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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS AULA 5

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Investimento em Ações
 O capital é dividido em ações (S/A).
Obs.: “Na formação ou constituição de Cia. 
ou Sociedade Anônima, o capital será dividido em 
ações e o Estatuto Social fixará o número de ações e
estabelecerá se estas terão ou não valor nominal”.
Tipos de ações - Quanto a natureza
Ações Ordinárias: de Cia Fechada poderão ser de 
classes diversas em função de:
Forma ou conversibilidade de uma forma em outra;
Conversibilidade em ações preferenciais;
Exigência da nacionalidade brasileira do acionista;
Direito de voto em separado para o preenchimento de 
determinados cargos nos órgãos administrativos.
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Investimento em Ações
Ações Preferenciais: são aquelas que têm a preferência ou
vantagem:
Na distribuição de dividendos;
No reembolso de capital, com ou sem prêmio;
A acumulação das vantagens mencionadas;
Quanto a forma
Ações Nominativas: realizada pela inscrição do nome 
do acionista no livro de Registro de Ações Nominativas, 
e as transferências deverão por termo no Livro de 
Transferência de ações Nominativas datado e assinado pelo
cedente, pelo cessionário ou seus legítimos representantes.
Ações Escriturais: quando são mantidas em contas de 
Depósitos, em nome de titulares, na instituição que 
designar, sem emissão de certificados.
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Investimento em Ações
Ações Escriturais:”Somente instituições autorizadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) podem manter serviços de ações escriturais”.
Ações com Valor Nominal: Quando a ação possui valor de face ou expresso.
Exemplo:
a) Composição do capital social – ações com valor
nominal:
100.000 ações ordinárias...................... 100.000,00
200.000 ações preferenciais.................. 200.000,00
300.000 ações no total de...................... 300.000,00 
 
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Investimento em Ações
b) Patrimônio Líquido
Capital Social Realizado			 300.000,
Reserva Legal				 	 50.000,
Reservas Estatutárias				140.000,
Lucros Acumulados			 	 50.000,
Total						 540.000,
A assembléia geral delibera a aprovação do aumento do Capital social mediante capitalização de reservas estatutárias no montante de R$ 120.000,00”
Solução:
Cia. tem emissão de 120.000 ações novas;
Distribuição das 120.000 ações, em relação ao total
120.000/300.000 = 0,4
Ações ordinárias....................	 100.000 x 0,4= 40.000
Ações preferências................. 200.000 x 0,4= 80.000
					 120.000
 
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Investimento em Ações
c) Composição do novo capital social:
140.000 ações ordinárias........	R$ 140.000, (100.000, + 40.000,)
280.000 ações preferenciais...	R$ 280.000, (200.000, + 80.000,)
Totais...................................... R$ 420.000,
d) Composição do novo patrimônio líquido:
Capital Social realizado.........R$ 420.000,
Reserva Legal........................R$ 50.000,
Reservas Estatutárias.............R$ 20.000,
Lucros Acumulados...............R$ 50.000,
Total.......................................R$ 540.000,
Notas:
A ação permaneceu no mesmo valor R$ 1,00;
Aumento somente no número de ações.
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Investimento em Ações
Ações sem valor nominal
“Quando a ação não possui valor expresso ou de face, assume um valor capitalizado, que é obtido através da divisão do Capital Social Realizado pelo número de ações que o compõem”.
Valor Capitalizado da Ação (VCA)
VCA = CR / NA
CR = Capital Realizado
NA = Número de ações que compõe o Capital Social Realizado.
Exemplo:
a) Patrimônio Líquido:
Capital Social Realizado......................	R$ 145.000,
Reservas de Capital..............................	R$ 55.000,
Reservas de Lucros..............................	R$ 60.000,
Lucros Acumulados.............................	R$ 40.000,
Total.....................................................	R$ 300.000,
b) Número de ações do capital social realizado – 100.000
VCA = 145.000,/100.000 = R$ 1,45
Incorporando lucros acumulados de R$ 40.000, o valor do capital social passa a ser R$ 185.000, e o número de ações constante, ou seja,
VCA = R$ 185.000, / 100.000 = R$ 1,85
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Investimento em Ações
Valor patrimonial da ação
“Resulta da divisão do montante do PL pelo número de ações do Capital Social Realizado”.
Valor Patrimonial da Ação (VPA)
VCA = PL / NA
PL = Patrimônio Líquido
NA = Número de ações que compõe o Capital Social Realizado.
Exemplos:
VPA = R$ 540.000,/ 420.000, (Composição do novo patrimônio líquido das Ações com valor nominal/ Composição do capital social)
VPA = R$ 1,28
VPA = R$ 300.000,/100.000, (Composição do PL sem valor nominal/ número de ações que compõe o capital realizado)
VPA= 3,00
Valor econômico da ação
“É o valor monetário obtido com base na cotação da ação no mercado, valor de patrimônio líquido ou avaliação de perspectivas de rentabilidade. O Valor Econômico da Ação é a base para fixação de seu preço para lançamento de novas ações no mercado”.
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Investimento em Ações
Relação Preço/ Lucro
“Expressa o número de anos que seriam necessários para reaver o capital investido numa determinada ação. Assim, quando comparamos P/L de duas ou mais ações o que for menor demonstrará que o investimento poderá retornar ao investidor em menor tempo; logo, o P/L é um indicador de oportunidades de investimento entre alternativas oferecidas.
a) Lucro por ação: LA = LD/NA
LA = Lucro por ação
LD = Lucro Disponível (antes de distribuição de dividendos)
NA = Número de ações do capital realizado
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Investimento em Ações
Relação Preço/ Lucro
b) Relação P/L 
 PL = P ou P
 LD/NA			LA
LA = Lucro por ação
LD = Lucro Disponível (antes de distribuição de dividendos)
NA = Número de ações do capital realizado
P = Preço cotado da ação em Bolsa de Valores
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Investimento em Ações
Relação Preço/ Lucro
Exemplo:
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Investimento em Ações
Relação Preço/ Lucro
LA = LD / NA				 P/L = P/LA
Alfa = 2.700.000,/ 9.000.000, = 0,30	 9,00/0,30 = 30 anos
Beta = 2.400.000,/3.000.000, = 0,80	12,00/0,80 = 15 anos
Gama =5.400.000,/9.000.000, = 0,60 10,80/0,60 = 18 anos
Conclusões:
“A ação de Alfa é mais cara porque o prazo de retorno de investimentos é maior, ou seja, 30 anos e a ação de Beta, está mais barata, porque o prazo de retorno de investimentos é menor, 15 anos”. 
Pregão Recinto de negociação de ações das Bolsas de Valores;
Cotação Preço de uma ação negociada no pregão;
Bonificação ou ações Bonificadas “Título de conta que registra as ações recebidas em decorrência do aumento de capital social efetivado pela cia. com o aproveitamento de Reservas e Lucros Acumulados”. 
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Política de Dividendos
Introdução
Teoria de relevância dos investimentos;
Teoria de irrelevância de dividendos e;
Teoria residual dos dividendos.
Reter ou distribuir lucros?
Capacidade de Geração de valor e Riscos de seus ativos?
Franco Modiglian e Merton Miller (1961) precursos Política de Dividendos.
Teoria da relevância dos dividendos
“A teoria da relevância dos dividendos defende que, quanto mais dividendos forem distribuídos pela empresa, maior será o preço de suas ações e menor será o custo do seu capital próprio”.
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Política de Dividendos
Teoria da relevância dos dividendos
Critérios de MM
Nenhuma política ótima de dividendos;
A empresa deveria fixar um nível alto de política de dividendos;
Manter o pagamento de dividendos em níveis baixos, para maximizar o preço das ações. 
Empresas dependem dos lucros retidos como fonte de financiamento;
“A percentagem distribuída em dinheiro aos acionistas – reduz os lucros retidos da empresa, uma decisão de dividendos é uma decisão de financiamento”
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Política de Dividendos
Teoria da relevância dos dividendos
Preferência pelos dividendos ou efeito clientela:
“Alguns investidores preferem empresas que tenham uma política de distribuição e de estabilidade dos dividendos, pois reduzem a incerteza e aumentam o valor das ações. Para estes investidores é importante que a empresa tenha uma política de dividendos compatível com seu perfil”.
Índice de distribuição de dividendos:
Dividendos em dinheiro / lucros retidos
“Enquanto os projetos de investimento da empresa tiverem retornos acima do exigido, ela usará os lucros retidos – e tanto endividamento quanto seu capital próprio permitir – para financiar esses projetos. Se a empresa ainda ficar com lucros retidos depois de financiar todas as oportunidades aceitáveis de investimento, estes lucros serão distribuídos pelos acionistas sob a forma de dividendos em dinheiro”
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Política de Dividendos
Teoria da relevância dos dividendos
Índice de distribuição de dividendos:
Dividendos em dinheiro / lucros retidos
“Se não ficar com um saldo de lucros retidos, não haverá dividendos.Se o número de oportunidades aceitáveis de investimento exigir uma importância total em dinheiro superior ao valor dos lucros retidos mais o endividamento permitido por eles, a empresa financiará a diferença com uma combinação de nova emissão de ações e obrigações preferenciais”.
Dividendos com resíduo passivo:
Os dividendos são mais do que um simples meio de distribuir dividendos ociosos.
A política de dividendos deve ser uma variável ativa de decisão.
“...os dividendos não vêm ao acaso, de modo que as variações do índice de distribuição de dividendos não afetam a riqueza dos acionistas”.
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Política de Dividendos
Teoria da relevância dos dividendos
Conteúdo informacional dos dividendos:
“Os dividendos podem sinalizar a capacidade de a empresa gerar caixa, enquanto que a administração diz a respeito das excelentes perspectivas da empresa e de seu potencial de ganhos de capital não é tão claro” MM insistem “o valor é determinado pelos lucros atuais e esperados para o futuro”.“...os dividendos são encarados pelos investidores como indicadores do desempenho futuro da empresa; transmitem as expectativas da administração quanto ao futuro”.
Impostos pagos pelo investidor:
“...parece haver uma grande vantagem na retenção de lucros, pois os ganhos de capital são tributados a uma alíquota muito mais baixa que os dividendos. Atualmente 60% de qualquer ganho de capital realizado pela venda de um título cuja posse tenha sido mantida de no mínimo doze meses é isento do imposto de renda”.
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Política de Dividendos
Teoria da relevância dos dividendos
Custos de lançamento:
“A irrelevância do pagamento de dividendos baseia-se na idéia de que, de acordo com a política de investimento da empresa, os recursos por ela distribuídos têm que ser substituídos por recursos provenientes de financiamento de terceiros. Para cada dólar de dividendos pagos pela empresa, ela não consegue um dólar líquido de financiamento, depois de deduzidos os custos de lançamento”.
Custos de transação e divisibilidade dos títulos:
“Os custos de transação na venda de títulos tendem a limitar o processo de troca de posições da mesma maneira que o endividamento.Os mercados de capitais perfeitos também partem da premissa de que os títulos sejam divisíveis ad infinitum”.
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Política de Dividendos
Teoria da relevância dos dividendos
Restrições institucionais:
“A lei limita o tipo de ações ordinárias que podem ser compradas por certos investidores institucionais. No caso de ações ordinárias, o beneficiário tem direito aos dividendos, mas não à receita da venda de ações. Por causa deste dispositivo, o administrador dos investimentos pode sentir-se constrangido a prestar especial atenção à renda de dividendos e procurar ações que paguem bons dividendos”.
 
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Política de Dividendos
Teoria da relevância dos dividendos
Nota:
Segundo Jaffe et al: “ As ações preferenciais representam capital próprio de uma empresa, mas diferem das ações ordinárias porque possuem prioridade em relação ao pagamento de dividendos e aos ativos da empresa em caso de liquidação. A preferência significa apenas que o titular de ações preferenciais recebe um dividendo (se a empresa tiver funcionando normalmente) antes de que os portadores de ações ordinárias recebam qualquer coisa”. 
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Política de Dividendos
Teoria da relevância dos dividendos
Retornos
Retornos Absolutos:
“Suponhamos que a Video Concept Company tenha várias milhares de ações em seu capital e que você seja um de seus acionistas. Suponha-se ainda mais que tenha adquirido algumas das ações dessa empresa no início do ano; chegou-se agora ao final do ano e se quer saber qual foi o desempenho desse investimento...”
Compra de ações= 100
Valor da ação= 37,00
Investimento= 37 x 100 = R$ 3.700,
 
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Política de Dividendos
Teoria da relevância dos dividendos
Retornos
Retornos Absolutos:
Durante o ano teve um dividendo de R$ 1,85
Rendimentos= 1,85 x 100 = R$ 185,00
No final do período, a ação teve um aumento de preços e está em R$ 40,33 
Ganho= (40,33 – 37,00) x 100 = R$ 333,00
Retorno total = Dividendo + Ganho de Capital
Retorno de Capital = R$ 185,00 + R$ 333,00= R$ 518,00
Volume total de dinheiro = Investimento Inicial + retorno total
Volume total de dinheiro = R$ 3.700,00 + R$ 518,00 = R$ 4.218,00
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Política de Dividendos
Teoria da relevância dos dividendos
Retornos
Retornos Percentuais
“Em nosso exemplo, o preço no início do ano era de R$ 37,00 e o dividendo pago durante o ano igual a R$ 1,85 por ação”.
Taxa de dividendo = 1,85/ 37,00 = 0,05 ou 5%
Ganho de capital: P t final – Pt/ Pt
 (40,33 – 37,00)/ 37,00 = 0,09 ou 9%
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Política de Dividendos
Teoria residual dos dividendos
“A teoria residual dos dividendos defende que os dividendos pagos pela empresa seriam o montante remanescente após todas as oportunidades de investimentos aceitáveis terem sido aproveitadas”
“Considera-se que se as necessidades de capital excederem os lucros retidos, nenhum dividendo em dinheiro será pago”
Etapas pela opção:
Perfil de oportunidades de investimentos, determinando o nível ótimo de orçamento de capital;
Montante de financiamento com capital próprio necessário para que a empresa aproveite as oportunidades de investimento aceitáveis, sem alterar a estrutura ótima de capital;
“Se os lucros retidos forem suficientes para satisfazer às exigências do ítem dois, reter os lucros e não distribuir dividendo. Se os lucros retidos forem insuficientes, lançar novas ações. Se forem superiores às necessidades, distribuir como dividendo”.
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Política de Dividendos
Teoria residual dos dividendos
Exemplo: Suponha que a DP Empreendimentos tenha, de lucros retidos, R$ 3.000.000,00 e possua atualmente as oportunidades de investimentos mostradas a seguir. O custo de capital da empresa para investimentos até R$ 1.500.000,00 é de 14,60% e para investimentos acima deste valor é de 16,84%. Sua estrutura ótima de capital é formada por 70% do capital próprio e 30% do capital de terceiros. Questões a serem respondidas:
Quanto a DP deveria reter?
Quanto deveria distribuir como dividendos?
Qual seu índice de distribuição de dividendos?
 
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Política de Dividendos
Teoria residual dos dividendos
 
A DP Empreendimentos deveria reter R$ 1.560.000,00 e 
Distribuir dividendos no valor de R$ 1.440.000,00 e seu 
índice de distribuição de dividendos seria de 48%
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Política de Dividendos
Teoria residual dos dividendos
 
Passos a serem observados:
Lucros retidos = 3.000.000,00
Oportunidades de investimento:
1.500.000, x 14,60% = 219.000,00
2.000.000, x 16,84% = 336.800,00
O que fazer?
1.500.000, + (3.000.000, x 30%) = 3.150.000,00
Obs.: 30% por ser este o valor de capital de terceiros
Oportunidade de Investimento= 1.500.000, + 900.000,=
2.400.000,00
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Análise de Capital de Giro
Recursos de uma empresa para financiar suas necessidades;
Os elementos que compõem o AC não costumam apresentar sincronização temporal equilibrada em seus níveis de atividade. Evidentemente, se as atividades de seus vários elementos ocorressem de forma perfeitamente sincronizada, não haveria necessidade de se manterem recursos aplicados em capital de giro. (NETO & SILVA, 1995, p.15).
Exemplo: * Vendas à vista não necessitam valores a receber
 * Sincronização entre produção e vendas, evita estoque de produtos acabados.
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Análise de Capital de Giro
Ciclo Operacional, Financeiro e Econômico
Imprimir alta rotação (giro);
Dinamismo no fluxo de operações;
Satisfação das expectativas de retorno das fontes de financiamentos.
Figura 2: Ciclo operacional de empresa industrial
Fonte: Adaptado de NETO & SILVA, 1995, p.19
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Análise de Capital de Giro
Ciclo Operacional, Financeiro e Econômico
A duração são determinados pelos prazos:
 Assim a compra de matérias-primas denota um prazo de estocagem (PME); a fabricação, o tempo que se despende para transformar os materiais em produtos acabados( PMF) os produtos acabados, o prazo necessário à venda (PMV); e o recebimento, o período de cobrança das vendas realizadas a prazo (PMC). (NETO & SILVA, 1995, p.19)
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Análise de Capital de Giro
Ciclo Operacional, Financeiro e Econômico
Tempo médio decorrido desde a compra de matéria-prima até o momento do recebimento do valor da venda=
PME + PMF+ PMV+ PMC
E= estocagem; F= fabricação; V=venda; C=cobrança.
Obs.: Quanto mais longo se apresentar este período, maior será, a necessidade de financiamento para o giro da empresa.
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Análise de Capital de Giro
 Ciclo Operacional
Ciclo Financeiro = Ciclo Operacional – PMPF – PMDD
Ciclo Econômico = Ciclo Operacional – PMC
PMDF = Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores;
PMDD= Prazo Médio de Desconto de Duplicatas
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Análise de Capital de Giro
Decisões financeiras risco e retorno
Equilíbrio financeiro obrigações financeiras lastreadas em ativos com prazos similares
Abrangência do fluxo de caixa
Análise e Dimensionamento dos Investimentos em Capital de Giro
Necessidade de Investimento em Capital de Giro (NIG) = Ativo Circulante Operacional – Passivo Circulante Operacional 
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Análise de Capital de Giro
Por outro lado, a necessidade de investimentos em capital de giro pode
também ser negativa, evidenciando-se neste caso um excesso de
funcionamento – fontes operacionais de fundos – em relação aos
investimentos operacionais em circulante. Esta situação denota, de
maneira inversa, que os passivos de funcionamento se encontram
financiando não somente os ativos circulantes operacionais, mas
também outros elementos do ativo. É o caso, por exemplo, de uma
empresa que adquire uma mercadoria para pagamentos em 40 dias, e a
vende – e recebe – em 25 dias, direcionando os recursos levantados para
fora do âmbito do circulante. (NETO & SILVA, 1995, p.56).
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Análise de Capital de Giro
NTFP=NIG + Investimento Permanente
NTFP = Necessidade total de financiamento permanente
NIG = Necessidade de Investimento em capital de giro
Investimento Permanente = AP + ARLP
Saldo de Disponível (SD) = Passivo Permanente – NTFP
Passivo Permanente = Exigibilidades a longo prazo + PL
 Ocorrendo de o total dos passivos permanentes superar a NTFP, conclui-se que a empresa mantém um saldo disponível – SD – positivo, ou seja, há sobras de recursos financeiros disponíveis para aplicações diversas. Caso contrário, quando a NTFP for maior que os passivos permanentes, o SD é negativo, indicando que a empresa esta financiando parte de suas necessidades de longo prazo (permanentes) com fundos vencíveis a curto prazo, denotando maior dependência financeira pela renovação destas dívidas. (NETO & SILVA, 1995, p.56).
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Análise de Capital de Giro
Necessidade de Investimento em Capital de Giro
 Capital de Giro (Circulante) Líquido = NIG + SD
Cálculo de Necessidade de Investimento em Capital de Giro a partir do Ciclo Financeiro
NIG = (PME + PMF+ PMV + PMC) – (PMPF + PMPD)
Prazo Médio de Estocagem das Matérias-primas – PME
PME = Matéria-prima x 120 = 30 dias
Consumo de matéria-prima
PME = 400 x 120
1.600
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Análise de Capital de Giro
Prazo Médio de Fabricação – PMF = 12,0 dias
PMF = Produto em processo x 120 = 12 dias
Custo dos produtos elaborados
PMF = 700 x 120
7.000
Prazo Médio de Venda– PMV
PMV = Produtos acabados x 120 = 18 dias
Custo do produto vendido
PME = 1050 x 120
7.000
Prazo Médio de Cobrança – PMC = 60,0 dias
PMC = Duplicatas a receber x 120 = 60 dias
Vendas
PME = 7.500 x 120
15.000
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Análise de Capital de Giro
Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores – PMPF = 80,0 dias
PMPF = Fornecedores a pagar x 120 = 80,0 dias
Compras
PMPF = 4.000 x 120
 6.000
Prazo Médio de Pagamento de Despesas Operacionais– PMPD = 20,0 dias
PMPD = Despesas a pagar x 120 = 20,0 dias
Despesas incorridas
PMDF = 400 x 120
 2.400
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Análise de Capital de Giro
 Pelo ciclo financeiro é demonstrado que nos primeiros 30 dias a empresa investe em matéria-prima, ou seja, mantém estes materiais estocados por um mês à espera de serem futuramente consumidos pela produção. A partir do 30o dia, a Cia. aplica recursos por mais 12 dias no processo de produção. Do 42o dia até o 60o dia, a empresa investe recursos nos produtos acabados, os quais permanecem estocados em média 18 dias antes de serem vendidos. A partir do 60o, mais investimentos são demandados visando cobrir os 60 dias de prazo de pagamento concedido a seus clientes.
 (NETO & SILVA, 1995, p.69).
A empresa se financia por 80 dias; representando o PMPF;
Ciclo financeiro= 120 – 80 = 40 dias
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Análise de Capital de Giro
 
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Análise de Capital de Giro
 
NLCDG = ACO - PCO
T = ACF - PCF
LP = EXLP - RLP
CDG = PL- AP
TSF (%) = Tesouraria x 100 
 NLCDG 
Necessidade Líquida de Capital de Giro
Tesouraria
Longo Prazo
Capital de Giro Próprio
Termômetro da Situação Financeira
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Análise de Alternativas de Investimentos
Alavancagem Operacional
“...Efeito desproporcional entre a força efetuada numa ponta (atividade de produção) e força obtida ou resultante na outra (a do lucro).
Exemplo:
Força no nível de atividade = incremento da produção na ordem de 50%;
Força obtida ou resultante = incremento de 250% no lucro.
GAO = Percentagem de variação no lucro/ Percentagem de variação no volume
GAO = 250/ 50 = 5
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Análise de Alternativas de Investimentos
Alavancagem Operacional
Relação entre o G.A.0. E o Ponto de Equilíbrio
“Quanto maior for o volume de produção e quanto mais distante a empresa estiver de seu ponto de equilíbrio, menor será seu grau de alavancagem operacional, pois a variação (acréscimo ou redução) no volume de produção provocará menor impacto no percentual de lucro”.
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Análise de Alternativas de Investimentos
Alavancagem Operacional
Relação entre o G.A.0. E o Ponto de Equilíbrio
Exemplo:
a) Preço de venda unitário.............R$ 35,00
b) Custos e despesas fixas...............R$3.000.000,
c) Custos e despesas variáveis........R$ 25,00
d) Ponto de Equilíbrio................300.000 unidades
e) Nível real de produção...........400.000 unidades
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Análise de Alternativas de Investimentos
Alavancagem Operacional
Relação entre o G.A.0. E o Ponto de Equilíbrio
Cálculos:
Preço de Venda................................R$ 35,00
( - ) Custos e Despesas Variáveis....R$ 25,00
( =) Margem de Contribuição.........R$ 10,00
Ponto de Equilíbrio....................300.000 unidades
( x ) Margem de Contribuição........R$ 10,00
( = ) Custos e Despesas Fixas...R$ 3.000.000,
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Análise de Alternativas de Investimentos
Alavancagem Operacional
Relação entre o G.A.0. E o Ponto de Equilíbrio
Conclusões:
“As primeiras 300.000 unidades servem para cobrir os custos e despesas fixas;
Nas 100.000 unidades adicionais (400.000 - 300.000), há uma margem de contribuição de R$ 10,00 por unidade;
Nível de Lucro na produção de 400 unidades: 100 unidades x R$ 10,00 = R$ 1.000.000,”
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Análise de Alternativas de Investimentos
Alavancagem Operacional
Relação entre o G.A.0. E o Ponto de Equilíbrio
Variação na Produção – Aumento da Produção
Se a produção aumentar em 200.000 unidades (50%), passando a empresa a produzir 600.000 unidades (400.000, + 200.000,) e mantendo-se os demais valores, haverá um lucro nas unidades acima do ponto de equilíbrio da ordem de R$ 3.000.000,00 R$ 10,00 x (600.000 - 300.000).
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Análise de Alternativas de Investimentos
Alavancagem Operacional
Relação entre o G.A.0. E o Ponto de Equilíbrio
Variação na Produção – Aumento da Produção
600.000 unidades x R$ 35,00......R$ 21.000.000,
( - ) Custos e Despesas Fixas...... ( 3.000.000,)
( - ) Custos e Despesas Variáveis
	600.000 unidades x R$ 25,00.. (15.000.000,)
( = ) Lucro....................................	 3.000.000,
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Análise de Alternativas de Investimentos
Alavancagem Operacional
Relação entre o G.A.0. E o Ponto de Equilíbrio
Nota:
O aumento de 50% na produção provocou aumento de 200% no lucro, ou seja, de R$ 1.000.000,00 para R$ 3.000.000,00.
Grau de Alavancagem Operacional
GAO = % lucro/ % produção = 200%/50% = 4
O aumento na produção de 50% provocou aumento no lucro de 200% (50% x 4)
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Análise de Alternativas de Investimentos
Alavancagem Operacional
Relação entre o G.A.0. E o Ponto de Equilíbrio
Diminuição da Produção
1. “Se ocorrer uma diminuição no volume de produção na ordem de 10%, haverá uma perda de 40% (10% x 4), no lucro da Cia.”.
Exemplo:
A produção sendo de 360.000 unidades(redução de 10% na produção), a empresa terá um lucro de R$ 600.000,00
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Análise de Alternativas de Investimentos
Alavancagem Operacional
Relação entre o G.A.0. E o Ponto de Equilíbrio
2. “Se a produção passar para 432.000 unidades (20% de aumento em relação ao primeiro exemplo), a empresa passará a ter um lucro de R$ 1.320.000,00 ( aumento correspondente a 120% sobre os R$ 600.000,00). Ao nível de 360.000 unidades(Primeiro exemplo), a alavancagem será:
GAO = % Lucro / %Volume = 120%/20% = 6
3. “Quanto mais distante a empresa estiver de seu ponto de equilíbrio, menor será o seu grau de alavancagem operacional, pois o impacto percentual da variação (redução ou aumento na produção), sobre o lucro, será menor.
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Análise de Alternativas de Investimentos
Alavancagem Operacional
Relação entre o G.A.0. E o Ponto de Equilíbrio
Notas:
“1. Trabalhando cada vez acima do ponto de equilíbrio, tanto o GAO quanto o risco de gerar prejuízos tendem ser menores;
 2. Quanto maior for GAO, mais próximos estaremos do ponto de equilíbrio, com altos riscos de melhorar ou piorar o resultado segundo aumento ou redução no volume de produção”.
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Análise de Alternativas de Investimentos
Alavancagem Financeira
“Representa a diferença entre a obtenção de recursos de terceiros a um determinado custo e a aplicação desses recursos no ativo da empresa a uma determinada taxa; essa diferença (para mais ou para menos) provoca alteração na taxa de retorno sobre o patrimônio líquido”
Exemplo:
“A empresa PVSN Comercial Exportadora S/A recorre a terceiros para financiar o seu ativo, enquanto que a Cia. SDN utiliza apenas capital próprio para financiar o investimento no seu ativo. Os dados para análise constam das hipóteses abaixo”.
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Análise de Alternativas de Investimentos
Alavancagem Financeira
Hipótese 1: Custo do financiamento (40%) é igual à taxa de retorno sobre o Ativo (40%) 
“Conclusão: O retorno sobre o valor do patrimônio líquido 
é idêntico, 40%; não houve transferência aos proprietários
do custo do financiamento”. 
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Análise de Alternativas de Investimentos
Alavancagem Financeira
Hipótese 2: Custo do financiamento (30%) é inferior à taxa de retorno sobre o Ativo (40%)
“Conclusão: O retorno sobre o valor do patrimônio líquido da empresa PVSN S/A é de 50%; enquanto que o da Cia. SDN é de 40%, a empresa PVSN S/A obteve 10 pontos percentuais a mais de rentabilidade que a Cia. SDN, pelo uso do capital de terceiros (financiamento)”.
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Análise de Alternativas de Investimentos
Alavancagem Financeira
Hipótese 3: Custo do financiamento (50%) superior à taxa de retorno sobre o Ativo (40%)
“Conclusão: O retorno sobre o valor do patrimônio líquido da empresa PVSN S/A é de 30%; enquanto que o da Cia. SDN é de 40%, a empresa PVSN S/A obteve 10 pontos percentuais a menos de rentabilidade que a Cia. SDN, pelo uso do capital de terceiros (financiamento)”.
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Análise de Alternativas de Investimentos
Alavancagem Financeira
Comparações: “Caso a taxa de financiamento de recursos obtidos pelo empréstimo seja inferior à taxa de retorno pelo emprego e giro dos recursos no ativo, o endividamento beneficia os acionistas.
Se as taxas forem as mesmas, o resultado do endividamento é neutro”.
5.2.1. Fórmula
GAF = Lucro Líquido / Patrimônio Líquido Médio
	Lucro Líquido + Despesas Financeiras /
 Ativo Total Médio
GAF= LLE/PLM x ATM/ LLE +DF
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Análise de Alternativas de Investimentos
Alavancagem Financeira
LLE= Lucro Líquido do Exercício
PLM = Patrimônio Líquido Médio
ATM = Ativo Total Médio
DF = Despesas Financeiras
Pode calcular o GAF sobre o Ativo e Patrimônio Líquido (PL)
iniciais e finais, porém a média reflete melhor a realidade.
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Análise de Alternativas de Investimentos
Alavancagem Financeira
Cálculos:
ATM = 200.000,00 + 400.000,00/2 =R$ 300.000,00
PLM = 100.000,00 + 240.000,00/2 = R$ 170.000,00
LLE + DF = 40.000,00 + 10.000,00 = R$ 50.000,00
GAF = 40.000,00/170.000,00 x 300.000,00/50.000,00 = 0,235 x 6 = 1,41.
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Análise de Alternativas de Investimentos
Alavancagem Financeira
GAF= LLE/PLM x ATM/ LLE +DF
50.000,00/ 250.000,00 x 560.000,00/ 70.000,00 
 0,20 x 8 = 1,60
Nota: “O GAF em 31.12.X4, é maior que o do ano anterior, 31.12.X3, nesse caso o benefício aos proprietários foi prolongado e acentuado, devido à política de endividamento anteriormente adotada”.
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Análise de Alternativas de Investimentos
Alavancagem Financeira
Conclusões:
“O GAF representa o retorno sobre o patrimônio líquido obtido com a combinação de recursos de terceiros e próprios. Essa combinação deverá ser comparada com o retorno que seria obtido se a empresa utilizar apenas recursos próprios.
Se o grau de alavancagem financeira é maior que 1, o endividamento provoca efeito de alavanca sobre o lucro, ou seja, puxa para cima a taxa de retorno dos proprietários”.
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Análise de Alternativas de Investimentos
Apêndice Matemático – GAO e o Ponto de Equilíbrio da Empresa
Pv = Preço unitário de venda do produto
Cvu = Custo variável unitário (constante na faixa de produção considerada)
MCu = Margem de contribuição unitária (Pv – Cvu)
L = Lucro antes dos tributos
Q1 = Quantidade produzida inicialmente
Q2 = Quantidade após o aumento do nível de produção
GAO = Q1 . MCu / Q1. Mcu – CF
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Correção Monetária das Demonstrações Financeiras e Correção Integral
Fatos geradores ocorridos a partir de 01.01.96
“A Lei no 9.249/95, em seu artigo 4o, revogou a sistemática de correção monetária das demonstrações financeiras, inclusive para fins societários. A última correção monetária ocorreu em 31.12.95, tomando-se por base o valor da UFIR vigente em 01.01.96, que correspondeu a R$ 0,8287. A Receita Federal continuou a divulgar os valores da UFIR (em 1996, semestral e em 1997, anual), entretanto eles não são mais utilizados
para fins de correção monetária societária”.
Reavaliação do Ativo Permanente com
 pessoas especializadas 
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Resultados de Investimentos no Exterior
Tributação até 31.12.1995
“Os lucros, rendimentos e ganhos de capital, provenientes de atividades exercidas no exterior, por pessoa jurídica domiciliada no país não eram tributados pelo Imposto de Renda, até 31.12.1995, por força do disposto no art. 337 do Regulamento do IR aprovado pelo Decreto-lei no 1.041/94 (RIR/94)”.
Tributação a partir de 01.01.1996
“O objetivo dessa modificação, conforme exposição de motivos do Poder Executivo na remessa do anteprojeto de lei ao Congresso Nacional, foi impedir a evasão fiscal praticada por algumas empresas brasileiras, que concentravam suas atividades em filiais, sucursais, coligadas ou controladas sediadas em países denominados paraísos fiscais”.
Países em que a carga tributária é ínfima ou inexistente
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Resultados de Investimentos no Exterior
Os resultados positivos provenientes do exterior serão computados na determinação do lucro real da pessoa jurídica:
integralmente, quando se tratar de rendimentos ou ganhos de capital ou de lucros apurados por filial ou sucursal; proporcionalmente a sua participação no capital social, quando auferidos através de controladas ou coligadas;
de forma individualizada por controlada ou coligada, vedada a consolidação de valores, ainda que todos estejam localizados em um mesmo país;
de forma consolidada por país, caso se trate de lucros auferidos por filiais e sucursais e matriz indique uma delas como entidade líder;
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Resultados de Investimentos no Exterior
Os resultados positivos provenientes do exterior serão computados na determinação do lucro real da pessoa jurídica:
d) consideradas pelos seus valores antes de descontado o imposto cobrado no país de origem;
e) mesmo que sejam auferidos por intermédio de outra pessoa jurídica sediada no exterior, da qual participe a filial, sucursal, coligada ou controlada, ainda que indiretamente; nesse caso, os resultados serão consolidados no balanço da entidade que detenha a participação societária;
f) em se tratando de lucros, através da adição ao lucro líquido do período-base, na parte A do LALUR, correspondente ao balanço levantado em 31 de dezembro do ano-calendário em que tiverem sido disponibilizados no exterior;
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Resultados de Investimentos no Exterior
Os resultados positivos provenientes do exterior serão computados na determinação do lucro real da pessoa jurídica:
g) em se tratando de rendimentos e ganhos de capital auferidos diretamente no exterior, através de sua integração aos resultados da pessoa jurídica;
h) os resultados decorrentes de aplicações financeiras no exterior, inclusive os decorrentes de operações de cobertura (hedge) em mercado de liquidação futura podem ser consolidados por país de origem, para esse fim.

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