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FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ
MAÍRA PEIXOTO CALDATO
SABRINA ANSELMO
INVENTÁRIO
Campo Grande – MS
2016
INVENTÁRIO
A morte da pessoa natural opera a transmissão de seus bens aos sucessores legítimos e testamentários. Todavia, constituindo o patrimônio do autor da herança uma verdadeira “universalidade”, faz-se mister a apuração de quais são os bens que o integram, com o objetivo de definir o que, de fato, será transmitido aos sucessores, e, havendo mais de um sucessor, necessária também é a definição de quais bens da herança corresponderão à cada um deles.
INVENTÁRIO NEGATIVO
 Não remanescendo do de cujus bens patrimoniais, não há, por óbvio, o que inventariar. Todavia, ainda assim, há situações jurídicas em que o cônjuge sobrevivente tem interesse em obter o reconhecimento oficial do óbito sem herança.
 Apesar de não ser expressamente previsto pelo Código, o inventário negativo tem sido acolhido pela doutrina e jurisprudência. É porque a própria lei não permite o casamento do viúvo que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não promover o inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros (CC, art. 1.523, I). O inventário negativo é, nesse cenário, a forma criada pela prática processual civil para provar que o óbito se deu sem deixar bens a partilhar.
INVENTÁRIO JUDICIAL
 Sempre que nós tivermos, por exemplo, um testamento, ou que nós tivermos menores e capazes interessados, o inventário terá que ser feito no fórum. Primeiramente nós podemos ter um inventário pelo rito comum, que poderá ser litigioso. Esse inventário tem um procedimento mais longo, então nós teremos várias fases a serem observadas como a petição de abertura, depois disso nomeação de inventariante, apresentação de primeiras declarações, citação e impugnação dos herdeiros e por fim as últimas declarações. Além disso, no fórum também é possível que haja o arrolamento sumário, que esse procedimento seja feito por meio de arrolamento sumário previsto no artigo 659 do CPC de 2015. Esse procedimento é mais célere, porém, há uma exigência. Na verdade, duas. Uma que todos os herdeiros sejam maiores e capazes, e que todos os herdeiros estejam em consenso, estejam de acordo com o inventário, isso quer dizer, com os bens a serem partilhados e também com plano de partilha.
DO ARROLAMENTO
SUMÁRIO
 Se os sucessores preferirem a partilha amigável, a simplificação do arrolamento dependerá basicamente de dois requisitos: todos os herdeiros devem ser maiores e capazes e devem estar em total acordo com a partilha amigável.
 Para o caso do art. 659 do NCPC, não importa o valor dos bens do espólio. A característica deste procedimento é a dispensa de “lavratura de termos de qualquer espécie” (art. 660), vem como dos atos de avaliação de bens e de partilha em juízo.
COMUM
            Em razão do pequeno valor dos bens, o procedimento do inventário pode ser simplificado, inobstante acordo geral dos herdeiros. Todavia, ao contrário do que ocorre no arrolamento sumário do art. 659, não está excluída a hipótese de divergências e de um contencioso entre as partes. A simplificação do rito, portanto, é menor e bem menos significativa, nos termos do art. 664 do NCPC e seguintes.
O INVENTARIANTE
Dispõe o NCPC, acerca da nomeação do inventariante:
Art. 617.  O juiz nomeará inventariante na seguinte ordem:
I - o cônjuge ou companheiro sobrevivente, desde que estivesse convivendo com o outro ao tempo da morte deste; II - o herdeiro que se achar na posse e na administração do espólio, se não houver cônjuge ou companheiro sobrevivente ou se estes não puderem ser nomeados; III - qualquer herdeiro, quando nenhum deles estiver na posse e na administração do espólio; IV - o herdeiro menor, por seu representante legal; V - o testamenteiro, se lhe tiver sido confiada a administração do espólio ou se toda a herança estiver distribuída em legados; VI - o cessionário do herdeiro ou do legatário; VII - o inventariante judicial, se houver; VIII - pessoa estranha idônea, quando não houver inventariante judicial. Parágrafo único.  O inventariante, intimado da nomeação, prestará, dentro de 5 (cinco) dias, o compromisso de bem e fielmente desempenhar a função.
Dispõe, ainda, acerca das obrigações do inventariante:
Art. 618.  Incumbe ao inventariante:
I - Representar o espólio ativa e passivamente, em juízo ou fora dele, observando-se, quanto ao dativo, o disposto no art. 75, § 1o; II - administrar o espólio, velando-lhe os bens com a mesma diligência que teria se seus fossem; III - prestar as primeiras e as últimas declarações pessoalmente ou por procurador com poderes especiais; IV - exibir em cartório, a qualquer tempo, para exame das partes, os documentos relativos ao espólio; V - juntar aos autos certidão do testamento, se houver; VI - trazer à colação os bens recebidos pelo herdeiro ausente, renunciante ou excluído; VII - prestar contas de sua gestão ao deixar o cargo ou sempre que o juiz lhe determinar; VIII - requerer a declaração de insolvência.
            Ainda, das prerrogativas do inventariante:
Art. 619.  Incumbe ainda ao inventariante, ouvidos os interessados e com autorização do juiz:
I - Alienar bens de qualquer espécie; II - transigir em juízo ou fora dele; III - pagar dívidas do espólio; IV - fazer as despesas necessárias para a conservação e o melhoramento dos bens do espólio.
COMPETÊNCIA
 O inventário judicial, no plano da competência internacional, cabe sempre à Justiça brasileira processar, excluindo-se qualquer outra, ainda que o autor da herança seja estrangeiro ou tivesse seu último domicílio no estrangeiro. Cuida-se de competência exclusiva, e, portanto, absoluta e improrrogável.
 De outro modo, a Justiça brasileira é incompetente para proceder a inventário e partilha de bens não situados no Brasil, ainda que o falecido tivesse seu último domicílio em território nacional.
 Na ordem nacional, a competência para o inventário, via de regra, é atribuída ao foro do último domicílio do autor da herança. Entretanto, haverá competência extraordinária quando o falecido não tinha domicílio certo, hipótese em que a competência se definirá: no foro da situação dos bens imóveis integrantes do acervo a partilhar; em qualquer dos foros dos bens imóveis, se os havendo em foros diferentes; não havendo bens imóveis, será competente o foro de situação de qualquer dos bens do espólio.
DA LEGITIMIDADE DA AÇÃO
Dispõe o CPC:
Art. 615.  O requerimento de inventário e de partilha incumbe a quem estiver na posse e na administração do espólio, no prazo estabelecido no art. 611.
Parágrafo único. O requerimento será instruído com a certidão de óbito do autor da herança.
Art. 616.  Têm, contudo, legitimidade concorrente:
I - O cônjuge ou companheiro supérstite; II - o herdeiro; III - o legatário; IV - o testamenteiro; V - o cessionário do herdeiro ou do legatário; VI - o credor do herdeiro, do legatário ou do autor da herança; VII - o Ministério Público, havendo herdeiros incapazes; VIII - a Fazenda Pública, quando tiver interesse; IX - o administrador judicial da falência do herdeiro, do legatário, do autor da herança ou do cônjuge ou companheiro supérstite.
PROCEDIMENTO
            O procedimento sucessório em juízo compreende dois estágios – o do inventário e o da partilha -, podendo ser desdobrado nos seguintes termos essenciais:
Inventário:
Petição inicial;
Nomeação de inventariante;
Primeiras declarações;
Citação dos interessados;
Avaliação do acervo;
Últimas declarações;
Liquidação do imposto de transmissão da herança;
Partilha:
Petição de quinhões;
Deliberação da partilha;
Julgamento da partilha;
PETIÇÃO INICIAl
A petição inicial deve vir instruída com a certidão de óbito do autor da herança.
PRIMEIRAS DECLARAÇÕES
    O juiz, estando em ordem a petição inicial, despachará nomeando o inventariante, para que este assuma o encargo de promover o inventário e partilha dos bens deixados pelo morto, sendo que aquele prestará compromissoe terá 20 (vinte) dias para apresentar suas primeiras declarações, contendo:
A identificação do morto e das circunstâncias em que se deu o óbito (data, local e hora), com o esclarecimento de existir ou não testamento a cumprir;
Nomeação e qualificação dos herdeiros e do cônjuge sobrevivente, se for o caso, com indicação do respectivo regime matrimonial;
Relação completa e individualizada de todos os bens que formam a herança, inclusive aqueles que devem ser conferidos à colação, com os respectivos valores.
DA CITAÇÃO 
 Após as primeiras declarações, segue-se a citação e intimação de todos os interessados para acompanhar o feito em todos os seus termos. Na cognição do art. 626 do NCPC, a citação compreenderá o cônjuge, o companheiro, os herdeiros e os legatários. Devem ser intimados a Fazenda Pública, o Ministério Público, se houver herdeiro incapaz ou ausente, e o testamenteiro, se o finado deixou testamento.
O prazo de manifestação nos autos é de 15 (quinze) dias. A citação será acompanhada de uma cópia das primeiras declarações e será por correio, sendo também publicado o edital.
IMPUGNAÇÃO DOS CITADOS
            Consumada a última citação, correrá o prazo de quinze dias comuns para todos os interessados manifestarem-se sobre as declarações do inventariante, cabendo, então, impugnação, cujo conteúdo pode consistir na: arguição de erro, omissão ou sonegação do inventariante, quanto aos bens, direitos ou obrigações do espólio; reclamação quanto à escolha do inventariante; contestação à qualidade de quem foi incluído no título de herdeiro.
            Qualquer das impugnações devem se basear em questão de direito ou em fato demonstrável por prova documental, visto que no procedimento do inventário não há dilação para prova oral ou pericial.
ÚLTIMAS DECLARAÇÕES
            Finda a avaliação, compete ao inventariante prestar suas últimas declarações, que serão o termo final do inventário propriamente dito, nas quais poderão ser emendadas, aditadas ou complementadas as declarações iniciais, logrando a fatos novos ou erros e omissões cometidos pelo inventariante.
            Com as declarações finais, retrata-se a situação definitiva da herança a ser partilhada e adjudicada aos sucessores do falecido. Poderão as partes impugná-las em 15 (quinze) dias, cabendo ao juiz decidir acerca de tais impugnações de plano.
IMPOSTO CAUSA MORTIS
            Para o cálculo do imposto causa mortis, leva-se em conta apenas os bens imóveis do espólio que se sujeitam ao tributo sucessório, e que, se o de cujus era casado em regime de comunhão parcial de bens, a meação do cônjuge sobrevivente não representa herança, mas sim bem próprio, que, por isso, não suportará tributo algum.
            O imposto será apurado sobre o valor líquido da herança, deduzidos, antes do cálculo os valores de dívidas passivas, as despesas do funeral, as custas do processo, a taxa judiciária, etc.
COLAÇÃO DE BENS
Trata-se de uma conferência dos bens da herança com outros transferidos pelo “de cujus”, em vida, aos seus descendentes, promovendo o retorno ao monte das liberalidades feitas pelo autor da herança antes de falecer, para uma equitativa apuração das quotas hereditárias dos sucessores legitimários. Segundo a lei civil: “Os descendentes que concorrerem à sucessão do ascendente comum são obrigados, para igualar as legítimas, a conferir o valor das doações que dele em vida receberam, sob pena de sonegação”. A colação tem por fim igualar, na proporção estabelecida no Código Civil, as legítimas dos descendentes e do cônjuge sobrevivente, obrigando também os donatários que, ao tempo do falecimento do doador, já não possuírem os bens doados. (Art.639 a 641 CPC E Art. 2002 á 2012 CC).
CONCLUSÃO
Neste trabalho abordamos sobre os institutos do Inventário, as modificações que houve com o CPC/2015, como também os demais procedimentos conforme doutrina processual civil atual.
DAS REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
https://jus.com.br/artigos/53576/inventario-partilha-e-arrolamento
http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI238084,41046-Importantes+alteracoes+do+direito+das+sucessoes+trazidas+pelo+novo+CPC
http://danilomontemurro.com.br/como-fazer-o-inventario-explicacao-passo-a-passo/
http://www.direitonet.com.br/dicionario/exibir/1293/Colacao-de-bens-Direito-das-Sucessoes-Novo-CPC-Lei-no-13105-15

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