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DIREITO DO TRABALHO AULA 7 Unidade 5 - SALÁRIO E REMUNERAÇÃO 5.1. Remuneração : salário e gorjeta - conceito e distinção 5.2. Salário 5.2.1. Salário mínimo, salário básico, piso salarial, salário básico, piso salarial: conceito e distinções 5.2.2. Salário in natura. 5.2.3. Sobressalarias: gratificações, prêmios, comissões, percentagens, abonos, diárias de viagem, ajuda de custo, adicionais 5.2.3.1. Adicionais de insalubridade e periculosidade 5.2.4. Salário complessivo 5.2.5. Participação nos lucros 5.2.6. Gratificação natalina 5.3. Meios e formas de pagamento de salário 5.4. Normas de proteção salarial, irredutibilidade, intangibilidade salarial (descontos no salбrio) 5.5. Equiparação salarial, reenquadramento e desvio de função SALÁRIO-origem e conceito ORIGEM – PALAVRA SAL. Era a retribuição paga aos soldados romanos. Após determinado período o sal perdeu o valor, mas ficou a sua origem histórica “SALÁRIO É O CONJUNTO DE PARCELAS PAGAS PELO EMPREGADOR AO EMPREGADO EM FUNÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO” “MAURÍCIO GODINHO DELGADO” CURSO DE DIREITO DO TRABALHO, ANO 2010, 9ª EDIÇÃO, PÁG. 643. Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. § 1º - Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador. A CLT: salário e remuneração -Salário profissional (piso salarial) – é o menor salário que pode ser pago a determinadas atividades profissionais – art. 7º, V, da CRFB/88 – piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho. - Salário base – identifica-se com o salário contratual, corresponde ao valor ajustado, sem outros acréscimos. ESPÉCIES DE SALÁRIOS - Salário complessivo ou complexo – pagamento realizado em único título para remunerar, englobadamente, diversas parcelas, sem discriminação das verbas. É nulo – S. 91, TST. - Salário-família – art. 7º, XII, CRFB/88, salário pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei. É devido por filho (enteado ou menor tutelado) menor de 14 anos ou inválido de qualquer idade. (art. 65, da Lei nº 8.213/91). Salário mínimo é a contraprestação mínima devida e paga diretamente pelo, por dia normal de serviço, capaz de atender suas necessidades normais de alimentação, habitação,vestuário,higiene e transporte. (Art. 76,CLT). R E M U N E R A Ç Ã O •GORJETA: Pagamento efetuado por terceiros • SALÁRIO: Pagamento efetuado pelo empregador Salário Sobressalário • Gratificações • Prêmios • Adicionais • Diária de viagem • Ajuda de custo • Participação nos lucros Fixo Variável Misto Dinheiro ($) ou Dinheiro ($) e em utilidade (in natura) Direito do Trabalho 6 • Gratificações – habituais = integram • Prêmios • • • Ajuda de custo – art. 470, CLT – não integra • Participação lucros – Lei 10.101/00 – não integra Adicionais • Horas extras • Noturno • Insalubridade • Periculosidade • Transferência (provisória) S O B R E S S A L Á R I O Diária de viagem Até 50% salário – não integra (+) 50% salário – integra Direito do Trabalho 7 TIPOS DE SALÁRIO (FORMAS PAGAMENTO) TEMPO (FIXO) É aquele que se a d o t a c o m o p a r â m e t r o a d u r a ç ã o d o s e r v i ç o prestado. Ex: mês (ver art. 459, CLT) MISTO TAREFA (MISTO) É aquele que se afere a t r a v é s d e f ó r m u l a combinatória do critério da unidade de obra com o critério da unidade de tempo. Acopla-se um certo parâmetro temporal (hora, dia, semana ou mês) um certo montante mínimo de produção a s e r a l c a n ç a d o p e l o trabalhador. UNIDADE OBRA (VARIÁVEL) É aquele cujo cômputo adota como parâmetro a p r o d u ç ã o alcançada pelo empregado. Ex: receber R$ 1,50 por peça produzida. 12 Gorjeta NÃO serve de base de cálculo: 1) Horas extras 2) Adicional noturno 3) Aviso prévio 4) R.S.R. Súmula nº 354, do C. TST INTEGRA A REMUNERAÇÃO, TANTO A OFERECIDA PELO CLIENTE COMO A COBRADA NA NOTA DE SERVIÇOS GORJETA não se admite pagamento somente por gorjetas, eis que estas são pagas por terceiros, quer em caráter de doação ou cobradas na nota de serviço. Direito do Trabalho SOBRESSALÁRIOS EM ESPÉCIE: COMISSÕES: “retribuições financeiras pagas ao empregado pelo empregador em percentuais sobre negócios que o primeiro realiza em nome do segundo. O empregador pode pagar somente a base de comissões, porém, se este valor não atingir o mínimo ou piso da categoria, este deverá ser assegurado. 9 Direito do Trabalho AJUDA DE CUSTO • Pagamento realizado pelas despesas feitas pelo empregado em razão de determinado ato praticado em decorrência de certas circunstâncias por força do contrato de trabalho. Ex: art. 470 da CLT. (para transferência do empregado de localidade em parcela única). 10 ABONOS • O abono corresponde a um adiantamento em dinheiro de parte do salário • . È uma mera antecipação salarial, visando atender certas situações transitórias, podendo, ao final, ser absorvido definitivamente pelo salário ou ter seu pagamento cessado. PRÊMIO Natureza jurídica. Maurício Godinho Delgado, consistem em parcelas contraprestativas pagas pelo empregador em decorrência de um evento ou circunstância tida como relevante pelo empregador e vinculada à conduta individual do obreiro ou coletiva dos trabalhadores da empresa” (in Curso de Direito do Trabalho, ed. LTr, pág. Não sendo incerta a condição para seu adimplemento, tem-se caracterizado o efeito integrativo no salário para fins de repercussão nas demais verbas salariais. (RO-0079000-19.2009.5.01.0022, DOERJ 16/02/2011, 7a Turma, Rel. Evandro Pereira Valadão Lopes.) Direito do Trabalho Diárias para viagens • são pagamentos efetuados pelo empregador ao empregado para as despesas decorrentes de pousada , alimentação e locomoção quando necessário o seu deslocamento para executar determinados serviços em outra localidade. Em regra as diárias têm caráter. • Entretanto, integram o salário, pelo seu valor total e para efeitos indenizatórios, as diárias de viagens que excedam 50% do salário do empregado. 11 • Súmula 101 TST. DIÁRIAS DE VIAGEM. SALÁRIO.Integram o salário, pelo seu valor total e para efeitos indenizatórios, as diárias de viagem que excedam a 50% (cinqüenta por cento) do salário do empregado, enquanto perdurarem as viagens. PART. NOS LUCROS (LEI No 10.101, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2000) Art. 1o Esta Lei regula a participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados da empresa como instrumento de integração entre o capital e o trabalho e como incentivo à produtividade, nos termos do art. 7o, inciso XI, da Constituição. Art. 2o A participação nos lucros ou resultados será objeto de negociação entre a empresa e seus empregados, mediante um dos procedimentos a seguir descritos, escolhidos pelas partes de comum acordo: II - convenção ou acordo coletivo Art. 3o A participação de que trata o art. 2o não substitui ou complementa a remuneração devida a qualquer empregado, nem constitui base de incidência de qualquer encargo trabalhista, não se lhe aplicando o princípio da habitualidade. Direito do Trabalho GRATIFICAÇÕES • São liberalidades do empregador que pretende incentivar o empregado, visando a obter maior dedicação deste, normalmente ocorre por ocasião das festas de fim de ano. Se elas forem pagas com habitualidade,têm natureza salarial. • • A CLT considera de natureza salarial as gratificações ajustadas (art. 457, § 1º), mas a jurisprudência entende que, havendo habitualidade no pagamento, as gratificações serão consideradas salariais, ainda que não constem de ajuste expresso. 12 O décimo terceiro salário, conhecido como gratificação natalina, foi instituído pela Lei n° 4.090, de 1962, regulamentada pelo Decreto n° 57.155, de 1965, com acréscimos introduzidos pela Lei n° 4.749, de agosto de 1965. Dotado de natureza especial de gratificação, corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração devida no mês de dezembro, por mês de serviço, do ano correspondente 13 � Em caso de demissão, seja sem justa causa ou mediante pedido de demissão, o empregado fará jus, ao décimo terceiro proporcional do ano em curso. � Havendo dispensa por justa causa o empregado não terá direito à gratificação natalina do ano em curso. � Ocorrendo a extinção do contrato de trabalho antes do pagamento da segunda parcela (20 de dezembro) dá ao empregador o direito compensar o adiantamento com a gratificação devida, ou com outro crédito de natureza trabalhista que possua o respectivo empregado. Gratificação de Natal - Observações � A fração igual ou superior a 15 dias de trabalho será havida como mês integral. � Deve ser pago em 2 parcelas, sendo a 1 entre os meses de fev e nov. LUCIANO MARTINEZ "Remuneração é o composto pelo conjunto de salário -base, complementos salariais e suplementos " MAURÍCIO GODINHO DELGADO "Há uma segunda vertente interpretativa ...o salário, parcela contraprestativa paga diretamente pelo empregador; e a remuneração, parcela contraprestativa paga diretamente por terceiros...Nessa direção há, inclusive, a Sumula 354 do TST" VÓLIA BOMFIM "Remuneração é a soma do pagamento direto com o pagamento indireto, este último entendido como toda contraprestação paga por terceiros ao trabalhador" ALICE M. BARROS "Remuneração é a retribuição devida e paga ao empregado não só pelo empregador, mas também por terceiro, de forma habitual...Pelo que se vê, seu conceito é mais amplo: abrange o salário e seus componentes, como também os adicionais e as gorjetas" SERGIO P. MARTINS "Remuneração é o conjunto de prestações recebidas habitualmente pelo empregado pela prestação de serviços, seja em dinheiro ou em utilidades, provenientes do empregador ou de terceiros" REMUNERAÇÃO NA DOUTRINA TRABALHISTA DIFERENÇAS ENTRE PRÊMIO E GRATIFICAÇÕES Prêmio é modalidade de salário vinculada a fatores de ordem pessoal, como p r o d u t i v i d a d e ( M a r i a A.Barros). Prêmios tem a finalidade de recompensar, estimular, a g r a d a r , p r e s e n t e a r o empregado. Se o prêmio for pago mensalmente, isto é, de forma habitual, terá natureza salarial... Hoje os prêmios se caracterizam como um incentivo, um plus, ou um presente eventual....(Volia Bomfim) Gratificação é tanto um incentivo pessoal como coletivo. Súmula 102, TST. (Vólia Bomfim) As gratificações consistem e m p a r c e l a s contraprestativas pagas p e l o e m p r e g a d o r a o empregado em decorrência d e u m e v e n t o o u circunstância tida como relevante pelo empregador ( g r a t i f i c a ç õ e s c o n v e n c i o n a i s o u normativas. (Maurício G.Delgaado). CLT - ADICIONAL DE INSALUBRIDADE Art . 189 - Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos Art . 190 - O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das atividades e operações insalubres e adotará normas sobre os critérios de caracterização da insalubridade, os limites de tolerância aos agentes agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de exposição do empregado a esses agentes. Art . 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo. O adicional de insalubridade é pago a todos os empregados que trabalham expostos em atividades ou operações insalubres, acima do limite de tolerância ou nas atividades previamente mencionadas nos Anexos da NR 15, da Portaria nº 3.214/78. A comprovação da existência de insalubridade, inclusive quanto ao seu grau (mínimo, médio e máximo) é feita através de laudo de inspeção do local de trabalho, realizada por engenheiro, químico e médico do trabalho, do Ministério do Trabalho, ou então de serviços contratados por especialistas particulares. Manhã e noite SÚMULAS TST. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE S. 47. TST . O trabalho executado em condições insalubres, em caráter intermitente, não afasta, só por essa circunstância, o direito à percepção do respectivo adicional. Sum. nº 80 TST. ADICIONAL INSALUBRIDADE. A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de aparelhos protetores aprovados pelo órgão competente do Poder Executivo exclui a percepção do respectivo adicional. SÚMULAS TST. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE Súmula nº 293 do TST ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. CAUSA DE PEDIR. AGENTE NOCIVO DIVERSO DO APONTADO NA INICIAL A verificação mediante perícia de prestação de serviços em condições nocivas, considerado agente insalubre diverso do apontado na inicial, não prejudica o pedido de adicional de insalubridade. Súmula nº 139 do TST ADICIONAL DE INSALUBRIDADE Enquanto percebido, o adicional de insalubridade integra a remuneração para todos os efeitos legais. SÚMULAS TST -ADICIONAL DE INSALUBRIDADE Súmula nº 448 do TST ATIVIDADE INSALUBRE. CARACTERIZAÇÃO. PREVISÃO NA NORMA REGULAMENTADORA Nº 15 DA PORTARIA DO MINISTÉRIO DO TRABALHO Nº 3.214/78. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS. I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho. II – A higienização de instalações sanitárias de uso público ou coletivo de grande circulação, e a respectiva coleta de lixo, por não se equiparar à limpeza em residências e escritórios, enseja o pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, incidindo o disposto no Anexo 14 da NR-15 da Portaria do MTE nº 3.214/78 quanto à coleta e industrialização de lixo urbano. 173. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. ATIVIDADE A CÉU ABERTO. EXPOSIÇÃO AO SOL E AO CALOR. I – Ausente previsão legal, indevido o adicional de insalubridade ao trabalhador em atividade a céu aberto, por sujeição à radiação solar (art. 195 da CLT e Anexo 7 da NR 15 da Portaria Nº 3214/78 do MTE). II – Tem direito ao adicional de insalubridade o trabalhador que exerce atividade exposto ao calor acima dos limites de tolerância, inclusive em ambiente externo com carga solar, nas condições previstas no Anexo 3 da NR 15 da Portaria Nº 3214/78 do MTE. OJ's TST. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE 278. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. PERÍCIA. LOCAL DE TRABALHO DESATIVADO. A realização de perícia é obrigatória para a verificação de insalubridade. Quando não for possível sua realização, como em caso de fechamento da empresa, poderá o julgador utilizar-se de outros meios de prova. CLT -Adicional de periculosidade Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministériodo Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a: I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial. § 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. § 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido. § 4o São também consideradas perigosas as atividades de trabalhador em motocicleta. O adicional de periculosidade é um valor devido ao empregado exposto a atividades periculosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, NR. 16. Art . 195 - A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho. CLT - Adicional de periculosidade Art.194 - O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade física, nos termos desta Seção e das normas expedidas pelo Ministério do Trabalho. OJ SDI I 345, TST. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. RADIAÇÃO IONIZANTE OU SUBSTÂNCIA RADIOATIVA. A exposição do empregado à radiação ionizante ou à substância radioativa enseja a percepção do adicional de periculosidade, pois a regulamentação ministerial (Portarias do Ministério do Trabalho nºs 3.393, de 17.12.1987, e 518, de 07.04.2003), ao reputar perigosa a atividade, reveste-se de plena eficácia, porquanto expedida por força de delegação legislativa contida no art. 200, "caput", e inciso VI, da CLT. No período de 12.12.2002 a 06.04.2003, enquanto vigeu a Portaria nº 496 do Ministério do Trabalho, o empregado faz jus ao adicional de insalubridade. Súmula nº 132 do TST ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. INTEGRAÇÃO I - O adicional de periculosidade, pago em caráter permanente, integre o cálculo de indenização e de horas extras II - Durante as horas de sobreaviso, o empregado não se encontra em condições de risco, razão pela qual é incabível a integração do adicional de periculosidade sobre as mencionadas horas. Súmula nº 364 do TST ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. EXPOSIÇÃO EVENTUAL, PERMANENTE E INTERMITENTE Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido. SÚMULAS TST - Adicional de periculosidade Súmula nº 453 do TST ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. PAGAMENTO ESPONTÂNEO. CARACTERIZAÇÃO DE FATO INCONTROVERSO. DESNECESSÁRIA A PERÍCIA DE QUE TRATA O ART. 195 DA CLT. O pagamento de adicional de periculosidade efetuado por mera liberalidade da empresa, ainda que de forma proporcional ao tempo de exposição ao risco ou em percentual inferior ao máximo legalmente previsto, dispensa a realização da prova técnica exigida pelo art. 195 da CLT, pois torna incontroversa a existência do trabalho em condições perigosas. SÚMULA Nº 447 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. PERMANÊNCIA A BORDO DURANTE O ABASTECIMENTO DA AERONAVE. INDEVIDO. Os tripulantes e demais empregados em serviços auxiliares de transporte aéreo que, no momento do abastecimento da aeronave, permanecem a bordo não têm direito ao adicional de periculosidade a que aludem o art. 193 da CLT e o Anexo 2, item 1, "c", da NR 16 do MTE. SÚMULAS TST - Adicional de periculosidade Direito do Trabalho Prova do Pagamento • A comprovação do pagamento poderá ser feita mediante recibo ou comprovante de depósito bancário (CLT, art. 464). 25 Descontos Legais • Em regra, é vedado ao empregador efetuar descontos nos salários, ressalvados adiantamentos salariais e as hipóteses previstas em lei ou convenção coletiva (CLT, art. 462). • Os descontos legalmente permitidos são os seguintes: • Contribuições previdenciárias; • Imposto de renda; • Pagamento de prestações alimentícias; • Retenção salarial por falta de aviso prévio do empregado que pede demissão; • Contribuição sindical • Vale-transporte. Salário utilidade e a CLT Art. 458 - Além do pagamento em dinheiro, compreende- se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações "in natura" que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas. § 1º Os valores atribuídos às prestações "in natura" deverão ser justos e razoáveis, não podendo exceder, em cada caso, os dos percentuais das parcelas componentes do salário-mínimo (arts. 81 e 82). Salário - base ou Salário básico (art.458, CLT) Dinheiro (pecúnia) Dinheiro e Utilidades (in natura) 30% 70% É o pagamento ou concessão da prestação em sua própria natureza. UTILIDADE Art. 82, parágrafo único, CLT FORMAS DE PAGAMENTO Direito do Trabalho 28 DISTINÇÃO - SALÁRIO UTILIDADE (ART. 458 e 82 CLT) Direito do Trabalho A UTILIDADE TERÁ NATUREZA SALARIAL QUANDO: •For habitual •Gratuita p/o empregado •Pelos serviços prestados •A lei não excluir a natureza salarial Salário in natura (utilidade) art. 458 e 82, CLT 29 29 ALIMENTAÇÃO NÃO TEM NATUREZA SALARIAL (art. 3º, Lei nº 6.321/76) OJ nº 133, SDI-I, TST) “O vale para refeição fornecido por força do contrato de trabalho, tem caráter salarial, integrando a remuneração do empregado para todos os efeitos legais” Fornecida por meio do PAT (programa de alimentação do trabalhador) TEM NATUREZA SALARIAL (S. 241, TST) 31 OJ 133 . AJUDA ALIMENTAÇÃO. PAT. LEI Nº 6.321/76. NÃO INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO . A ajuda alimentação fornecida por empresa participante do programa de alimentação ao trabalhador, instituído pela Lei nº 6.321/76, não tem caráter salarial. Portanto, não integra o salário para nenhum efeito legal. SUM-367 UTILIDADES "IN NATURA". HABITAÇÃO. ENERGIA ELÉTRICA. VEÍCULO. CIGARRO. NÃO INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO I - A habitação, a energia elétrica e veículo fornecidos pelo empregador ao empregado, quando indispensáveis para a realização do trabalho, não têm natureza salarial, ainda que, no caso de veículo, seja ele utilizado pelo empregado também em atividades particulares. II - O cigarro não se considera salário utilidade em face de sua nocividade à saúde. 32 Sem. 9. CASO CONCRETO: FCC 2011 ADAPTADA - Magali, Kátia e Cíntia são empregadas da empresa "Dourada". Todas as empregadas realizam viagens de trabalho. Magali recebe diária de viagem que excede em 52% o valor de seu salário. Kátia recebe diária de viagem que excede em 33% o valor de seu salário e Cíntia recebe diária de viagem que excede em 61% o valor de seu salário. Com base nos dados apresentados esclareça com base na legislação em vigor e no entendimento Sumulado pelo Tribunal Superior do Trabalho, quais as empregadas que terão as diárias de viagem incorporadas em seu salário? QUESTÃO OBJETIVA: (CESPE 2011) Assinale a opção correta com referência a salário e remuneração: 33 e) Aquele que exerce função de caixa recebe gratificação de risco, diferentemente do bancário, que recebe quebra de caixa. Embora diferentes, tanto uma quanto a outra possuem natureza salarial. d) As horas extrasprestadas com habitualidade integram o salário para todos os fins legais. Caso o empregado tenha prestado labor extraordinário por mais de um ano e o empregador queira suprimir do salário a remuneração correspondente, terá de indenizar o obreiro no valor correspondente a um mês das horas suprimidas para cada um ano ou fração igual ou superior a seis meses de prestação de serviço acima da jornada normal. c) As gratificações não ajustadas possuem natureza salarial. a) Os eletricitários fazem jus ao adicional de periculosidade, na base de 30%, em razão do risco de sua atividade, devendo o respectivo adicional incidir sobre o salário-base. b) Salário é a importância fixa estipulada no contrato de trabalho e, como tal, pode ser alterado a qualquer tempo pelo empregador. 34 Não conheço nenhuma fórmula infalível para obter o sucesso, mas conheço uma forma infalível de fracassar: tentar agradar a todos John F. Kennedy
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