-conta na escola: a importância do brincar. Revista Pátio – Educação Infantil. Ano 1 nº 3. Dezembro de 2003/ março de 2004. Ed Artmed. P. 10-13
______. Referencial curricular nacional para a educação infantil / Ministério da Educação e do Desporto, Secretária da Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, v.3, i.L,1998.
 
ALMEIDA, P. N. Educação lúdica: Técnicas e jogos pedagógicos. 10. e-d. São Paulo: Loyola, 2000. 
KISHIMOTO, T. M. O jogo e a educação infantil. São Paulo: Pioneira Tomson Learning, 2002.
 VYGOTSKY, L. S. O papel do brinquedo no desenvolvimento. In: A formação social da mente. São Paulo: Ed. Martins Fontes, 1989. 168p. p.106-118.
HORN, Maria da graça de Souza. Sabores, cores, sons, aromas. A organização dos espaços na educação infantil. Porto: Artmed, 2004 
FRIEDMAN, o brincar na educação infantil._1.ed._sao Paulo:moderna,2012.

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