Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
0 FACULDADE ESTÁCIO CURSO: ENFERMAGEM DISCIPLINA: ANATOMIA SISTÊMICA PROFESSOR: BRUNO DA SILVA GOMES HAYANDS BATISTA ALVES TRABALHO DE ANATOMIA SISTÊMICA (SISTEMA LINFÁTICO) Teresina 2017 1 SUMÁRIO 1. GENERALIDADES .............................................................................................. 02 2. CAPILARES, VASOS E DUCTOS LINFÁTICOS ................................................. 03 2.1. Capilares linfáticos ...................................................................................... 03 2.2. Vasos linfáticos ............................................................................................ 04 2.3. Ducto torácico .............................................................................................. 05 3. ÓRGÃOS LINFÁTICOS PRIMÁRIOS .................................................................. 06 3.1 Medula óssea ................................................................................................ 06 3.2 Timo ............................................................................................................... 07 4. ÓRGÃOS LINFÁTICOS SECUNDÁRIOS ............................................................ 08 4.1 Baço .............................................................................................................. 08 4.2 Anel linfático da laringe ............................................................................... 09 4.3 Linfonodos .................................................................................................... 09 5. CONCLUSÃO ....................................................................................................... 10 REFERÊNCIAS 2 1. GENERALIDADES O sistema linfático está ligado, anatomicamente, com o sistema cardiovascular de forma estrutural e funcional. Consiste de órgãos que participam da resposta imune (tonsilas, timo, baço e linfonodos), assim como, os vasos que coletam o líquido intersticial do corpo e estes por sua vez transportam todas estas respostas imunes para o sistema cardiovascular. Está composto por uma extensa rede de capilares e amplos vasos coletores que são os vasos linfáticos, estes por sua vez, recebem o liquido tecidual ou intersticial do corpo e transportam para o sistema cardiovascular e os linfonodos servem como filtros do líquido coletado pelos vasos. O liquido que se acumula nos espaços entre as células dos tecidos conjuntivos frouxos é denominado líquido intersticial ou líquido tecidual. Figura 1: Demonstrando a estrutura dos vasos linfáticos Fonte: ANATOMIA FÁCIL (editado) A função principal do sistema linfático é de transportar o excesso de líquido intersticial que se formou inicialmente como filtrado do sangue e servem como rota através da qual gorduras absorvidas e algumas vitaminas são transportadas do intestino delgado para o sangue, no entanto, suas células, chamadas de linfócitos que estão localizadas nos tecidos linfáticos, ajudam a proporcionar as defesas imunológicas contra doenças causadas por micro-organismos e outras substâncias estranhas. Este sistema também tem como função imunológica à ativação da resposta inflamatória e o controle de infecções. 3 2. CAPILARES, VASOS E DUCTOS LINFÁTICOS A rede linfática tem seu início nos capilares linfáticos, formando verdadeiros plexos que se entrelaçam com os capilares sanguíneos. Através dos vasos pré coletores e coletores, a linfa prossegue até chegar ao canal linfático direito e ao ducto torácico, que desembocam na junção das veias subclávia e jugular interna. FIGURA 2: Figura especificando a rede linfática Fonte: ICARITO (editado) 2.1 Capilares linfáticos Os capilares linfáticos apresentam paredes muito finas e é por este mesmo capilar que o líquido intersticial atravessa, seguindo através da linfa para os vasos linfáticos até chegarem aos ductos linfáticos que desembocam em veias de médio ou grande calibre. Os capilares linfáticos são mais calibrosos e mais irregulares que os sanguíneos e terminam em fundo cego. Segundo Spence (1991), o termo fundo cego significa dizer que o sistema linfático é um sistema de mão única, ou seja, ele somente retorna o líquido intersticial para a corrente circulatória e uma vez este líquido passando pelo interior dos capilares o mesmo não pode voltar aos espaços intercelulares, por conta da pressão no interior destes mesmos capilares, pois o mesmo força as bordas das células endoteliais a se juntarem, fechando assim a válvula. 4 2.2 Vasos linfáticos Os vasos linfáticos se originam em vários órgãos, e, confluindo uns com os outros, terminam nas grandes veias próximas do coração. Apresentam válvulas em forma de bolso, como a das veias, assegurando, assim, o fluxo da linfa em uma só direção, ou seja, para o coração. Figura 3: Estrutura interna e externa de um vaso linfático Fonte: MAFRA Na anatomia, estes vasos são estruturas valvulares, de paredes finas, que transportam a linfa. Têm a função de drenar o excesso de líquido que sai do sangue e banha as células. Esse excesso de líquido, que circula nos vasos linfáticos e é devolvido ao sangue, chama-se linfa. Figura 4: Vasos linfáticos em amarelo. Demonstração do sistema linfático onde há a coleta da linfa, por difusão, através dos capilares linfáticos, e a condução para dentro do sistema linfático. Fonte: PONTES (editado) O maior tronco linfático recebe o nome de ducto torácico, começa no abdome como uma bolsa (a cisterna do quilo), sobe através do tórax e desemboca na junção entre a veia jugular interna esquerda com a veia subclávia esquerda. 5 2.3 Ducto torácico Conduz a linfa da maior parte do corpo para o sangue. É o tronco comum a todos os vasos linfáticos, exceto o ducto linfático direito. O ducto torácico se origina na cisterna do quilo. É uma dilatação em forma de saco situado anteriormente à segunda vertebra lombar. Esta cisterna do quilo recebe a linfa dos troncos lombares e intestinal e a mesma drena os membros inferiores e as vísceras da cavidade abdominopélvica. Figura 5: Estrutura linfática Fonte: Resumos de odonto É responsável pela drenagem linfática de quase todo o corpo, enquanto outro ducto importante, o ducto linfático direito, drena a linfa da metade direita da cabeça, do pescoço e do tórax, do pulmão direito, do lado direito do coração, da face diafragmática do fígado e do membro superior direito. O ducto linfático direito desemboca na veia subclávia direita, no seu ângulo de junção com a veia jugular interna direita. 6 3. ORGÃOS LINFÁTICOS PRIMÁRIOS 3.1 Medula óssea A medula óssea vermelha é encontrada no interior das cavidades porosas da substância esponjosa. No adulto, a produção de células sanguíneas ocorre na medula óssea vermelha, especialmente no esterno, nas vértebras, nas partes do osso do quadril e nas epífises proximais do úmero e do fêmur. Na criança, a quantidade de medula óssea vermelha é maior, ocupando também as cavidades medulares dos ossos longos. À medida que a criança cresce, as cavidades medulares vão sendo preenchidas por tecido adiposo, e a ele damos o nome de medula óssea amarela. Figura 6: Medula óssea vermelha. Demonstração das células mãe responsáveis pela fabricação e maturação das células sanguíneas. Fonte: AMESTOY (editado) É nela que o organismo produz praticamente todas as células do sangue: glóbulos vermelhos, plaquetas e a maior partedos glóbulos brancos. As células sanguíneas têm vida curta, em relação ao tempo de vida do indivíduo. Os glóbulos vermelhos, por exemplo, “envelhecem” em cerca de 120 dias, e os brancos, em menos de uma semana. Essas células envelhecidas têm de ser substituídas por outras. E é a medula óssea que se encarrega de produzir as novas células. Medula óssea amarela 7 3.2 Timo Segundo Dangelo (2005) o timo é um órgão linfoide, formado por massa irregular cresce após o nascimento até atingir seu maior tamanho na puberdade. Após a puberdade, regredindo e sendo substituída por tecido adiposo e fibroso. É um importante local imunológico na criança pois, promove o desenvolvimento e a maturação dos linfócitos indiferenciados em linfócitos T. Spence (1991) relata que o timo é uma massa bipolada de tecido linfoide e a sua localização está situada abaixo do esterno, na região do mediastino anterior. Na infância ela aumente de tamanho e com o passar do tempo se atrofia, diminuindo assim após a puberdade. No entanto no adulto pode ser substituído por tecido adiposo. A sua localização anatômica situa-se em: parte no tórax, atrás do esterno e em parte na porção inferior do pescoço. A porção torácica fica atrás do esterno e a porção cervical, anteriormente e dos lados da traqueia. Figura 7: Localização do timo Fonte: JUNIOR 8 4. ORGÃOS LINFÁTICOS SECUNDÁRIOS 4.1 Baço É o maior órgão linfoide. Está localizado na cavidade abdominal, à esquerda do estômago o qual está suspenso, ou seja, na região hipocondríaca esquerda. Tem cerca de 12 cm e o peso e tamanho dependerá da variação anatômica de cada indivíduo. Não é um órgão vital no adulto, mas ajuda outros órgãos na produção de linfócitos, filtração do sangue e destruição de eritrócitos. Na criança, é importante local de produção de eritrócitos. Figura 8 e 9: Localização anatômica do baço e estrutura anatômica do baço respectivamente Fonte: Figura 8: Anatomia do corpo humano; Figura 9: Aula de anatomia.com Apresenta duas faces, a diafragmática e a visceral. Na face diafragmática do baço é lisa e convexa. Na face visceral é a voltada para as vísceras abdominais. Há uma fenda, o hilo do baço, por onde passam vasos e nervos. O baço é drenado pela veia esplênica e irrigado pela artéria esplênica. 9 4.2 Anel linfático da laringe O anel linfático da faringe é composto por uma série de tonsilas que formam um anel protetor de tecido linfático contra a invasão de substâncias estranhas que são ingeridas ou inaladas. Estão localizadas em torno das aberturas entre as cavidades nasal e oral e a faringe. Este anel é formado pela tonsila lingual, palatina, faríngea e tubária. Figura 10: Anel linfático da laringe. Fonte: Slide player As tonsilas palatinas (amígdalas) estão localizadas na parede póstero lateral da garganta, uma em cada lado e estas são as tonsilas que quando inflamadas (garganta irritada). Já as faríngeas estão localizadas posteriormente a parte nasal da faringe, quando aumentadas são denominadas de adenoides. As tonsilas linguais localizam-se na face dorsal da língua próxima a base. Atuam como defesa adicional contra a invasão de bactérias 4.3 Linfonodos Estão interpostos no trajeto dos vasos linfáticos e agem como uma barreira ou filtro contra a penetração na corrente circulatória de micro-organismos, toxinas ou substâncias estranhas ao organismo. Os linfonodos são, portanto, elementos de defesa para o organismo e, para tanto, produzem glóbulos brancos, principalmente linfócitos. Estão frequentemente localizados ao longo do trajeto dos vasos sanguíneos, como ocorre no pescoço e nas cavidades torácica, abdominal e pélvica. Na axila e na região inguinal, são abundantes. 10 5. CONCLUSÃO O sistema linfático permite que ocorra a reabsorção por meio dos capilares, filtragem a partir dos gânglios, devolução pelos ductos para que assim ocorra a imunidade. Se estes sistemas não estiverem trabalhando de forma correta, acarreta patologias futuras em quaisquer órgãos do corpo humano. Para que se entenda o fluxo de liquido no corpo humano, desde a ingestão até o momento da eliminação e o que ocasiona edemas, é de extrema importância e necessário que entendamos, primeiramente e por completo, o sistema linfático. Assim como a sua drenagem fisiológica da linfa. O plasma é a parte líquida do sangue e será responsável por conduzir substâncias como nutrientes, gases, hormônios e eletrólitos para as células. Para estes nutrientes entrarem nas células eles precisam atravessar o espaço intersticial. O líquido intersticial é formado pelo plasma que migrou para este espaço juntamente com as substâncias. Os capilares linfáticos ficam posicionados no interstício e quando houver excesso de líquido intersticial a pressão neste local aumenta, e este excesso de líquido migra para os capilares linfáticos tornando-se linfa ou líquido linfático. Esta linfa circulará por todo o sistema linfático e será devolvida para a corrente sanguínea, e a partir do momento que é devolvida para a corrente sanguínea ela voltará a chamar-se plasma. Este processo é importantíssimo na manutenção do volume sanguíneo (volemia) e no equilíbrio da pressão arterial. Portanto estes líquidos têm a mesma origem, porém mudam de nome quando mudam de local. Se o líquido está no sangue chama-se plasma, se está no interstício chama-se líquido intersticial e se está no sistema linfático chama-se linfa. 11 REFERÊNCIAS ANATOMIA DO CORPO HUMANO. Baço – Funções do Órgão – Onde Fica | Anatomia. Disponível em: < http://www.anatomiadocorpo.com/baco/> Acesso em: 02/11/2017. AULA DE ANATOMIA.COM. Sistema linfático. Disponível em: < https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-linfatico/ > Acesso em: 02/11/2017. AMESTOY, Michele. Medula óssea: que órgão é esse? Disponível em: < http://rede.novaescolaclube.org.br/planos-de-aula/medula-ossea-que-orgao-e-esse > Acesso em: 02/11/2017. DANGELO, J. G ; FATTINI, C.A. Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar. 2ª.ed. São Paulo: Atheneu, 2005 (Capítulo 8, pp.101-102). GOZZI, Rogério. ANATOMIA FÁCIL. Diferenças entre o Plasma, o Líquido Intersticial e a Linfa. Disponível em: < http://anatomiafacil.com.br/videos/diferencas- entre-o-plasma-o-liquido-intersticial-e-a-linfa/> Acesso em: 02/11/2017 ICARITO. Rede linfática. Disponível em: < http://www.icarito.cl/2009/12/red- linfatica.shtml/ > Acesso em: 02/11/2017. JUNIOR, Armando Miguel. Sistema imunológico – Papel do Timo. Disponível em < http://www.medicinageriatrica.com.br/2012/10/15/sistema-imunologico-papel-do-timo/ > Acesso em 02/11/2017. MAFRA, Isis. SISTEMA LINFÁTICO. Disponível em < http://www.isismafra.com/2017/01/sistema-linfatico.html > Acesso em 02/11/2017. PONTES, Altair. Sistema de Vasos Sanguíneos e Sangue. Disponível em: < http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfLrcAD/sistema-vasos-sanguineos- sangue?part=2 > Acesso em: 02/11/2017 RESUMOS EM ODONTO. Sistema linfático. Disponível em: < http://odontologiaeeu.blogspot.com.br/2017/03/7-sistema-linfatico.html > Acesso em: 02/11/2017 SLIDE PLAYER. Sistema linfático. Disponível em: < http://slideplayer.com.br/slide/11375381/> Acesso em: 02/11/2017 SPENCE, A. P. Anatomia Humana Básica. 2ed. São Paulo: Manole, 1991. (Capítulo 12, pp.341-353).
Compartilhar