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PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE HEGEL

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As preocupações de Hegel não se dirigem a aspectos específicos da vida humana, suas origens ou inserção no mundo, quais eram então?
Seu sistema revela preocupação mais ampla, voltada ao direito, à história, à política, enquanto âmbito diverso da realização do homem em seu mundo esta sim seu foco primordial.
 Nas palavras do autor (Bréhier-1977) o que revela a filosofia de Hegel?
Um saber enciclopédico, os quais fizeram ou tentaram outros filósofos de uma época que visava, sobretudo, a não deixar escapar qualquer elemento positivo da cultura humana.
Tal tentativa, considerada ambiciosa, revela qual perspectiva sobre Hegel?
Em relação a si próprio e a sua filosofia, julgava-se porta-voz previlegiado de sua época e considerava que sua filosofia seria resposta última que se poderia produzir, destinando-se ao sepultamento as doutrinas que o precederam.
 O que Hegel julgava, ao dizer que “chegou o tempo de responder definitivamente”:
O de acabar com a filosofia, Istoé, de chegar ao fim à exposição sistemática da ciência, desse saber absoluto a qual a humanidade aspirava há 24 séc., e que é a ele que essa tarefa está reservada.
Ao propor que, a compreensão das ideias fundamentais que marcaram o pensamento Hegeliano, a qual retomada de aspecto relativo e qual influência ele se baseou?
Igualmente aos demais idealistas alemães dessa época, recebeu a partir da difusão dos princípios que norteavam a revolução francesa de 1789.
Pelo contexto da época o que coube aos pensadores alemães, atrasados economicamente em relação à França e a Inglaterra?
Coube oferecer uma resposta, uma doutrina filosófica, que recuperasse os ideais que defendiam e buscasse superar a discrepância entre aqueles ideais e a situação histórica em que se encontravam.
Sendo assim, em quais características do pensamento Hegeliano deve se entender, e quais pensamentos?
Deve se entender, sob a perspectiva de um movimento filosófico que permitisse a libertação do homem como sujeito autônomo, capaz de dirigir seu próprio desenvolvimento, sob a égide dos ideais revolucionários de 1789.
 O que buscava o idealismo alemão, tão bem representado por Hegel?
A situação do homem no mundo, seu trabalho e lazer, deveriam, doravante, depender de sua própria atividade racional livre e não de qualquer autoridade externa.
Em qual contexto filosófico se baseou os pensadores alemães, e qual limite buscavam superar?
No contexto fortemente marcado pelo empirismo Inglês, o qual buscava superar os limites que criticava em tal postura filosófica, o idealismo alemão buscava ideias universais.
Qual possibilidade e qual método para atingir esse objetivo, e em contrário a quê?
A possibilidade de atingir pela razão, conceitos necessários e igualmente universais. Encontra partida, o empirismo inglês acreditava que as leis gerais eram criações humanas e, como tal, não representavam o real.
A supremacia pela experiência (empirismo) sobre a razão, método defendido por ingleses, vinham contrariamente, ao que Hegel acreditava, diga-nos a visão de Hegel?
Ao julgar que, limitando-se ao dado, o homem acaba por ter que limitar à ordem existente das coisas. A ênfase na razão coloca o homem como livre e capaz de se desenvolver se estiver dominado por uma vontade racional, possibilitando assim a transformação da realidade de acordo com critérios racionais.
Hegel era crítico do empirismo Inglês, mas também ao racionalismo de Kant, explique por que?
A objeção ao Kantismo, se refere a impossibilidade de se conhecer a coisa-em-si (noumeno), o que, segundo Hegel, limitava a razão, mantendo-a vulnerável às criticas empiristas.
Qual o motivo que faz a dialética ser inseparável, portanto necessária a filosofia hegeliana?
Na medida em que é a dialética expressa o movimento constante e complexo a qual está submetida toda realidade.
Para Hegel o pensamento deve se submeter-se dialeticamente a quê e para quê?
Para  compreender o movimento do mundo o pensamento submete-se aos procedimentos que orientam o desenvolvimento das coisas, sendo o próprio pensamento dialético. A dialética, portanto, está nas coisas e no pensamento, já que o mundo real  e o pensamento constituem uma unidade indispensável, submetida à lei universal da contradição.
Ao submeter à lei universal da contradição, a qual compreensão dialética envolve as ideias de Hegel?
De que toda realidade é essencialmente “negativa”. A negatividade parte da natureza dos seres do mundo objetivo e do próprio homem, colocando em oposição aquilo que os seres são e suas potencialidades, sugerindo um estado de limitação, bem como a necessidade de superar tal estado em direção ao outro. A tal motivação ou luta dos seres em direção aquilo que não são.
Desse modo a que Hegel atribui a força de um dever?
Dever de perecer, denegar o estado anterior para ser substituído pelo novo que realiza uma potencialidade presente no velho.
 Para Hegel o que é a negatividade e qual processo se desencadeia a partir desse momento?
É a matriz do processo de transformação continua de toda parte, tal processo de transformação se expressa num movimento constante e contraditório que constitui, essencialmente, a dialética.
Como Hegel caracteriza esse movimento dialético?
Em três fases em si (tese), para si (antítese) e em si- para - si (síntese).
O movimento da realidade se expressa, portanto, por meio de um movimento triádico, explique melhor essa afirmação?
Cada ser (em si, tese) está limitado ás qualidades que possui (qualidades que o distinguem de outros seres) e se nega, buscando superar-se e transformar-se, adquirindo novas qualidades. O ser que se nega e se transforma (para si anti/ tese) volta a si buscando um novo estado (em si – para - si síntese) que recupera a essência que preservou nesse fluxo de transformações, por meio da negação.
 O sistema filosófico Hegeliano, em grande parte< sustenta-se em qual conceito, explique?
Do “ser” exatamente porque tudo o que existe é ser. Conforme concebeu Hegel, o conceito de ser veio romper a ideia de um mundo composto por coisas (ou seres) cuja identidade mantém-se até que aquele ser deixe de existir, em outras palavras, rompe-se com Hegel, a ideia de que uma coisa só pode ser ela mesma e que, ao transformar-se perde sua identidade para jamais ser recuperada.
Portanto para Hegel o ser é?
Fundamentalmente, um vir – a - ser. O modo como o ser apresenta-se em determinado momento é apenas um modo de seu existir, que contempla apenas uma entre as múltiplas potencialidades que pode desenvolver que constituem as próprias etapas de seu desenvolvimento, de sua transformação.
Explique a afirmação, “para Hegel, essa é a lei do desenvolvimento histórico”, e para quem é válida?
Para existir verdadeiramente o ser deve superar o estado atual em que se apresenta e ultrapassando os limites dados por esse estado, vir – a - ser o que não é, ou seja, buscar um novo estado de sua existência deve, necessariamente, ser ultrapassado, é algo de negativo, que deve ser abandonado à procura do novo, que uma vez mais se apresentará como um limite a ser superado.
E é válido para todos os seres, regular o movimento de transformação no mundo, num processo contínuo em que cada ser perece, uma vez perecendo, transforma-se em outro que passará pelo mesmo processo.
Pela afirmação do ser, para Hegel é ser em processo, explique-nos melhor?
Verifica-se assim mesma forma que não concebe tal estado como definitivo ou imutável. Ao contrário, Hegel concebe o ser como um “ser em processo” que, estando em permanente mudança, conserva-se a si mesmo em cada estágio do processo por que passa.
Sendo assim, para Hegel qual é o verdadeiro ser?
O verdadeiro ser é um ser em movimento, só assim pode ser compreendido.
Pode se afirmar então, para Hegel, o ser e o nada são iguais, através da negatividade, explique?
Sobre a constituição do ser, Hegel afirma ainda que a negatividade é parte inerente à natureza, já que, para ser o que realmente é, o ser deve realizar suas potencialidades, de modo a vir- a- ser uma nova fase de sua existência.Essa nova fase se apresenta como um novo estado a ser superado, no processo de continuo movimento.
A ideia de negatividade, e esta, por sua vez, levou Hegel a identificar o “ser” e o “nada”, posto que, para algo possa efetivamente ser, deve passar a ser o que não é. Assim todo o ser contêm em si o próprio ser e seu oposto, o nada. O ser e o nada revelam-se,portanto, idênticos.
Para Hegel, todos os seres, incluindo o homem estão sempre em processo de transformação, então o que difere o homem dos demais seres?
A capacidade de compreensão e interferência que os seres possuem sobre seu próprio processo de desenvolvimento distingue-os entre si. Só o homem é capaz de compreender o processo por que possa e nele interferir.
Diga-nos que capacidade de diferenciação é essa?
 Tal capacidade, inerente ao homem, advêm do uso da razão de que está dotado. Assim como a liberdade que está pressuposta por e pressupõe essa condição racional.
Para Hegel, a razão é histórica, pelo processo de continua transformação do homem, aprofunde está afirmação?
Se o homem está em processo de continua transformação, o mesmo se aplica ao conhecimento por ele produzido. O conhecimento é um processo continuo que não pode ser desvinculado das condições históricas que o determinam. É também progressivo, não existindo verdades eternas. A verdade está submetida á razão e a razão humana está submetida a sua história.
Portanto que historicidade é essa para Hegel, e o que ela define?
Na história, encontram-se os critérios para definir o que é racional, e apenas o que é racional, para Hegel pode ser verdadeiro.
Hegel ainda dizia que quem estuda história sabe muito bem que a humanidade caminha rumo a um autoconhecimento e um autodesenvolvimento cada vez maiores. A história, segundo ele, demonstra de forma inequívoca a evolução rumo a uma racionalidade e liberdade, maiores, às vezes ela dá escapadelas do seu rumo, mas o todo revela uma marcha inexorável para frente. Para Hegel, portanto, a história persegue um objetivo definido.
Já sabemos que a filosofia de Hegel, afirma a razão como histórica, onde entra o trabalho na sua concepção histórica?
O homem só atinge a autoconsciência quando conhece suas potencialidades e é livre para realiza-las, processo que só se realiza pelo confronto entre indivíduos em sua relação de trabalho.
O trabalho desempenha importante papel na medida em que funciona como elemento integrador entre indivíduos oriundos de diferentes posições e com diferentes necessidades numa dada sociedade.
Hegel assinala que o processo de trabalho envolve dois domínios opostos, digam-os quais?
O trabalho (ou “escravo”) e o “senhor”, que não produz diretamente, mas apropria-se dos produtos do trabalho do outro. Também para o senhor, o trabalho é o processo de criação da autoconsciência, ao lidar com objetos produzidos pelo trabalhador, está lidando com a autoconsciência daquele, que está objetificada nos objetos por ele produzidos. Nessa relação, o senhor percebe que não é independente do escravo. Por meio das relações midiatizadas pelo trabalho, ”cada um dos termos, envolvidos na relação, reconhece que têm sua essência no outro e que só atinge sua verdade pelo outro”.
A relação senhor – escravo permite então o quê, igualmente supera então a quê?
A superação da oposição sujeito e objeto, assim como, pela autoconsciência supera-se a oposição entre pensamento e o mundo exterior, o espírito humano autoconsciente é capaz de aprender o mundo em sua totalidade. Não mais como algo dicotomicamente separado do pensamento.
Por isso Hegel afirma, “o racional é real e o real é racional”, por quê?
Por que a razão para Hegel, não é apenas como em Kant, que o entendimento humano. O conjunto dos princípios e das regras segundo os quais pensamos o mundo. Ela é igualmente a realidade profunda das coisas, a essência do próprio ser, Ela não é só um modo de pensar as coisas, mas o próprio modo de ser das coisas.
Então o que busca o sistema Hegeliano?
Busca reproduzir a trajetória do espírito em direção à apreensão do mundo em sua totalidade. O sistema é, portanto uma vasta epopeia do espírito; em seu esforço por conhecer-se, o espírito produz, sucessivamente, todas as formas do real; primeiro os quadros do seu pensamento. Depois a natureza, depois a história, mas somente na evolução ou no desenvolvimento que as produz.
Esse grande movimento triádico, como foi expresso no sistema Hegeliano?
Toma como tese o ser, entendido como o conjunto dos caracteres lógicos e pensáveis que tem em si toda a realidade, como antítese a natureza, entendida como a exteriorização do ser nas coisas físicas e orgânicas e, toma como síntese o espírito, entendido como a reinteriorização do modo exterior do ser.
Através de qual modo esse processo se reproduz?
Dialeticamente, em cada um de seus momentos, ou seja, ser, natureza e espírito contém em si a possibilidade de negar-se e superar-se, atingindo assim, outros estágios de seu próprio desenvolvimento.
Vamos agora dialeticamente entender cada um desses momentos, e sua negatividade?
Desse modo, “no interior do domínio do ser” há um ser em si, um ser para si ou manifestação do ser, que é a essência, um ser voltado para si que é o conceito. Portanto, o ser que se nega e se supera se constitui ideia, “unidade absoluta do conceito e da objetividade”.
Ao negar-se, a ideia constitui-se natureza, manifestando-se em seu oposto, o que para Hegel, significava dizer que “a natureza é a ideia absoluta, na forma da alteridade”.
Assim entendida a natureza é o elemento mediador entre ser e o espírito, em seu movimento triádico, a natureza encontra  sua superação no momento em que conquistada pelo espírito, é reconduzida ao plano da ideia. “o vir – a – ser da natureza é um vir – a – ser  em direção do espírito”.
Também o espírito desenvolve-se dialeticamente, por meio dos estágios do movimento, triádico, espírito objetivo e espírito absoluto, que se apresentam como as mais elevadas etapas de desenvolvimento que a racionalidade humana pode atingir em que se encontram as atividades que permitem as mais altas realizações espirituais, o direito, a  moral, a arte, a religião e, principalmente a filosofia. Em outras palavras, esse processo do espírito continua e se concluirá através da historia dos homens
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